Ribeirão Preto "Berço da Imigração Japonesa no Brasil"

A vinda de imigrantes japoneses para o Brasil foi motivada por interesses dos dois países: o Brasil necessitava de mão-de-obra para trabalhar nas fazendas de café, principalmente em São Paulo e no norte do Paraná, e o Japão precisava aliviar a tensão social no país, causada por seu alto índice demográfico. Para conseguir isso, o governo japonês adotou uma política de emigração desde o princípio de sua modernização, iniciada na era Meiji (1868).

Apesar de não serem favoráveis à imigração, em 1906, os governos do Japão e do Estado de São Paulo levaram adiante esse processo.

Os imigrantes deixaram o porto de Kobe em 28 de abril de 1908. Eles vieram a bordo do navio Kasato-Maru que atracou no porto de Santos no dia 18 de junho de 1908. Após a permanência na Hospedaria de Imigrantes, os japoneses foram enviados em grupos, fazendas no interior de Estado de São Paulo.A bordo do Kasato-Maru estava um povo que trazia, além da bagagem, uma cultura milenar. Baseadas nos relatos de que japoneses que haviam sido enviados ao Brasil antes do início da imigração, essas pessoas esperavam enriquecer em pouco tempo e voltar para sua pátria, já que as oportunidades oferecidas nas lavouras de café pareciam promissoras. Mas os imigrantes que desembarcaram no Porto de Santos naquela manhã de 1908 descobriram outra realidade; eles foram enviados para trabalhar nos cafezais paulistas, muitas vezes sem condições adequadas de higiene. Aos poucos, essas pessoas perceberam somente com união conseguiriam conquistar sua independência.

Os japoneses então começaram a criar parcerias e cooperativas, a fim de defender seus interesses. Além disso, adquiriram pequenas terras, em que desenvolveram técnicas de produção agrícola.

Hoje, a colônia japonesa no Brasil é estimada em cerca de 1.168.000 pessoas. Apenas 10% dedica-se à agricultura e, produzem 30% do total da produção agrícola. A maioria está concentrada nos centros urbanos, estabelecidos no comércio e em outras atividades.

Mombuca

Os imigrantes da colônia de Mombuca, em Guatapará, vieram para o país no período após a Segunda Guerra. A diferença é que os primeiros imigrantes vieram trabalhar na lavoura de café, enquanto que os imigrantes que fundaram Mombuca, vieram com recursos próprios para adquirirem terras e implantarem aquela comunidade.

Cônsul oficializa Ribeirão Preto “Berço da Imigração Japonesa no Brasil”

O cônsul-geral do Japão em São Paulo, Hitohiro Ishida, esteve no dia 19 de novembro de 2004 em Ribeirão Preto, na Câmara Municipal, para receber a homenagem que confere a Ribeirão Preto o “Berço da Imigração Japonesa no Brasil”. O título foi concedido pelo vereador Sílvio Martins, através de Projeto de Lei, ao tomar conhecimento de que os primeiros imigrantes japoneses que desembarcaram no Brasil em 1908, no porto de Santos, vieram para cá trabalhar nas lavouras de café.

Autoridades e membros da comunidade japonesa, presentes na homenagem, se emocionaram ao ouvirem o Hino Nacional do Japão.

O ex-prefeito Gilberto Maggioni destacou “a relação fraterna que temos nós, brasileiros, com vocês os japoneses, um exemplo de união e trabalho”.

O cônsul Ishida destacou em seu discurso “a acolhida que tiveram os primeiros imigrantes, que também contribuíram para fazer de Ribeirão Preto o grande centro da cultura cafeeira”.

Segundo o vereador Martins, “o projeto de lei é o ponto de partida para as comemorações do centenário da imigração japonesa, onde estaremos desenvolvendo esforços para conseguir que Ribeirão tenha o destaque necessário”.

Toda a solenidade foi acompanhada pela Banda Fascina-Som, de Araçatuba, que veio até Ribeirão especialmente para o evento.

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