CULTURA POPULAR DE URUBICI


 

A cultura popular de Urubici � transmitida �s gera��es de maneira peculiar. Al�m das lendas, heran�a hist�rico-cultural, a cultura tradicionalista � mantida at� os dias de hoje.

O cultivo dos costumes faz do tradicionalismo um s�mbolo vivo dos bons tempos.

E a vida no campo, torna-se, assim, valorizada ao longo dos anos. Urubici, sem d�vida, possui uma cultura riqu�ssima em lendas, fatos hist�ricos e paisagens que inspiram pesquisadores e estudiosos amantes da literatura brasileira.

O munic�pio conta com a Biblioteca P�blica Municipal Professora Maris Nunes de Souza. N�o possui museu, cinema ou teatro.

Como clubes sociais e de servi�os existentes, a cidade conta com a Sociedade Recreativa Urubiciense, Clube Uni�o e Progresso e Clube de Diretores Lojistas (CDL).

O Madureira Esporte Clube � o clube esportivo da cidade. Possui ainda um Gin�sio de Esportes. Urubici conta com dois sindicatos: o Sindicato dos Trabalhadores Rurais e conta tamb�m com a Associa��o dos Amigos da Biblioteca e da cultura Urubiciense.

 

LENDAS DE URUBICI

 

Urubici, um lugar pequeno onde a vida lateja em estado bruto, pura como o ar que se respira do alto de suas montanhas.

 

"O sil�ncio dos descampados, o prateado cristalino dos arroios, as estrelas, o luar serrano, os trigais, os vargeados cheios de verduras, os pinheirais, as grutas paleontol�gicas, o seu povo e a sua gente. Tudo � poema em Urubici".

 

Com sua riqueza natural e cultural Urubici guarda em suas hist�rias, um passado riqu�ssimo em lendas fant�sticas que despertam o interesse e o fasc�nio de estudiosos e pesquisadores; o pr�prio nome da cidade tem sua origem lend�ria.

 

�H� duas vers�es para o significado do nome da cidade.

              Durante uma expedi��o ind�gena, uma �ndia teria avisado ao l�der "Bici" sobre a presen�a do p�ssaro "Uru" de grande ocorr�ncia no local.

 

              �Outra explica��o � a hist�ria de um silv�cola que acompanhava uma das expedi��es e encontra um p�ssaro morto, nas margens de um rio, ent�o exclamou: "Urubici", querendo dizer ali um "Uru". (Uru - ave galin�cea do Brasil), "Bici", nome de seu colega ind�gena.
Deste dia em diante, o lugar passou a se chamar Urubici. Muito antes da emancipa��o do munic�pio, em 1957, a regi�o foi habitada por �ndios, ao longo dos vales dos rios, Urubici, Canoas e dos Bugres.

 

 

O Canoas, que nasce a 1.800m de altitude, em Campo dos Padres, divisa com Bom Retiro, � comparado ao Nilo, pelas excelentes colheitas que transformaram Urubici na maior produtora de hortali�as do estado. Estes �ndios deixaram como heran�a hist�rias contadas at� os dias de hoje. Como, por exemplo, a Lenda do Morro Pelado:

         Conta-se que em determinado morro viviam em torno de doze fam�lias ind�genas. Para se abrigarem das chuvas, ventos, geadas e neve, eles cavaram durante muitos anos tr�s cavernas.

Al�m disso, eles usavam o morro como ponto estrat�gico para observar o vale e em tudo ao seu redor. No vale uma outra tribo morava, mas ambas eram inimigas.

Nos dias de lua cheia, os �ndios acendiam grandes e in�meras fogueiras para fazer suas oferendas e agradecer a lua. Na hora da festa, as grutas se iluminavam com a luz das fogueiras e o esp�rito da lua vinha sobre a tribo e aben�oava a todos, realizando seus desejos.

�� Em uma dessas noites, a tribo inimiga, sabendo da festa subiu o morro para fazer uma emboscada e matar toda a tribo que l� vivia, pois desejavam este ponto estrat�gico.

�� O esp�rito da lua revoltado com tanta maldade, aproveitando o fogo das fogueiras sagradas, espalhou-o por todo o morro, matando os �ndios do vale. A tribo que morava ali, vendo o fogo tomar conta do lugar, protegeu-se nas cavernas e todos se salvaram.

