Voltar

Umbu
Está vendo aquele umbu , lá embaixo, à direita do coxilhão?
Contos Gauchescos. J.Simões Lopes Neto

        Amor Desarranjado
        (Colhido no Município de Piratini)
         A Marina já não podia agüentar mais o Neco. Que homem cargoso, Deus do Céu! Depois, se ainda tivesse jeito de gente! Mas com aqueles braços caídos, aquela voz de tauara rachada e aqueles olhos de terneiro mamão... só se já estivesse desenganada da sorte! E até que o Neco seria um bom partido, se não tivesse aquele jeitão destornilhado: herdara do pai uma extensãozinha de campo, tinha uma boa plantação de milho, e um parelheiro no trato que volta-e.meia andava botando terrra na matunganda do rincão. Mas, no mais... um perrengue! E mais cargoso do que varejeira... Botara os olhos nela, desde aquele baile no Costa, e então só o que fazia era lhe incomodar com suas visitas e presentinhos.
         Ora, que fosse capinar!
         Lá um belo domingo, o Neco chegou ao rancho de dona Elvira, trazendo, como sempre, um embrulhinho na mão. Queria falar com a Marina. Daí a pouco surgia a chinoca, sempre que rendona com aquele meneio de corpo que deixava um vivente de rédea no chão. E o Neco até estranhou: ela vinha sorrindo, brincando, grudando os olhos nos olhos dele. Nunca ela o recebera assim tão alegre! Era sempre aquele jeito de indiferença, cumprimentando a visita como por obrigação... Mas, aquele dia, a cousa mudara por completo. E o Neco, entusiasmado mais confiante do que nunca, desembrulhou o vidrinho de água-de-cheiro que comprara na vila.
         - Um presentinho, dona Marina...
         - Ora, vivente! - e a morena sorria, contente da vida - Não precisava se incomodar! Veja só...
         E sorrisos pra cá, sorrisos pra lá, a conversa foi pegando fogo.
         Veio mate. Ao alcançá-lo, a chinoca fazia questão de se demorar com a mão na cuia... e o Neco sentia até arrepio!
         Depois, o café. Bolo frito cheiroso, rapadura, mel, a boca colorada da morena... e o Neco até perdeu o apetite!
         Nunca fora tão bem recebido Dela morena dos seus sonhos...
         Mas ainda não acontecera tudo: o melhor viria pela volta das quatro horas. Com uma voz que parecia escorrer do corpo dela, de tão linda e adocicada, a Marina convidou o Neco a darem um passeiozinho até a horta.
         - Vou colher umas laranjas... Queres ir comigo?
         Uma fruta aqui, outra mais adiante, - a Marina juntando no cesto e o Neco puxando os galhos - foram os dois se metendo pelo arvoredo dentro. Foi quando, parando de súbito, a morena voltou-se pra o moço e largou de sopetão, sem nem lhe preparar o coração:
         - Porque demoraste tanto, Neco? Quinze dias sem aparecer... Se tu soubesses como eu te esperei... e se soubesse quanto eu gosto de ti!
         O Neco chegou a sentir uma nuvem preteando tudo. Estaria sonhando? Seria possível o que estava ouvindo?
         O final da palestra, então, foi cousa que ele nunca poderia ter imaginado:
         - Amanhã, ao cair da tarde, direi à mamãe que tenha de lavar umas roupas, e irei até o arroio. Lá estarei te esperando... Tenho uma surpresa pra te dar... E depois conversaremos uma porção de cousas... só nós dois...
         O Neco nem piscava!
         - Mas ouve bem, Neco! - e a voz da chinoca tornou-se áspera, enquanto toda a sua fisionomia transmudava-se num ar imperativo. - Não há cousa que dê mais tristeza a uma mulher do que ser desprezada pelo homem de quem gosta. Se amanhã não apareceres, se faltares ao encontro, nunca mais ponhas os pés aqui!
         A custo, o Neco conseguiu desenrolar a língua:
         - Mas Marina! Como é que... como é que eu não vou aparecer! Eu... que gosto tanto de ti!... Se eu não for ao arroio. amanhã podes escrever: nunca mais aparecerei em tua casa!
         Olhos brilhando, a morena indagou:
         - Palavra de um gaúcho?
         E o Neco, solene:
         - Nunca mais!
         Voltaram. Na varanda, cotovelo encostado à mesa e mão colada ao rosto, o Neco só pensava no encontro do dia seguinte. Imaginava cada coisa... E dizer que ele se julgava o homem mais infeliz do mundo, mais desgraçado do que potrilho nascido em sexta-feira santa! Ele, que os companheiros diziam - o Porfírio contara - que tinha mau olhado! Haveria de mostrar mau olhado àquela gente toda. Veriam quem ele era! E quanta inveja haveria de causar quando passasse de braço com a Marina, a pinguaricha mais linda daquele pago! Oiga-te que a vida é buena!...
         - Sirva-se, Neco - era a morena lhe alcançando a cuia do chimarrão. - Cevado com todo o gosto, por mim...
         O Neco andava galopeando nas nuvens. E imaginava aquele esperado encontro... Sozinhos... o arroio chorando nas pedras... a sombra do arvoredo... e Marina, cabelos negros esparramados pelos ombros, olhos brilhando, chamando, tentando...
         Ansiado, o moço tomou só uns quatro mates e se levantou. Não podia agüentar parado ali pertinho da namorada, com aquela tropilha de pensamentos a lhe mexer com os nervos. O melhor era partir, andarenguear sem rumo até cair a noite, voltar para casa, esperar que passasse aquela noite de uma vez, e no outro dia, feliz, chegar até a batedor de roupa, no arroio.
         Ao lhe alcançar o mate do estribo a morena sorriu, e cochichou, mais uma vez:
         - Amanhã, no arroio, Neco... Eu te espero...
         O gaúcho montou, estonteado por aquele sorriso. Mas o sorriso logo desaparecia: olhos sombreados, testa franzida, um jeito esquisito nos lábios, a chinoca recomendou: - E não te esqueças: amanhã ou... nunca mais!
         No outro dia, a sia Emerlinda - a benzedeira de mais fama do vizindário - era chamada para ver o Neco, que se contorcia num catre, no galpão da Estância. Enfraquecido, arquejante, vinha “correndo veado” desde madrugada, e parecia que ia purgar até o coração. A tal de diarréia, como chamam na cidade. Uma miséria!
         Arquejante, falando de si para si, o Neco gemia:
         - Eu sou mesmo mais desgraçado do que potrilho nascido em sexta-feira santa... Ter uma corredeira destas logo hoje!... Logo hoje!... Como é que eu vou fazer, Deus do Céu?
        E com raiva, completava:
         - Se isto é doença pra homem!
         (Ah! Um mate com casca de umbu!... É cousa bem séria...)

