Os vários tipos de usinas geradoras

Benefícios e Malefícios

 

Usinas Hidrelétricas

Atualmente a hidroeletricidade encontra-se difundida em todo o mundo sendo particularmente utilizada nos países que dispõe de grande potencial hidroelétrico A eletricidade de origem hidráulica representa cerca de 15% da produção e do consumo energético Mundial. Embora se trate de uma das formas mais econômicas de se produzir eletricidade, a implantação de una usina hidroelétrica é relativamente dispendiosa e requer, antes de tudo, algumas condições essenciais como:

·              Existência de rios caudalosos e planálticos que possuam desníveis (quedas d’água) ao longo de seus cursos. A água deve ter força suficiente para girar as turbinas.

·              Disponibilidade de áreas extensas e apropriadas a formação de grandes reservatórios de água (o rio é represado por meio de barragens).

O Brasil, país que dispõe do terceiro maior potencial hidráulico do mundo, tem na hidroeletricidade sua maior riqueza energética. Cerca de 85% da eletricidade produzida no país tem origem hidráulica.

Há uma opinião mais ou menos generalizada que aponta a eletricidade proveniente de usinas hidrelétricas como uma “energia limpa”. Do ponto de vista ambiental, porém, trata-se de uma meia verdade.

Na implantação de usinas hidrelétricas, imensas áreas de matas são inundadas, destruindo espécies vegetais e eliminando os refúgios naturais de numerosas espécies animais. Somente o reservatório da hidrelétrica de Tucuruí, no Rio Tocantins, Estado do Pará, cobre uma área de 760.000 km2 .

Além da redução da biodiversidade, a implantação dos reservatórios das usinas hidrelétricas tem outros agravantes ambientais. Quando uma área de floresta é encoberta por água, a vegetação submersa entra em decomposição, caracterizando um exemplo de sucessão ecológica, em que comunidades diferentes vão ocupando sucessivamente o mesmo espaço, modificando as condições ambientais e criando novas situações favoráveis a apenas determinados tipos de seres vivos. Além disso, a decomposição da matéria orgânica libera metano, um dos responsáveis pelo efeito estufa e pela rarefação da camada de ozônio.

Fonte : José Arnaldo Favaretto, Biologia Uma abordagem evolutiva e ecológica, 1997, São Paulo, Moderna.

Impacto ambiental das emissões aéreas de
Usinas Termoelétricas

Se o carvão fosse composto apenas de carbono, oxigênio e hidrogênio, as termoelétricas a carvão emitiriam apenas vapor d’água e gás carbônico (CO2) e não produziriam poluição ambiental no seu entorno (o efeito estufa é de longo prazo e não está plenamente confirmado). No entanto, além dos elementos citados, os carvões contêm altos teores de sílica, ferro, enxofre e alumínio, e baixos teores de praticamente todos os elementos da tabela periódica.

Ao queimarmos o carvão, parte dos elementos se volatiliza e sai para a atmosfera junto com parte da matéria inorgânica liberada sob a forma de finas partículas de pó (cinzas volantes). Atualmente, as emissões de compostos de enxofre são as que mais problemas têm trazido para as termoelétricas a carvão.

O enxofre é um constituinte natural de todos os combustíveis fósseis. Ao ser queimado, o enxofre forma SO3 , que se combina rapidamente com água, for mando ácido sulfúrico. Devido ao seu baixo ponto de orvalho, esta mistura ácida produz sérios danos em chaminés não tratadas convenientemente e haverá um resíduo ácido que aparecerá na próxima chuva. Na presença de metais ou amônia, o ácido reage formando sulfatos metálicos, de amônia ou mistos.

Em todo o mundo são emitidos anualmente 100 milhões de toneladas de SO3. É importante notar que o impacto ambiental das emissões aéreas de poluentes ocorre em duas escalas bem distintas. O impacto local depende tanto das emissões próximas quanto da altura da chaminé. Uma fábrica com pequena emissão mas com uma chaminé baixa pode causar um impacto local mais forte do que uma termoelétrica com chaminé elevada. A fábrica produz uma alta concentração de poluentes aéreos no nível do solo enquanto que as emissões da usina sofrem uma grande dispersão e diluição antes de atingir o ambiente da superfície terrestre.