Os dois morros ficaram completamente queimados, toda a vegeta��o: �rvores, plantas, flores e animais desapareceram e at� as fontes de �gua secaram a nunca mais nada cresceu, somente uma vegeta��o rasteira.

Depois do acontecido os �ndios abandonaram o local e foram embora para outros lugares, mas deixaram belas inscri��es rupestres nas paredes das cavernas, contando como tudo aconteceu.

 

 

Outra lenda, que encanta visitante e moradores, � a Lenda da

Cascata V�u de Noiva:

 

         Esta lenda narra que h� muito tempo atr�s morava em Painel uma tribo de �ndios guaranis. Nesta tribo vivia Bici, �ndio forte e valente, bom ca�ador e muito respeitado por toda a tribo. Na localidade de Santa Tereza outra tribo residia no local.

O chefe da tribo tinha uma filha chamada Agray, mo�a muito bonita. O que mais chamava a aten��o eram seus cabelos, que de t�o longos cobriam suas costas e, al�m disso, eram lisos e muito negros.

�Sempre que o ver�o chegava �s tribos se visitavam. Numa destas visitas, Bici e Agray se apaixonaram.

Ent�o o pai de Bici pediu Agray em casamento e tudo foi acertado. Casariam-se no pr�ximo ver�o, na primeira lua cheia.

No entanto, na tribo, um outro �ndio chamado Cau� tamb�m amava aquela menina dos cabelos longos, mas a jovem �ndia, jamais lhe dera esperan�as, pois amava Bici.

Louco de ci�mes, Cau� prometera que os dois jamais se casariam. Um dia antes do casamento, Bici e sua tribo puseram-se em viagem para o casamento. Enquanto na tribo da noiva tudo estava pronto, muita ca�a, peixe seco ao sol e muitas frutas.

Amanheceu e o dia estava lindo, o c�u azul, o vale florido e o sol aquecendo os primeiros dias de ver�o.

Agray estava muito feliz, por�m ansiosa, pois o noivo n�o chegava. Ent�o o cacique chamou os dois mais r�pidos guerreiros da tribo e os mandou ao encontro de Bici.

Ao meio-dia estavam de volta e traziam a triste not�cia que Bici havia morrido em uma emboscada feita por Cau�. Desesperada, Agray saiu correndo para longe da tribo, deitou-se em um monte e chorou muito, muito...

Ent�o a lua, com pena da jovem, transformou-a em um enorme bloco negro de basalto, brilhante e lindo como seus cabelos e suas l�grimas em um lindo riozinho a correr por cima da pedra como um belo v�u de noiva.

Este maravilhoso monumento natural ficou para lembrar aos homens o amor de Bici e Agray.

 

 

Conta-se, tamb�m, que vieram bugreiros de todos os lados, metidos a valentes, matavam... Um dia, os �ndios fizeram uma emboscada no Vale do Morro do Bicudo e prenderam cinco deles.

� Esquartejaram quatro, deixando um deles para ver e levar a not�cia. Fizeram um churrasco e comeram os quatro.

O bugreiro que sobrou, amarraram em um cavalo e penduraram no animal um facho de fogo. O cavalo desapareceu e o tal bugreiro foi encontrado em cima do cavalo, � porta de sua casa em Urussanga.

Isso levou not�cia ruim aos fazendeiros.

 

Tal hist�ria � conhecida como a Lenda dos Bugreiros.

 

 

A fama sobrenatural tem seu destaque no munic�pio, pois atrav�s delas, s�o relatadas hist�rias de fasc�nio popular.

 

- A Lenda do Gritador � a que mais se destaca no rico universo das lendas do munic�pio. Ningu�m sabe se � homem, animal ou alma penada a vagar pelos campos de arauc�rias. Quando aparece o gritador, apavora com o uivo que faz o mato remexer, os cavalos relincharem e os humanos correrem para dentro das casas.

Moradores da regi�o que ainda n�o o encontraram aliviam-se da situa��o, por�m o "gritador" continua � procura de algu�m que o afronte.

 

 

 

- Na localidade do Avencal, � contado que anos atr�s, um senhor fazia aquele trajeto todos os dias.

Cada vez que passava em um determinado lugar, uma luz muito forte com v�rias cores aparecia na dire��o contr�ria.

Por v�rias vezes, sentiu vontade de segui-la, mas a inibi��o e at� o pr�prio medo fez com que desistisse.

Num certo dia, resolveu contar a um amigo sobre o fato acontecido.

