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Antroposofia



DEFINI��O
A palavra Antorposofia vem do grego: antropos = homem, e sofia = sabedoria. � uma filosofia de vida que re�ne os pensamentos cient�fico, art�stico e espiritual numa unidade e que responde �s quest�es mais profundas do homem moderno sobre si mesmo e sobre suas rela��es com o universo. Em seus estudos compreende todas as manifesta��es criativas: m�sica, pintura, arquitetura, psicologia, filosofia, pedagogia, etc.

Elaborada no in�cio do s�culo passado pelo fil�sofo austr�aco Rudolf Steiner (1861-1925), a Antroposofia � um m�todo de conhecimento que aborda o ser humano em seus n�veis f�sico, vital, an�mico e espiritual, e mostra como essas naturezas, absolutamente distintas entre si, atuam em constante inter-rela��o.

Ela parte da compreens�o do ser humano para ele entender n�o s� a si pr�prio como a todo o universo. A Antroposofia demostra que o mundo espiritual pode ser observado com tanta (na verdade, maior) clareza com que se observa o mundo f�sico. Para isso, � necess�rio que se desenvolvam individualmente �rg�os de percep��o que jazem latentes em todos os seres humanos, sendo nesse sentido indicados exerc�cios de medita��o individual.

A medita��o antropos�fica baseia-se na atividade do pensamento consciente, que deve conservar sua clareza, ser totalmente controlado e ser desenvolvido a ponto de n�o depender de conceitos e imagens provenientes do mundo f�sico.

Toda a obra de Rudolf Steiner (ele publicou 40 livros e deu cerca de 6.000 palestras agrupadas em 270 volumes) e de seus continuadores est� publicada. N�o h� absolutamente nada de secreto na Antroposofia.

A Antroposofia fornece uma grandiosa perspectiva para a evolu��o da Terra e do ser humano, abrangendo todo o passado hist�rico e pr�-hist�rico. Atrav�s dela pode-se conceitualmente compreender muito do que foi transmitido na Antig�idade atrav�s de imagens como as dos mitos antigos. Ela indica como ampliar a pesquisa cient�fica tornando-a mais humana e mais coerente com a natureza tendo obtido �timos resultados no desenvolvimento de medicamentos, na compreens�o dos animais e plantas, etc. Nesse sentido, ela deve ser considerada como uma evolu��o do m�todo cient�fico estabelecido por Goethe. Em particular, sua Teoria das Cores foi estendida e melhor conceituada a partir de pesquisas cient�ficas feitas e publicadas por antrop�sofos.

De acordo com Steiner, os povos existiram na terra desde a cria��o do planeta. Os seres humanos, explicava, come�aram como formas espirituais e progrediram atrav�s de v�rios est�gios at� alcan�arem a forma de hoje. A humanidade, diz Steiner, est� a viver atualmente o per�odo de Post-Atlantis, que come�ou com o afundar gradual da Atl�ntida em 7227 a.C... O per�odo do Post-Atlantis � dividido em sete �pocas, sendo a atual a �poca Europ�ia-Americana, que durar� at� ao ano 3573. Ap�s esta, os seres humanos recuperar�o os poderes de clarivid�ncia que possu�am alegadamente antes da �poca dos gregos antigos.

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A ANTROPOSOFIA NO BRASIL
A Antroposofia chegou ao Brasil, mais especificamente ao Rio de Janeiro, S�o Paulo e Porto Alegre, com os imigrantes europeus no come�o do s�culo. Em S�o Paulo, o movimento cresceu e consolidou-se, passando ent�o a permear e a orientar diversas atividades profissionais.

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BIOGRAFIA DE RUDOLF STEINER

Foto Rudolf Steiner

Nascido em Kraljevic (�ustria), hoje na Iugusl�via, Rudolf Steiner viveu no per�odo de 1861-1925, vindo a falecer na Su��a.

Ainda muito pequeno, ele percebeu que tinha habilidades incomuns de percep��o, que acabaram levando-o a diversos campos de estudo, tendo suas realiza��es aclamadas por diversos especialistas.