        História do Chimarrão,  Barbosa Lessa.


       Umbu
       O Umbu é uma árvore grande e folhuda que cresce no pampa. Muitas vezes é solitária, erguendo-se única no descampado e atrai os campeiros, os tropeiros, os carreteiros que fazem pouso sob sua proteção. O tronco do Umbu é muito grosso, as raízes fora da terra são grandes, mas ninguém usa a madeira da árvore - não serve para nada, mesmo. É farelenta, quebradiça, parece feita de uma casca em cima da outra.
       Por quê?
       Pois não vê que quando Deus Nosso Senhor criou o mundo, ao fazer as árvores perguntava a cada uma delas o que queria na terra. A laranjeira, o pessegueiro, a macieira, a pereira e assim por diante, quiseram frutos deliciosos. O pau-ferro, o angico, o ipé, o açoita-cavalo, a guajuvira, pediram madeira forte.
       - E tu, Umbu, queres também frutos doces e madeira forte?
       - Nada, Senhor. - respondeu o Umbu. - Eu quero apenas folhas largas para as sesteadas dos gaúchos e uma madeira tão fraca que se quebre ao menor esforço.
       - A sombra, Eu compreendo - disse o Senhor. - Mas porque a madeira fraca?
       - Porque eu não quero que algum dia façam dos meus braços a cruz para o martírio de um justo.
       E Deus Nosso Senhor, que teve o filho crucificado, atendeu o pedido do Umbu.