O mesmo come�ou a freq�entar o local.

Como havia o senhor lhe contado, a luz apareceu e vencendo o medo, aproximou-se dela.

Ao se aproximar teve uma grande surpresa, pois ali estava uma grande quantidade de ouro.

Quem havia lhe contado essa hist�ria hoje se arrepende por n�o ter vencido o medo e o espanto, pois certamente seria o merecedor de tal tesouro, e o principal personagem da Lenda Luzes do Avencal.

 

 

- Em um certo bairro, chamado Nossa Senhora de F�tima, conta que havia ouro, o qual nunca fora encontrado.

H� algum tempo atr�s, ap�s a meia-noite em uma determinada curva, aparecia uma mulher de branco, onde previam estar ali uma mina de ouro.

As pessoas tentavam se aproximar, mas logo eram vencidas por um medo terr�vel que n�o deixava ningu�m chegar perto.

Os mais valentes faziam planos esperavam a hora chegar, mas quando come�ava a caminhar em dire��o � "mulher de branco", uma sensa��o pavorosa de medo o atingia fazendo com que voltasse imediatamente.

O tempo foi passando e muitas pessoas continuavam na busca pelo ouro, mas o medo foi mais forte que a coragem, deixando que o tempo se encarregasse de fazer da procura uma lembran�a da hist�ria.

E ainda hoje, a Mulher de Branco continua a esconder o ouro e apavorar aqueles que procuram.

 

 

- Assim como a Mulher de Branco, outra hist�ria conhecida � a Lenda da Noiva do Panel�o. Na Serra do Panel�o, trecho que d� acesso ao munic�pio de Urubici, dizem que aparece aos motoristas que trafegam sozinhos, uma mulher vestida de noiva pedindo carona, mesmo que o motorista n�o conceda a ela, o acompanha por toda a Serra n�o se importando com o que ele fale ou fa�a.

Ao terminar a Serra ela o deixa seguir seu caminho, ficando como lembran�a o seu v�u, "provando" que ela realmente esteve ali.

Depois de alguns instantes, assim como a noiva, o v�u tamb�m desaparece. Atualmente, motoristas evitam passar sozinhos nesta serra, principalmente � noite, onde tudo pode acontecer...

 

 

 

- A hist�ria a seguir, fez parte de um passado long�nquo e h� quem afirme que ela nos acompanhe no presente.

No Avencal (liga��o entre S�o Joaquim e Urubici), os viajantes devem evitar viajar antes da meia-noite, a n�o ser que deseje que uma m�o o acompanhe por todo o caminho.

As pessoas que passam no local exatamente � meia-noite, come�am a ouvir gritos horr�veis misturados com alguns gemidos.

O motorista vai ficando nervoso e o seu espanto aumenta assim que uma m�o insistente aparece lhe pedindo carona, deixando-o cada vez mais aflito.

Alguns corajosos param para observar a m�o e at� mesmo esperam a hora chegar para passar no local, mas ao parar o carro, a mesma desaparece, permanecendo somente os gritos e os gemidos, instigando a imagina��o dos mesmos.

 

 

 

- Uma das hist�rias que mais comove a popula��o �

 a Lenda do Choro Inconsol�vel de uma crian�a.

Na localidade da Consola��o, algum tempo atr�s, havia uma senhora que engravidou contra sua vontade.

Durante o per�odo de gesta��o, procurou muitas pessoas, querendo doar seu filho assim que ele nascesse.

A m�e biol�gica afirmava que n�o teria condi��es de cuidar dele.

Aos nove meses, foi � procura de uma fam�lia adotiva para seu filho, mas infelizmente n�o obteve �xito em sua procura, n�o encontrando ningu�m que pudesse ajud�-la. Decidida que n�o ficaria com a crian�a, a m�e, acreditando n�o ter outra op��o, dirigiu-se at� o rio canoas e friamente jogou seu filho rec�m-nascido �s �guas.

Nos dias de hoje quem passa pelo rio pode ouvir o choro inconsol�vel de uma crian�a. V�rias pessoas j� foram a sua procura, pois o choro causa uma sensa��o de desespero em quem ouve, mas foi tudo em v�o, quanto mais se procura mais se ouve o choro e a sensa��o � de impot�ncia perante aquela situa��o.

