Rutênio

Último metal da platina a ser caracterizado como elemento químico, o rutênio tem aplicações, em liga com a platina ou ouros metais, condicionadas por sua dureza.

Rutênio é o elemento químico metálico de símbolo Ru, pertencente ao grupo VIII da tabela periódica, o mesmo da platina. Metal branco, duro e brilhante, com quatro formas cristalinas, ocorre na natureza em ligas com irídio e ósmio, mas também em outros minérios. Oxida-se em contato com o ar somente a temperaturas superiores a 820º C e não reage a quente nem a frio com ácidos minerais ou com água-régia. Se uma solução de clorato de potássio lhe é adicionada, reage explosivamente e oxida-se. O rutênio natural consiste numa mistura de sete isótopos estáveis.

Metal raro, o rutênio teve sua existência comprovada em 1844, na Rússia, pelo químico alemão Karl Karlovitch Klaus. Este optou por manter o nome sugerido por seu conterrâneo Gottfried Wihelm Osann, dedicado desde 1828 à pesquisa de um novo elemento do grupo da platina a partir de um minério encontrado nos montes Urais. O nome deriva de Ruthenia, topônimo latino para Rússia.

A extração do rutênio é um processo químico complexo em que se forma cloreto amoniacal de rutênio. Reduzido a pó pelo hidrogênio, é tratado pela técnica de solda pelo arco-argônio. Metal de elevado ponto de fusão, o rutênio não é facilmente trabalhável, com o que sua aplicação industrial se restringe à formação de ligas duras com a platina e outros metais do mesmo grupo, usadas na fabricação de jóias e de contatos elétricos resistentes ao desgaste. A edição de 0,1% de rutênio aumenta-lhe a resistência em centenas de vezes.