       gentileza de Bernardete Angela Manosso
       Mitos e Lendas do RS
       Antonio Augusto Fagundes
       http://pessoal.mandic.com.br/~flecha/intro.html
 

    Folklore Cordobes

          Leyenda del ombú

          Por Tercero Arriba, por los pagos del Tercero y por San Justo, los paisanos del lugar dicen historias como éstas: El ombú suele aparecer raramente... Lo creen árbol bueno, su raíz enorme y retorcida con grandes protuberancias sirve de guarida a los perros.
          Lo creen un árbol bueno porque generosamente da sombra al caminante. Cuando Dios hizo el mundo, después de haber hecho los mares y la tierra, los hombres y los animales, cuando hacía las plantas, a cada una le preguntaba lo que quería ser. Cuando le llegó el turno al Quebracho, éste le dijo:
          - Tata Dios... ió quero ser juerte y duro pa’ resistir los golpes de la suerte, y Tata Dios lo hizo juerte y duro.
          Cuando le llegó el turno al jacarandá, éste dijo:
          - Tatita... ió quero ser coqueta como mujer, y Tata Dios la hizo coqueta...
          Después le llegó el turno al cañaveral...
          - Qué querís ser vos?... le dijo Tata Dios...
          - Ió quero ser, Tata Dios, largo y duro pa’ ser lanza e’ soldado y picana ‘e los bueyes en el trabajo ‘e las carretas... dijo el cañaveral del cañadón...
          Por último le llegó el turno al ombú y éste al ser preguntado por Tata Dios, le contestó: descanso a los caminantes; ió no quero flores ni perfumes, ni vistosos colores, ni jugo, ni siquiera fruto... que mi tronco sea blando y que ni los clavos puedan quedar clavados en mi madera... Tata Dios... ió quero hacer el bien a los hombres... ió quero aliviarles las fatigas cuando cruzan las llanuras y los montes, los ríos y montañas bajo el sol calcinante y muertos de sed en medio de la tierra reseca por el fuego y el calor...
          Y Tata Dios lo hizo como le pidió el ombú.
          Pasaron muchos siglos y siglos... Vino el Redentor del mundo, salvó a los hombres y éstos lo crucificaron. Cuando el ombú lo supo corrió y pidió hablar con Tata Dios... Tatita
          Dios consintió y el pobre ombú lleno de dolor; le dijo:
          - Tata Dios... cuando usted hizo los árboles les preguntaba a todos qué querían ser... y tuitos querían ser bonitos, lindos y juertes... Ió no quería nada d’eso pa de Dios que nos trajo amor al mundo...
          - ¡Ah...já!...bueno m’hijito... mi hais ienao de satisfacción...
          A naides había oído hablar tan lindo, dijo Tata Dios... y abrazándolo, le dijo:
          - Ió te protegeré por toda la eternidad para que sigas haciendo el bien a los hombres...

          Tomada del libro “Leyendas cordobesas” de Julio ViggianoEsain.
         http://geocities.com/Nashville/Stage/4363/leyen_idx.htm
 

