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DEFESA DO
EVANGELHO (Fp 1.16) - por Joel Alexandre |
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ESPIRITISMO
I - RESUMO HISTÓRICO DO ESPIRITISMO
O que hoje se chama espiritismo era conhecido na Antiguidade
como necromancia (1Sm 28.3,7-9; Is 19.3; 29.4). (26)
Por volta de 1848, a atenção foi chamada, nos Estados Unidos
da América, sobre diversos fenômenos estranhos, consistentes
em ruídos, pancadas e movimentos de objetos sem causa
conhecida. Notou-se que eles se produziam mais
particularmente sob a influência de certas pessoas, que se
designou com o nome de médiuns,
Não tardou a se reconhecer, nesses fenômenos, efeitos
inteligentes, como movimentos para uma direção estabelecida
e números de pancadas pedidos. Para se estabelecer a
natureza dessa inteligência, entrou-se em conversação por
meio de um número de golpes convencionado significando sim
ou não, ou designando letras do alfabeto. Desse modo
declararam ser espíritos e pertencerem a um mundo invisível.
Da América, esse fenômeno passou para a França e ao resto da
Europa.
As comunicações por pancadas eram lentas e incompletas. Mais
tarde, experiências demonstraram que o espírito agia sobre o
braço ou a mão a fim de conduzir um lápis. Teve-se então os
médiuns escreventes. Segundo a doutrina do espiritismo, os
espíritos ainda podem se manifestar de várias maneiras,
entre outras pela audição (médiuns audientes) e pela visão
(médiuns videntes). (2)
Na França, o ex-professor Hippolyte León Denizard Rivail
tomou o pseudônimo de Allan Kardec, porque acreditava ser a
reencarnação de um poeta celta que em vida tivera esse nome
(5). Kardec começou a fazer perguntas aos chamados Espíritos
Superiores, através de vários médiuns. Compilou e coordenou
todas as perguntas e respostas. Surgiu, então, o Livro dos
Espíritos, dando origem ao Espiritismo Kardecista, em 18 de
abril de 1857. (12)
Logo ele viajou para vários países com o objetivo de
propagar sua doutrina. Destacou-se por introduzir no
espiritismo a idéia da reencarnação. Dotado de grande
capacidade física e mental, foi o codificador da doutrina.
(5)
No Brasil, o kardecismo começou em Salvador, Bahia, em
setembro de 1865. Aqui, seu maior representante é a
Federação Espírita Brasileira (FEB), fundada em 1884,
sediada em São Paulo. O Brasil é considerado a pátria do
kardecismo, contando com quase 8 milhões de adeptos (segundo
dados da FEB), sendo Francisco Cândido Xavier (o Chico
Xavier) sua figura mais destacada. (12)
Número de adeptos em milhares (e a porcentagem do total dos
adeptos) — 1999): (23)
Ásia: 0 (0%);
África: 3 (0,025%);
Oceania: 7 (0,057%);
Europa: 131 (1,075%);
América: 11.998 (98,47%).
(Fonte: Enciclopédia Britânica)
II - PRINCIPAIS DOUTRINAS DO ESPIRITISMO () E A
DEFESA DO EVANGELHO (DE)
1. REENCARNAÇÃO
E: “166. Como pode a alma, que não alcançou a perfeição
durante a vida corpórea, acabar de depurar-se? ‘Sofrendo a
prova de uma nova existência’.
167. Qual o fim objetivado com a reencarnação? ‘Expiação,
melhoramento progressivo da Humanidade. Sem isto, onde a
justiça?’.
170. O que fica sendo o Espírito depois da sua última
encarnação? ‘Espírito bem-aventurado; puro Espírito’.” (1)
“A reencarnação fazia parte dos dogmas dos judeus, sob o
nome de ressurreição [Cap. IV – Nascer de Novo; §4; p.84]”.
