ESQUIZOFRENIA INFANTIL

          Observa��es cl�nicas mostram que o processo esquizofr�nico pode iniciar-se nas crian�as na mais tenra idade.
Os sintomas evoluem em escala progressiva , e est�o descritos dentro de 5 fun��es fisiol�gicas:
1) Mecanismos homeost�ticos.
2) Estados de consci�ncia e padr�es de sono e vig�lia.
3) Padr�es de respira��o.
4) T�nus muscular.
5) Reflexo t�nico do pesco�o, no qual localiza-se a base de todo o comportamento motor.

          A esquizofrenia infantil est� relacionada com um defeito primitivo no sistema nervoso, que tem sua express�o cl�nica em uma desarmonia na organiza��o das fun��es org�nicas, constituindo, portanto, uma anomalia prim�ria. Deste modo, essas anomalias dificultariam progressivamente na crian�a a organiza��o de sua personalidade e dos meios de comunica��o. A ansiedade resultante dessa desorganiza��o, seria o elemento essencial do quadro cl�nico que se traduz por desvios biol�gicos e pela instabilidade das fun��es org�nicas.
          As crian�as esquizofr�nicas n�o rejeitam totalmente a conviv�ncia social e apresentam, com freq��ncia, certa necessidade de contato. Muitas vezes reagem com medo, frente a pessoas estranhas.
A pr�pria viv�ncia da crian�a psic�tica, constitui o ponto central do del�rio. Na realidade, a m�mica estranha, a conduta esquisita, s�o manifesta��es do entendimento irreal do mundo.

O quadro cl�nico de esquizofrenia infantil possui as seguintes caracter�sticas:

1) Transtornos das rela��es com o exterior:
Tend�ncia a um isolamento progressivo, sem sofrimento.
Estas crian�as excluem as divers�es em grupo.
Ambival�ncia afetiva, que vai entre a hostilidade e a depend�ncia de objetos e pessoas.

2) Transtornos de conduta:
Afetamento, negativismo, comportamento oposicionista, fobia de amimais, ritualismo, rigidez, estereotipias gestuais e verbais.
Os componentes f�bicos interferem na conduta aliment�cia, vestimenta e jogos.
Crise compulsiva de destrui��o, agress�o e crueldade.
Neglig�ncia em rela��o a vestimenta e ao asseio corporal.

3) Transtornos na ordem do pensamento:
Lentid�o,falta de fluidez.
Pensamento confuso.
Dispers�o das id�ias.
Lapsos de mem�ria.

4) Altera��es no comportamento:
Transtornos de humor, que vai desde a depress�o at� a hiperexcita��o exacerbada.
Alucina��es de morte e auto-flagela��o e �s vezes tentativa de suic�dio.

5) Sentimentos e estados delirantes:
Geralmente surgem em crian�as maiores de 6 anos, embora podendo ocorrer em qualquer idade.
Perda da no��o de realidade.
Despersonaliza��o.
Ocorre com freq��ncia, sensa��o corporal de transforma��o.
Sentimento de perda da identidade.

6) Desorganiza��o psicomotora:
Atitudes incovenientes, manias, gestos esteriotipados.
Atividades em forma de ritual, desacelera��o ou hiperatividade psicomotriz.

7) Transtornos de linguagem:
Mutismo total ou parcial.
Dificuldades com o uso de pronomes.
Linguagem simb�lica, desordenada e confusa.
Utiliza��o de palavras estranhas.

          As crian�as portadoras de esquizofrenia, possuem uma dificuldade muito grande para disernir entre realidade e fantasia. Estas crian�as, com freq��ncia, n�o tem no��o de sua identidade e de seu limite corporal.
As possibilidades de recupera��o � significativa desde que haja empenho e muita dedica��o dos pais e mestres.

          Do ponto de vista da Biodan�a, um esquema especial ideal teria predom�nio de exerc�cios de refor�o de identidade, express�o e criatividade. Viv�ncias de cantar o pr�prio nome, oposi��o, fluidez, enfrentamento, exerc�cios r�tmicos e rodas de comunica��o s�o bons exemplos. Deve-se dar �nfase especial aos exerc�cios de afetividade e acariciamento. Exerc�cios inadequados para este caso, s�o todos aqueles que induzem a regress�o e a estados de semi transe.

Os objetivos cl�nicos da Biodan�a:

1) Superar os transtornos motores, aumentando a fluidez, coordena��o motora e espontaneidade expressiva.
2) Refor�ar a identidade da crian�a.
3) Estimular a percep��o e o limite corporal.
4) Aumentar a percep��o cinest�sica integrativa.
5) Elevar os n�veis de comunica��o com o grupo.
6) Estabilizar o estado de �nimo, induzindo a alegria natural.
7) Despertar os impulsos afetivos de amizade, amor e solidariedade.

          Esta metodologia deve ser ministrada de forma lenta e gradual, atrav�s de um processo de tratamento  que poder� levar v�rios meses sem, no entanto, excluir nenhuma outra forma de terapia a que a crian�a esteja sendo submetida.

 

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