Um casal de índios pertencente à tribo Maués viviam juntos por muitos anos sem ter filhos, mas desejavam muito te r uma criança ao menos. Um dia, eles pediram a Tupã uma criança para completar aquela felicidade. Tupã, o rei dos deuses, sabendo que o casal era cheio de bondade, lhes atendeu o desejo trazendo a eles um lindo menino.
O tempo passou rapidamente e o menino cresceu bonito, generoso e bom.
No entanto, Jurupari, o deus da escuridão, sentia uma extrema inveja do menino e da paz e felicidade que ele transmitia, e decidiu então ceifar aquela vida em flor.
Um dia o menino foi coletar frutos na floresta e Jurupari se aproveitou da ocasião para lançar sua vingança. Ele se transformou em uma serpente venenosa e mordeu o menino, matando-o instantaneamente. A triste notícia se espalhou rapidamente.
Neste momento, trovões ecoaram na floresta e um raio caiu junto ao menino. Então a índia-mãe disse: - É Tupã que se compadece de nós. Plantem os olhos de meu filho, que nascerá uma planta, que será a nossa felicidade.
Os índios obedeceram ao pedido da mãe e plantaram os olhos do menino. Neste lugar cresceu o guaraná, cujas sementes são negras, cada uma com um arilo em seu redor, imitando os olhos humanos.
Ela e toda tribo choraram muito. Enquanto isso, um trovão
ribombou e um raio caiu junto ao menino.
Então a índia-mãe disse:
- É Tupã que se compadece de nós. Plantem os olhos de meu filho, que nascerá uma fruteira, que será a nossa felicidade.
Assim fizeram e dos olhos do menino nasceu o guaraná.