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5000 brasileiros

   História e Sociologia

Vida e História são uma e mesma coisa. Gregório Marañon


   São evidentes as diferenças entre os moradores de Florianopólis e Porto Alegre, distantes 476 km. Sutil, mas profunda, é a diferença entre os habitantes de São Francisco de Assis e os da capital do RS, separados por 435 km.
   Existem diferenças fundamentais nos processos de incorporação dos índios e negros às sociedades sul rio-grandenses. Os brancos que conduziram os processos de colonização tiveram diferentes comportamentos na formação dessas comunidades.

   a) Aspectos da incorporação dos índios à sociedade sul rio-grandense
   a.1) Kaingangs
   Numca foram reduzidos pelos jesuítas, formavam grupos de coletores e caçadores que ocupavam a encosta superior da Serra do Nordeste (Caxias do Sul e Veranopólis), Planalto (Passo Fundo e Sarandi) e Alto Uruguai (Erechim e Frederico Westphalen) do RS.
   Dois fatores são fundamentais para compreensão do processo de incorporação dos kaingangs à sociedade europeizada.
   O primeiro fator é o primitivismo no qual se encontravam os kaingangs na época do contato com os europeus.
   O segundo fator é o oposto. Na Europa a Revolução Industrial surpreendia e afetava os homens. Muitos imigrantes vieram fustigados pela Revolução Industrial, especialmente os italianos chegados a partir de 1875.
   O choque cultural era inevitável.
   Os primeiros povoadores de Passo Fundo, lá chegaram em dezembro de 1827. Para sua segurança, dormiam num galpão coletivo e juntos rechaçavam os ataques dos kaingangs.
   Somente a partir de 1900 chegaram os primeiros colonizadores do Alto Uruguai. Os descendentes dos primeiros pioneiros foram chamados de birivas.
   A maioria dos colonos tornaram-se agricultores e os índios foram confinados em reservas.
   Atualmente existem inúmeros conflitos agrários entre índios e colonos nas últimas regiões onde os kaingangs habitavam primitivamente.

   a.2) Guaranis - "ALGO DE RARO"

     Ya só Pindorama Kotí,
     itamarána po anhantin,
     yarama ae recê
     Grito de guerra dos tupis para a conquista do Brasil

