DOUTRINA CATÓLICA

Doutrina Católica

32 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 316/1988

LIBERDADE RELIGIOSA ?

" própria consciência, nem seja impedido de agir de acordo com ela... O direito à liberdade religiosa se funda na própria dignidade da pessoa humana, como a conhecemos pela palavra revelada de Deus e pela razão natural" (ib.n° 2). "Não é na disposição subjetiva da pessoa, mas na sua própria natureza que se funda o direito à liberdade religiosa. Por isto o direito a tal imunidade continua a existir mesmo para aqueles que não satisfazem a obrigação de procurar a verdade e de a ela aderir" (ib. n° 2).

Como se vê, o documento Dignitatis Humanae não está afetado de li-beralismo, pois proclama que o ser humano não é absoluto diante de Deus: cabe-lhe a obrigação inata e severa de definir sua posição religiosa. - O que o texto do Concílio rejeita, é a intromissão de terceiros que queiram impor aos seus semelhantes ou o ateísmo (nos países comunistas) ou determinada crença religiosa (nos países muçulmanos, os cidadãos não muçulmanos são, por vezes, discriminados). A corrente tradicionalista de D. Lefebvre não aceita esta perspectiva do Concílio, provavelmente porque defende posições políticas anteriores à Revolução Francesa, ou seja, a união do Estado e da Igreja e, por conseguinte, o dever, do Estado, de professar e promover a fé católica. Ora este ideal, muito acariciado na Antigüidade e na Idade Média, revelou-se, na prática, nocivo à Igreja, pois propiciou o Cesaropapismo, o "direito do Padroado" (nos países ibero-americanos e no Brasil) e outros abusos; além do quê, se deve reconhecer o fato da secularização, ou seja, a apostasia, a opção de muitas pessoas pelo indiferentismo religioso. A Declaração Dignitatis Humanae não nivela verdade e erro; ao contrá-rio, afirma a obrigação de se procurar a verdade religiosa professada pela Igreja Católica (n° 1), mas afirma que não se pode obrigar ninguém a crer nem se pode coagir alguém a mudar de opinião, desde que "não desrespeite as justas exigências da ordem pública" (n° 4).

2.2. Ecumenismo

Outro tema que suscita as apreensões de D. Lefebvre é o do Ecumenismo. Este foi entendido pelo Concílio do Vaticano II como movimento de restauração da unidade, entre os cristãos separados, dentro da única Igreja fundada por Cristo e entregue ao pastoreio de Pedro. "A reintegração da unidade entre todos os cristãos é um dos objetivos principais do Sagrado Sínodo Ecumênico Vaticano II. O Cristo Senhor fun-dou uma só e única Igreja. Todavia muitas comunidades cristãs se apresen-tam aos homens como sendo a herança verdadeira de Jesus Cristo" (Unitatis Redintegratio n° 1).

416 A História se repete

(a escravidão legal e o aborto legal nos Estados Unidos) Hoje faz 30 anos que a Suprema Corte dos Estados Unidos, em sua histórica sentença "Roe versus Wade", declarou que a criança por nascer não é pessoa. Isso aconteceu em 22 de janeiro de 1973. Estava instaurado o aborto legal em todo o território estadunidense. No século anterior, em 1857, a sentença "Dred Scott" havia declarado que o negro não era pessoa. Estava confirmada a escravidão legal em todo o território estadunidense. O quadro comparativo a seguir foi publicado no jornal Washington Post, como matéria paga, pela associação Women for the Unborn (Mulheres em favor do não nascido).