 

 

 

- Certa vez um homem estava andando na estrada que d� acesso ao C.T.G (Centro de Tradi��es Ga�chas) campestre Catarinense, na localidade de �guas Brancas. Neste local havia quatro policiais, estes mandaram o homem se retirar do local.

Ele saiu, mas logo retornou com um cachorro. O animal pulou em um dos policiais, deixando uma cicatriz em seu peito.

Os colegas chamaram refor�o para ajud�-los. Ent�o foram para cima do lobisomem, pegaram-no e colocaram-no deitado na arena onde os bois ficavam.

Fincaram travas de ferro ao ch�o, prendendo suas patas. No outro dia, eles foram ver o animal e ao chegarem l� o lobisomem estava em forma de homem cheio de cicatrizes. Naquele instante prenderam o homem e nunca mais ouviram nada sobre ele.

Todos os anos em tempo de quaresma ouvem-se hist�rias de lobisomem e por incr�vel que pare�a, durante as noites de lua cheia, escutam-se uivos estranhos vindos das montanhas, e a Lenda do Lobisomem afronta a coragem e a curiosidade de quem em nela n�o acredita.

 

 

 

- Em 1878, Urubici era um mar de pinheiros altos e escuros. Para onde se olhasse, veria um vale curvado de pinheiros.

Eram rar�ssimos os lugares que faltasse a �rvore.

Do Avencal a Urubici, abaixo ou acima, de qualquer canto, a vis�o era a mesma: arauc�rias e mais arauc�rias.

Mas com o tempo foram sendo cortadas para dar lugar �s casas das pessoas que ali chegavam para morar, bem como para pequenas planta��es que os moradores faziam para sua pr�pria subsist�ncia.

Tantos pinheiros foram cortados que quase se extinguiram.

Foi necess�rio que o Ibama interferisse na desmata��o. Pela grande devasta��o dos pinhais, a gralha azul quase desapareceu e somente ap�s trinta anos de preserva��o a gralha azul volta a aparecer nos locais onde o pinh�o se tornou farto e abundante.

A gralha azul possui apenas penas azuis e se encontra nos planaltos, alimenta-se de pinh�es, somente do pinheiro, para isso descasca-os e come-lhes a polpa, que � nutritiva, al�m de ser muito gostosa.

Mas como o pinh�o s� fica maduro no come�o do inverno, a gralha, sendo muito esperta e previdente, ap�s saciar sua fome, enterra o gr�o em muitos lugares para serem comidos mais tarde, quando a safra termina.

� claro que nem todos os pinh�es enterrados s�o comidos por ela, pois a ave esquece onde os enterrou.

O seu esquecimento faz com que a gralha colabore para o nascimento de novos pinheiros.

Estes que s�o colocados na terra com a extremidade mais fina voltada para cima, favorecendo a sa�da do broto que germina e produz novos pinheiros.

 

A Lenda da Gralha Azul, este inteligente animal, � de que ela teria sido criada com a inten��o de proteger os pinheirais e que quando � atacada por ca�adores, a arma apontada para a ave, esta nega fogo ou explode.

 

 

 

Tesouros do Morro da Igreja

 

 

 

- Em Urubici, situa-se o "Morro da Igreja", que al�m de ser o ponto mais alto do pa�s � o cart�o-postal do munic�pio, devido � impressionante escultura da natureza, da extensa cadeia de montanhas.

A Pedra Furada deslumbra os olhos de quem a v�.

 

- E as hist�rias contadas de l� fazem aumentar o seu valor cultural. Uma delas � a do Tesouro dos Jesu�tas. Expulsos do Brasil, no s�culo XVIII, por ordem do Marqu�s de Pombal.

Os jesu�tas teriam enterrado parte do tesouro de suas ricas igrejas na regi�o.

"E vai em sil�ncio, mudo o cincerro, a tropa de mulas com mais de quarenta cargueiros tocadas pelos �ndios missioneiros, comandadas pelos superiores, padres jesu�tas".

O lombo esfolado das mulas descansa, as bruacas est�o apoiadas por dentro da taipa. � preciso esconder o tesouro.

O local � ponto de refer�ncia para que o povo conhe�a, afinal, o tesouro, � o pico mais alto onde est� localizado o Morro da Igreja.

�Na volta de emboscada de duzentos cafuzos guiados por um cruel mameluco, os mangueir�es-fortalezas ajudaram os �ndios missioneiros, mas a muni��o esgotou e at� mesmo o padre morreu.