   O guarani, guerreiro no idioma tupi-guarani, estava plenamente adaptado à civilização européia. Esse foi o grande diferencial desse povo em relação aos demais índios sul rio-grandenses.
   A maioria da população guarani no RS foi "tutelada" pelos jesuítas a partir de 1626.
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     3$000sando economias baratas
     Por 110 reais a obra Missões Jesuítico-Guaranis,  a Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), apresenta o tema, considerado o símbolo cultural máximo dos países que integram o Mercosul. Pudera: a Unisinos detém em São Leopoldo, região metropolitana do Estado, o maior acervo artístico dos Sete Povos. Com o livro, a instituição, mantida pela Sociedade Antônio Vieira, ligada à Companhia de Jesus, assume a herança da atividade missioneira dos jesuítas. Quando, a bugrada terá direito ao seu quinhão no espólio missioneiro?
     Uma sugestão à direção da maior biblioteca da américa latina, sediada na Unisinos: adquiram o exemplar de Saco de Viagem- pode ser a reedição feita pela Edipuc em 1993. Acredito que o principal mercado educacional jesuíta esteja baseado nos EUA.
     A Universidade Católica em Porto Alegre está arrastando para a Coleção Província de São Pedro o estudo de abnegados e estóicos fronteiro-missioneiros verdadeiramente dedicados às suas coisas.
     Parem com a mercantilização da cultura e devolvam o Patrimônio Fronteiro-Missioneiro à sua gente. Por uma EDUCAÇÃO UNIVERSAL E GRATUITA. Mirem-se no exemplo do Santo de Assis.
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   A partir de 1607 formaram-se 30 povos guaraníticos sob orientação dos jesuítas, localizados nas fronteiras do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
   As missões foram comparadas por Montesquieu à República, de Platão. Voltaire as considerou um triunfo da humanidade. Hegel destacou que os jesuítas haviam criado necessidades, requisito básico para todo tipo de evolução.
   O jesuíta Ignácio Schmitz, professor na Unisinos e um dos autores de Missões Jesuítico-Guaranis, lembra que os jesuítas eram intelectuais com formação na Sorbonne; criaram a ordem jesuítica dentro da universidade. Muitos eram irmãos e parentes de conquistadores e, por isso, queriam levar adiante a expansão européia.
   Nas reduções (termo que vem do fato de os índios serem reduzidos à fé e à civilização) os jesuítas diferenciaram-se na maneira de agir. No lugar da espada, usaram a palavra.
   No início do século XVIII as missões tornaram-se o principal centro agrícola e pecuário da América Espanhola. Os produtos de suas oficinas manufatureiras eram cobiçados nas cidades do vice-reinado e em boa parte da Europa. A economia era baseada na criação extensiva do gado franqueiro, introduzido pelo jesuíta Mendoza de Orelhana. Muitos formavam manadas selvagens e o animal pertencente a essas manadas foi chamado de chimarrão.
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   Por duas vezes os jesuítas tentaram implantar reduções em São Francisco de Assis. A primeira experiência foi empreendida pelo jesuíta Roque Gonzales em 1626 - a Candelária do Ibicuí, destruída, pouco depois por índios insatisfeitos com a presença de brancos. São Tomé del Ibiquiti, criada em 13 de junho de 1632, deixou vestígios de sua existência dessa São Chico. Entretanto, sua população foi transferida em 1638 para o outro lado do rio Uruguai, originando a atual cidade argentina de San Tomé, às margens do rio Uruguai, defronte à cidade brasileira de São Borja.
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   O Tratado de Madrid de 1750, estabeleceu que os índios dos Sete Povos das Missões estavam obrigados à deixar suas terras para Portugal, que as receberia em troca da Banda Oriental, que passaria ao domínio espanhol.
   Os guaranis recusaram-se abandonar seus povos. Para fazer cumprir o Tratado de Madrid foram mobilizados os exércitos de Espanha e Portugal, de 1754 a 1756.
   A heróica luta, sintetizada no brado de Sepé Tiarajú Esta terra tem dono, teve fim na batalha de Caiboaté ( São Gabriel ) em 10 de fevereiro de 1756.  Três dias antes, numa peleia com os invasores, Sepé foi mortalmente ferido, nas proximidades a Sanga da Bica ( perímetro urbano de São Gabriel ).
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   Uma parte dos remanescentes dos guaranis veio para Rio Pardo, Cachoeira do Sul e Gravataí. A região metropolitana era habitada por outros grupos de índios primitivos.
   Segundo Aurélio Porto, em 8 de abril de 1763, o capitão Antônio Pinto Carneiro chegou em Gravataí, à frente de mais de 1.000 índios procedentes de Rio Pardo, onde haviam estado arranchados durante seis anos, fundando a aldeia de Nossa Senhora dos Anjos.
