SOLON DA CUNHA MEDEIROS |
Neto |
Filho de Ambrósio Florentino de Medeiros e Laura Elísia da Cunha Medeiros |
Solon da Cunha Medeiros |
Nascido a 28 de fevereiro de 1897, em Jardim do Seridó, foi batizado na Matriz de sua cidade, conforme o registro Nº 490, fls. 70v, do Livro Nº 8 da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição: |
Solon, filho legitimo de Ambrozio Florentino de Medeiros e de Laura Elisia da Cunha Medeiros, nasceu aos vinte e oito de fevereiro de mil oitocentos noventa e sete, e foi solennemente baptizado na Matriz, pelo Padre Jovino da Costa Machado aos vinte e cinco de junho do dito anno, forão padrinhos = Manoel José da Cunha e Veriana de Asevedo Cunha, solteiros. De que mandei fazer este assento que assigno. Vigro Emidio Cardoso Encarregado da Freza |
Ele casou a 8 de maio de 1923, em Natuba, então Município de Umbuzeiro, com Adiles Dinoá Medeiros (em todos os seus documentos, guardando as regras ortográficas vigentes quanto aos nomes próprios, ela assinava-se Adyles Dinoá Medeiros) - nascida a 4 de outubro de 1896, em Natuba, e falecida, muito lúcida, a 25 de julho de 1986, em Bonito de Santa Fé, sepultada, no dia seguinte, na cidade de Patos; foi importantíssima informante quanto às origens da família e, por ter admirável memória, forneceu-nos nomes e dados dos descendentes dos seus avós, bem como relacionou seus bisavós, facilitando-nos, sobremaneira, as buscas e pesquisas de nossos antepassados; foi quem atingiu idade mais avançada, quase noventa anos, dentre todos os netos de seus avós, tanto paternos quanto maternos, e os conheceu, a todos, pessoalmente. Ela era filha de Antônio de Farias Cavalcante (cabaceirense, nascido a 12 de junho de 1869, falecido em Natuba, a 28 de setembro de 1930) e Maria de Albuquerque Cavalcante Dinoá (campinense, nascida a 10 de junho de 1873, falecida em Natuba, a 15 de setembro de 1923). Pelo lado paterno, ela era neta de Manuel de Farias Cavalcante e Águida Maria de Jesus, bisneta de Domingos de Farias Cavalcante (também Domingos José Cavalcante) e Inês Maria do Amor Divino - ele, filho de Inácio de Faria Castro (Júnior) e Josefa Maria de Sousa, neto paterno de Inácio de Faria Castro e Ana Maria Cavalcante, estes, filhos, respectivamente, do Capitão-mor Domingos de Faria Castro e Isabel Rodrigues de Oliveira, e de Francisco de Oliveira da Cruz e Catarina Cavalcante - ele, filho de Antão da Cruz Portocarreiro e Ana de Oliveira Ledo; pelo lado materno, Dona Adiles era neta de Jovino Limeira Dinoá e Ângela Leopoldina de Albuquerque Dinoá; por seu avô, ela era bisneta de Bernardino José Limeira e Margarida Limeira de Barros, esta, filha de Antônio de Barros Leira (Neto) e Isabel Joaquina da Conceição e neta paterna do Sargento-mor Inácio de Barros Leira e Francisca Maria da Conceição, ele, filho do Capitão-mor Antônio de Barros Leira, casado com Ana de Faria Castro, que era filha do já mencionado Capitão-mor Domingos de Faria Castro e Isabel Rodrigues de Oliveira (esta, filha do Capitão Pascácio de Oliveira Ledo e Isabel Rodrigues); seguindo a linha de sua avó materna, Dona Adiles era bisneta de José Jerônimo de Albuquerque Borborema e Maria Amélia Porto Borborema, ele, filho de Joana Francisca de Albuquerque e Manuel José de Araújo, este, filho de José Gomes de Farias e Maria José Pereira de Araújo, a qual era filha de Paulo de Araújo Soares e Teresa de Jesus Oliveira (também Teresa Pereira de Jesus), esta última, filha do Coronel Agostinho Pereira Pinto e de Adriana de Oliveira Ledo, que era filha do grande desbravador do sertão paraibano Capitão-mor Teodósio de Oliveira Ledo com sua primeira esposa, Isabel Paes. Zelosa, Dona Adiles guardou consigo, até sua morte, em original que aqui transcrevo, o registro do seu nascimento, escrito a mão: |