O Curumim sobreviveu � chacina, amarrado sobre um formigueiro, n�o ag�entou a tortura e contou o tesouro.

Quiseram salv�-lo para levar ao local, por�m foi in�til procurar.

Sabe-se somente, que o tesouro das miss�es est� l�, mas onde ningu�m sabe.

 

- Num lance do peral, um cachorro acua e Jos� Alexandre resolve subir o penhasco e depara-se com um Gigantesco Cachorro Preto, uma verdadeira fera; ent�o um tiro, dois, tr�s, troca de cartuchos, mais dois tiros, no peito, na cabe�a e nada do bicho morrer.

E a pergunta: Ser� assombra��o? Tira o fac�o da bainha e ataca subindo nas rochas, enquanto o negro animal vai se retirando, at� ocultar-se atr�s do rochedo e outro questionamento � feito: Teria sido o cachorro de algum �ndio? Mas iria ag�entar tantos tiros? Enfim, o c�o fugira.

 

 

Que bela vis�o! Uma escada na pedra, o homem sobe e no alto encontra uma capela de rara beleza.

Fixou bem o lugar, voltaria com outras pessoas. Medo nenhum.

Sensa��o de bem-estar. E mais outra pergunta: Seria o famoso tesouro? E era.

A capela estava forrada de barras de ouro.

Ouro iluminado, amarelo, brilhante. Desceu. Sensa��o de mal-estar. Chegar� em casa doente.

Vira o tesouro, precisava voltar para peg�-lo. Levaram-no at� o lugar carregado, a febre aumentava. Chegaram, mas Jos� j� falava sozinho, n�o atinava mais, voltaram e em pouco tempo a febre levou-o � morte.

Os seus irm�os foram na pista, encontraram a caverna com v�rios degraus, mas n�o viram a capela. "Muitos morreram procurando.

A caverna continua no mesmo lugar. O ouro deve estar l�. A curiosidade cada vez maior, pois a vis�o � divina e o lugar maravilhoso".

 

 

 

 

A religiosidade � outro ponto forte dentro da cultura e dos fatos lend�rios de Urubici.

 

Uma das hist�rias fascinantes, conta as Profecias de Jo�o Maria, homem que surgiu na regi�o do Contestado, seu nome: Jo�o Maria de Agostinho e que se dizia enviado do c�u. O seu passado sempre foi envolvido por mist�rios.

Uns diziam que ele era m�dico franc�s, que teria cometido um b�rbaro crime e tornou-se monge e pregador em arrependimento de seus pecados.

Sua principal alimenta��o era couve e mel, isto �, baseada em comidas vegetarianas, aceitando apenas o vinho como bebida.

Por todos os lugares onde fazia suas paradas, deixava uma cruz plantada.

A hist�ria conta que o fogo, onde ele posava, a chuva n�o apagava. Um certo dia, ele chegou � cidade de Urubici, onde o povo era totalmente descrente.

Jo�o Maria, por v�rios dias, permaneceu ali conversando e levando um pouco de f� a todos que se encontravam ali.

O mesmo, em suas prega��es, dizia que haveria de chegar o dia em que n�o saberiam distinguir o homem da mulher (ato comum nos dias de hoje).

A partir de um certo tempo, uma senhora com uma imagem nas m�os passa a transmitir mensagens de f�, ensinadas pelo monge Jo�o Maria.

Esta f� come�ou a ter seu princ�pio, dando origem � primeira igreja do munic�pio, demonstrando, assim, o primeiro grande ato de f� da popula��o urubiciense.

 

 

No Campestre, os moradores dizem ser privilegiados por uma �rvore Milagrosa que atende aos pedidos de quem nela acredita. Anos atr�s um senhor morador da localidade fez sua marca pessoal na �rvore, juntamente com um pedido.

A partir desse dia a �rvore tornou-se milagrosa, para isto, basta passar por ela e fazer o pedido com o cora��o e � claro, ter f� que sua s�plica ser� atendida.

Tal �rvore � zelada com muito carinho at� os dias de hoje pelos moradores da regi�o.

 

 

Estas s�o as Lendas mais importantes do munic�pio de Urubici, pois elas revelam id�ias de amizade, de boa companhia, mostrando como o homem deve fazer o bem pelo bem, como deve ajudar seu semelhante, enfatizando o valor pessoal atrav�s das figuras lend�rias. Urubici � prova disso.

 

 

 

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