Fazenda Umari ( 1 ) |
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Situada no municípo de Caicó, na região do Seridó, a Fazenda Umari, antigamente chamada de Umari do Bonsucesso, por ser parte da data do Bonsucesso, desde o séc. XIX foi uma importante unidade de produção rural na economia do sertão norte-riograndense. Estabelecimento agropecuário, com forte predominância da atividade pecuária, em seus pastos sempre se criaram muitas cabeças de gado bovino, caprino, ovino, eqüino e muar. E também sempre produziu milho, feijão e mandioca para seu auto-sustento. Antigamente, eram cultivadas glebas de cana-de-açucar de que se fazia rapadura no engenho com moenda movida a caldeira, e, no seu alambique, aguardente para comercialização. Dois rios, não perenes, passam pelo Umari e nele se encontram: o Barra Nova, que nasce na Paraíba, com o nome de Quipauá, e o seu afluente Malhada da Areia, que nasce com o nome de Rio das Impueiras, nas serras de Parelhas. O Barra Nova forma o açude Itans em Caicó, e depois desemboca no Rio Seridó, afluente do Rio Piranhas/Açu que forma a grande represa Armando Ribeiro Gonçalves (conhecida, também, como represa do Açu - tem três bilhões de metros cúbicos de água). Com bom armazenamento de água, o Umari conta com os açudes Ambó, Saco do Inferno e Pintado, de contrução relativamente recente, além do "açude velho" e do "açude novo" (nos riachos Olho da Agüinha e Saco do Inferno). Há quase duzentos anos, Umari está nas mãos da família: de Cosme Pereira da Costa passou, por herança, para seu genro e patriarca deste estudo genealógico, Francisco Antônio de Medeiros (Chico Antônio do Umari), depois para o neto Antônio Cesino de Medeiros (Tonho do Umari), depois para o bisneto Elói Cesino de Medeiros e deste, por venda, para o atual proprietário, João Perício da Nóbrega (João Baé), seu primo em 2º grau e trineto do primeiro proprietário acima. |
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Ruínas da "casa-grande" em que viveu Cosme Pereira da Costa, construída no primeiro quartel do séc. XIX |
Leito seco do barreiro "Açude de Cosme Pereira", construído por Cosme Pereira da Costa, nos primeiros anos do séc. XIX |
"Casa-grande da fazenda" - construída por Francisco Antônio de Medeiros, na segunda metade do séc. XIX |
Armazém para guardar produtos agrícolas, construído por Francisco Antônio de Medeiros, na segunda metade do séc. XIX |
"Açude Velho", ainda utilizado, construído por Francisco Antônio de Medeiros, na segunda metade do séc. XIX |
"Açude Ambó", ainda utilizado, construído por Francisco Antônio de Medeiros, na segunda metade do séc. XIX |
"Açude Novo", ainda utilizado, construído por Antônio Cesino de Medeiros, nos primeiros anos do séc. XX |
"Açude do Pintado", construído pelo penúltimo, proprietário, Elói Cesino de Medeiros, na década de 1960 |
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"Açude Saco do Inferno", construído pelo atual proprietário, João Perício da Nóbrega (João Baé), na década de 1970 |
Engenho de cana-de-açucar, construído por Francisco Antônio de Medeiros, na segunda metade do séc. XIX |
Caldeira geradora de vapor de fabricação inglesa, instalado por Francisco Antônio de Medeiros, na segunda metade do séc. XIX |
Moenda de cana-de-açucar a vapor (fabricação inglesa) instalada por Francisco Antônio de Medeiros, na segunda metade do séc. XIX |
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Vista geral da Fazenda Umari, em 2005. Embaixo, ao centro, parte de ruínas da casa de Cosme Pereira da Costa. |
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Casa em que residiu João Cesino de Medeiros, construída na década de 1930 |
Casa em que residiu Lídio Florentino de Medeiros, construída no começo do séc. XX |
Ruínas da casa de Iria Benigna de Medeiros constrúida no início do séc. XX |
Casa em que residiu João Perício de Medeiros (Joca de Tonho do Umari), do início do séc. XX |
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Vê-se, ao fundo, à direita, uma cerca de pedra construída por Francisco Antônio de Medeiros, na segunda metade do séc. XIX |
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Rio Barra Nova, não perene, que corta a Fazenda Umari. |
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(1) Fotografias e informações geográficas cedidas gentilmente por Cícero Cesino de Medeiros |
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