   A diferença cultural entre os grupos de índios do Rio Grande na época era latente. Em meados do século seguinte, vários foram os confrontos entre kaingangs e colonos alemães no Vale do Sinos, região próxima à Gravataí. Assisti na TV um programa em que um padre residente numa cidade dos Campos de Cima da Serra relatou que os imigrantes italianos formavam grupos de caça aos kaingangs, apoiados pelo governo. Monstruosidade semelhante aconteceu aos charruas no Uruguai e as tribos selvagens da Patagônia.
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   A troca da Banda Oriental pelas Missões não se concretizou e a maioria dos guaranis permaneceram nas Missões sob administração espanhola. Em 1761, a Convenção do Pardo anulou as disposições do Tratado de Madrid. Os jesuítas foram expulsos dos domínios espanhóis pelo Decreto Real de 1767.
   José de San Martin nasceu em 1778 na vila de Yapeju, habitada principalmente por índios, que a misteriosa ciência social do jesuíta reduziu a vida civilizada, informou Domingo F.Sarmiento na biografia Don José de San-Martin .
   Portugal somente conquistou as Missões em 1801, com uma expedição formada inicialmente por apenas 40 homens, comandados por Gabriel Ribeiro de Almeida, Bento Manoel Ribeiro e Borges do Canto.
   A jornada teve início com o assalto à Guarda de São Martinho. Logo depois os luso-brasileiros contavam mais de mil índios até chegarem aos arredores de São Miguel.
   Bastaram três dias de sítio a capital das Missões, para o governador espanhol Dom Francisco Rodrigues render-se.
   Em poucos dias, as reduções próximas, São João e São Lourenço, enviavam os seus estandartes como prova de adesão aos conquistadores.
   A opção dos guaranis que habitavam as Missões pelos luso-brasileiros foi decisiva para incorporação desse território ao Brasil.
   Os guaranis integraram-se as comunidades em formação como: São Vicente do Sul, São Nicolau, São Borja, São Luiz Gonzaga, Santo Ângelo e São Francisco de Assis, a primeira Freguesia na região após a conquista das Missões em 1801.
   Andrezito Artigas
   Andresito "Guacurarí" Artigas, nascido em São Borja por volta de 1780, era filho de criação de José Gervásio Artigas, o Protetor dos Povos Livres ou à quem os paisanos chamavam meu general.
   Andrezito foi nomeado Tenente Governador ou Comandante Geral dos territorios e Povos Guaraníes entre o Uruguay e o Paraná. Em 12 de setembro de 1816, Andrezito cruzou o rio Uruguai no passo de Itaqui com uma tropa de 1.500 à 2.500 homens com o propósito de incorporar as Missões do RS a Liga de los Pueblos Libres território composto por províncias uruguaias e argentinas sob à proteção de Artigas.
   Após o combate de Itacurubi, em 06 de junho, Andrezito cai prisioneiro em 24 de junho de 1819. Permaneceu um ano e quatro meses incomunicável no Forte da Lagoa, localizado numa ilhota na Baía da Guanabara, Rio de Janeiro. Morreu pouco tempo depois numa prisão da Ilha das Cobras.
   Pantaleón Sotelo
   O sucessor de Andrezito como Comandante Geral de Missiones foi Pantaleón Sotelo, guarani natural de San Tomé. A redução assisense de São Tomé havia sido transferida em 1632 para defronte a São Borja do outro lado do rio Uruguai, rio dos pássaros no idioma guarani.
   Sotelo morreu no genocídio de Taquarembó em 22 de janeiro de 1820, batalha em que o grosso das tropas artiguistas era formado por divisões missioneiras. Além de morrerem os principais elementos combativos, oficiais e milicianos, a "chusma" que os acompanhava foi destroçada.
   Javier Sití
   O guarani conterrâneo de Sotelo, Francisco Javier Sití, tornou-se o último Comandante Geral de Missiones. No início de 1821 estava consolidada a vitória das forças luso-brasileiras na Banda Oriental.
   Em março de 1821, o viajante francês Auguste de Saint Hilaire encontrou Javier Sití em sua casa de San Miguel. Em julho o naturalista francês Aimé Bompland chegou a Missiones para morar cerca de 30 anos na região, pelo menos quinze anos em São Borja. Bompland partiu em março de 1857 para Corrientes e não retornou à São Borja. O cônego e historiador João Pedro Gay ficou como responsável pelo acervo científico de Bompland. O cônego Gay atendia a freguesia de São Francisco de Assis.
    Em julho de 1821 um Congresso Oriental subordinado aos invasores portugueses votou a incorporação da Província Oriental ao reino português como Estado Cisplatino e, quando em sete de setembro de 1822 o Brasil convertido em Império fez parte do mesmo como província.
   Raras são as referências sobre índios ou guaranis a partir da revolução farroupilha (1835). A partir desse momento guaranis, ibéricos, negros, açorianos e seus descendentes são chamados de rio-grandenses.