Estudos epidemiológicos realizados com crianças mostram que há uma clara correlação entre infecções no trato respiratório inferior e níveis de poluição. Outros estudos concluem que altas concentrações de sulfatos produzem efeitos em crianças principalmente após no mínimo três anos de exposição à atmosfera poluída. Em geral os estudos mostram que a relação entre poluição e saúde envolve um grande número de fatores tais como existência simultânea de mais de um poluente, condições sócio-econômicas e hábitos de fumo, sendo pois muito difícil determinar com certeza a influência de um poluente qualquer.

Nos episódios de poluição do ar, as crianças e os idosos são os mais afetados, principalmente os que já sofrem de problemas cardíacos ou respiratórios (bronquite).

Como a chuva é um dos mais eficientes mecanismos de limpeza da atmosfera e o SO3 é solúvel em água, tem-se observado em zonas industriais um sensível decréscimo no pH das chuvas. Este fenômeno foi observado na costa nordeste dos EUA, no sul da Noruega e na Holanda. A chuva ácida provoca danos tanto pela mortandade de seres vivos sensíveis a meios ácidos (sapos e peixes, por exemplo), quanto pelos efeitos corrosivos sobre bens materiais. Centenas de lagos no nordeste dos EUA e na Noruega estão praticamente mortos devido à acidez da chuva e este fenômeno está se alastrando rapidamente.

Vemos que as emissões de enxofre na queima de combustíveis fósseis pode ser uma fonte importante de impacto ambiental sobre meio-ambiente. Várias soluções foram encontradas para minimizar este impacto, entre elas maior geração de hidroeletricidade, busca de carvões com menores teores de enxofre, instalação de filtros e controle meteorológico.

 

Fonte: http://www.sbpe.org.br/v1n2/v1n2a2.htm

 

Usinas Nucleares

De todos os fatos que costumam mistificar as usinas nucleares os mais importantes foram a bomba atômica e mais recentemente o acidente nuclear da usina de Chernobyl, localizada na atual Ucrânia, a 120 km ao norte da cidade de Kiev.

Este acidente, considerado o maior acidente nuclear de todos os tempos, ocorreu em 26 de abril de 1986, no reator 4, durante um teste de rotina, onde várias regras de segurança foram desrespeitadas e a reação em cadeia atingiu níveis incontroláveis. O sistema de circulação de água do sistema primário, responsável pelo resfriamento do núcleo do reator, foi interrompido, gerando assim um superaquecimento do reator, que criou uma verdadeira bola de fogo dentro do edifício da planta, resultando em uma explosão de destruiu sua cobertura. Devemos lembrar que, diferente do que muitos pensam, esta explosão foi térmica e não nuclear.

O acidente de Chernobyl matou 31 pessoas instantaneamente, e provocou a evacuação de mais de 130.000 pessoas da região, em virtude da exposição à radiação. Depois do acidente surgiram vários casos de câncer, principalmente na glândula tireóide de crianças.

Chernobyl liberou para a atmosfera 400 vezes mais material radioativo do que a bomba atômica de Hiroshima. Ainda assim, liberou o equivalente a um milionésimo de todo o material radioativo liberado pelos testes nucleares realizados nas décadas de 50 e 60.

A cidade de Pripyat (que acomodava uma população de aproximadamente 45.000 pessoas, basicamente em função da usina nuclear) foi totalmente evacuada, e outra cidade, Slavutich, foi construída fora do perímetro da zona de exclusão para sediar essa população.

O governo russo, devido às barreiras políticas, procurou esconder o ocorrido da comunidade mundial, até que a radiação em altos níveis começou a ser detectada ao longo da Europa, principalmente na França, forçando-os a esclarecer os acontecimentos da usina nuclear de Chernobyl. Segue um trecho do pronunciamento do líder da União Soviética, na época do acidente:

Hoje em dia as outras unidades da Central Nuclear de Chernobyl continuam em operação. Na unidade acidentada foi construído um "Sarcófago", ou seja, um verdadeiro caixão de cimento construído por trabalhadores russos logo após o acidente para evitar a maior liberação de radiação para o meio ambiente. Esse Sarcófago previa constantes ajustes e reparos, que não vêm ocorrendo.

Apesar de as usinas do Leste Europeu possuírem padrões de segurança, as unidades do tipo de Chernobyl não dispunham de envoltórios para contenção de radioatividade em situações de acidente, a exemplo de todas as usinas do ocidente.

    www.mp3.com.br/trabalhos/fisica/acidenteemchernobyl.htm

 

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