Influenciado especialmente pela obra de Goethe e a teosofia de H. P. Blavatsky, Steiner escreveu mais de 70 livros sobre o seu m�todo. Seus temas versavam sobre a teoria e a pr�tica do desenvolvimento da percep��o espiritual. Ensinou que h� um tipo da percep��o espiritual que funciona independentemente do corpo e dos sentidos corporais. Autor de muitos livros, muitos com t�tulos como "A Filosofia da Atividade Espiritual" (1894), "Ci�ncia Oculta: Um Esbo�o" (1913), "Investiga��es em Ocultismo" (1920) e "Como Conhecer Mundos Superiores".

Trabalhou como escritor, conferencista e professor no interior da Sociedade Teos�fica at� 1912, quando um jovem indiano (Krisnamurti) foi aclamado pro alguns l�deres do movimento teos�fico como uma nova encarna��o de Cristo, Steiner foi convidado a retirar-se do movimento por recusar-se a aceitar este fato. Em 1913, ele fundou a Sociedade Antropos�fica, com sede em Dornach, perto da Basil�ia, Su��a. O pr�dio foi projetado pelo pr�prio Steiner. N�o foi uma tarefa f�cil, uma vez que consistia de duas c�pulas interligadas, uma das quais era maior do que a da catedral de St. Paul, em Londres. Embora n�o tenha tido nenhuma forma��o em arquitetura, ele foi capaz de fazer todos os c�lculos matem�ticos necess�rios para a interse��o das duas c�pulas de tamanho desigual, o que causou espanto entre os maiores arquitetos da �poca, que haviam declarado que aquilo n�o podia ser feito. O pr�dio, todo constru�do em madeira, marcou o in�cio de uma nova era na arquitetura. Steiner tamb�m inspirou e dirigiu os trabalhos de pintura e carpintaria em seu interior. Infelizmente, o pr�dio foi destru�do pelo fogo em 1923, mas Steiner projetou outro para substitu�-lo - um dos primeiros edif�cios inteiramente feito em concreto armado.

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ESCOLAS WALDORF
Entretanto, a sua influ�ncia mais duradoura e significativa, talvez tenha sido no campo da educa��o. Em 1913, em Dornach, perto de Basil�ia, Su��a, Steiner construiu o seu Goetheanum, uma "escola da ci�ncia espiritual". Esta seria uma percussora das Escolas de Steiner ou de Waldorf.

Em 1919, Rudolf Steiner foi convidado a fazer confer�ncias sobre temas sociais e educativos para os empregados da f�brica de cigarros Waldorf-Astoria. Da� resultou, entre os trabalhadores, o desejo de que seus filhos recebessem uma educa��o escolar fundamentada naqueles mesmos princ�pios. Em setembro de 1919 come�ou a funcionar a primeira Escola Waldorf, em Stuttgart, Alemanha.

Nos primeiros anos subseq�entes � funda��o da 1a escola, o movimento cresceu rapidamente por toda a Alemanha e depois se estendeu � Holanda, Su��a, Inglaterra e aos pa�ses n�rdicos. O crescimento foi vertiginoso at� os anos 30, quando ent�o muitas Escolas Waldorf foram fechadas pelo regime nazista. Em fun��o de seu trabalho, contabilizava-se no final do s�culo passado cerca de 200 escolas Waldorf em mais de 20 pa�ses (13 no Brasil), 50 comunidades terap�uticas para crian�as deficientes e 9 universidades espalhadas pelo mundo, sendo que a sede da Universidade Antropos�fica, na Su��a, mant�m cursos de Artes Musicais e da Palavra, Artes Pl�sticas, Matem�tica, Ci�ncias Naturais, Medicina, astronomia, Ci�ncias Sociais, Investiga��o Espiritual e Belas-Letras.

O curr�culo inclui as mesmas mat�rias b�sicas exigidas para todas as escolas, por�m ampliadas e complementadas por outras, como astronomia, teatro, m�sica (canto e orquestra), gin�stica e euritmia*, trabalhos manuais, desenho e pintura, artes pl�sticas.

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MEDICINA ANTROPOS�FICA
Steiner n�o era m�dico e nem teve a inten��o de criar um ramo especial da medicina; entretanto, o seu insight espiritual levou milhares de m�dicos a modificarem sua maneira de pensar e sua pr�tica. A funda��o de hospitais dedicados �s suas id�ias, principalmente na Alemanha e na Su��a, fez com que centenas de milhares de pessoas fossem tratadas de acordo com suas orienta��es.