La mariposa y el ombú
Ernesto Diego Buezas de la Torre*

Ilustración: Ernesto León
En un bosque de los tantos,
debajo de ingente azul,
con su tronco embelesado,
se anquilosaba un ombú.
Un ombú que perpetuaba,
indefinida, su espera,
con un ancla de raíces
lanzada sobre la tierra.
Un ombú que prolongaba
sus enramados caminos,
para que el ave asentase
la vivienda de sus nidos.
Un ombú cuya nostalgia
se remontaba a la ausente
condición, liviana y libre,
de ser pequeña simiente.
Pues sabiendo que, del suelo,
era enclavado cautivo,
nunca mostraba, aunque enorme,
contento por verse vivo.
Nunca mostraba contento,
si bosque ni monte vario
conocía por sufrir
condena de sedentario.
Mas pasó una mariposa
ingenua, por ser menor
su vivencia entre los bosques,
e inquieta se le acercó.
Y sin saber de la pena
que al árbol amedrentaba,
irreverente y curiosa
le preguntó con sus alas:
"¿Me dirás, ombú, por qué
la natura es tan injusta,
que me hizo frágil a mí
y a ti una planta robusta?
¿Me dirás, ombú, por Dios,
pues juro que no lo entiendo,
por qué fugaz me hizo a mí,
mientras a ti sempiterno?
¿Por qué, pródiga, te dio
natura a ti tantas ramas
con hojas, mientras a mí
tan sólo débiles alas?
¡Qué injusta que fue natura
conmigo, puesto que tú
cuentas con tantas ventajas
por ser un árbol, ombú!
¡Qué bellaca fue natura,
qué inicua, mala e injusta,
que me hizo frágil a mí
y a ti una planta robusta!"
Mas el ombú plañidero,
con su savia de tristeza,
le respondió con sollozos
de brisa entre la maleza:
"Yo prolongo mi enramada
cual un frondoso camino,
para que puedan posarse
los pájaros con sus nidos.
Testigo soy de las crías
que raudas al cielo huyen,
mientras a mí, una parcela
diminuta me recluye.
Y siendo enorme, no muestro
contento por verme vivo:
Obsérvame, de este suelo,
soy enclavado cautivo.
Obsérvame, que yo nunca,
ni bosque ni monte vario
conoceré, si condena
sufro de ser sedentario.
Ve tú, mariposa blanca,
que tienes vida de un día,
a conocer lo que yo
no pude en mi larga vida.
No te quejes, pues natura
me dio a mí en eternidad,
lo que a ti, con ambas alas,
te dio en posibilidad.
Que si me dio a mí, natura,
dureza sobre este suelo,
a ti la fragilidad
te dio, mas en amplio cielo.
¡Ve tú, dulce mariposa,
que tienes vida de un día,
a ver lo que yo, en un siglo,
no pude ver todavía!"

         (del libro "Diálogos legendarios")
         * Nació en Buenos Aires, Argentina, el 31 de octubre de 1970. Cursó la licenciatura en Ciencia Política en la U.B.A, y actualmente se desempeña como profesor de dicha institución y docente de portugués.
              http://web.jet.es/enseres/ebue.htm
 

       Ombu (Phytolacca dioica)
       Nativo de la Mesopotamia también crece en el noreste de la región Pampeana. Esta herbácea con aspecto de árbol desarrolla un grueso tronco fijado al suelo por numerosas raices superficiales. Hay árboles femeninos, que dan fruto, y árboles masculinos, cuyas flores sólo producen polen.
       El ombú es un árbol de la familia de las fitolacáceas, que simboliza a la pampa. Es voz de origen guaraní: umbú que significa sombra o bulto oscuro. Se lo considera más bien una hierba gigantesca que un árbol. Es de corteza gruesa y blanca, madera fofa, hojas alternas y simples, con flores dioicas en racimos de mayor longitud que las hojas. Crece muy bien en la llanura pampeana y su generosa sombra cobija a los viajeros y al humilde rancho campesino formando parte del paisaje.
       El ombú es originario de Argentina, y ningún otro árbol tiene tanto derecho al nombre de "árbol gaucho" como el ombú. El campesino buscaba su vecindad cuando iba a construir el rancho, ya que su sombra reparadora y su fresca lo defendía del calor y las tormentas del invierno.
       El ombú vive siglos, con su enorme copa verde, erguido y firme. No hay huracán que pueda derribarlo, ni rayo que logre fundirlo.
       Sus hojas medicinales, hervidas en agua, son un purgante eficaz.