A ESCRAVIDÃO SENTENÇA DRED SCOTT DE 1857 O ABORTO SENTENÇA ROE V. WADE DE 1973

Sete Magistrados votaram a favor, Dois em contrário: O negro não é pessoa, Pertence ao seu dono. Sete Magistrados votaram a favor, Dois em contrário: O não nascido não é pessoa, Pertence à sua mãe. Mesmo que possua um coração e um cérebro e biologicamente seja tido como humano, um escravo não é pessoa perante a lei. A sentença Dred Scott do Supremo Tribunal dos Estados Unidos o afirma claramente. Por conseguinte pode-se comprar, vender e matar o escravo. Mesmo que possua um coração e um cérebro e biologicamente seja tida como humana, a criança não nascida não é pessoa perante a lei. O Supremo Tribunal dos Estados Unidos o afirmou claramente. Por conseguinte o não nascido pode ser destinado à morte ou deixado em vida. Um homem de raça negra só adquire a sua personalidade jurídica ao ser posto em liberdade. Antes disto, não nos devemos preocupar com ele, pois não tem direitos perante a lei. Um bebê só adquire personalidade jurídica ao nascer. Antes disto, não nos devemos preocupar com ele, pois não tem direitos perante a lei. Se você julga que a escravidão é má, ninguém obriga você a ter um escravo. Mas não imponha sua Moral aos outros. A escravidão é legal. Se você julga que o aborto é mau, ninguém obriga você a cometê-lo. Mas não imponha sua Moral aos outros. O abortamento é legal. Todo homem tem o direito de fazer o que queira com aquilo que lhe pertence. Toda mulher tem o direito de fazer o que queira com o seu pró- rio corpo. Acaso não será a escravidão mais humanitária? Afinal o negro não tem o direito de ser protegido? Não é melhor ser escravo do que ser enviado, sem preparo e experiência, a um mundo cruel? Acaso não será o aborto mais humanitário? Afinal não têm todos os bebês o direito de ser desejados e amados? Não é melhor que a criança jamais chegue a nascer do que enfrentar, sozinha e sem amor, um mundo cruel? (Fonte: BETTENCOURT, Estêvão. Brasil, recordista mundial de abortos. Pergunte e Responderemos. Rio de Janeiro: Lumen Christi, ano 31, n. 338, jul. 1990, p. 321-323.).

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CATÓLICO E MAÇOM?

O número 386 da Revista "Pergunte e Responderemos", de autoria de D. Estevão Bittencourt, nas páginas 323 a 327, traz um elucidativo artigo sobre o assunto. Neste artigo D. Estevão, de reconhecida seriedade e competência, teólogo renomado; afirma: "A Maçonaria professa a concepção de Deus dita "deista", ou seja, a que a razão natural pode atingir; - admite "a religião na qual todos os homens estão de acordo, deixando a cada qual as suas opiniões particulares". Esta noção de Deus e de Religião é vaga e não condiz com o pensamente cristão, que reconhece Jesus Cristo e as grandes verdades por Ele reveladas". "Além disto, tanto a Maçonaria Regular como a Irregular têm seu processo de iniciação secreta. Propõem o aperfeiçoamento ético do homem através da revelação de doutrinas reservadas a poucos e recebidas dos "grandes iniciados" do passado - entre os quais alguns maçons colocam o próprio Jesus Cristo. Celebram também ritos de índole "secreta ou esotérica", que vão sendo manifestados e aplicados aos membros novatos à medida que progridem nos graus de iniciação. - Ora um tal processo de formação contrasta com o que o Cristianismo professa: este não conhece verdades nem ritos reservados a poucos; nada tem de oculto ou esotérico". Outra razão muito séria que D. Estevão levanta, para mostrar ao católico que não se faça maçom, é esta: "Ademais, quem se filia a uma sociedade secreta, não pode prever o que lhe acontecerá, o que se lhe pedirá ou imporá; não sabe se lhe será fácil guardar sua liberdade de opções pessoais. Embora tencione manter fidelidade a seus princípios íntimos, pode-se ver em encruzilhadas constrangedoras". Por outro lado, é preciso lembrar aos católicos que a fé e a doutrina da Igreja é insuperável e completa: herdada dos profetas e dos Apóstolos; revelada por Deus; confirmada pela Tradição dos Santos Padres, Doutores e Santos; confessada pelo sangue dos mártires e guardada pelo Sagrado Magistério. Não é preciso buscar "coisas novas" para alimentar o espírito, uma vez que o próprio Senhor nos oferece a sua Palavra e o seu próprio Corpo na Eucaristia. O Santo Padre nos outorgou o Catecismo da Igreja Católica, de riqueza inefável, capaz de nos preparar para cumprir aquilo que São Pedro nos pede: "Estai sempre prontos a responder para a vossa defesa a todo aquele que vos perguntar a razão da vossa esperança" (1Pe 3,15). Antes de buscarmos "coisas novas", e perigosas para a nossa vida espiritual, ou que põem em risco a nossa própria salvação eterna, vamos antes aprender o que devemos, no seio sagrado e puro da nossa Santa Mãe Igreja. Além do mais é preciso lembrar que a principal virtude do católico é a obediência à Santa Igreja, chamada pelo Papa João XXIII, de Mater et Magistra (Mãe e Mestra). Quem desejar compreender melhor as razões pelas quais a Igreja, como Mãe cautelosa, proíbe os seus filhos de se associarem às lojas maçônicas, poderá ler o livro do Bispo de Novo Hamburgo, D. Boaventura kloppenburg, Igreja & Maçonaria, Ed. Vozes, 2a. Edição, 1995, ou ainda o livro do Bispo Auxiliar de Brasília, D.João Evangelista Martins Terra, sobre o mesmo assunto. Infelizmente, em desobediência à Igreja, alguns no passado, até mesmo do clero, se associaram à Maçonaria, no intuito, às vezes, de serem úteis à sociedade, mas isto nunca foi permitido pela Igreja

