Tálio

Descoberto, em 1861, por Sir William Crookes, que examinava ao espectroscópio a poeira oriunda da calcinação de piritas seleníferas, o tálio foi isolado na forma metálica um ano depois pelo próprio Crookes e por Claude Auguste Lamy, que trabalhava independentemente. Seu nome provém do grego thallós, que significa “ramo verde” ou “broto”.

Tálio é um elemento químico metálico, de símbolo Tl, pertencente ao grupo IIIa (grupo do boro) da tabela periódica. Sólido branco-esverdeado, maleável, mole, tóxico e de limitado valor comercial, ocorre em pequenas quantidades na pirita, na blenda, na hematita e em alguns minerais raros, como o crookesita, a lorandita e a hutchinsonita. É obtido, por calcinização, a partir da pirita, pela eletrólise do sulfato de tálio (Tl2SO4) ou pela fusão do cloreto com cianeto e carbonato de sódio. São conhecidos dois isótopos estáveis de tálio, o Tl 203 e o Tl 205.

Mais raro que o estanho, o tálio entra na composição de substâncias de importante aplicação de células fotoelétricas, detectores de raios infravermelhos e na manufatura de vidros especiais, que apresentam baixo ponto de fusão e alto índice de refração.

Os compostos de tálio são tóxicos. O próprio metal se transforma nesses compostos em contato com o ar úmido em contato com o ar e a pele. A intoxicação por tálio, que pode ser fatal, provoca distúrbios nervosos e gastrintestinais e rápida perda de cabelo.