(3)
“A idéia de que João Batista era Elias e de que os profetas
podiam reviver na Terra se nos depara em muitas passagens
dos Evangelhos (Mt 16.13-17; Mc 8.27-30; 6.14-16; Lc 9.7-9;
Mt 17.10-13; Mc 9.11-13) [Cap. IV – Nascer de Novo; §6;
p.85].” (3)
DE: A Bíblia ensina que há somente uma oportunidade de
salvação e esta é enquanto temos esta vida (Is 55.6,7; 2Co
6.2). Depois da morte segue-se o juízo (Hb 9.27) e o estado
final depois da morte é irreversível (Lc 16.19-31; Mt
25.34,41,46). (18)
Quando Jesus prega que devemos nascer de novo (Jo 3.3), ele
esclarece mais adiante que é nascer da água e do espírito (Jo
3.5), referindo-se à regeneração, que é a mudança das
disposições íntimas da alma dentro do mesmo corpo (Jo
1.12,13; 2Co 5.17). O poder regenerador da Palavra é
atestado pelos discípulos (Tg 1.18; 1Pe 1.23). A
correspondência da água e do Espírito com a Palavra de Deus
e o Espírito de Deus está bem claro no livro de Ezequiel (Ez
36.25,27). Era isso que o Filho de Deus estava querendo
dizer para Nicodemos.(26)
João Batista não podia ser Elias reencarnado, tendo em vista
que:
a) Elias não morreu, mas foi trasladado aos céus em corpo
(2Rs 2.1,11);(18)
b) João Batista, enfaticamente, disse que não era Elias (Jo
1.21);
c) se João Batista fosse a reencarnação de Elias, no momento
da transfiguração de Cristo teriam aparecido Moisés e João
Batista, e não Moisés e Elias (Mt 17.3), visto que João
Batista já havia morrido (Mt 14.10). (15)
Quando Jesus disse que João Batista era o Elias que havia de
vir (Mt 11.14; 17.12,13) referia-se à semelhança do
ministério:
a) eram profetas (1Rs 17.1 e Mt 3.1);
b) enfrentaram grandes governantes (1Rs 18.17,18 e Mt
14.3,4);
c) foram perseguidos por mulheres (1Rs 19.2,3 e Mt 14.6-8).
João Batista era um Elias no sentido profético (Mt 17.2; Mc
9.12; Lc 1.17).
Se a reencarnação visa o desenvolvimento espiritual do ser
humano, como explicar o contínuo crescimento da violência?
(18)
Para alguém ter o perdão de Deus é necessário o
arrependimento, e não outra encarnação (Lc 13.3; At 3.19). O
ladrão na cruz arrependeu-se dos seus erros e recebeu de
Jesus a mais rica promessa de perdão absoluto e total
expiação sem necessidade de outra encarnação (Lc 23.39-43).
O ladrão arrependido tinha plena consciência dos erros
cometidos na sua vida presente, e com consciência deles
podia arrepender-se. Não entendemos como o espírita possa
atingir a condição de espírito puro, mesmo admitindo-se
milhares de encarnações. É que em cada uma delas o espírita
se esquece fatalmente das ocorrências da vida anterior.
A purificação do espírito depois da morte é um grande
incentivo ao pecado. Por mais horrendo que sejam os crimes
cometidos durante a existência atual, e embora o criminoso
morra sem arrependimento, o espiritismo afiança que haverá
expiação nas sucessivas encarnações, só que acaba perdido
eternamente, por rejeitar, soberbamente o remédio eficaz
providenciado por Deus: Jesus Cristo (1Jo 2.1,2; Hb 9.13;
10.12; Jo 8.2). Não há por que inventar uma dívida, sendo
que o débito que já foi bem pago por Jesus na cruz (Ef 1.7).
Além disso, se a reencarnação realmente existisse incorreria
em faltas gravíssimas:
a) os seres humanos estariam sofrendo castigos por faltas
que não têm consciência ou lembrança. Onde está a justiça?;
b) de uma reencarnação para outra há um esquecimento total
das experiências adquiridas, não havendo, portanto, como se
tirar proveito delas;
c) os malfeitores tornam-se, então, executores de ordem
divina, e não devem ser responsabilizados pelos crimes que
cometeram, pois aqueles que sofrem a ação desses crimes
estão pagando dívidas contraídas no passado;
d) se alguém tentar aliviar o sofrimento de outra pessoa,
estaria impedindo que ela pague o que deve, impedindo o seu
progresso espiritual;
e) essa doutrina pode destruir os sentimentos e os laços
mais sagrados que unem a família, tendo em vista as mudanças
de sexo e as inversões de graus de parentesco.(26)
2. COMUNICAÇÃO COM OS MORTOS
E: “O Espiritismo é ao mesmo tempo uma ciência de observação
e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, ele
consiste nas relações que se podem estabelecer com os
Espíritos; como filosofica, ele compreende todas as
conseqüências morais que decorrem dessas relações.”
