Voltar

Inhacundá

Inhacundá
Serpenteando
Paciente,
Tranqüila,
Incansavelmente
Atra     s sa a min      ter
      ve                          ha        ra
Rio amigo,
Acolhedor!
Que assisense
Não te conhece?
Qual o que não te ama?
Embora sejas pequeno,
Talvez tímido, recalcado,
Para mim és o MAIOR!
Por isso já decidi:
Igual a ti
Outro não há,
Meu querido Inhacundá!
 

Retorno aos Pagos

Corrido lá de Corrientes
Enveredei pra meus pagos,
Bebendo sempre alguns tragos
Vim montado em meu manzapo,
Mascando galhos de aipo
Para doenças espantar . . .
Pra dançar uma rancheira
Com tio Coco e o Xará
E tomar uma borracheira
Na beira
Do inhacundá.
Bah!

Leopoldino Vieira Cidade - Pouca Carne. Poemas do Lucidoro e Outros que Tais.
 

 
Poço Pesqueiro
Para o Eduardo Nunes, cunhado.

Poço pesqueiral inhacunhadense
De pesqueiríssimas pescarias
Sem minha sequer assistência
Mas diziam
águas negras respeitosas
Fundeando fundo inalcançado
Margens de meio mato aguacento
Nadar no pesqueiro
Desobediência periguenta
Gurizão inocente
Sem o inevitável afogamento
Só os peixes nadavam lá
Na areia sombreada
Cachaçais conversa tarde inteira
Depois o banho pesqueiral
Cabeça girando hélice etílica
Água gelada

Só Agora Tu...
Paulo Augusto Verney Ramos,
Editora Promoarte, Porto Alegre.


Voltar
Hosted by www.Geocities.ws

1