Logotipo do CP 400

PROLÓGICA - CP 400 Color

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

CPU: A linha TRS Color era baseada no processador 6809E da Motorola. Um processador com uma arquitetura mais avançada se comparado aos similares da época como o 6502 e o Z80 (usados no TK 82/85/90X, MSX, CP 500, entre outros). Operava a 0.895Mhz e podia chegar até 1,6Mhz.

Por questões de simplificação, o clock principal do sistema era gerado por um cristal de 14.318180 Mhz e era dividido em submúltiplos para gerar o clock necessário para video colorido (3.58 Mhz) e para a CPU. Por isso, o valor de 0.895Mhz. Um overclock era possível desde que se separasse o clock do video do clock da CPU e memórias.

O 6809E endereçava até 64Kb/8bits. Possuía acumuladores de 8 e 16bits (A,B - 8 bits e X,Y,D 16 bits), além de registradores de flags (CC), contador de programa (PC), pilha (U,S) e páginação (DP).

RAM: A versão 64Kb do CP 400, possuía 8 chips com 64K / 1 bit cada um. A memória era controlada pelo Motorola MC 6883 conhecido como SAM (Synchronous Address Multiplexer). O intervalo entre 8000h e EFFFh era destinado à ROM do sistema. Quando a ROM não era necessária, através de chaveamento via software, o intervalo podia ser utilizado como memória RAM. Muitos programas e jogos utilizavam desse recurso. Primeiro, era feita a carga da primeira metade do programa, era feita a cópia para essa área e o controle voltava ao BASIC (sim, porque a ROM e RAM, na verdade, compartilhavam esse intervalo) e era feita a carga da segunda parte.

Intervalo Função
0000h-00FFh Variáveis do sistema
0100h-0111h Vetores de interrupção
0112h-01A8h Variáveis e ponteiros do sistema
01A9h-02D8h Dados de controle do K7 e buffers
02D9h-03FFh Buffers diversos
0400h-05FFh Memória de video modo texto
0600h-0DFFh Área de controle dos floppys disks (quando instalado)
0E00h-7FFFh RAM (também usada como memória de video gráfico)
8000h-9FFFh Extended Color Basic
A000h-BFFFh Color Basic
C000h-DFFFh Disk Basic ou ROM de cartucho
E000h-FEFFh ROM de cartucho
FF00h-FFFFh Registradores de I/O

ROM: O CP 400 já vinha com o Color Basic e o Extended Color Basic embutidos em 2 memórias ROM (ou PROM ou EPROM) de 8Kb cada. Quando a unidade de disco era instalada, uma nova ROM, o Basic Disk, adicionava funcionalidades de controle das unidades de disco ao sistema.

CARTUCHOS: O slot localizado na parte dianteira do gabinete do CP 400 permitia o uso de cartuchos de até 16Kb de capacidade para cargas imediatas de jogos, aplicativos e utilitários.

VIDEO: O video do CP 400 era gerado pelo Motorola MC 6847 conhecido como VDG (Video Display Generator). Todos os caracteres de texto e  semigráficos estavam embutidos no chip. Com ele, era possível habilitar um modo texto com 2 paletas (verde e laranja) com 16 linhas por 32 colunas, vários modos gráficos com 3 paletas:

    - Branco, preto, azul e vermelho (no Brasil, era verde)
    - Verde, vermelho, amarelo e azul
    - Branco, laranja, verde e roxo

A resolução máxima era 256x192 pontos em preto e branco ou verde escuro e verde claro. Nesse modo, gráficos gerados em cores, tinham a metade da resolução horizontal devido a maneira como o 6847 compunha cores. Essa maneira ficou conhecida como cores artificiais (artifact colors) e apresentava alguns efeitos colaterais curiosos: na resolução máxima, dependendo do sincronismo da imagem na tela, a cor apresentada podia ser azul ou vermelho. Alguns jogos, mostram uma tela com uma dessas cores e uma legenda. Para acertar, era necessário pressionar a tecla de reset. Através desse artifício, várias outras cores eram obtidas.

Em modo texto e semigráfico, era possível ter até 9 cores simultâneas.

O video e o áudio eram modulados para RF e no sistema de cores brasileiro (PAL-M)

AUDIO: O CP 400 não possuía um gerador de tons. O áudio era "escrito" diretamente na interface de saída. O 6883 controlava uma porta de um conversor AD/DA de 5 bits. Cada valor escrito nessa porta correspondia a um valor de tensão na saída do conversor. Ao escrever rapidamente determinados valores, era possível emular até 4 canais simultâneos de áudio. Esse algorítmo é feito em assembly e bem complicado.
Também era através desse conversor AD/DA que o sinal do K7 era lido.

PERIFÉRICOS: O CP 400 disponibilizava diversas interfaces para periféricos: serial RS-232, entrada/saída para gravador K7, slot para cartuchos e placas de expansão, saída para monitor RGB, saída para TV em cores e 2 entradas para joysticks analógicos. Infelizmente, no Brasil, havia poucas opções de periféricos. Nos EUA havia opções como: mouses, controladores de HD´s, placas expansoras de video,  placas expansoras de memória, placas CP/M, módulos de sintetização de voz, módulos MIDI e até uma placa que transformava o Coco num PC/XT.

O conector ligado à interface de K7 possuía 3 cabos: Áudio In, Áudio Out e Remote. Através deles, o CP 400 lia e gravava os programas em até 1500 bauds e controlava o gravador.

DISQUETES: Apesar do CP 400 poder controlar até 4 unidades, com o CP 450, era possível utilizar até duas unidades de até 156Kb cada.

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