[Preâmbulo; p.12] (2)
“O Espiritismo se reduz a uma só questão principal: as
comunicações entre as almas e os vivos são possíveis? Essa
possibilidade é um resultado da experiência” [Cap. II –
Noções Elementares de Espiritismo; p.117] (2)
DE: A pretensão espírita de comunicvar-se com os mortos é
condenada nas Sagradas Escrituras (Dt 18.10,11; Is 8.19; Lc
16.31). O testemunho das Escrituras é que os mortos, devido
ao estado em que se encontram, não têm parte em nada do que
se faz e acontece na Terra (Ec 9.5,6; Sl 88.10-12; Is
38.18,19; Jó 7.9,10; 1Tm 4.1). (15)
A conseqüência da consulta de Saul com a necromante de
En-Dor (1Sm 28) foi a morte (1Cr 10.13,14), além do que,
podemos destacar algumas considerações sobre aquela sessão
espírita:
a) Deus não respondia a Saul de maneira nenhuma (1Sm 28.6).
Foi como se Saul dissesse: “Se Deus não me responde, então o
diabo vai responder (v.7);
b) o rei Saul não viu o pretenso Samuel (v.13);
c) Saul deduziu que era Samuel (v.14);
d) Samuel foi um homem santo durante a sua vida. Ele não
iria prestar-se a obedecer a pitonisa, uma mulher
abominável, depois de já morto, cometendo um ato tão
claramente proibido por Deus (Ex 22.18; Lv 19.31; 20.27; Dt
18.9-12; Is 47.13). (18)
e) a profecia do falso Samuel (v.19) não se cumpriu na
íntegra:
i- Saul não foi entregue nas mãos dos filisteus, ele se
suicidou (1Sm 31.4) e seu corpo foi recolhido pelos
moradores de Jabes-Gileade (1Sm 31.11-13);
ii- também não morreram todos os filhos de Saul (vv.15,16),
e sim, apenas três dos seus seis filhos (1Sm 31.6,8; 2Sm
21.8). Isso contraria o testemunho de Deus a respeito de
Samuel (1Sm 3.19).(6) E a guerra entre Saul e os filisteus
já era iminente (1Sm 15).(15)
Devemos ter sempre em mente que Satanás é o pai da mentira (Jo
8.44); sabe imitar a realidade com os seus embustes (Ex
7.22; 8.7); transforma-se em anjo de luz (2Co 11.14); tem
poder de operar milagres (2Ts 2.9). Na realidade, os
pretensos espíritos de mortos são espíritos enganadores,
demônios, que têm como objetivo fazer com que os cristãos
apostatem da sua fé dando ouvidos a eles (1Tm 4.1).(15)
Devemos agir como Davi por ocasião da morte do seu filho
(2Sm 12.15-23).(26)
3. A IDENTIDADE DOS ESPÍRITOS
E: “Uma vez que se encontram entre os Espíritos todos os
defeitos da Humanidade, aí se encontram também a astúcia e a
mentira; (…). É preciso, pois, abster-se de crer, de uma
maneira absoluta, na auteticidade de todas as assinaturas. A
identidade é uma das grandes dificuldades do Espiritismo
prático; freqüentemente, ela é impossível de se constatar,
sobretudo quando se trata de Espíritos superiores, antigos
em relação a nós [Cap. II–Noções Elementares de Espiritismo;
Identidade dos Espíritos].” (2)
“A questão da identidade dos Espíritos é uma das mais
controvertidas, mesmo entre os adeptos do Espiritismo;
sabe-se com que facilidade certos deles tomam nomes
emprestados; em muitos casos, a identidade absoluta é uma
questão secundária e sem importância real [Cap.XXIV –
Identidade dos Espíritos; §255; p.294].” (13)
“Não ocorre o mesmo com a distinção dos bons e dos maus
espíritos; sua individualidade pode nos ser indiferente, sua