O in�cio da Medicina ampliada pela Antroposofia remonta aos meados da d�cada de 1910, quando alguns m�dicos que seguiam as id�ias de Rudolf Steiner passaram a lhe perguntar sobre a possibilidade de se compreender melhor a medicina do ponto de vista espiritual. Inicialmente essas conversas tiveram um car�ter particular; a partir de 1920 come�aram a ocorrer cursos dados por R. Steiner especificamente para m�dicos. J� em 1921 a Dra. Ita Wegman, m�dica formada e atuando em Z�rich fundou a cl�nica na cidade su��a de Arlesheim, que mais tarde recebeu seu nome e que perdura at� hoje.

Assim como a Homeopatia, a Medicina Antropos�fica (MA) tamb�m prop�e um tratamento altamente individualizado para cada paciente. No entanto, como Steiner acreditava na reencarna��o, um m�dico da MA tem de tentar descobrir "o estado de alma e esp�rito particular".

A Medicina Antropos�fica utiliza rem�dios especiais produzidos de acordo com a compreens�o antropos�fica do ser humano e sua conex�o com a natureza. Esses rem�dios podem incluir subst�ncias que v�m de minerais, plantas ou animais, preparadas em diferentes dilui��es e para diferentes caminhos de aplica��o, externo, oral ou parenteral. Alguns rem�dios s�o semelhantes a produtos medicinais herbais, outros s�o preparados conforme as diretrizes das farmacop�ias homeop�ticas. No entanto, uma consider�vel parte das especialidades antropos�ficas � produzida utilizando-se procedimentos farmac�uticos espec�ficos segundo o entendimento antropos�fico do corpo humano. Assim, rem�dios antropos�ficos representam uma entidade singular entre os produtos medicinais.

Na homeopatia, os medicamentos geralmente s�o extra�dos a frio. As plantas s�o colocadas de molho em meio aquoso, seja em �gua ou em �lcool. Na Antroposofia, h� pelo menos oito m�todos de elabora��o dos rem�dios, inclusive t�cnicas como a carbonifica��o.

Entre os rem�dios antropos�ficos mais conhecidos est�o as prepara��es de visco branco para o tratamento do c�ncer (proposto pela primeira vez como tratamento para o c�ncer por Steiner, em 1920).

Do ponto de vista antropos�fico, a doen�a n�o � simplesmente um mal que deve ser eliminado. Se trabalhada de forma construtiva, ela pode abrir caminho para novas possibilidades de vida. Atrav�s dela podemos compreender o quanto nos estamos violentando f�sica e mentalmente e modificar nossa maneira de viver. � tarefa do m�dico descobrir o que est� por tr�s da doen�a e ajudar o paciente a trabalhar isso. Segundo a Antroposofia, a vida do homem n�o se limita a uma �nica encarna��o. Assim, problemas da alma que n�o tenham sido superados tendem a manifestar-se sob a forma de malforma��o f�sica ou doen�a. Portanto, esses problemas podem ajudar a pessoa a superar o desequil�brio original ou a fortalecer a alma para uma vida futura.

Frente a este diversificado quadro, a medicina e a psicoterapia desempenham um importante papel, principalmente por seu car�ter preventivo e de cura a n�veis psicossom�ticos - que toda e qualquer arte possui, de acordo com a concep��o antropos�fica, pois � na express�o art�stica que se revela, acima de todas as demais manifesta��es, a natureza espiritual ou transcendental do homem. Por isso, cultivar o sentido est�tico � t�o importante para a sa�de. Lembramos que na Gr�cia antiga j� se usava a m�sica para a cura de males espirituais. Recuperando o antigo poder da arte como medicina sagrada, Steiner codificou as diferentes atividades art�sticas portadoras de uma heran�a arquet�pica e, por conseguinte, com efeito terap�utico sobe o homem.

Essa vis�o ampliada repercute tamb�m na terap�utica, que se utiliza de medicamentos naturais, obtidos dos tr�s reinos da natureza (mineral, vegetal e animal) devidamente preparados e dinamizados, al�m de outras formas terap�uticas como por exemplo terapia art�stica, eurritmia curativa, massagem r�tmica, hidroterapia, fric��es, musicoterapia, quirofon�tica, etc.

