MUNICIPIOS DE MINAS GERAIS

 

Ibiaí – MG, CEP – 39.350-000 

         O município de Ibiaí tem uma área territorial de 873,4 km, situada totalmente dentro da bacia do São Francisco. Sua origem vem do antigo povoado de Extrema, que surgiu na Vila Risonha de Santo Antonio da Manga de São Romão. O território de São Romão foi palco do primeiro movimento de revolta contra as autoridades da metrópole. Distrito de Extrema, logo após o seu nascimento, foi suprimido em 1846. Em 1848, foi restaurado e incorporado ao município de Montes |claros, depois  quando foi criado o município de Inconfidência Extrema passou a integrá-lo. Em 1923m, seu nome passou a ser Borda do Rio e, em 1926 recebeu o nome atual. Em 1962, Ibiaí passou a categoria de cidade. Sua principal atração turística,é a linda praia oferecida pelo rio São Francisco e a oportunidade de uma boa pescaria. (1)

 Itacarambí – CEP, 39.470-000 

 

         Itacarambí fica a 660 km de Belo Horizonte, e foi originada do antigo distrito de São João das Missões, no município de Januária. Foi extinto em 1836 e restaurado em 1864. 26 anos depois a sede do distrito foi transferida para o povoado de Jacaré. Em 1926 passou a se chamar Itacarambí e emancipada em 1962. A cidade tem um grande complexo científico e natural de importância mundial. No seu potencial turístico, inclui-se o Vale do Peruaçu, que serve de abrigo para muitas espécies de aves e outros animais raros que já se encontram ameaçados de extinção. O Vale do Peruaçu está situado na margem esquerda do rio São Francisco, e tem um grande conjunto de cavernas e grutas belíssimas o que lhe dá um potencial turístico muito bom. Na região do Alto Médio, são encontrados vários lugares próprios para a prática de esportes e lazer. Como praias fluviais, locais para boas pescarias, além das grutas já citadas, com destaque para a Olho D’ água com 1.180 metros no seu eixo principal considerada a quarta do país. Sua economia gira em torno da agropecuária, com o cultivo do algodão e cereais. O gado produzido no município é destinado ao corte e a produção de leite. das  que compõem a fauna da região. (2) 

 

Jequitaí – MG, CEP – 39.370-000 

 

         Inicialmente Jequitaí, era um Arraial chamado Nossa Senhora da Conceição do Jequitaí. Sua origem vem de um próspero garimpo de diamantes que  se instalou

Por aquelas bandas. Em 1884, o povoado foi elevado a categoria de cidade, mas perdeu esse status em 1890, descendo para a categoria de distrito do município de Montes Claros. Só voltou a ser município definitivamente em 1948. Sua área territorial é de 1.272,5 km2 e toda a área está dentro da bacia do São Francisco. Os principais atrativos turísticos são: a Lapa Pitada que constitui um importante sitio arqueológico, a Catarata do Sitio que forma uma piscina natural belíssima, o Curral de Pedras, que é o refúgio de pássaros e outros animais silvestres. (3)

 

                                                         Januária – MG, CEP – 39480-000 

 

Segundo a versão oficial da história do lugar, o nome Januária foi dado em homenagem a um grande fazendeiro chamado Januário Cardoso que era dono da fazenda Itapiraçaba, localizada onde hoje é o município. Mas existem outras versões não oficiais que indicam controvérsias, a homenagem pode ter sido para outras personagens da história como: A Princesa Januária irmã do Imperador D. Pedro II, ou ainda poderá ter sido uma homenagem à escrava Januária. O primeiro grupo de casas surgiu no local, hoje denominado Brejo do Salgado, que em 1811 passou a ser distrito com o nome de Brejo do Amparo e, em 1833 foi elevada a categoria de cidade com o nome de Januária. O município situa-se às margens do rio São Francisco que possui excelentes praias urbanizadas. 

É nas redondezas de Januária que se encontra um dos mais notáveis conjuntos arqueológicos do mundo. Lá está situado o Vale do Peruaçu, uma área de preservação ambiental onde se escondem cavernas, rios subterrâneos, gravuras rupestres e fósseis que anunciam sinais de vida há mais de dez mil anos naquela região. A formação de estalactites e estalagmites testemunham a riqueza ambiental e a beleza do rio Peruaçu, que costura nas rochas, ora pela superfície, ora por debaixo delas, formando fendas e cavernas que encantam os visitantes num percurso de 120 quilômetros até desaguar no rio São Francisco. 

Em 1999 o Parque foi criado para proteger o conjunto de belezas naturais formado por algo em torno de 100 sítios arqueológicos, 140 grutas e 75 cavernas esculpidas pelo rio Peruaçu. É nesse conjunto que podemos encontrar obras da natureza de beleza sem igual, entre as quais pomos citar: a caverna Lapa do Jamelão, 03 com quilômetros de comprimento, 80 metros de altura e 35 metros de largura. É ela que abriga a estalactite, sem suporte, mais extensa do mundo a “Perna da Bailarina”, com 27 metros de comprimento e aproximadamente 10 toneladas de peso. Por isso já foi citada no livro mundial dos recordes. O buraco dos Macacos também é um grande atrativo do conjunto, é uma das clarabóias da Caverna do Jamelão, tem 170 metros de diâmetros e 180 de profundidade.  

