CAPITULO II - NAVEGAÇÃO E PRIMEIROS HABITANTES

               Quando o homem branco chegou ao Vale do São Francisco, os nativos já navegavam em suas embarcações rudimentares, as quais chegavam a medir cem palmos de comprimento por cinco de largura, feitas de um único tronco de árvore, tipo cedro, tamboril, vinhática, peroba, mulungu, e jequitibá. Essas embarcações eram chamadas de canoas ou ubás na língua indígena. Os ajojos eram formados por duas, três ou mais canoas emparelhadas unidas por paus roliços, amarrados com tiras de couro cru. Depois, foram aparecendo as barcas tocadas a vários remos chamadas tapa-de-gato ou ema, caravelões, paquetes, vapores ou gaiolas, sendo este último ,movido à lenha. O primeiro vapor a navegar no rio São Francisco inaugurando oficialmente a navegação no trecho de Pirapora Minas Gerais a Juazeiro na Bahia foi o Saldanha Marinho, vindo do rio das Velhas onde chegara em 1871. Em 1902 trouxeram-no para Pirapora para navegar nas águas do Velho Chico. Hoje o que sobrou do velho Saldanha vive em Juazeiro abrigando uma pizzaria.

O trecho navegável entre Pirapora e Juazeiro é de 247 léguas medidas por Halfeld em 1852–54, cerca de 1.371 quilômetros. O último vapor a navegar nesse trecho foi o Benjamim Guimarães que vive em eterna reforma em Pirapora na esperança de ainda voltar a navegar nas águas do São Francisco em viagens de turismo. (1) A última viagem do Benjamim de Pirapora a Juazeiro foi em 1973, e foi a primeira e a última vez que eu vi o portão da Ponte Presidente Dutra levantar. Depois da extinção dos gaiolas, que navegavam a quatorze quilômetros por hora, logo desapareceram também quase todas as barcas e surgiram os rebocadores que teimam em navegar até hoje nas águas do São Francisco, mesmo encalhando aqui e ali. Fala-se muito na revitalização da hidrovia, só que para fazer esse trabalho é preciso revitalizar o rio como um todo. Medidas paliativas só para cumprir metas dos projetos megalomaníacos que todos conhecem, já não adiantam mais. É preciso que se faça grandes trabalhos de sensibilização em toda a bacia do rio São Francisco, sejam moradores das cidades ou do interior buscando a consciência, mostrando de maneira contundente a necessidade de conservar e revitalizar esse rio que ganhamos de presente e se perdermos será definitivo, pois, dele não existe cópia.

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1.Fonte: Pesquisa do Jornal do Comercio – Recife PE, de 27/08 a 03/09/2000.

 Halfeld Mapeia o São Francisco

        Henrique Guilherme Fernando Halfeld, engenheiro civil, alemão, foi contratado para fazer um estudo do rio São Francisco, com vistas ao aproveitamento do seu leito para a navegação a vapor. Segundo algumas literaturas os trabalhos iniciaram-se em 1852 e terminaram em 1854, isso pode ter ocorrido, nesse período, o levantamento, porque de acordo com o relatório original de Halfeld (do qual temos cópia) pertencente ao patrimônio da Chesf sob o nº 2663 tem 57 páginas, tamanho 37 cm x 25,5 cm. O titulo do trabalho é: Relatório Concernente a Exploração do rio de São Francisco, desde a Cachoeira de Pirapora até o Oceano Atlântico, pelo engenheiro Fernando Halfeld.

      Para fazer esse trabalho Halfeld utilizou as seguintes unidades de medida: para as distâncias maiores, usou a légua; para as menores e para as menores, como largura e altura o palmo e a polegada. Exemplo: o trecho percorrido de Pirapora ao Oceano mediu 382 léguas, mais ou menos 2.290 quilômetros, dos quais Halfeld determinou que 247 léguas, 1.371 quilômetros, de Pirapora a Juazeiro, eram navegáveis, tendo para isso apenas que realizar algumas obras de desobstrução do canal, como implosão de rochas e construção de duas eclusas em Sobradinho, BA. 

