MUNICIPIOS DE PERNAMBUCO

Afrânio – PE, CEP – 56.360-000 

 

         A cidade de Afrânio está a 782 km de distância da capital Recife, a uma altitude de 522m acima do nível do mar. Assim como Petrolina Afrânio também já pertenceu ao município de Santa Maria da Boa Vista. Na verdade, Santa Maria é avô de Afrânio. A povoação que deu origem ao que é hoje a cidade de Afrânio se chamava Caboclo. Foi transformado em distrito no dia 13 de março de 1864, quando Petrolina teve o seu território desmembrado de Santa Maria da Boa Vista. O povoado, então, passou a fazer parte do município de Petrolina. Em 1931, ganhou o nome de São João de Afrânio, depois teve sua denominação reduzida ao topônimo de Afrânio e permanece até hoje. Em 1938, o distrito adquiriu parte do território de Cachoeira do Roberto, que também pertencia, na época ao município de Petrolina. O município de Afrânio foi desmembrado do território de Petrolina e emancipada político e administrativamente por forca da Lei estadual nº 4.983 de 20 de dezembro de 1963. Sua instalação ocorreu em 31 de maio de 1964. Sua área territorial esta´localizada na microrregião de Petrolina, no Sertão do São Francisco e tem 1.488,6 km2. (28) 

 

Cachoeira do Roberto

                                                                                                                                        Atualmente, tanto Caboclo como Cachoeira do Roberto continuam existindo, e ambos pertencem ao município de Afrânio. Vamos falar um pouco de Cachoeira e de Caboclo separadamente. Primeiro Cachoeira, que é conhecida na região, pelo exagero da altura de suas calçadas, delas que chegam a superar os dois metros de altura, suas casinhas centenárias, a capela mais antiga da região da padroeira Nossa Senhora das Dores, lagoa que virou açude, o velho cemitério construído em meado do século XIX por um certo Frei Henrique, cujas paredes são feitas de pedras, com quase um metro de largura e a capelinha da Cachoeirinha. Sua principal atração anual é a festa do Divino, que atrai centenas de pessoas de toda a região. Estes são os atrativos de Cachoeira do Roberto, que se modernizou, e hoje tem energia elétrica, telefones nas casas e nas ruas, escola de 1º grau maior e algumas gotas d‘água quando chove que enche a lagoa. 

         Cachoeira do Roberto foi fundada por Roberto Ramos da Silva, avô de minha bisavó. Segundo contam os mais antigos de lá da região, ele veio de Oeiras no Piauí, fixou moradia na margem do riacho e mandou fazer a capela com a frente virada para sua casa, para que pudesse todos os dias acordar e contemplar a frente da igrejinha. A localidade na época era ocupada por nativos (índios) e no dito riacho havia uma cacimba que dava água em abundância para gente e bichos. Mas o tal sujeito ganancioso como o diabo, começou a perseguir os índios para grilar as terras da região e terminou expulsando os nativos de lá. Só que, segundo contam, os danados antes de irem embora entupiram as veias d‘água que mantinham a tal cacimba cheia. Daí para cá nunca mais teve água no buraco. (29) 

 

Caboclo. 

Aspectos Históricos.

 “Primordialmente era um aldeamento de índios ‘‘Caboclo Bravos’’ , no final do século XVIII, Valério Rodrigues Coelho Filho, assume as terras outrora dos domínios da Casa da Torre de Garcia D’Ávila e instala a Fazenda Caboclo.

Em 1817, já como povoamento, Inácio Rodrigues de Santana constrói a capela primitiva, tendo como Padroeiro o Bom Jesus do Bonfim. 

Inácio teve dois filhos, que se espalharam pelas redondezas, entre os quais: Bertolino, pai de Jubilino Coelho de Macedo, Capitão Idobe e Miquelina, que se casa com o pernambucano do Recife, Antonio Luis de Albuquerque Cavalcanti e Mello, constituintes das maiores ramificações familiares da região. Miquelina plantou o ‘‘Velho Tamarindo’’ sesquicentenário. Eles geraram três filhos: Jubilino de Albuquerque Cavalcanti (o primeiro), Capitão José Francisco de Albuquerque Cavalcanti ‘‘Pai Chico’’, o 5º Prefeito de Petrolina-PE e José Luis Albuquerque Cavalcanti. 

O Capitão José Francisco de Albuquerque Cavalcanti contraiu núpcias com Maria Cristina, ‘‘Mulata’’, e tiveram 8 filhos: José Francisco;  Agostinho (Major Agostinho de Albuquerque), 2º  Prefeito de Petrolina-PE); Jubilino(Coronel Jubilino de Albuquerque Cavalcanti), grande fazendeiro, líder influente na região, amigo íntimo de Dom Malan, homem simples, caridoso e de fé, e outros que constituíram famílias na região. 

