Canto de amor e trabalho
In: Banda do Casaco: "
Coisas do Arco da Velha" (1976)

[arre burra]

J� l� vai o sol
J� l� vai o dia
[anda bonita, anda burra]
J� me chega a noite
J� se v� a aldeia
[� bonita toma l� mais r�dea]
[ah que nos doi o corpo]
A meranda � pouca
J� lhe sinto o cheiro
E a mulher � espera
E a menina est� dormindo
[oh bonita]
Ai a menina est� dormindo

O teu pai vem do trabalho
Meu amor vem da campina
Ao chegar o caldinho ao burralho
Para n�o acordar a menina


Ai se a Luzia

M�sica: Nuno Rodrigues
Letra: Ant�nio Avelar Pinho
In: Banda do Casaco: "
No Jardim da Celeste" (1981)

Ai se a Luzia
Ai se a Luzia
Ai se a Luzia
Ai se a Luzia

Ai se a Luzia soubesse que vinhas
Ai como depois tu vieste
Ai mandaria soprar pela rua
Ai tr�s vendavais l� do Nordeste

Ai se a Luzia um dia soubesse
Ai se a Luzia um dia sonhasse
Ai se a Luzia um dia a saber viesse
Melhor seria que um mau caruncho em mim entrasse

Ai se a Luzia sonhasse a metade
Ai das coisas que n�s fizemos
Ai rogaria um livro de pragas
Ai uma antologia dos demos

Ai se a Luzia um dia soubesse
...

Ai se a Luzia contasse os cabelos
Ai que de ti tenho guardados
Ai n�o chegaria nem a vida inteira
Ai para t�-los todos contados

Ai se a Luzia um dia soubesse
...


� ouvi-los

M�sica: Nuno Rodrigues
Letra: Ant�nio Avelar Pinho
In: Banda do Casaco: "
No Jardim da Celeste" (1981)

� ouvi-los � ouvi-los � ouvi-los
� ouvi-los � ouvi-los � ouvi-los
� ouvi-los numa faina
de enganar o p�
ai numa faina
de enganar o p�o

� ouvi-los � ouvi-los � ouvi-los
� ouvi-los � ouvi-los � ouvi-los
� ouvi-los numa teima
de enganar o Z�
ai numa teima
de enganar o Z� at� mais n�o

� ouvi-los � ouvi-los � ouvi-los
� ouvi-los � ouvi-los � ouvi-los
� ouvi-los numa farda
com espingarda ai �
ai numa farsa
com espingarda na m�o

� ouvi-los � ouvi-los � ouvi-los
� ouvi-los � ouvi-los � ouvi-los
� ouvi-los numa treta
de pasmar at�
ai numa treta
de pasmar at� um c�o


Horas de ponta e mola

M�sica: Nuno Rodrigues
Letra: Ant�nio Avelar Pinho
In: "
Dos Benef�cios dum Vendido no Reino dos Bonif�cios", 1975

� um sujeito � um escrit�rio
uma gravata, um suspens�rio
uma conversa de latrina
� um verbete, uma aldrabice
� um trabalho , uma chatice
entre fumo e aspirina

� numa rua o p�r da sola
cal�ada nas horas de ponta e mola
s�o conversas de cotovelo
� um el�ctrico um pendura
um regresso e uma tontura
� um sorrir muito amarelo

� uma casa uma fam�lia
uma torrada um ch� de t�lia
uma conversa de fast�dio
� um chinelo e um menino
televis�o com o Vitorino
a lentid�o de um suic�dio

� numa rua o p�r da sola
cal�ada nas horas de ponta e mola
� um silencio e um ritual
s�o os lacaios do comendador
s�o as gravatas sem c�r
na prociss�o dum funeral


Nata��o obrigat�ria

M�sica: Nuno Rodrigues
Letra: Ant�nio Avelar Pinho
In: Banda do Casaco: "
No Jardim da Celeste" (1981)

Viemos do fundapique
pass�mos no tudasaque
n�o h� mal que mal nos fique
nem h� cu que n�o d� traque
mal a gente vem ao mundo
logo a gente vai ao fundo

And�mos no malsalgado
brig�mos no daceleste
e o escorbuto mal curado
com tratamento indigesto
mal a gente vem ao mundo
logo a gente vai ao fundo

[refr�o=]
Nata��o obrigat�ria
na introdu��o � instru��o prim�ria
nata��o obrigat�ria
para a salva��o � condi��o necess�ria
n�o h� cu que n�o d� traque
n�o h� cu que n�o d� traque
mal a gente vem ao mundo
logo a gente vai ao fundo

Pusemos a cachim�nia
em papas de sarrabulho
e quando as noites s�o de ins�nia
damos voltas ao entulho
mal a gente vem ao mundo
logo a gente vai ao fundo

Aprendizes da pol�tica
s� na t�tica do "empocha"
vem a tempestade m�tica
e s cabe�a d� na rocha
mal a gente vem ao mundo
logo a gente vai ao fundo

[refr�o]


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