      Na última página o documento é datado e traz os nomes da cidade e do autor: Cidade de Paraybuna, 20 de julho de 1858; Engenheiro civil Henrique Guilherme Fernando Halfeld.

       Na parte inferior da página aparece a data da typografia: Rio de Janeiro 1859, Typografia Moderna de Georges Bertrand, rua D’ ajuda nº 73. 

No seu relatório, Halfeld descreve inicialmente os tipos de embarcação que eram usadas na época , como canoas, feitas de troncas escavados de tamboril, vinhático, cedro, peroba e jequitibá, conforme já falamos anteriormente. 

Depois vem a descrição do caminho percorrido, légua por légua, palmo por palmo, polegada por polegada. A primeira légua, por exemplo, parte de debaixo da cachoeira de Pirapora, e segundo Halfeld, tem as seguintes medidas: 2.416 palmos de largura, 25 palmos de altura perpendicular, entre os anéis de superfície, 6,4 polegadas de altura sobre o nível do mar e por aí vai... No começo da sexta légua, Halfeld descreve a junção do rio São Francisco com o rio das Velhas, um de seus principais afluentes. Na barra da foz do rio das Velhas foram feitas, entre outras, as seguintes medidas: 2.365 palmos de largura, 4,1708 polegadas sobre o nível do mar. O volume de água do rio das Velhas para o São Francisco era de 9,159 palmos cúbicos por segundo. Acima da barra sua largura média era 743 palmos, com uma vazão de 3,09 palmos cúbicos por segundo. 

Já o rio São Francisco, imediatamente abaixo da barra do rio das Velhas, mediu 1.003 palmos de largura e em 1.000 palmos de comprimento apresentou uma declividade, na superfície de suas águas, de 1,63 polegadas e velocidade de 3,14 palmos por segundo. E segue a viagem. Na légua vigésima quinta, Halfeld registrou a entrada do rio Paracatu no São Francisco. Nesse ponto as margens do rio eram cobertas com mato grosso o que significa que naquela época ainda não havia desmatamentos como hoje. O rio Paracatu entrava no São Francisco com 1.500 palmos de largura e 60,438 palmos cúbicos por segundo. 

O relatório de Halfeld detalha com fidelidade o percurso feito por ele. É claro que não temos condições de colocá-lo na integra neste trabalho, mas selecionar o que mais nos interessa, como por exemplo, alguns trechos da descrição da légua 240: “No começo desta légua está a Cachoeira do Sobradinho, a linha do canal pelo qual as embarcações descem.

(...) a barca GAMBARRA um mês antes de eu passar por este lugar, perdeu na cachoeira uma carga de 10.000 rapaduras, (...) nesta parte do rio, exige sem dúvida, um corretivo do qual resulta uma segura e fácil passagem. A correção daquele canal poder-se-a conseguir por três modos:

1º - Canalizar-se o respectivo braço do rio, desde à ponta da partida, fronteira a cabeça da ilha da cachoeira, até ao pontal da mesma e assentar no canal duas eclusas, uma dessas no lugar das pedras do caixão e a outra pouco acima do pontal da mencionada ilha (...).

2º - Por meio da escavação de um canal, pelo acima indicado baixio ao lado do braço e assento de duas eclusas no mesmo canal (...)

3º - Desobstruir-se as rochas, rebaixar-se o fundo do leito do respectivo braço do rio, desde a sua entrada até as pedras do caixão (...)”.(Halfeld, 1858)

      Já deu para perceber que essa descrição é do lugar onde hoje se localiza a Barragem de Sobradinho? Pois é, Halfeld já detectou a necessidade de construir duas eclusas naquele local por conta da cachoeira que lá existia e causava muitos acidentes às embarcações. 

