O Que é uma Parábola
Definições No decorrer do tempo que durou o ministério de Jesus, ele usou várias formas de ensino para fazer o homem entender a boa nova da salvação. Entre esses métodos de ensino encontramos belíssimos sermões, como o do monte, (Mateus 5,6 e 7), milagres, que são sinais de verdades transcendentes como a ressurreição de Lázaro, e parábolas. O ensino por parábolas era empregado por rabis e está registrado no Talmude e outros livros orientais. É uma forma didática de expressão usada no discurso. Segue abaixo algumas definições:     1. Parábola - do Lat. parabola < Gr. parabolé, comparação. Alegoria que encerra doutrina moral. http://www.priberam.pt/dlpo/dlpo.aspx (dicionário on-line)   2. Esta palavra ( parábola) pode significar, na linguagem comum do judaísmo pós-bíblico, sem que se recorra a uma classificação formal, formas figurativas de linguagem de todos os tipos: parábola, símile, alegoria, fábula, provérbio, revelação apocalíptica, enigma, símbolo, pseudônimo, pessoa fictícia, exemplo, tema, argumento, apologia, refutação, anedota (Jeremias, Parables, 20).   3. Parábola vem do grego παραβολή - para ("ao lado" ou "junto a") e ballein ("lançar"). Assim, a história é lançada com a verdade para ilustrá-la. Os ouvintes e leitores, ao perceber a comparação ou analogia entre a história e a situação em que se encontram, são estimulados a pensar. Antes de interpretar uma parábola, pergunta-se: Qual é o objetivo da história? Que verdade espiritual está sendo ilustrada? Que analogia está sendo feita? (Roy B. Zuck, A interpretação bíblica, Vida Nova)   4. As parábolas de Jesus são uma forma concreta de dramática de linguagem teológica que força o ouvinte a reagir. Elas revelam a natureza do reino de Deus e/ou indicam como um filho do reino deve agir. (Kenneth Bailey, As Parábolas de Lucas, Vida Nova) Bem difícil é marcar os limites que separam as parábolas, alegorias, símiles e metáforas; tão tênue é este limite, que as várias listas de parábolas das Escrituras, apresentadas por vários autores, nem sempre coincidem. Algumas relações trazem narrativas que por outras são excluidas como pertencentes ao rol de alegorias ou dos símiles ou das metáforas. A metáfora e o símile são bem curtos e não contém em si interpretação alguma. Já a alegoria é uma metáfora expandida e contém interpretação dentro de si mesma. A metáfora é uma figura de linguagem (estilo) em que se substitui uma palavra por outra, análoga, com sentido semelhante mas que tem maior força de expressão. Ex.: "Eu sou a porta" (Jo 10.9). há aqui uma analogia de função: como se entra pela porta, assim se ingressa no céu. "Vós sois a luz do mundo" (Mat 5.14) – como brilha a luz, brilha o crente também. O símile indica semelhança quase perfeita, mas não tem o termo de comparação que há na metáfora. Ex.: "Foi subindo como Renovo" (Is 53.2); "Foi levado como ovelha para o matadouro, e como está mudo o cordeiro do que o tosquia, assim não abriu a sua boca" (At 8.32, citando Is. 53.7-8) ou "Eu sou o bom pastor, o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas" (Jo 10.11). Além de fazer referências a histórias, a palavra grega parabole também diz respeito a afirmações curtas (às vezes chamadas de similitudes) e a provérbios. As similitudes geralmente falam de costumes no tempo presente, ao passo que as parábolas falam de determinado momento no passado (e.g., "...o fazendeiro saiu a semear", Mt 13.3). Onde se encontram as parábolas? Há pelo menos seis tipos diferentes de formato em que as parábolas de Jesus funcionam. Esses seis tipos são: Parábola em diálogo teológico. (Jesus e o jovem rico em Luc 18.18-30) Parábola em um evento narrativo. (O banquete na casa de Simão em Luc 7.36-50) Parábola em uma história de milagre. (A mulher que tinha um espírito de enfermidade Luc 13.10-17) Parábola em uma coleção topical. ( Sobre a Oração em Luc 11.1-13) Parábola em um poema. (três parábolas em 11.9-13) Parábola sozinha. (Luc 17.1-10)  Veja as Parábolas do Novo Testamento.