   a.3) Minuanos e Charruas
   Eram indomáveis tribos campeiras. Não viveram nas reduções jesuíticas. Lutavam contra outros índios e conquistadores e quase foram exterminados. Apenas alguns grupos existiam em 1820. Provavelmente existem descendentes desses índios entre os assisenses.
   Os minuanos eram mais numerosos próximo ao rio Cacequi e os charruas habitavam as bandas do rio Ibirapuitã em maior número, nos arredores do Cerro do Jarau. Vários usos e costumes do sul rio-grandense, como o uso de vincha e boleadeiras foram herdados dos minuanos e charruas.
   O "churrasco" era um costume das tribos errantes dos campos. O jesuíta Antônio Sepp relatou na primeira metade do século XVII que os índios morriam jovens devido ao consumo excessivo de carne bovina, muitas vezes, apenas levemente chamuscada e ingerida sem sal.
   Sempre associo o relato do jesuíta ao filme escandinavo chamado O Boi, no qual uma mulher desesperada mata um boi para fazer um caldo de carne para seu filho muito adoentado. Ela é condenada à morte por ter matado um dos últimos bois do povoado. Um contraste assombroso com a situação sul-americana na época das reduções jesuíticas.

     b) Luso-brasileiro
     Em 1737 a contrução do forte-presídio Jesus-Maria-José origem da cidade do Rio Grande marcou o início da ocupação lusa no Continente do Rio Grande de Sam Pedro.  A Revolta dos Dragões, ocorrida em 1742, refletiu as penosas condições de infra-estrutura e de abastecimento do povoamento.
     Os açorianos foram os novos ingredientes no caldeirão multicultural sul brasileiro. Fundaram o Porto dos Casais, atual Porto Alegre em 1752.
     No mesmo ano, a "tranqueira invicta" Rio Pardo foi criada por Gomez Freire de Andrade para servir de base de apoio as tropas portuguesas na Guerra Guaranítica (1754-1756).  Essa epopéia inspirou Basílio da Gama no Uraguai.
     Em 1801, Borges do Canto, Gabriel Ribeiro de Almeida, Bento Manoel Ribeiro, Manoel dos Santos Pedroso e cerca de 40 sul rio-grandenses esticaram as fronteiras até as barrancas do rio Ibicuí.  Os conquistadores luso-brasileiros construiram o Forte de São Francisco de Assis para guardar a nova fronteira.
   A formação da sociedade estava a cargo de soldados e tropeiros, na maioria. Alguns participaram da expedição que conquistou as Missões em 1801.
   Assinado o Tratado de Badajós em junho de 1801, os rincões começaram a ser repartidos entre os "vassalos del rei" em grandes extensões de terra destinadas a criação de gado ou estâncias.
   A forma de ocupação e a distribuição da terra realizada pelos luso-brasileiros, determinou a estrutura sócio-econômica-cultural ainda reinante em São Francisco de Assis.
   Vassalos estancieiros tornavam-se coronéis e seus peões campeiros trasmutavam-se em soldados.
   O mate,  hábito guarani, tornou-se parte do dia-a-dia de muitos sul rio-grandenses.
   O naturalista francês Amado Bompland, residente durante vários anos nas Missões, foi o grande incentivador do uso e cultivo da erva mate.
   Destaca-se e nos interessa o estancieiro Antônio Jacinto Pereira, avô do coronel Manoel Vianna e bisavô de Tyrteu, que recebeu por trespasse, em fevereiro de 1807, a sesmaria localizada na área correspondente ao atual território do município de Manoel Viana.
   A tolerância racial dos portugueses, que inclusive estimulavam a miscigenação e a participação na sociedade do índio, (muitos eram "ex-reduzidos" e com forte influência platina), determinou o surgimento do assisense.
   A incorporação dos índios à sociedade foi estimulada por lei de 4 de abril de 1755, mas, na prática, apenas índios civilizados foram beneficiados.
    Aconteciam casamentos entre os portugueses e as índias, e os índios exerciam cargos administrativos, como é o caso do primeiro oficial de Justiça do Juizado de Paz em São Chico, GABRIEL DE AGUIAR. Muitos índios eram oficiais-comandantes em guarnições missioneiras do exército, como é o caso entre os assisenses do capitão JOSÉ JOÃO JAPENY, em 1827.
    A miscigenação foi intensa. Os filhos resultantes das uniões entre os representantes de
vários povos não não tinham raça. Simplesmente não se comentava se a pessoa era português, açoriano, alemão ou índio. No entanto, os negros continuavam sendo tratados de forma diferenciada, assim como os mulatos, embora vários negros tivessem filhos com índias.
    Segundo Emiliano J. K. Limberger: Num levantamento exaustivo feito nos Livros de Casamentos de Rio Pardo, entre l759 e l832, inclusive, constatou-se l8 casamentos de índia com branco, l0 de índia com preto, 4 de índio com preta e 4 de índio com branca. Portanto prevalecia a miscigenação.
   Somente em 1954 os Estados Unidos aboliram uma lei que proibia a união inter-racial (o anglo apartheid sul-africano foi ontem). Martin Luther King personificou a luta contra o apartheid norte-americano. No cinema, Mississipi em Chamas lembra as barbaridades cometidas pela Ku Klux Klan.
   A transferência da coroa portuguesa para o Rio de Janeiro em 1807 intensificou a doação de sesmarias aos vassalos.
   *A expressão não se refere a qualquer doença sangüínea como sífilis, gonorréia etc., mas a limpeza racial, conforme Emiliano J. K. Limberger, POA/RS em l0/00.