A légua 247 corresponde ao lugar onde hoje está localizada a cidade de Petrolina-PE, que na época, ainda não existia. A cidade de Juazeiro foi descrita por Halfeld da seguinte forma:

“Das pedras do Marcelino que estão no começo desta légua, segue a linha do canal navegável pelo meio do rio em diante e, chegando próximo a cabeça da Ilha do Fogo, carrega a direita ao porto da vila do Juazeiro e deste encostado à margem direita, passa fronteiro a boca do braço do rio que o seu curso aberas da Ilha da ilha do juazeiro velho e encosta–se à margem setentrional desta, fronteiro as grande pedra do bode, que fica junto à margem esquerda (...). O braço setentrional da Ilha do Fogo é navegável, porém, é necessário que os pilotos com cuidado entre as pedras que no seu leito existem, algumas delas de considerável dimensão e elevadas sobre a superfície d’água, outras cobertas por ela igualmente à Ilha do Fogo. Na sua parte ocidental, muita pedra e um penedo de rocha granítica com veias de quartzo talco, manganês e pyrites sobre a parte superior da mesma ilha. 

Sobre a margem esquerda estão as povoações do Massangano, Fazenda Nova e Passagem do Juazeiro, com uma capela e 48 casas edificadas sobre rochedo graníticos-gneiss e mais adiante os quartéis. Atualmente a “cabeça” e residência do juiz de direito da comarca de Sento Sé, 30 a 35 palmos elevadas sobre o nível das águas do rio e estas 1.383 palmos sobre o nível do mar.

"A vila do Juazeiro tem uma igreja da invocação de Nossa Senhora das Grotas, uma casa de câmara e cadeia anexa e, 334 casas. Destas 287cobertas de telhas e sujeitas ao pagamento de décima urbana, com 1.328 habitantes sendo destes 1.052 livres e 276 escravos. Porém todo o município cujos limites são os mesmos da vila, tem 6.000 almas pelos assentos da igreja, mas, pelos mapas dos subdelegados somente 4.938, sendo destas 4.203 de pessoas livres e 732 escravos. A vila do Juazeiro foi criada por ato da presidência da província da Bahia datado de 18 de maio de 1833, quando se pôs em excussão o código do processo criminal desanexando-se o Juazeiro do município de Sento Sé a que pertencia como freguesia. 

Entre o porto desta vila e o porto da Passagem do Juazeiro, fronteiro a este, na província de Pernambuco, está estabelecido uma barca grande de vela que dà de cada vez passagem de 50 a 60 animais, cujo rendimento pertence à câmara municipal da vila da Boa Vista da província de Pernambuco. Cada pessoa paga 80 réis de passagem; por cada animal cavalar ou muar paga 360 réis sendo manso e sendo bravo 220 réis; poltros 100 réis; cada cabeça de gado vácum 140 réis; cada carga de animal 40 réis. Porém, os tropeiros ou proprietários das cargas nada pagam de passagem. Pelas informações obtidas passaram em um ano 7.500 a 8 000 pessoas, 10.500 cabeças de gado vácum e 1.300 cabeças de animais cavalares e muares, sendo conduzido o maior numero dos primeiros para a Bahia. (...) os habitantes desta vila e do seu município fabricam sal das terra salíferas particularmente nas salinas à beira do riacho do salitre, tratam de criação de gado vacum em escala mui diminuta, criação de carneiro, porcos e aves domesticadas. Plantam mandioca que é o principal ramo da cultura, arroz, feijão, pouco milho e cana-de-açúcar, muita abóbora, melancia, algodão, mamona e algum fumo. 