Caboclo tem uma grande importância histórica, foi um dos primeiros núcleos de povoamento da região. No final do séc. XVII e início do XVIII, fazia parte da ‘‘Travessia Velha’’, ou seja dos caminhos dos viajantes nos sertões da Província, Piauí  e Ceará, em demanda à passagem do Juazeiro e Bahia. Mais tarde, Caboclo tornou-se ponto de parada desses viajantes e desenvolveu um comércio considerável. Cita o historiador Sebastião Galvão que, em virtude da lei Provincial nº 601, de 13 de maio de 1864, Caboclo foi sede de Paróquia. 

Segundo o livro de Tombo da Diocese de Petrolina, a ampliação da capela original, nos moldes atuais, ‘‘foi possível devido a liderança, o prestígio, a força de vontade e os esforços inauditos do Capitão José Francisco de Albuquerque  Cavalcanti, circundando pelo apoio de todos os parentes  e amigos’’. Em junho de 1908, autorizado pelo o Bispo de Olinda/PE, Dom Luis, foram iniciados a calçada ao redor da igreja e a edificação do côro, em madeira, com escadaria externa.

Em 25 de maio de 1909, iniciaram –se as Santas Missões, que duraram dias: abriram os alicerces do novo cemitério, estabeleceu-se o Apostolado da Oração, houve procissão no encerramento, tendo à frente os missionários capuchinhos, Frei Celestino e Frei Epiphanio. 

Em 08 de setembro de 1917, foi colocado o cruzeiro na serra do Caboclo, pelos  missionários Frei Gabriel e Frei Agostinho. Os atuais altares da igreja foram executados em 1930, pelo mestre Joviniano de Salgueiro/PE, patrocinados por Joaquim Alves de Carvalho – ‘‘Quinzinho’’, esposo de Cristininha, neta de Pai Chico. 

O povoado do Caboclo ‘‘tipologicamente se destaca por figurar, ainda hoje, sobremaneira, o traçado primitivo que lhe deu origem, guardando também a sua escala original e feição quase integral do casario que o compõe. Seu traçado urbano é típico, originado  a partir da capela que abre espaço a um amplo largo, em torno da qual surgem os primeiros casarios, que continuam a se espraiar pelos caminhos de acesso. Em  Caboclo, a igreja voltada para o poente, abre-se uma via tortuosa, que franqueia o acesso a uma série de pequenas ruas, becos e travessas que desembocam no largo da igreja’’. O antigo cemitério construído em 1833 e desativado em 1910, hoje está transformado em Memorial do Caboclo, pela Comissão de Revitalização. O ponto alto de movimentação do povoado é a Festa do Padroeiro, Senhor do Bonfim, de 23 de dezembro a 01 de janeiro. 

Caboclo pertence ao município de Afrânio, está localizado na microrregião do Sertão Pernambucano do São Francisco, implantado no extremo oeste do Estado, sobre a Serra dos Dois Irmãos, com altitude de 610 metros acima do nível do mar, 9 Km de Afrânio e 129 de Petrolina, possuí águas magnesianas (excelentes para os tratamentos hepáticos), uma gostosa culinária (o famoso doce de leite, petas, etc) e o melhor clima da região. 

II – Potencialidades Turísticas. 

Sítio Histórico, conjunto arquitetônico com uma Igreja  do século XVIII e casario formando dois grandes largos.

Memorial do Caboclo , antigo cemitério de pedras construído em 1833 e desativado em 1910. Desde de 1995 foi instalado um ambiente para atos campais.

Velhos tamarindeiros seculares, tornaram  ‘‘árvores ’’ símbolos do lugar.

Reserva ecológica das lagoas magnesianas em fase de  implantação com muralhas de pedras, caldeirões, trilhas ecológicas  e uma grande da flora e fauna sertaneja.

Mirante da serra, onde estão fincadas 02 cruzeiros no alto dos 710 m de altitude, com capela e bela vista panorâmica.

Museu Pai Chico, arqueológico e etnográfico, retratando a história do povo sertanejo, erguido com materiais locais tendo como formato um ferradura.

Centro de Treinamento Comunitário, com 44 leitos, cozinha, sertaneja, pátio coberto, salões de reuniões, refeitório, videoteca. Fornecendo alimentação e hospedagem.

Casa de orações, antigo santuário de N.S. dos Remédios.

