FONTE DO ITORORÓ

        Importante para o abastecimento da cidade, estava ligada ao comportamento da população que, a pretexto de ir beber água, transformou o local em ponto de encontro de conhecidos, amigos, namorados. Esse hábito inspirou os versos da canção popular para adultos, que acabou incorporada ao repertório infantil: Eu fui no Itororó / Beber água e não achei / Achei bela morena / Que no Itororó deixei... Embora na Bahia também exista uma fonte com esse nome, historiadores comprovam que se deve à nascente de Santos a invocação da canção, já que a melodia pertence ao folclore paulista. A fama da música supera a singeleza do chafariz parietal, que consta de cuba tripartida encimada por azulejos brancos. Eles são arrematados por um friso com desenhos inspirados na mitologia, sob acabamento de azulejos decorados. Todo em azul e branco, o conjunto é completado por moldura de concreto. Dos lados, elas formam volutas que se prolongam até o ápice, finalizado por pináculo com carranca. Separadas por um muro, palmeiras e chapéu-de-sol documentam o que sobrou do antigo Jardim do Itororó. A princípio chamada de Tororó, que em tupi quer dizer jorro ou enxurrada, mais tarde a bica passou a ser denominada de Itororó, que significa água barulhenta ou de enxurrada. Ela formava o ribeiro do Itororó, cortado por pontes de madeira e que atravessava ruas como a atual João Pessoa e XV de Novembro, em direção ao mar. Pertenceu a Brás Cubas, fornecendo água para seu curtume, abasteceu uma lavanderia pública e, em 1932, serviu a Empresa Águas do Itororó, fabricante de refrigerantes. Embora na Bahia também exista uma fonte com esse nome, historiadores comprovaram que se deve à nascente de Santos a invocação da canção, já que a melodia pertence ao folclore paulista. Além dos versos anônimos do cancioneiro popular, a Fonte de Itororó inspirou músicos como Villalobos e poetas como Antônio Carlos de Andrada e Silva e Martins Fontes. Abandonada durante décadas, em 2001 foi recuperada por um grupo de artistas denominado NOA. A ação está incluída no Programa de Revitalização do Centro Histórico, desenvolvido pela Prefeitura Municipal, a partir de 1997.


Ladeira Monsenhor Moreira, ao pé do Monte Serrat.

              

            

                       

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