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A ESCRAVIDÃO SENTENÇA DRED SCOTT DE 1857 O ABORTO SENTENÇA ROE V. WADE DE 1973

Sete Magistrados votaram a favor, Dois em contrário: O negro não é pessoa, Pertence ao seu dono. Sete Magistrados votaram a favor, Dois em contrário: O não nascido não é pessoa, Pertence à sua mãe. Mesmo que possua um coração e um cérebro e biologicamente seja tido como humano, um escravo não é pessoa perante a lei. A sentença Dred Scott do Supremo Tribunal dos Estados Unidos o afirma claramente. Por conseguinte pode-se comprar, vender e matar o escravo. Mesmo que possua um coração e um cérebro e biologicamente seja tida como humana, a criança não nascida não é pessoa perante a lei. O Supremo Tribunal dos Estados Unidos o afirmou claramente. Por conseguinte o não nascido pode ser destinado à morte ou deixado em vida. Um homem de raça negra só adquire a sua personalidade jurídica ao ser posto em liberdade. Antes disto, não nos devemos preocupar com ele, pois não tem direitos perante a lei. Um bebê só adquire personalidade jurídica ao nascer. Antes disto, não nos devemos preocupar com ele, pois não tem direitos perante a lei. Se você julga que a escravidão é má, ninguém obriga você a ter um escravo. Mas não imponha sua Moral aos outros. A escravidão é legal. Se você julga que o aborto é mau, ninguém obriga você a cometê-lo. Mas não imponha sua Moral aos outros. O abortamento é legal. Todo homem tem o direito de fazer o que queira com aquilo que lhe pertence. Toda mulher tem o direito de fazer o que queira com o seu pró- rio corpo. Acaso não será a escravidão mais humanitária? Afinal o negro não tem o direito de ser protegido? Não é melhor ser escravo do que ser enviado, sem preparo e experiência, a um mundo cruel? Acaso não será o aborto mais humanitário? Afinal não têm todos os bebês o direito de ser desejados e amados? Não é melhor que a criança jamais chegue a nascer do que enfrentar, sozinha e sem amor, um mundo cruel?

(Fonte: BETTENCOURT, Estêvão. Brasil, recordista mundial de abortos. Pergunte e Responderemos. Rio de Janeiro: Lumen Christi, ano 31, n. 338, jul. 1990, p. 321-323.)

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