Os m�dicos que praticam a MA t�m a sua forma��o convencional, s�o registrados no Brasil nos Conselhos Regionais de Medicina, e fizeram uma forma��o espec�fica complementar em MA no pa�s ou no exterior. No Brasil a Associa��o Brasileira de Medicina Antropos�fica (ABMA) congrega os m�dicos que praticam a MA, sendo respons�vel pelos cursos de forma��o, que atualmente est�o acontecendo em S�o Paulo e em Bras�lia.

Sociedade Brasileira de M�dicos Antropos�ficos (SBMA) - Na SBMA podem ser obtidas informa��es sobre m�dicos, terapeutas e cl�nicas de todo o Brasil, bem como detalhes sobre cursos de forma��o.

R. Regina Badra, 576 04641-000 S�o Paulo, Brasil Tel.-FAX: (011) 247-3030 [email protected] - www.medicinaantroposofica.com.br

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O QUE � EURITMIA?
Foi sobretudo com a eurritmia - a arte da palavra e a m�sica em movimento - que Steiner obteve os melhores resultados, tanto a n�vel art�stico como terap�utico.

A palavra vem do grego. Ao conceito grego "r�tmico" foi adicionado o prefixo "eu", que significa "superior". � uma arte de movimento, estreitamente ligada � palavra, ao som e ao tom. � a inten��o de tornar a fala e a m�sica vis�veis por meio de movimentos de todo o corpo. Ela estimula a coordena��o espacial, fortalece a habilidade de ouvir e desenvolve as rela��es sociais.

Steiner organizou uma disciplina corporal que traduz para o plano f�sico os movimentos energ�ticos originados na voz humana e na m�sica. Demonstrou tamb�m que cada �rg�o do corpo relaciona-se com um determinado som e movimento. A eurritmia, por sua vez, interv�m sobre os �rg�os enfermos, revitalizando-os. Steiner e seus disc�pulos chegaram at� mesmo a escrever dramas teatrais, exclusivamente para desenvolver suas t�cnicas corporais sobre um palco.

Certos gestos s�o usados de uma forma exagerada para tratar certos desequil�brios do organismo humano.

A euritmia refor�a a coordena��o e fortalece a capacidade de escutar. Quando a crian�a se experimenta como uma orquestra e tem de manter uma clara rela��o espacial com os outros, um refor�o social ocorre.

Os movimentos que realizamos com nossos membros, por mais perfeitos que sejam, s�o extremamente simples quando comparados com os sutis movimentos que acontecem nos �rg�os da fala ao gerarmos os fonemas. Por isso dizemos aqui que a express�o m�xima do movimento humano est� nos movimentos geradores dos fonemas nos �rg�os da fala.

Surge ent�o uma pergunta: � poss�vel movimentar-se o corpo de forma a imitar o que acontece na fala? Podemos imaginar que a� o movimento atingiria dimens�es nunca antes imaginadas. Como isso � poss�vel? Isso � poss�vel expressando com movimentos do corpo e especialmente com os bra�os a forma do movimento do fluxo de ar no organismo fonador quando falamos. Imaginemos que queremos expressar assim uma poesia que estamos ouvindo. Algo maravilhoso resulta da�. Claro, esses movimentos expressam o homem sadio, e quando executados trazem bem estar e harmonia. Por�m esses movimentos podem tamb�m ser for�ados, ou levemente modificados para a atuar no pr�prio organismo humano em estados patol�gicos com a inten��o de transform�-los, cur�-los, san�-los. Agora estamos falando da Euritmia Curativa.

Tendo em vista a presen�a obrigat�ria da eurritmia na educa��o Waldorf, � prov�vel que a sua aplica��o mais importante seja a n�vel pedag�gico, al�m do terap�utico. Neste �ltimo, ela � empregada principalmente nos transtornos sensitivos da conduta, na pediatria, ortopedia e psiquiatria, ou ainda para abreviar os per�odos de convalescen�a.

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LINKS:
Sociedade Antropos�fica no Brasil -
http://www.sab.org.br/

Editora Antropos�fica - http://www.antroposofica.com.br/a_editora.asp Topo

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