Bromo

Em 1826, Antonie-Jérôme Balard isolou, a partir da concentração residual da água das salinas, uma substância líquida avermelhada e de odor penetrante, que seria chamada bromo (do grego bromos, “aroma”).

Metalóide, do símbolo Br, de peso atômico 79,909, o bromo enquadra-se no grupo VIIa da tabela periódica, que reúne os chamados halogênios, elementos não metálicos que apresentam grande afinidade por outros corpos e que, assim, tendem à formação de sais. O bromo não é encontrado em estado elementar na natureza, mas existe em abundância na forma de sair de bromo na água do mar e dela é obtido reação com cloro. Apresenta-se como uma mescla de dois isótopos principais (variedades de um mesmo elemento com número de nêutrons diferente), Br79 e Br81, com a presença de traços de isótopos diferentes, com propriedades radioativas.

Como os demais halogênios, o bromo caracteriza-se por sua elevada capacidade de oxidação, responsável pela facilidade para combinar com outros elementos e dissolver-se em numerosos compostos orgânicos, como álcool, o clorofórmio e o tetracloreto de carbono. A propriedade oxidante do bromo é também responsável pela liberação de uma elevada quantidade de calor em reações com determinados elementos, como o fósforo e o alumínio, com risco de explosões. Combina-se com o hidrogênio ao rubro (formação de Hbr) e destrói certos compostos hidrogenados, principalmente matérias orgânicas. Une-se aos metais para dar brometos.

Entre seus compostos químicos destaca-se, pela importância industrial, o ácido bromídrico, HBr. Trata-se de um gás incolor, solúvel em água, muito utilizado em diversos processos tecnológicos e em pesquisas químicas, como catalisador de reações orgânicas (isto é, acelera esse processo em intervir neles). Cabe mencionar também o dibromoetano, líquido empregado como aditivo de chumbo do cilindro nos motores a explosão; o brometo de prata (AgBr), sensível à luz, utilizado em emulsões fotográficas; e o bromofórmio (CHBr3), solvente orgânico utilizado em muitos processos de extração.