No porto do Juazeiro tem o rio 3.500 palmos de largura e dá em um segundo 188.517 palmos cúbicos de água. A maior enchente que foi de 1792, subiu 45 palmos sobre as águas ordinárias, de maneira que a igreja ficou nessa ocasião, 11 palmos submergida na inundação. E assim, mais ou menos todas as casas desta vila”. (Halfeld, 1858) (2) 

Halfeld utilizando-se dos recursos disponíveis na época, é espetacularmente preciso para seu tempo o que nos dá, hoje, a dimensão das potencialidades que o Rio São Francisco tem oferecido ao Brasil desde quando foi “achado” pelo homem branco, que infelizmente não soube conservar a tão preciosa dádiva divina. 

O que estamos apresentando neste livro “São Francisco da Terra”, são apenas pequenos trechos do relatório de Halfeld, feito entre 1852 e 1854, contendo 57 páginas, descrevendo 382 léguas de Pirapora – Minas Gerais ao Atlântico. Só a partir desse grande trabalho que foi possível conhecer os trechos navegáveis do São Francisco, que infelizmente hoje vive em decadência por causa do razeamento do canal de navegação, por conta do assoreamento. Os rebocadores que são responsáveis, atualmente, pelo transporte de cargas de Pirapora a Juazeiro, antes navegavam empurrando rio a cima ou rio abaixo, até dez “chatas” (espécie de balsa em aço empurrada por uma embarcação), carregadas com dezenas de toneladas de mercadoria. Hoje, mesmo quando as águas do rio atingem níveis mais elevados fica difícil arriscar com a metade, pois é muito grande a quantidade de bancos de areia perambulando pelo leito do Velho Chico, que nem mesmo os mais sábios dos marinheiros, mestres da navegação conseguem dribla-los com facilidade, pois alem deles serem muitos..., ainda ficam se movendo rio abaixo, ou de acordo com as correntes fluviais, movem-se também para os lados" 

Navegabilidade atual

            Mais de 150 anos depois de Halfeld, o rio São Francisco ainda oferece condições de navegabilidade no trecho de Pirapora a Juazeiro, dependendo do regime de chuva para determinar a variação de calado das embarcações. O rio São Francisco só é navegável em dois trechos: no médio entre Pirapora e Juazeiro e no baixo entre Piranhas e a foz. O trecho entre Pirapora e Juazeiro/Petrolina é dividido em três subtrechos por conta das características físicas diferentes que existem ao longo do canal navegável.

1º - de Pirapora a Pilão Arcado Velho na Bahia, esse trecho tem muitas pedras no leito do rio e por causa da ocorrência de variação de nível de até seis metros no período de estiagem, o trecho é bastante sinalizado para garantir a segurança na navegação. Esse trecho tem 1.015 km de extensão.

2º - De Pilão Arcado Velho a Barragem de Sobradinho, nesse trecho a navegação é tranqüila, com boas profundidades caracterizando a navegação lacustre numa extensão de 314 km por cerca de 40 km de largura em alguns trechos.

3º - De Sobradinho a Juazeiro/Petrolina com o rio variando sua largura de 300 (trezentos) a 800 (oitocentos) metros e 42 km de extensão. Com vazão de 1.500m3/s a navegação é garantida para embarcação com calado de 2,00m, a vazão regular da Barragem de Sobradinho é de 2.060m3/s. No trecho de Piranhas-AL até a foz o rio São Francisco tem mais 208 km de navegação turística.

          Em 2001, pedimos apoio à Capitania dos Portos de Juazeiro no sentido de nos ceder uma embarcação equipada com sonar, (aparelho para medição de profundidade das águas) na qual percorremos o trecho de Juazeiro à lha da Amélia. O nível do rio estava baixo, o que foi suficiente para os sábios terem problemas, mesmo navegando exclusivamente pelo canal principal. Naquela data, a profundidade registrada variou de 6,00 a 1,00 metro, no canal principal, por causa dos enormes bancos de areia acumulados no caminho. Dias depois, voltamos ao local e constatamos  que os mesmos tinham se deslocado para a margem esquerda do rio, principalmente um que se encontrava abaixo da Ilha do Massangano.