O rio Pandeiros com suas águas transparentes constitui rara beleza e é o principal berçário da fauna ictiológica do rio São Francisco. É dele que saem milhões de alevinos por ano para enriquecer a psicultura do “Velho Francisco”, este é um dos pouquíssimos rios da bacia que ainda têm matas ciliares intocadas. Sendo ele considerado o Pantanal Mineiro. Seu percurso é de 48 quilometros e, segundo os especialistas, ele é responsável por, pelo menos 70% da produção de peixes entre as barragens de Três Marias, em Minas Gerais, e Sobradinho na Bahia. Januária está a 592 quilômetros de Belo Horizonte, Sua área territorial é de 12.870,9 km2 100% dentro da bacia do São Francisco (4).  

 

Manga – MG, CEP – 39460-000 

 

         Cidade por onde passa o rio São Francisco e que também possui seu potencial ecoturistico, além das festas tradicionais como a de São Benedito e a de Nossa Senhora da Conceição, em Manga pode se admirar as misteriosas grutas do Morro do Matias Cardoso. Para se chegar até lá terá que se percorrer 571 quilometros pela BR – 135 MG – 401. Existem também um porto e um pequeno aeroporto, o atual município, até meados do século XVII, era habitado por indígenas que aos poucos foram sendo expulsos pelos bandeirantes. O arraial surgiu na época do bandeirismo e se chamava São Caetano do Japoré. Uma das mais antigas freguesias criadas pelo bispo de Pernambuco. Em 1923, foi elevada à categoria de município tendo sido, seu território desmembrado de Januária. Hoje seu principal atrativo turístico é a Cachoeira do Japoré, onde o rio corre entre pedras formando um véu de três quedas.  Sua área territorial é de 3.661,3 km2 com 100% localizado na bacia do São Francisco (5) 

Pirapora – MG, CEP – 39.270-000 

 

         A Festa do Sol e o Carnaval são as festas principais da cidade. O crescimento da povoação de Pirapora ganhou impulso a partir da inauguração da estrada de ferro Central do Brasil, que saiu ligando esse povoado aos demais, pelo oeste mineiro. Nessa época, chegaram a região professora Josefina Rodrigues dos Santos, que inaugurou a primeira escola, o coronel Joaquim Lúcio, que instalou o primeiro armazém para compra de algodão e venda de tecidos, e o padre Lúcio Alberto, o primeiro vigário da paróquia. Pirapora virou o ponto de intercâmbio entre Minas e Bahia. Em 1911, virou município, firmando-se cada vez mais como grande empório comercial da região, seu território tem 577,3 km2 e 100% dessa área está dentro da bacia do rio São Francisco.  

Em linguagem indígena “Local onde saltam os peixes” é este o significado da palavra “Pirapora”, onde a pesca ainda é, para aquela cidade um grande atrativo apesar de não haver mais tantos peixes como antes. Mesmo assim, lá está instalada a Federação Mineira de Pesca, para dar sustentação ao grande evento que acontece anualmente no dia 07 de setembro, que atrai competidores de todo o país. Outras atrações para os turistas são as prainhas de areias brancas e duchas naturais, permitindo a prática de várias modalidades esportivas. A oito quilômetros de Pirapora, fica um dos principais pontos turísticos daquela região, em Várzea da Palma, no distrito de Guaicuí. Lá encontram-se as ruínas da igreja do Bom Jesus de Matosinho, construída em pedras, não se sabe bem quando iniciou sua construcão, mas, possivelmente, foi em 1775 e nunca foi terminada. Localizada próximo à confluência do rio das Velhas com o rio São Francisco, têm como principal atrativo um enorme pé de gameleira que nasceu em cima das paredes de pedras, das ruínas da igreja, onde suas raízes descem parede a baixo, formando desenhos espetaculares. (6) 

 

São Romão – MG, CEP – 39290-000 

 

São Romão, no passado sempre teve sua história marcada por conflitos, desde a luta contra os índios caiapós, passando pela repressão aos quilombos, até os assaltantes das estradas. O inconformismo com o regime colonial foi à gota d’ água, para a explosão da Revolução em 1936. Onde os revoltosos de São Romão, formaram uma espécie de governo provisório, com o plano de forçar o distrito de Ouros, a região do rio das Velhas e do Sabarabuçu se juntassem a eles, assim que fosse dominado o Sertão do São Francisco. São Romão era considerado o empório comercial da região, e ponto de ligação dos sertões com o litoral. Começou a decair com a derrota da Revolução do Sertão e com a nova saída para o mar, aberta pelo caminho novo, que partia do centro da província em direção ao Rio de Janeiro.  Em 1831, o arraial foi elevado a categoria de vila com o nome de Vila risonha de São Romão. Em 1923, foi elevada a categoria de município com o nome atual. Seu território tem 2.444,8 km2 de área integralmente dentro da bacia do São Francisco. (7)  