qualidade não o será jamais [Idem; §262; p.299].” (13)
“Julgam-se os Espíritos pela sua linguagem. (…). A bondade e
a benevolência são ainda atributos essenciais dos Espíritos
depurados [Idem; §§263,264; p.300].” (13)
DE: Estranhamente, Allan Kardec, se propôs a elaborar suas
doutrinas com base nos ensinamentos de espíritos que ele nem
sabia o que ou quem eram realmente. Os supostos espíritos de
mortos não podem ser os mortos humanos, pois a Escritura nos
diz que os mortos não salvos são confinados e incapazes de
alcançar os vivos, e os mortos salvos estão com Cristo (2Pe
2.9; Lc 16.19-31; 2Co 5.8; Fp 1.23). (18)
Como já sabemos, Satanás é o pai da mentira (Jo 8.44), sabe
imitar a realidade com os seus embustes (Ex 7.22; 8.7),
transforma-se em anjo de luz (2Co 11.14) e tem poder de
operar milagres (2Ts 2.9).
Desde que lançado fora do Céu, com os seus anjos, o
principal objetivo de sua existência tem sido enganar,
seduzir, impelir os homens para a ruína, e opor-se a toda
verdade com respeito a sua própria natureza e à natureza de
Deus. Os demônios, nas sessões espíritas, mostram-se
impostores porque declaram falsa identidade, declinando,
inclusive, sinais particulares, como segredos familiares.
Dizem as Escrituras que Satanás e seus espíritos malignos
agem com todo o poder, e sinais, e prodígios de mentira (2Ts
2.9; Mt 24.24; Ap 13.13).
4. MANIFESTAÇÃO DOS ESPÍRITOS POR MÉDIUNS
E: “Ele se manifestam por intermédio de pessoas dotadas de
uma aptidão especial para cada gênero de manifestação, e que
se distinguem sob o nome de médiuns. É assim que, se
distinguem os médiuns videntes, falantes, audientes,
sensitivos, de efeitos físicos, desenhistas, tiptólogos,
escreventes, etc. [Resumo da Lei dos Fenômenos Espíritas;
Cap. II – Manifestação dos Espíritos; p.211; §10].” (2)
“O médium não possui senão a faculdade de se comunicar; a
comunicação efetiva depende da vontade dos Espíritos. Se os
Espíritos não querem se manifestar, o médium nada obtém; é
como um instrumento sem músico [Idem; Cap III – Dos Médiuns;
§33; p.220].” (2)
DE: A primeira incidência bíblica de mediunidade foi lá no
Jardim do Éden, quando a serpente foi usada para enganar Eva
(Gn 3.1-5; 2Co 11.3; Ap 12.9). Através daquela médium, o
diabo levou o homem a duvidar de Deus, com graves
conseqüências para a humanidade. Significativamente, há
razões importantes para crer que a realidade básica da
mediunidade jamais se alterou no que se refere:
a) à origem (o diabo e seus demônios);
b) ao seu resultado (ilusão espiritual que destrói a
confiança em Deus);
c) às suas conseqüências (juízo divino – Gn 3.13-19; Dt
18.9-13).
Essa canalização é pois, condenada pela Bíblia como uma
prática maligna diante de Deus, po envolver contato com
demônios. (16)
Paulo expulsou, em nome de Jesus Cristo, um espírito de
adivinhação que se manifestava em uma jovem médium (At
16.16-18).
5. O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
E: “Muitos pontos dos Evangelhos, da Bíblia e dos autores
sacros em geral só são ininteligíveis, parecendo alguns até
irracionais, por falta da chave que faculte se lhes apreenda
o verdadeiro sentido. Essa chave está completa no
Espiritismo (…).
