lota
Pesca em Sesimbra
  
Benvindos a Sesimbra , que nesta altura do ano se encontra melhor do que nunca.

farol

Sesimbra � uma vila piscat�ria importante referenciada por alguns escritores famosos. Luis de Cam�es, em "Os Lus�adas", designa-a de piscosa Sesimbra. Andr� de Resende fala com frequ�ncia sobre o "mar piscos�ssimo de Sesimbra" e Raul Brand�o faz refer�ncia � coragem dos pescadores de Sesimbra � sua arte de navegar, sem aparelhos de orienta��o.
Estes homens regulam-se pela serra e pelas estrelas, conhecem a costa palmo a palmo e baptizam os mares conforme o que l� pescam.


PESCA COM APARELHO
A pesca com aparelhos de anzol � a que ocupa maior n�mero de pescadores Sesimbrenses.
� uma arte trabalhosa, que envolve muita m�o de obra na prepara��o do aparelho para a pesca, estes barcos t�m sempre homens que trabalham em terra e que preparam a ca�ada para ser levada para o mar, os que andam no mar tratam do aparelho durante a faina piscat�ria.
Os homens na praia cortam os anz�is j� utilizados na pescaria anterior, desembara�am todas as pitas que comp�em o aparelho e voltam a empatar todos os anz�is (s�o centenas), cada anzol � iscado com sardinha ou cavala salgada e s�o ordenados dentro das selhas de modo a ser facilmente lan�ado ao mar e a ficar esticado.
O peixe apanhado desta maneira � de �ptima qualidade e variado o que faz com que o peixe e a lota de Sesimbra sejam bastante procurados tanto por comerciantes portugueses como por comerciantes estrangeiros.


PESCA AO CHOCO E AO POLVO
Na generalidade � uma pesca solit�ria onde cada pescador pesca no seu pequeno barco, a aiola, para si. Parecem im�veis, s� o barco balan�a suavemente e as suas m�os fazem estremecer a linha que tem no fim a piteira, � este estremecer que atrai o choco. Nas toneiras mais compridas utiliza-se carapau como isco e s�o utilizadas para pescar os polvos.
Tamb�m h� barcos com companhas pequenas que se dedicam � pesca do polvo, s�o vulgarmente conhecidos pelos barcos do forrado, utilizam recipientes de barro, amarrados entre si por cordas, estes servem de armadilhas para os polvos que os procuram para fazerem deles a sua habita��o e s�o assim capturados.
Actualmente tamb�m se utilizam recipientes de pl�stico e latas.


PESCA AO MARISCO
Os covos de rede de nylon, as cabe�as de peixe-espada, as cavalas e as sardinhas que servem de isco est�o na aiola, est�o tamb�m as canas para armar os covos, e a lanterna n�o pode faltar, partem geralmente � tarde para passar a noite na pesca.
A rede dos covos est� cozida a cinco arames circulares, dois pequenos que ficam nas extremidades da rede e que servem de boca, (� por aqui que entra o marisco) e aos outros tr�s c�rculos maiores que est�o divididos � mesma dist�ncia pela rede, no meio fica a corda onde se amarra o isco, de lado amarram-se os pesos para irem para o fundo, cada covo est� amarrado a uma b�ia que assinala o s�tio onde se encontra. � com este tipo de armadilha que geralmente se pesca o camar�o, as navalheiras e os lagostins.
Existem no entanto outro tipo de armadilhas, s�o covos feitos com rede de pl�stico, armadas sobre estruturas de ferro e que n�o se podem fechar, s�o feitos para estarem dentro de �gua


PESCA DA ARMA��O
A exist�ncia em Sesimbra de arma��es data do s�culo XIX.

Sesimbra teve uma grande quantidade de arma��es sendo as mais conhecidas: A Greta, Restauradora, Risco, Cozinhadouro, Cova, Agulha, Charanga, Torre, Remexida, Cavalo, Varanda, Ilhau do Alho, Burgau, Pai Bernardo, Mijona, Roquete ou Forninho, Raposa, Baleeira Nova, Baleeira Velha, Bombaim, Arma��o Nova, Cabo D'Airas, Figueirinha e S. Penedo.

Consideradas de grande valor econ�mico s� � poucos anos desapareceu esta arte de pesca.

Nos primeiros tempos eram utilizados barcas e bat�is � vela ou a remos. Mais tarde, com os barcos a motor, esta situa��o modificou-se e as embarca��es (barcas e bat�is) utilizadas passaram a ser rebocadas por um barco a motor.

Barca � vela

Batel � vela

As barcas e bat�is eram as embarca��es caracter�sticas desta arte de pesca que utilizava uma rede fixa num local fixo para pescar durante a Primavera e o Ver�o. No Inverno as arma��es eram desarmadas devido aos vendavais.

A arma��o � na sua ess�ncia uma armadilha para o peixe, era bastante complexa e a sua montagem obedecia a uma s�rie de normas. Competia ao Mestre de Terra orientar a montagem da arma��o, sendo necess�rio para isso a mar� estar cheia e ter conhecimento sobre as correntes e profundidade do local, s� depois de ser encontrado o local ideal eram largados os ferros (�ncoras) amarrados os cabose montadas as redes.


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