    c) Negros
   Dos 90 mil habitantes do RS em 1814, 21 mil eram negros. Em 1874, 98.450 escravos formavam 21,28% da população sul rio-grandense.
   Em 1909 um articulista escreveu sobre Manoel Vianna: Teve infância feliz na vida alegre do campeiro.
   Exercer atividades campeiras é uma alegria para o homem do campo, talvez, por isso ignore registros de negros fujões ou atividades de capitães do mato em São Chico e arredores.
   No inventário(1872) de José Tristão Vianna, avô de Tyrteu e pai de Manoel Vianna, estão arrolados oito escravos com a profissão de campeiros.
   Acredito que os negros assisenses tenham vivido melhores que os seus conterrâneos nos saladeiros pelotenses, na capital da província ou nas zonas coloniais agrícolas.
   Barbosa Lessa, nascido em Piratini, região sob influência dos saladeiros pelotenses, diz: Na minha santa terrinha, tanto os CTGs(Centro de Tradições Gauchescas) para negros como os para brancos conviviam bem, mas separados.
   Em Triunfo nos dez primeiros anos de freguesia, de 1758 a 1767, foram registrados no Livro de Casamentos dos pretos, pardos e índios 47 casamentos. Em 29 deles, ambos os noivos eram pretos ou pardos, escravos ou livres, um preto ou pardo casava com índia ou vice-versa, e houve dois casos de casamentos de açorianos com índias.(Neis, id).
   O primeiro batizado registrado em São Francisco de Assis, pelo Pe. Coelho de Souza, ocorreu em 4 de fevereiro de 1827 e foi duma criança escrava, assim constando: Aos quatro dias de fevereiro de mil oitocentos e vinte e sete nesta Capela de São Francisco de Assis batizei solenemente a DOMINGOS preto nascido a dez de janeiro filho natural de Maria Nação Congo escrava de Verissimo Paim Coelho casado freguês desta Capela, foram padrinhos Benedito e Marta pretos escravos do Sargento Mor Antônio Jacinto Pereira, e para constar fiz este assento que assino. José Paim Coelho de Souza. O Paroco de Alegrete, resgatou Francisco Haigert no livro Pioneiros.


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