Açude do Bom Princípio 

A Comissão de Revitalização do Caboclo, fundada em 30 de janeiro de 1995, muito tem conquistado para esse relicário. Caboclo hoje possui estrada asfaltada, PE 635, telefone público (87 – 3868-1464), escola, biblioteca, Jornal O Caboclo e site na Internet.” O Povoado de Caboclo é o mais famoso do município, já foi cenário de vários filmes e documentários. (Dr. Cosme Cavalcanti) 

Belém do são Francisco – PE, CEP – 56.440-000 

         O município de Belém do São Francisco (sede), está situado geograficamente, a 486 km de Recife, na microrregião de Itaparica no Sertão, a uma altitude de 305m acima do nível do mar, onde o clima predominante é tropical. Criado em 11 de setembro de 1928, desmembrado do município de Cabrobó. A área pertenceu a uma fazenda de um certo senhor Antonio de Sá Araújo que se estabeleceu nas margens do rio São Francisco em 1830. Em 1839 e 1840 durante as “Santas Missões”, coordenadas pelo padre Francisco Correia, foi lançada a pedra fundamental de uma capela consagrada a Nossa Senhora do Patrocínio. Foi elevada à categoria de vila em 1902 e, em 1928 foi criado o município. 

         Em Belém do São Francisco encontram-se casarios e conjuntos de igrejas construídas no período colonial, praias fluviais, bicas e a Ilha do Caxauí, além da bica do Porto da Barra, Bica do Tadeu, igreja Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, igreja do Menino Jesus de Praga e outros atrativos. No artesanato, pinturas a óleo e bordados. No folclore, Belém é rica, seu potencial se reveste nas danças de São Gonçalo, pastoril, quadrilhas juninas, frevo, blocos carnavalescos, malhação de Judas e penitentes.  A área  territorial do seu município mede 1.842,7 km2, e toda ela está localizada dentro da bacia do São Francisco. (31) 

Floresta – PE, CEP – 56.400-000 

         O município de Floresta está situado na microrregião de Itaparica, cuja sede está a uma altitude de 316m acima do nível do mar. Foi criado no dia 20 de junho de 1907, mas antes foi Fazenda Grande, de propriedade do Capitão José Pereira Maciel que, em 1777, mandou fazer uma igreja sob a invocação do Bom Jesus dos Aflitos. No entorno da capela, formou-se o povoado que depois foi transformado em vila sob a denominação de Floresta, por Lei provincial de 31 de março de 1846. Em 1849, sua sede foi transferida para Tacaratu, foi restaurada por forca da Lei provincial de 30 de Abril de 1864. Foi elevada à categoria de cidade em 20 de junho de 1907 e seu padroeiro é o Bom Jesus dos Aflitos. 

         Seu potencial turístico está na reserva biológica da Serra Negra, os letreiros de Mãe D‘Água (pinturas rupestres), sítios arqueológicos, casarões coloniais, praias fluviais, lagoas, riachos e serras. Grande potencial na área de folclore como: Os blocos carnavalescos, pastoril, frevo e quadrilhas juninas. São principais atrativos: o Riacho do Navio, conjunto colonial Rio Pajeú, Praia do Betinho, Barra do Juá, Serrinha do Logradouro, Serra Negra, Trilha da Lagoa do Pedrosa, Igreja Ermidinha, Igreja Nossa Senhora do Rosário e Trilha da Serra Negra. No artesanato é comuns o crochê, bordados, renda de bilro, tecelagem, linha e couro. No folclore, a congada, o frevo, blocos carnavalescos, quadrilhas juninas e pastoril. (32) 

Itacuruba – PE, CEP – 56.430-000 

         O território do município de Itacuruba pertenceu inicialmente ao município de Floresta, depois em 09 de dezembro de 1938 foi transferido para o então município de Belém (Hoje Belém do São Francisco). Sua emancipação política e administrativa se deu em 20 de dezembro de 1963, quando foi desmembrado de Belém do São Francisco. 

         ‘Itacuruba está situada geograficamente, no Sertão, na microrregião de Itaparica. A uma altitude de 292m acima do nível do mar, a 481 km de distancia do Recife. Tem como potencial turístico às praias fluviais e ilhas ecológicas como: Praia do Luiz Boi, Praia do Coité, Ilha Coité, Fazenda Simpatia, Serrinha e Trilha de Serrinha. Na zona urbana, a Igreja de Nossa Senhora do Ó, a Praça de Eventos, Praça da Matriz e outros. O folclore em Itacuruba é rico. Lá são comuns as apresentações de quadrilhas juninas, pastoril, blocos carnavalescos, penitentes, frevo, ciranda, toré e dança de São Gonçalo. Encontra-se também o artesanato em madeira, crochê, bordado e tecelagem. Seu território mede apenas 438,5 km2. (33) 

Jatobá – PE, CEP – 56.470-000 

         A uma altitude de 280m acima do nível do mar, acidade de Jatobá, está situada na no Sertão de Pernambuco, na microrregião de Itaparica a 442 km de distância  de Recife. A criação desse município ocorreu em 28 de outubro de 1995, através da Lei Estadual nº 11.256. A padroeira da cidade é Nossa Senhora Aparecida, seu território foi desmembrado do município de Petrolândia que já se chamou Vila do Jatobá. Sua área territorial total mede 277,2 km2 dentro da bacia do São Francisco. 

