Platina

A platina foi muito utilizada para adulterar o ouro, dada a semelhança entre os dois metais. No século XX, contudo, os valores se inverteram e a platina se tornou o metal mais precioso do que o ouro e a prata, devido a sua escassez.

Platina é um elemento químico pertencente do grupo VIII da tabela periódica, de símbolo Pt, de densidade 21,45, só funde a 1.769º C. É um metal sólido branco-acinzentado, dúctil, maleável, tenaz e é o mais estável e inalterável dos metais. Absorve os gases, em especial, o hidrogênio, sobretudo quando está dividida e se dissolve em água régia e cloro. Em estado bruto, é um metal nobre encontrado em forma de pepitas nas proximidades de jazidas de cobre e ouro. Foi descrita em 1748, pelo espanhol Alejandro de Ulloa, depois que os conquistadores a descobriram no México e outras regiões da América do Sul. Inoxidável em qualquer temperatura, combina-se a quente com o cloro, o enxofre, os metais fusíveis. Inatacável pelos ácidos, dissolve-se na água régia. É um catalisador de oxidação, sobretudo se trata da esponja de platina, massa esponjosa que inflama a mistura de hidrogênio e oxigênio.

A platina é bivalente nos compostos platinosos, quadrivalente nos compostos platínicos; os mais importantes são, respectivamente, os cloretos PtCℓ2 e PtCℓ4, que dão complexos com o ácido clorídrico, o amoníaco e os cianetos.

Apesar da alta estabilidade, a platina reage com o cloro e os metais alcalinos e forma ligas com o chumbo e o antimônio. Suas estruturas cristalinas se rompem em contato com o carbono, o fósforo e o silício, o que a torna extremamente quebradiça. A platina é muito apreciada na criação de jóias. Sua maior aplicação, no entanto, é na fabricação de utensílios de laboratório. Também é usada em larga escala em próteses dentárias e ortopédicas. Os maiores produtores mundiais desse metal são a Rússia, a África do Sul e o Canadá. Também há importantes jazidas na Colômbia.