www.utenet.com.ar
         Su nombre científico es (Phytolacca dioica) y es una hierba gigante, originaria de los alrededores de la laguna Iberá en la provincia de Corrientes, que se difundió por toda la pampa. Alcanza un gran desarrollo en cualquier terreno, mientras que sus hojas, flores y frutos tienen propiedades medicinales, las primeras como purgante. Sus hojas, maceradas con la madera del tronco, se emplean para la fabricación de jabón.
         www.todo-argentina.net/Geografia/Parques/animales/ombu.htm

         Ombú
         Nombre científico: Phytolacca diorca, Linneo. Nombre vulgar: Ombú.
         Usos y Dosis: Usase la corteza de la raíz. Se bebe un cocimiento de la corteza de las raíces en la proporción de 25 grs. por 1 1/2 litro de agua. Se hierve durante 10 minutos. Se cuela y se toma una taza en ayunas y otra al acostarse. Es purgante. En uso externo, preparar 30 grs. de corteza por litro de agua, en cocimiento. Para llagas, úlceras, heridas. Era usado este cocimiento para curar las heridas provocadas por sus filosos cuchillos, manejados diestramente en defensa de la Patria y la mujer como lo hacían los caballeros andantes españoles.
 

       "Huesito Caracú, el remolino de las pampas"
       Entre zambas y blues "Huesito Caracú, el remolino de las pampas", de Hugo Midón. Con Gustavo Monje, Laura Silva, Daniel Zaballa, Florencia Aragón y Diego Reinhold y otros. Música: C. Gianni. Escenografía: A. Negrín. Coreografía: D. Petroni. Vestuario: R. Schusseheim. La Plaza, sábados y domingos a las 15 y 17.
* * * *
       Como salidos de una obra de Molina Campos aparecen en escena "la mama", "el tata" y Huesito Caracú. "Yo soy tierno por dentro como un bichito de luz y duro por fuera como un tronco de ombú", así se presenta Huesito Caracú. El gauchito es un joven enamorado de la novia de Cocorito, el hijo del señor Lux. El protagonista no acepta que su pueblo no tenga luz y se rebela contra la autoridad y el poder, representados por los policías, el niño bien y el propietario de la empresa de electricidad y candidato a intendente del pueblo.
Aunque no todas son malas para Huesito. Su enamorada, cansada de ese mundo de ostentación de camionetas 4X4 y caballos de carrera, decide abandonar al hijo del empresario. Ella viene de una familia modesta y le confiesa, a su nuevo amor, que prefiere la luz del sol y salir a caminar por la noche para estar en contacto con los fenómenos naturales.
       A partir de varios elementos del teatro gauchesco, Hugo Midón buscó reflejar la fuerte relación con la naturaleza a través del impacto de lo visual y sonoro del paisaje campestre reforzado por el refranero criollo. Así logra una puesta encantadora que acerca a los niños de la ciudad a la nostálgica vida en el campo. La tranquilidad se ve interrumpida en la ocurrente escena donde aterriza un ovni, parodiando las infaltables historias que relata la gente del campo.
       El magnífico aporte de la dirección musical de Carlos Gianni hace lucir a los protagonistas entre chacareras, gatos, malambos y zambas que, de una forma dinámica y sorpresiva, derivan en otros géneros como el jazz, el blues y el rap. Gustavo Monje y Diego Reinhold interpretan a unos inolvidables personajes: el Gauchito y el heavy Cocorito, enfrentados por el amor de una mujer. También se luce la pareja de Laura Silva y Daniel Zaballa en sus papeles de padres que siguen de cerca los pasos de su hijo y lo acompañan en su lucha por no seguir viviendo en la oscuridad.
       En esta obra, Hugo Midón refleja en clave de tradición gauchesca una estrategia de supervivencia de la infancia en medio de la vorágine del cambio de milenio.  

         Festival de Cine Independiente - Mar del Plata y el Ombú de Oro
         www.fotograma.com/notas/festivales/1062.shtml
 

Voltar
Hosted by www.Geocities.ws

1