         O potencial turístico de Jatobá gira em torno dos seguintes atrativos: Passeios de barco pelo rio São Francisco, visitação à reserva indígena, trilhas ecológicas, praias fluviais e ilhas, o rio Moxotó, a antiga estação ferroviária, além das festas populares. No folclore encontra-se o toré, o pastoril, quadrilhas juninas, dança de São Gonçalo, frevo blocos carnavalescos, menino no rancho e penitentes. No artesanato, cestaria e cerâmica utilitária. (34)

 Lagoa Grande – PE, CEP – 56.395-000 

         O município de Lagoa Grande está situado geograficamente, no Sertão do São Francisco, na microrregião de Petrolina a 713 km de Recife, a uma altitude de 300m acima do nível do mar. Foi desmembrado do município de Santa Maria da Boa Vista no dia 16 de junho de 1997, com base na Lei complementar nº 15 de 1990 que permite um município pedir emancipação a partir do momento que sua população atinja mais de 10 mil habitantes cujo eleitorado supere os 30% dessa população. Situado a 713 km de Recife, na microrregião de Petrolina – Sertão do São Francisco, com área territorial de 1.874 km2, sua altitude gira em torno dos 300 metros acima do nível do Oceano Atlântico, clima tropical semi-árido, temperatura média máxima 33,8ºC e mínima de 19,5ºC. 

         Lagoa Grande une as paisagens características do sertão nordestino, dominado pela caatinga, a um cenário exuberante patrocinado pelo majestoso rio São Francisco. As modernas técnicas de irrigação coloriram com o verde repleto de frutos desafiando o solo arenoso da região. O Vale do São Francisco é o maior produtor de uvas de mesa do Brasil e, também o maior produtor de uva vinífera e de vinho do Nordeste Brasileiro. A região possui um diferencial invejável, pois é a única no mundo onde se colhe duas safras e meia de uvas por ano. O sucesso da fruticultura irrigada, somado à arte, à cultura, história e à tradição de hospitalidade do povo nordestino, moldura em quadro de grande potencialidade turística, que aos poucos vai conquistando seu lugar no contexto nacional e internacional. Visualizando esses diferenciais, onde se emprega cerca de 30 mil pessoas e já produz mais de 4 milhões de litros de vinho por ano, empresa de grande  porte, do sul do Brasil, Itália e França estão investindo maciçamente na região. 

         Com a disponibilidade de terra, água boa do rio São Francisco, clima favorável, grande incidência de raios solares, mão-de-obra com abundância e uma estrutura para irrigação montada e constantemente ampliada em toda a região, colocam Lagoa Grande em patamares confortáveis, dispondo de vinícolas que fabricam milhares de litros de vinho de primeira qualidade para o Brasil e os mercados mais exigentes do mundo. Lagoa Grande é um município novo que já nasceu forte. (35) 

Petrolândia – PE, CEP – 56.460-000

          O município de Petrolândia foi criado em 16 de junho de 1949, com sede situada geograficamente no Sertão, na microrregião Araripina, a uma distância de 430 km de Recife, e altitude de 282m acima do nível do mar. Sua sede foi elevada à categoria de cidade em 1º de junho de 1909, foi transferida para Tacaratu em 28 de setembro de 1928. O topônimo Petrolândia foi dado em 31 de dezembro de 1943, através de Decreto-Lei estadual. Em 1988, com o enchimento da Barragem de Itaparica, Petrolândia foi para o fundo do lago, sua população foi transferida para a nova cidade a 10 quilômetros da cidade antiga. Hoje a nova cidade de Petrolândia conta com os seguintes atrativos turísticos: Serra do Brejinho, Furna do Brejinho da Serra, Mirante do Serrote, Praia do Toco, Usina hidrelétrica Luiz Gonzaga, Casa de Farinha de Brejinho da Serra e outros locais interessantes. O folclore é representado pelas quadrilhas juninas, o reisado, blocos carnavalescos, pastoril e frevo. No artesanato se encontra cestaria em palha e tecelagem. Sua área territorial é de 1.607, km2. (36) 

