a) Espanhóis, Alemães e Franceses
Em
1824 chegaram colonos alemães em São João Batista,
antiga redução jesuítica.
No
início da década de 1830 chegou à
São Francisco
de Assis um pequeno grupo de alemães (Haygert, Lambert, Funck) oriundos
da colônia de São Leopoldo que a exemplo de alguns espanhóis
e franceses, para São Chico se deslocaram, contribuindo para a formação
da nova sociedade.
Os
franceses Claude Dubreuil e Claude Estivalet, um impressor e outro tipógrafo,
desertores das tropas do general argentino Carlos Maria de Alvear, aprisionados
pelos brasileiros foram remetidos para o Rio de Janeiro, donde voltaram
ao RS para servir às tropas brasileiras.
Estivalet
e Dubreuil são os fundadores da imprensa no RS, introduzida pelo
Marquês de Barbacena, em 1826, no Exército do Sul,
com o título de Tipografia Imperial do Exército.
Eles
conseguiram compor e imprimir três boletins de campanha. O primeiro
a 05 de fevereiro de 1827, nas margens do Arroio da Palma, para festejar
a união da Coluna da Esquerda e do
Exército do
Sul.
Os
outros dois, com datas de 17 de fevreiro de 1827 foram editados em São
Gabriel.
A decisiva
vitória oriental no Passo do Rosário ou Ituzaingó
em 10 de fevereiro de 1827 levou Estivalet e Dubreuil a Porto Alegre.
Os
franceses disponibilizaram em primeiro de junho de 1827 o primeiro número
do Diário de Porto Alegre, depois de aprovado pelo brigadeiro Salvador
José Maciel, então Presidente da Província. Foi o
primeiro jornal impresso na capital do RS.
No
final de 1829 Claude Estivalet migrou para São Francisco de Assis
casando com a assisense Laura Laurinda de Oliveira, que também era
tratada por Laura Oliveira de Mello. Numerosa é a descêndencia
de Estivalet entre os assisenses.
A chegada em 1850 dos colonos alemães em Santa Cruz do Sul, alterou
as selvagens paisagens na região do vale do Rio Pardo e Taquari.
b)
Italianos
Chegaram
na década de 1890, em duas correntes: via Silveira Martins, em 1889,
e, via Uruguai, por Livramento, em abril de 1895.
A Colônia
de Jaguari foi entregue oficialmente em 1891. Alguns núcleos dessa
colônia estavam localizados em São Francisco de Assis: Toroquá,
Encruzilhada e Nova Beluno.
Seus
conterrâneos desbravaram a Serra do Nordeste (Caxias do Sul, Bento
e Farroupilha) a partir de 1875 e conservaram seus hábitos. Nessa
região é comum encontrar jovens com sotaque italiano bastante
"caregado".
Embora
tenham chegado mais tarde, os descendentes de italianos em São Chico
mantiveram poucos costumes de seus antepassados. Por exemplo, falar "erado"
entre antigos descendentes de italianos é motivo para lembrar causos,
quase esquecidos.
Conforme
Francisco Evaldo Haigert:
a)
O Núcleo Toroquá recebeu os italianos oriundos de Silveira
Martins. O lote (25 hectares) nº 1 foi concedido ao imigrante Bortolo
Bataglin. As famílias pioneiras foram Bataglin, Auzani, Pivotto,
Chimello, Stivanin, Spagnolo, Martinuzzi, Tolfo, Minussi, Crestani, Cogo,
Righi, Bonelli, Collin, Bernardi, Costenaro, Marcon, Boscardin, Gottin,
Lorenzoni, Sasso, Roggia, Parizi, Pazzini, Bahu, Erbice, Castiglioni, Fogliato,
Malavolta, Dal Rosso, Uberti, D'Holanda, Benvegnu, Viviani, Vielmo, Ronchi,
Lunardi e outras.
b)
O Núcleo Nova Beluno recebeu basicamente os imigrantes oriundos
do Uruguai via Livramento. As famílias pioneiras foram Rosso, Gindri,
Gioda, Cavalli, Cortelini, Corsini, Toscani, Cappa, Bruno, Gripa, Sacardi,
Lançanova, Nicola, Lena, Manganelli, Savaris, Salla, Rossi, Sacaramauzza,
Masteloto, Ben, Mossi, Piani, Bianchini, Naressi, Trombini, Guareschi,
Vaccari, Dallomo, Della-Libera e as germânicas Roos, Berguemaier,
Rumpel, Irion e outras.
c)
O Núcleo Encruzilhada recebeu imigrantes de ambas correntes. As
famílias pioneiras foram Corteze, Bordignon, Ancinelli, Farina,
Comis, Dallazen, Dal Sotto, Olin, Costa-Curta, Benachio, Resta, Salbego
e outras.