Sinais na luz poderiam identificar vida em planetas

Sinais na luz poderiam identificar vida em planetas20 de fevereiro, 2002

BOSTON, EUA -- Os astrônomos de outros planetas provavelmente têm a Terra em sua lista de planetas propícios à existência de vida, afirmou o doutor Roger Angel, da Universidade do Arizona. Mas os cientistas terrestres ainda estão a cerca de 20 anos de identificar planetas distantes onde existiria vida.

"Estou convencido de que existem alienígenas com tecnologia mais avançada que a nossa e que saberiam se há vida neste planeta", disse Angel no encontro anual da Associação Norte-Americana pelo Avanço Científico, em Boston.

Elementos químicos diferentes criam padrões específicos na luz que podem ser identificados quando esta é decomposta em cores. E os astrônomos também sabem que qualquer planeta cujo reflexo de luz demonstre traços de oxigênio pode ser habitado.

Outros sinais que sugerem a existência de vida são água, dióxido de carbono, ozônio, metano, óxido nítrico e clorofila.

"Nossa própria Terra está emitindo esse sinal há milhões de anos, dizendo - 'Nós estamos aqui'" - diz Angel, acrescentando que o fenômeno não passaria despercebido por nenhum extraterrestre com capacidade de registrá-lo.

Encontrar planetas pequenos como a Terra e examinar sua atmosfera requer tecnologias capazes de decompor raios de luz das estrelas em órbita.

Dois novos telescópios com essa capacidade -- um norte-americano e outro europeu -- devem ser lançados em cerca de 15 dias.

O Darwin, da Agência Espacial Européia, e o Buscador de Planetas Terrestres, da Nasa, vão permitir aos astrônomos pela primeira vez procurar sinais de vida emitidos pela luz estelar.

Usando um método de "anular" o excesso de luz, os equipamentos poderão decompor a luz e detectar luzes refletidas por planetas semelhantes à Terra.

"Você vai ver o planeta como uma mancha, mas uma mancha da qual você pode aprender muito. Se parecer muito brilhante, provavelmente será como Júpiter, mas se emitir uma luz fraca, há esperança de que seja um planeta semelhante à Terra", disse o doutor Wesley Traub, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian.

Os astrônomos já escolheram cerca de 150 estrelas a aproximadamente 100 anos-luz da Terra para serem estudadas.

O professor de bioquímica Norman Pace, da Universidade do Colorado, afirmou que as chances de se descobrir vida fora do sistema solar é maior do que em planetas próximos.

"A questão básica aqui é que se você procura o que é necessário para haver vida, a janela é pequena", diz. "Nosso sistema solar, exceto pela Terra, não parece muito capaz de abrigar vida, mas nós desconhecemos em que tipo de condição extrema a vida poderia existir."

(Com informações da Associated Press)

 

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