Choro de Vagas
N�o �
de �guas apenas e de ventos,
No rude som, formada a voz do Oceano.
Em seu clamor
- ou�o um clamor humano;
Em seu lamento - todos os lamentos.
S�o de
n�ufragos mil estes acentos,
Estes gemidos, este aiar insano;
Agarrados a um
mastro, ou t�bua, ou pano,
Vejo-os varridos de tuf�es violentos;
Vejo-os, na escurid�o
da noite, aflitos,
Bracejando, ou j� mortos e de
bru�os,
Largados das
mar�s, em ermas plagas...
Ah! que s�o deles estes surdos
gritos,
Este rumor de
preces e solu�os
E o choro de saudade destas vagas!
-
Alberto de Oliveira -
* 1857 / 1937 *