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1. Concernente a Exploração do Rio de São Francisco, desde a Cachoeira de Pirapora até o Oceano Atlântico, pelo engenheiro Fernando Halfeld. “Cidade de Paraybuna, 20 de julho de 1858. Engenheiro civil Henrique Guilherme Fernando Halfeld. Rio de Janeiro 1859, Typografia Moderna de Georges Bertrand, rua D’ ajuda nº 73.

 2. Idem

Primeiros Habitantes

         Os primeiros habitantes do Vale do São BFrancisco depois das tribos primitivas dizimadas por bandeirantes a exemplo das tribos: Cataguá, Cariri, Caeté, Tapuia, Amaiporá, Vermelho, Tuchá, Ubirajara, Tupinambá, Caiapó e outros. Foram essas tribos que batizaram o grande fio d’água com o nome OPARÁ, que significa (rio-mar) na língua portuguesa.  

Todas as tribos em questão vieram do litoral fugindo dos portugueses, os transportes usados foram às embarcações a remo, por eles construídas. Os fenômenos naturais, como as enchentes e as secas somadas às perseguições, as lutas pela posse da terra, doenças, interferência de outras raças como o branco e o negro e tantos outros fatores fizeram com que os índios brasileiros diminuíssem vertiginosamente e no Vale do São Francisco não foi diferente. Em 1990 ainda foi constatado a existência de pequenas áreas indígenas, remanescentes distribuídas da seguinte forma na bacia do são Francisco: Minas Gerais – Xacriabá; Bahia – Vargem Alegre, Fazenda Passagem, Ibotirama e Xucuru – Carirí; Pernambuco – Pankararé, Nova Rodelas Nossa Senhora da Assunção, Atikum, Pankararu, Kankiwá, Kapinawá, Xucuru e Fulni-ô; Alagoas-Geripancó, Tinguí-botó, Mata da Cafurna, Fazenda Canto Karapotó e Karirí; Sergipe - Xocó da Ilha de São Pedro e Caiçara. (1)

 Hoje, o Vale do São Francisco já não é mais o mesmo. O crescimento demográfico ocorrido na região suscita certa preocupação, pois a maior parte da renda produzida se concentra nas mãos de uma minoria privilegiada. A maioria dos habitantes do vale é composta por pessoas muito sofredoras como; o lenhador que vive mergulhado na riqueza desmatando o que resta da vegetação, para ganhar dinheiro para o patrão. Quando esse lenhador morre, sempre está mergulhado na miséria, a madeira que lhe sobra não dar para fazer o seu próprio caixão. As lavadeiras, os biscateiros, os barqueiros, os vaporzeiros que vivem da saudade dos velhos tempos, os remeiros, os agricultores, os vaqueiros e tantos outros “eiros” da vida formam a maior parte dos cerca de 15 milhões de habitantes que vivem na bacia do Velho Chico, vivem no lamento da pobreza cercados por tantas riquezas. Entre elas há apenas umas poucas dezenas de orientais, europeus, americanos e outros, que vêm ao longo dos anos formando patrimônios cada vez maiores e na maioria dos casos explorando a mão-de-obra dos verdadeiros donos das terras, cada vez mais pobres. 

Assim, como em todo Nordeste e no Brasil, a população do Vale do São Francisco é fruto de uma grande miscigenação entre: índios, negros e brancos, resultando no surgimento dos mestiços que formam hoje quase a totalidade da população brasileira:

do casamento de índios com negros, surgiram os cafusos;

do casamento de índios com brancos surgiram os mamelucos;

 do casamento de negro com brancos surgiram os mulatos. Essa mistura continua ocorrendo tempo a fora, e dessa miscelânea de raças surge inclusive, as mulheres mais cobiçadas do mundo. As mulatas brasileiras.

 

1.ABC do São Francisco, Sávia Dumont. Editora Dimensão/2000. pág.44,45 e 46

SUMÁRIO

 

 

 

 

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