Justino José Pereira Brandaõ, escrivaõ de Pas e Registro Civil no Districto da Villa de Natuba, em virtude da lei & Certifico que revendo os livros em que lançaõ os assentos dos Registros, em um delles as folhas cento e vinte verso, encontrei o assempto do registro de Adilles, o qual é do thior seguinte: = Numero desenove: = Aos quatro dias do mes de Outubro, do anno mil oito centos noventa e seis, oitavo da Republica dos Estados Unidos do Brasil, nesta villa de Natuba Comarca de Campina Grande Estado da Parahyba, em meo cartorio compariçeo o Professor publico desta villa, e declarou, digo villa, Antonio de Farias Cavalcante, e declarou que em sua casa hoje as cinco horas da manhã havia nassido huma criança do sexo feminino, a deve ser baptisada com o nome de Adillis, filha ligitima do declarante e de sua molher Dona Maria de Albuquerque Cavalcante de Noá, moradores nesta villa; avôs paternos Manoel de Farias Cavalcante, e Dona Aguida Maria de Jesus, e os maternos Juvino Limeira de Noá e Angela Leopoldina de Albuquerque Dinoá Leopoldina de Albuquerque de Noá; do que para constar faço este termo em que assigna o declarante. Eu Justino José Pereira Brandão, escrivão de Pas que o escrevi: = Justino José Pereira Brandão: Antonio de Farias Cavalcante. E mais se não continha no dito assempto de Registro, o qualquer copiei do proprio original por me ser pedido; e vai sem cosa que duvida faça; dado e passado em meo cartorio de Escrivão de Pas do Districto da Villa de Natuba Aos quatorze dias de Maio de 1897. |
Villa de Natuba 14 de Maio de 1897 |
O Escrivão de Paz e Registro |
Justino José Pereira Brandão. |
E, agora, o registro do seu batizado: |
Padre Nazario David de Sousa Rolim, Presbytero Secular, Vigario encommendado da Freguesia de Barra de Natuba. Certifico que, revendo os livros de assentos de baptisamentos desta Freguesia, em um delles à fl 104 encontrei um assento no theôr seguinte: = Aos trese de Outubro de mil e oito centos e noventa e seis, nesta Matris solemnemente baptisei Adiles, com deis dias, filha legitima do Professor Antonio de Farias Cavalcante e D. Maria dAlbuquerque Cavalcante Dinoá, moradores nesta Villa, foram padrinhos Bernardino dAlbuquerque Dinoá, por seu procurador Jovino Limeira Dinoá, e D. Georgina dAlbuquerque Dinoá. Do que fis escrever este que assignei. O Vgro Franco dAssis da Costa Gondim. E nada mais continha em dito assento original ao qual me reporto. Ita in fide Parochi. Barra de Natúba 14 de Maio de 1897 |
O Vigro Nazario David de Sza Rolim |
Solon Medeiros, como era mais conhecido, foi estudante do Seminário da Paraíba, de 1908 até 1912, quando abandonou os estudos de formação eclesiástica, mesmo contra a vontade do seu pai. Em 1922, tornou-se funcionário público do Estado da Paraíba, tendo exercido suas funções em Pitimbu, Campina Grande e Patos, onde viveu uma grande parte de sua vida adulta e grangeou muita amizade. Garimpou ouro na velha mina de São Vicente, município de Piancó, no início da década de 1940. Foi também agropecuarista. Tanto o epigrafado como sua esposa são nomes de ruas em Patos, onde o casal viveu por 25 anos, de 1931 a 1956, quando, estando ele já aposentado do Serviço Público do Estado, o casal mudou-se para Campina Grande, onde ele faleceu, a 12 de junho de 1967. O casal foi um exemplo de luta de como, dispondo de parcos recursos financeiros, criar e educar uma família grande. Sua descendência: |
1 - José Dinoá Medeiros |
casado com Geni Siqueira Medeiros; |
2 - Antônio Bráulio de Medeiros |
casado com Maria Concionila Souto Maior Medeiros; |
3 - José Anchieta de Medeiros |
casado com Thaís Zanoni de Medeiros; |
4 - José Geraldo Dinoá Medeiros |
casado com Terezinha Moura de Medeiros; |
5 - Maria de Lourdes Medeiros Morais |
casada com João Clementino de Morais; |
casado Dilza Tavares Borba Medeiros; |
7 - Ambrósio Dinoá Medeiros |
casado com Odaci de Sousa Medeiros; |
8 - Solon de Medeiros Filho |
casado com Miriam Valença de Medeiros; |
9 - Francisco Seráfico de Medeiros |
nascido a 26 de janeiro de 1936, em Patos, e falecido ainda na primeira infância; |
10 - Fernando Dinoá Medeiros |
casado com Maria Mércia Guedes Medeiros; |
11 - Tarcízio Dinoá Medeiros |
casado com Ana Tereza de Oliveira Medeiros; |
12 - Everaldo Dinoá Medeiros |
casado com Gláucia Pessoa de Vasconcelos Medeiros. |
|