 Petrolina – PE, CEP – 56.300-000

 Resumo Histórico:

          Até a quarta década de século XIX, no local onde hoje está situada a cidade de Petrolina não havia povoação, era apenas um ponto onde os viajantes nordestinos atravessavam o rio São Francisco para chegar à cidade de Juazeiro, na Bahia. Até que um dia do ano de 1854 o capuchinho Frei Henrique deu inicio à construção de uma igreja dedicada a Nossa Senhora Rainha dos Anjos. Em torno dela  nasceu o povoado que deu origem a uma das cidades mais importantes do Vale do São Francisco. A igreja em epígrafe é a Matriz e Nossa Senhora Rainha dos Anjos continua sendo a padroeira da cidade.

          Até 1840 o local chamava-se “Passagem do Juazeiro”, depois que o povoado cresceu foi constituído em Freguesia e elevado à categoria de vila, através da Lei Nº 530 de 07 de junho de 1862, com isso o município de Boa vista (Hoje santa Maria da Boa Vista) transferiu-se para a Vila de Petrolina. Mas em 13 de maio de 1864 a vila foi legalmente extinta e só foi restaurada em 18 de maio de 1870 por força da Lei nº 921, a reinstalação ocorreu seis dias depois da assinatura da referida lei, em 24 de maio daquele ano.

         O município de Petrolina tornou-se autônomo no dia 25 de abril de 1893, sua sede foi elevada a categoria de cidade em 28 de julho de 1895 e foi instalada dia 25 de setembro do mesmo ano. A designação do dia 21 de setembro como data de aniversário de Emancipação Política e Administrativa de Petrolina só em 1910, no dia 25 de novembro. (37)

   Situação Geográfica:   

         A cidade de Petrolina distante da Capital do Estado de Pernambuco 739 quilômetros está situada na margem esquerda do rio São Francisco dentro da Sub – bacia Interior do riacho Vitória e o restante do município na área da Sub – bacia do riacho Pontal. Seu território está localizado na parte sudoeste do Estado de Pernambuco e tem cerca de 4.731 km (IBGE), limita-se ao Norte e Noroeste com territórios dos municípios de Dormentes – PE e Afrânio – PE respectivamente, ao Sul com o rio São Francisco (Município de Juazeiro – BA), a Leste com o município de Lagoa Grande – PE e a Oeste com território do município de Casa Nova – BA. Apresenta topografia é predominante plana com cotas que variam entre 360 e 380 metros de altitude.

Aspectos Físicos Ambientais: 

Solos – são arenosos até conglomerados, com espessura média de 2,50m podendo chegar aos 5,00m em lugares favorecidos.

Vegetação – a cobertura vegetal predominante é a caatinga arbórea e arbustiva em alguns lugares bastante rala e outros bem fechados formada a sua maior parte por espécies xerófilas/caducifólias. As espécies perenes e gramíneas permanentes são encontradas em maior quantidade nas margens dos rios e riachos. 

Relevo – apresenta algumas elevações como: a Serra da Santa, Serra do Capim, Serra do Pau D‘Arco, Serra do Curral Queimado, Serrote do Urubu e Morrinhos. Com exceção da calha do rio São Francisco não apresenta outros acidentes geográficos relevantes. Sendo, no entanto, a paisagem extremamente enriquecida por esse rio de volume e características marcantes 

Posição Astronômica – o município de Petrolina está na posição astronômica de 9º 23‘35” de Latitude sul e 40º 29‘56” de Longitude Oeste Gr.

O clima nesta área segundo a classificação de KOPPEN apresenta-se como tropical semi – árido do tipo BSL‘ W, seco e quente na parte norte e semi – árido quente estíptico na parte sul. Caracterizado pela escassez e irregularidade das precipitações pluviométricas, com chuvas no verão e forte evaporação em conseqüência das altas temperaturas. (38)

          A região do Submédio São Francisco tendo Petrolina como sua principal cidade, vem alcançando nos últimos anos destaque bastante significativo, no cenário nacional, caracterizando-se como pólo de exportação de frutas tropicais. Hoje o maior exportador do país.

Pontos Turísticos:

          A cidade de Petrolina acha-se relativamente bem servida na área de lazer, possuindo vários pontos turísticos e atrações que vão desde as ilhas do rio São Francisco aos templos religiosos. 

