Polônio

Pierre e Marie Curie descobriram o polônio em 1898 quando investigaram, por análise radioquímica, a pechblenda (minério de urânio).

Polônio é um químico radioativo, de símbolo Po, cinza-prateado ou negro, da família do oxigênio. Como indica sua posição periódica, o grupo VIa, é mais eletropositivo do que o selênio e o telúrio e se assemelha ao bismuto. Trata-se de um metal muito raro – sua proporção na crosta terrestre é de cerca de uma parte em 1015 –, que ocorre na natureza como produto de decomposição radioativa do urânio, do tório e do actínio. As meias-vidas de seus isótopos variam de uma fração de segunda a 103 anos. O isótopo natural mais comum do polônio, o polônio 210, tem meia vida de 138,4 dias. O dióxido de polônio (PoO2) é mais básico do que os dióxidos de enxofre (SO2), de selênio (SeO2) e de telúrio (TeO2).

Isolado a partir de derivados da extração de rádio de minerais de urânio, o polônio pode ser produzido artificialmente, pelo bombardeio de bismuto ou chumbo com nêutrons ou com partículas aceleradas carregadas eletricamente. Por ser altamente radioativo – desintegra-se em um isótopo estável de chumbo mediante a emissão de raios alfa, que são feixes de partículas positivamente carregadas –, o polônio deve ser manipulado com extremo cuidado.

É empregado industrialmente para eliminar a eletricidade estática gerada pela laminação do papel, na manufatura de laminados plásticos e na fiação de fibras sintéticas. Também é usado em escovas para remover poeira de filmes fotográficos e, em física nuclear como fonte de radiação alfa. Misturas de polônio com berilo ou com outros elementos leves são empregadas como fontes de nêutrons.