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Arlinda Gonçalves da Silva Prunes

     Arlinda Gonçalves da Silva Prunes (assim costuma assinar), nasceu em São Francisco de Assis em 9.10.1889, filha de Perpétua Gonçalves da Silva  e Júlio Campos da Silva. Ele, descendente do general Bento Gonçalves da Silva .
     Casou na terra natal com Teotônio Prunes em 25.11.1905, quando este editava O Assisense e, unida pelo matrimônio com um tipógrafo e jornalista, foi, por assim dizer, contaminada pela febre da imprensa, de tal maneira que se tornou exímia tipógrafa. Ombreou com o marido nas lutas jornalísticas, dirigindo, redigindo e imprimindo, juntamente com Natércia Cunha velloso, O Incentivo, pequeno jornalzinho literário surgido em Rio Pardo em 2.7.1908. desde então não mais deixou as velhas caixas tipográficas.
     Falecido Teotônio em 1948, já velha e cansada, ainda assim continuava na luta pela sobrevivência, acompanhada dos filhos, já agora em Porto Alegre, na Tipografia Prunes. Trabalhou até os 70 anos, vindo a falecer em Porto alegre em 13.10.1960. Pela sua vida e pela sua obra, foi - no dizer de Lourenço Mário Prunes - uma heroína e uma santa.
    Santa porque trabalhou, ajudando a sustentar a família, depois que morreu Teôtonio, como poucos homens trabalham. Ela mesma conpunha, paginava e imprimia panfletos. Aos domingos, fechadas todas as tipografias, fazia convites para enterro, para reforçar os magros ganhos da semana. e ao mesmo tempo era de temperamento explosivo: apaixonava-se pela causa pública, tomando partido político, não raro com risco para a segurança do casal e dos filhos.

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