         As ilhas do São Francisco – formam um potencial inesgotável para o turismo ecológico, a jusante da cidade conta-se com as ilhas do Jatobá, Nossa Senhora e Culpe-o-Vento. A montante com as ilhas do Massangano, Rodeador, Amélia e outras menores, nelas, principalmente a Ilha do Rodeador têm dezenas de bares e restaurantes onde são servidas comidas típicas a base de peixes do São Francisco, como: surubim, curimatá, carí, piau, dourado e outros. Dezenas de barcos de todos os tamanhos são utilizados para fazer a travessia e ainda os passeios feitos a bordo da barca mais famosa das duas cidades, a Barca Nina, com capacidade para mais de 300 pessoas. No mês de junho conta-se também o passeio na barca do forró com sanfoneiros ao vivo.

          Ilha do fogo – serve como suporte para o descanso da velha ponte Presidente Dutra que liga Petrolina – PE a Juazeiro – BA, além de guardar os segredos da serpente que existe dentro da pequena montanha segundo a crendice dos ribeirinhos mais antigos.

          O Museu do Sertão – Localizado à Praça Santos Dumont tem como uma de suas maiores atrações um rico e variado acervo documental, histórico, sacro, artístico, além da exposição de objetos de uso de boiadeiros, cangaceiros, antigos coronéis, pescadores, peças indígenas etc.

Igreja Matriz – estilo barroco, tem como padroeira Nossa Senhora Rainha dos Anjos imagem procedente da Ilha da Madeira em Portugal, doado pelo município de Santa Maria da Boa Vista.

          Catedral – 1929, construção em estilo neogótico, vitrais franceses, imagens oriundas da Europa, relógio doado pelo Padre Cícero Romão Batista. Construída pela tenacidade e visão futurista de D. Antonio Maria Malan com a colaboração da população, nela se encontra o jazigo do primeiro bispo de Petrolina que foi próprio D. Malan.

          Concha Acústica – palco elevado, arquibancadas com capacidade para cinco mil pessoas, local de grandes acontecimentos.

         Orla – Ponto de encontro de lazer, dotada de playground, restaurantes, bares e lanchonetes, pista de Cooper, pista de patinação e palco de eventos.

         Porta do Rio – lugar ideal para se contemplar a beleza do rio São Francisco, bares e lanchonetes a disposição dos freqüentadores formando uma boa opção de lazer, incluindo um bom banho nas águas do rio São Francisco sob temperaturas que variam entre 27ºC e 45ºC, contemplando as duas cidades.

         Balneários – centenas de turistas se deslocam nos finais de semana para fora das cidades de Petrolina e Juazeiro, inclusive os que em de fora. E os lugares mais procurados com certeza depois das ilhas são os balneários de Serrote do Urubu e pedrinhas a 15 e a 30 km de Petrolina respectivamente.

         Centro de Convenções – com 16.000 m2 de área construída, dispõe de 03 auditórios, 04 salas de trabalho, uma sala de imprensa, 04 lojas comerciais, sala vip e outros atrativos.

          River Shoping – centro de compras planejado para atender a toda região do Vale do São Francisco, com mais de 90 lojas, 02 cinemas com capacidade para 180 pessoas, praça de alimentação, centro de diversões, restaurantes, praça cultural para diversos eventos e estacionamento para 1.200 veículos.

            Memorial D. Bosco – localizado no Colégio Dom Bosco, registra toda a história desde de sua fundação até os dias atuais.

Povoado de Tapera (por Nivaldo carvalho)

 Povoado de Tapera - O povoamento de Tapera, a 35Km da sede do município de Petrolina-PE, é considerado hoje uma área receptora de pessoas de diversas cidades nordestinas que vem em busca de emprego, devido a implantação de fazendas e chácaras particulares áreas empresariais no ramo da fruticultura.

       Percebe-se que a população atual e os remanescentes dos antigos povoamentos desconhecem, ou pouco sabem, sobre as primeiras habitações do lugar e só conseguimos encontra três coisas que caraterizam Tapera como um lugar antigo. O RELATÓRIO DE HALFELD, uma casinha de taipa com mais de 150 anos, foto ao lado e um pé de tamarindo que segundo os moradores mais antigos tem mais ou menos essa idade também. Suas atividades econômicas e culturais parece que acabaram perdidos no tempo também.

      A escola, cumprindo a sua função social de proporcionar a educação, e a  aquisição do conhecimento, reelaboração também os já adquiridos, despertando nos alunos através das atividades significativas, o reconhecimento deles como seres que são e fazem história a partir da sua realidade, resultando assim a valorização e domínio do seu espaço.

Por ocasião de aniversario de Tapera estarem também, estimulando, incentivando as pesquisas, estudos e descobrimentos que possibilitam o saber e o exercício da cidadania.

Com o advento dessa idéia, o grupo fez vários levantamentos de natureza histórica e física, objetivando encontrar informações que oferecesse embasamento quanto à data de surgimento do povoado.