 

São Roque de Minas – MG, CEP – 37928-000

 

         Surgiu, como povoado, em 1762, com a construção da capela em louvor a São Roque. Foi criado o distrito em 1842 e elevada à categoria de município em 1938 quando foi desmembrado do município de Piuí e recebeu o nome de Guia Lopes, em homenagem a José Francisco Lopes, considerado seu fundador. É no município de São Roque de Minas a 310 km de Belo Horizonte, que se encontra o Parque nacional da Serra da Canastra, criado em 1972, para proteger as nascentes do rio São Francisco. Antes da criação do Parque a área era usada para o cultivo de pastagens, colocando em risco as vertentes que dão origem ao nosso mais importante patrimônio hídrico do nordeste. O município de São Roque tem uma área total de 2.106,7 km2. Da qual, 1.439,2 está na bacia do rio São Francisco.

          Na área de entorno do Parque, existem 38 cachoeiras harmonizando-se com cavernas e grutas. As principais nascentes do Velho Chico ficam na parte mais alta do Chapadão da Zagaia a seis quilômetros e meio da portaria do Parque, dali percorre cerca de 14 km para dar seu primeiro salto, formando a Cachoeira de Casca D‘antas com 180 (cento e oitenta) metros de altura. Daí segue para o nordeste. (8) 

 

Três Marias – MG, CEP – 39.205-000

 

         A cidade de Três Marias está localizada a 247 km da capital Belo Horizonte, com uma área territorial de 2.683,6 km2 100% na bacia do rio São Francisco. Antes de ser cidade, era apenas povoado de Barreiro Grande que surgiu como vila de operários durante a construção de uma barragem nas proximidades, em 1961. Este nome era devido a um córrego que atravessava a região, foi mudado para Três Marias mediante a um abaixo assinado da população para homenagear as três filhas de um fazendeiro da região: Maria das Dores, Maria Geralda e Maria Francisca que morreram afogadas no rio São Francisco. O povoado não teve um fundador e seu território pertencia ao município de Corinto tendo sido o mesmo desmembrado já como distrito em 1962. Foi nomeado para o cargo de intendente Antonio Fonseca Leal até a posse do prefeito.  

         Hoje, sua principal atração é o lago que tem o mesmo nome da cidade, com muitas áreas de lazer no seu entorno. Nos corredores da cidade, existem várias cachoeiras que atraem turistas de todos os lugares. Em 1963, foi criada a Estação Ecológica de Piratininga, que é administrada pelo IBAMA e localizada na Ilha das Marias formada por ocasião do represamento das águas que formaram o lago. (9) 

 

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1.Almanaque Vale do são Francisco /2001, pg 236 e Relatório Final de Acompanhamento do Projeto de    Revitalização do Rio são Francisco/2002, pg 168.

2.Almanaque Vale do são Francisco /2001, pg 249 e Relatório Final de Acompanhamento do Projeto de Revitalização do Rio são Francisco/2002, pg 168.

3.Almanaque Vale do são Francisco /2001, pg 241 e 242 e, Relatório Final de Acompanhamento do Projeto de Revitalização do Rio são Francisco/2002, pg 168.

4.Almanaque Vale do São Francisco, 1ª ed. 2001 pag 247 e 248; Revista Velho Chico/junho 2002, pag 43; Relatório Final da Comissão de Acompanhamento do Projeto  de Revitalização do Rio São Francisco/2002, pg. 168

5.Almanaque Vale do São Francisco, pag 259 e 260 e, Relatório Final da Comissão de Acompanhamento do  Projeto  de Revitalização do Rio São Francisco/2002, pg. 169.

6.Almanaque Vale do São Francisco, pag 286 e 287; Revisto Velho Chico pag 42 e Relatório Final da Comissão de Acompanhamento do Projeto  de Revitalização do Rio São Francisco/2002, pg. 171.

7.Almanaque Vale do São Francisco, pag 310 e e Relatório Final da Comissão de Acompanhamento do Projeto  de Revitalização do Rio São Francisco/2002, pg. 173.

8.Almanaque Vale do São Francisco, pag 310 e Revisto Velho Chico, pag 41 e Relatório Final da Comissão de Acompanhamento do Projeto  de Revitalização do Rio São Francisco/2002, pg. 173.

9.Revista Velho Chico, pag 15 e 31 Almanaque Vale do São Francisco pag 316 e Relatório Final da Comissão de Acompanhamento do Projeto  de Revitalização do Rio São Francisco/2002, pg. 173.

 

 

SUMARIO

 

 
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