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REPORTAGEM

Operação Golfinho 2012

 

Por Antônio Barañano / TeleNews Torres[email protected]

 


RESGATE NA OPERAÇÃO GOLFINHO

Salvamento foi em 20kms pendurado por um cabo sobre o mar

Foto Ives Pacheco / Zero Hora / TeleNews Torres

O barco catarinense veio ao Rio Grande do Sul levar linguado

O Grupamento Aéreo da Brigada Militar realizou no sábado (21), ao final da tarde, um salvamento em alto-mar que vai ficar registrado na sua história. O jovem pescador Welington Patrick Alves Valentin, de 21 anos, lubrificava a engranagem de um guincho, quando por descuido acionou a alavanca do motor de erguer e baixar as redes. Naquele momento teve decepados três dedos e machucados os outros dois da mão esquerda.

Então, apavorado, percebeu que a vida literalmente se esvairia por esses dedos se o sangramento não fosse contido. "Cheguei a colocar a mão numa Caixa com gelo na tentativa estancar o sangue". Foi quando ouviu o motor do helicóptero se aproximando com um salva-vidas pendurado pelo cabo. "Em minutos ele estava junto de mim. Foi atencioso, explicou como ia ser feito o resgate. Não cheguei a sentir medo, pensava só na minha mão".

Uma vez a bordo o salva-vidas fez um atendimento pré-hospitalar: realizou o encapsulamento do membro ferido para estancar a hemorragia. Tudo tinha que ser feito com eficiência e rapidez ao mesmo tempo, para a noite não pegá-los sobre o oceano.

Além disso, lá fora, pairando sobre o barco, o helicóptero Guapo-09 pilotado pelo comandante major Santarosa mais o co-piloto, esperava por eles. As condições do tempo eram boas, mas no mar nunca se sabe, tudo pode mudar a qualquer momento.

O salva-vidas que desceu ao barco é Giorgio Leandro Palma de Camargo, 36 nos de idade, com 11 anos de Brigada Militar, há oito como salva-vidas, sendo dois deles trabalhando direto com o Grupamento Aéreo. Camargo diz que já tinha feito treinamento nesse sentido, mas foi a primeira vez que andou dez quilômetros de ida e outros dez de volta já com o resgatado, sendo transportado por cabo.

Segundo ele, a maior dificuldade nesse tipo de salvamento é a abordagem ao barco. "Existem muitos cabos e hastes no pesqueiro e isso dificulta a aproximação". Para transportarem o ferido optaram por uma cadeirinha, dessas usadas por quem salta de bung-jump e assim foi feito. Durante os dez quilômetros do barco até à areia da praia de Cidreira, Camargo procurou conversar ao máximo com Valentin para mantê-lo calmo.

O helicóptero foi acionado às 19:10h e às 19:55h desembarcava o resgatado no Hospital de Tramandaí. Chamou a atenção de Camargo que Valentin, com toda a gravidade de seu ferimento, pediu que o chamassem até a âmbulância do Samu. Acostumado a fazer salvamentos, Camargo diz que, compreensivelmente, nessas horas salvado e salvador mal se falam. "Mas Valentin fez questão de dizer, obrigado, obrigado". Na noite de sábado, Camargo disse que dormiu feliz porque – apesar de arriscada – a missão tinha sido cumprida com êxito.

PESCADORES DE LINGUADOS

O barco em que estava Valentin é o Rei Glória I da cidade de Penha em Santa Catarina. Eles estavam na costa gaúcha pescando linguados, a 10 quilômetros mar adentro, na altura da Praia de Cidreira, quando aconteceu o acidente.

Welington trabalha no barco há cinco anos. Ele não é o único da família a ser pescador, seu irmão Queginaldo, de 33 anos, é o capitão do Rei Glória I. E dentro dessa tragédia emerge a informação, de que o excelente linguado que os gaúchos comem nos restaurantes das praias catarinenses, é nosso.

Atualizado em: 22 JANEIRO 2012 – DOMINGO

Fato ocorrido em: 21 JANEIRO 2012 – SÁBADO

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