Vitório Rodrigues de Andrade, geógrafo e comunicador social, grande estudioso e defensor do rio São Francisco, de posse do estudo realizado pelo engenheiro civil, alemão, Henrique Guilherme Fernando Halfeld, com vistas ao aproveitamento do seu leito para a navegação a vapor, encontrou os seguintes dados e descrições sobre a área onde está situada Tapera, na página 33:(Nivaldo Carvalho 2005)         

".segue o canal navegável pelo meio do rio fora, aproximando-se mais a margem direita do que a esquerda. O leito do rio apresenta muita pedra nativa de granito em toda extensão da légua, cuja parte maior está apenas coberta d’água, outros estão um ou dois palmos acima de sua superfície. As ilhas da Tapera e bancos de cascalho junto a estas ficam à esquerda, sobre a margem deste lado se acham a povoação das Areias e da Tapera de cima. Sobre o barranco da margem direita, em 24 palmos de altura acima das águas ordinárias do rio, estende-se a povoação da Correnteza. Continua a seguir (légua 243) o canal em direção análogo a extensão da légua anterior, onde o leito do rio apresenta muita pedra de granito. Ao lado esquerdo do canal ficam as ilhas do Coqueiro e de São Gonçalo, e sobre a margem do mesmo lado estende-se a povoação da Tapera de baixo, onde está o Porto do Salitre. Sobre a direita fica o Sitio da Carnaúba Torta e a povoação de São Gonçalo, e atrás desta o Serrote do Mudubim, que é de gneiss-granito. O rio está por aqui despraiado, e tem a largura de 6.700 palmos; suas águas correm com 3,44 palmos de velocidade em um segundo, ou 1,47 milhas por hora”. (Halfel pg. 33, 1858)

Instituição da data do aniversário: 

No mesmo levantamento, observando-se a narrativa de Halfeld no Relatório iniciado em 1852, ele descreve a vila do Juazeiro, instituída em 1833, sendo a mais antiga vila desta região e também cita a existência do povoamento da Tapera de Cima ao lado esquerdo da ilha que leva o mesmo nome, onde nos leva a deduzir que a povoação da Tapera tem em torno de 170 anos.

Se levarmos em consideração, também, que Tapera tem como principal acontecimento social/religioso a data de 31 de maio, dia da sua Padroeira, há muitos anos, o grupo adotou esta data como a de comemoração do aniversário do povoado.

Assim, os membros da comissão sugeriram e a população acatou que Tapera de Cima, hoje conhecida apenas como Tapera, reconhece e institui o Dia 31 de maio como data oficial do lugar. 

         Memorial Nilo Coelho – instalado no Centro de Convenções, onde pode ser encontrado todo o acervo do Senador Nilo Coêlho composto de documentos e objetos pessoais. 

         Atelier de Ana das Carrancas – onde pode se apreciar ao vivo as mãos hábeis de D. Ana criadora da carranca feita de barro, moldando sua carrancas “cegas”.

Serra da Santa – à margem da BR 122, nicho com imagem de Nossa senhora de Lourdes, local onde se realizam pagamentos de graças alcançadas, romarias e ex – votos. A visitação maior sempre ocorre no dia de finados..

         Parque Josepha coêlho – uma área com mais de 300.000 m2 com grande freqüência de usuários no inicio das manhãs e finais das tardes e principalmente nos fins de semana. Agora com um grande investimento em sua revitalização, passará a ser o principal ponto de lazer da cidade, com pistas asfaltadas, Sala Verde, Museu da Caatinga, locais para pic-nic, além da cobertura vegetal arbórea, arbustiva e grama em toda a área. 

         Ponte Presidente Dutra – Petrolina está separada da cidade de Juazeiro – BA pelos cerca de 800 metros da calha do rio São Francisco e unidas pela ponte Presidente Dutra. Até o inicio dos anos 70 do Século XX, parte dessa ponte levantava-se para dar passagem aos vapores que navegavam no “Velho Francisco”, hoje o “velho portão” está aposentado. 

         Petrolina é lembrada na música popular brasileira por vários cantores famosos, entre eles: Caetano Veloso, Geraldo Azevedo (Seu filho legitimo) e tantas outras feras da arte de cantar.

          Bododramo – Petrolina pega seus visitantes pelo estomago através da gastronomia que não tem nada a ver com o peixe. Quem na verdade faz com que a maioria dos que passam por essa cidade voltem outras vezes é o sabor irresistível da carne de bode e de carneiro que são servidas em quase todos os restaurantes da cidade e principalmente no “Bododramo”, que é uma grande praça de alimentação que chega a receber 1.000 clientes, por dia entre quinta-feira e domingo.

          Biblioteca Pública Municipal Cid Carvalho – Totalmente informatizada, atende ao público leitor principalmente, em especial os estudantes do ensino médio, fundamente tal superior. Tem um acervo bibliográfico de aproximadamente 15 mil titulo, além de periódicos.

          A Biblioteca Municipal fica localizada na Avenida Tancredo Neves e funciona das 7h00 às 22h00 de segunda a sexta-feira, sábado das 8h00 às 17h00 e domingo das 8h às 12h00.

          Oficina do Artesão – Local de Produção e comercialização de peças artesanais da região, onde o visitante tem a oportunidade de apreciar a confecção de verdadeiras obras de arte ao vivo, em madeira, barro, tecido, palha de bananeira, crochê, pintura etc. Av. Cardoso de Sá, aberta das 7h00 às 1700h. 

Tacaratu – PE, CEP – 56.480-000 

 Em 1752, no lugar onde hoje está localizada a cidade de Tacaratu já existia uma capela dedicada a Nossa Senhora da Saúde, em torno da qual nasceu o povoado. Segundo a história o local era habitado por índios da Tribo Pancararus, que foram expulsos pelos missionários católicos. Tacaratu passou a vila em 18 de junho de 1849 quando foi transferido para lá a sede do município de Floresta. Em 1º de maio de 1887, a sede do município foi transferida para Jatobá que, em seguida teve o nome mudado para Itaparica, e depois Petrolândia. Tacaratu voltou à condição de município autônomo em 29 dezembro de 1953, quando foi desmembrada de Petrolândia, e sua instalação ocorreu no dia 13 de maio de 1954.

Tacaratu está situada no Sertão, na microrregião Itaparica a 453 km de Recife, a uma altitude de 514m acima do nível do mar, com uma área territorial de 1.244,0 km2 100% na bacia do São Francisco. Tem como potencial turístico os seguintes atrativos: Casa Grande do Sitio do Padre, Casarão das Pedras, Fonte Grande, Casarão das Mangueiras, Sobrado da Matriz, Capela de Santo Antonio, Cachoeira das Lajinhas, Cachoeira do Sobrado, Engenho de João Felix, Santuário Nossa senhora da Saúde, Serra do Cruzeiro, Praça da Matriz, Praça João Serafim de Araújo, Serra do Giz, Serra Grande, Pico do Morcego, Conjunto Arquitetônico Colonial entre outros. No artesanato encontra-se a tecelagem, com produção de tapetes, mantas, bolsas, jogos americanos e redes em teares manuais e elétricos. No folclore destacam-se o pastoril, a dança do coco, o toré, a quadrilha junina e o menino no rancho. (39) 

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28.Almanaque Vale do São Francisco, pag 325 e 326; Almanaque Região dos Lagos do São Francisco e Relatório Final da Comissão de Acompanhamento do Projeto de Revitalização do Rio São Francisco/2002 pg. 179.

29.Entrevista com a comunidade local;

30Texto produzido pelo arquiteto e diretor do Museu Pai Chico de Caboclo – Cosme Cavalcanti;

31.Almanaque Vale do São Francisco, pag 329 e Almanaque Região dos Lagos do São Francisco e Relatório Final da Comissão de Acompanhamento do Projeto de Revitalização do Rio São Francisco/2002 pg. 179.

32.Almanaque Vale do São Francisco, pag 339 e Almanaque Região dos Lagos do São Francisco e Relatório Final da Comissão de Acompanhamento do Projeto de Revitalização do Rio São Francisco/2002 pg. 180.

33.Almanaque Vale do São Francisco, pag 343 e 344 e Almanaque Região dos Lagos do São Francisco. e Relatório Final da Comissão de Acompanhamento do Projeto de Revitalização do Rio São Francisco/2002 pg. 180.

34. Almanaque Vale do São Francisco, 345 e Almanaque Região dos Lagos do São Francisco.

35.Almanaque Vale do São Francisco, pag 346 e Material de marketing produzido pelo município de Lagoa Grande;

36.Almanaque Vale do São Francisco, pag 352 e Almanaque Região dos Lagos doSãoFrancisco;

37. Petrolina, origem, fatos, uma história/1995.

38.Maria Creuza da Sá y Brito, pag 16 e 17; Perfil Socioeconômico de Petrolina/1997 – PMP e  Cronologia Histórico Cultural de Petrolina/1995 – Marta Luz, pag 95 a 107; IBGE.

39. Almanaque Vale do São Francisco, pag 362 e Almanaque Região dos Lagos do São Francisco

SUMARIO

 

 
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