Como complemento de cada preceito, acrescentamos algumas
instruções escolhidas, dentre as que os Espíritos ditaram em
vários países e por diferentes médiuns.(…).
As instruções que promanam dos Espíritos são verdadeiramente
as vozes do céu que vêm esclarecer os homens e convidá-los à
prática do Evangelho [Introdução; I–Objetivo Desta
Obra;pp.27,28].” (3)
DE: Quaisquer ensinos, doutrinas ou idéias que, originados
em pessoas, espíritos, ou ciência, e que não estejam
expressos ou subentendidos na Palavra de Deus, não podem ser
aceitos. Assim ocorre com vários ensinos, decorrentes da
interpretação desse evangelho, tais como: pluralidade de
mundos habitados; reencarnação; causas anteriores das
aflições; o Consolador é o kardecismo; salvação pela
caridade; mediunidade; prece pelos mortos; entre outros
falsos ensinos (1Tm 4.1; 1Jo 4.1; Gl 1.6-9; 2Co 11.13-15; At
13.10; Mt 24.24; Ap 16.14).
Nenhum ensinamento, nem doutrina devem ser aceitos como
verdadeiros somente por causa das aparências, do sucesso, ou
de prodígios (2Ts 2.8-10; Ap 18.23).(8)
O alvo dos espíritos é transmitir falsos ensinamentos, cujas
conseqüências somente são percebidas tarde demais ou
compreendidas com horror apenas após a morte (Pv 16.25; Jo
8.24,44; 1Jo 4.1; Ap 16.14). É por isso que a Bíblia nos
adverte a ficarmos alertas (1Pe 5.8; 2Co 4.4). (16)
6. A GRAÇA NÃO É UM FAVOR DE DEUS
E: “(…) se é um dom, carece de mérito para aquele que a
possui. O Espiritismo é mais explícito, dizendo que aquele
que possui a virtude a adquiriu por seus esforços, em
existências sucessivas, despojando-se pouco a pouco de suas
imperfeições. A graça é a força que Deus faculta ao homem de
boa vontade para se expungir do mal e praticar o bem
[Introdução; §IV; item XVII; p.50].” (3)
DE: Deus não nos salva com base em quaisquer méritos
pessoais nossos, mas unicamente por sua graça (Rm 3.23,24).
As obras não salvam, nem ajudam ninguém a salvar-se (Ef
2.8,9).
7. FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO
 “Não podendo amar a Deus sem praticar a
caridade para com o próximo, todos os deveres do homem se
resumem nesta máxima: FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO [Cap.
XV – Fora da Caridade não há Salvação; §5; p.248]. (3)
DE: A Bíblia enfatiza que a salvação é pela graça, por meio
da fé em Jesus, e não por obras realizadas pelas mãos
humanas (Ef 2.8,9; Tt 3.5; 2Tm 1.9; Gl 2.16; Rm 3.27,28;
4.5; 11.6)
8. AUTO-SALVAÇÃO
E: “O Espírito culpado e infeliz pode sempre salvar-se a si
mesmo: a lei de Deus estabelece a condição em que se lhe
torna possível fazê-lo. O que as mais das vezes lhe falta é
a vontade, a força, a coragem [Cap. XXVII – Pedi e Obtereis;
§21; p.380].(18)
DE: Jesus Cristo é o nosso Salvador (Ef 5.23; Lc 2.11;
19.10; Jo 3.17; At 5.31; 13.23; 1Tm 1.15; 2Tm 1.10) e a
salvação vem exclusivamente por Ele (At 4.12; Is 45.21). Sem
Jesus, nada poderíamos fazer (Rm 3.23,24; Sl 103.14; 141.7;
Is 64.6; 1Pe 1.24).(10)
9. O ESPIRITISMO É O CONSOLADOR PROMETIDO
E: “Jesus promete outro consolador: o Espírito de Verdade. O
Espiritismo vem na época predita, cumprir a promessa do
Cristo: preside ao seu advento, o Espírito de Verdade. O
Espiritismo vem abrir os olhos e os ouvidos, porquanto fala
sem figuras, nem alegorias; levanta o véu intencionalmente
lançado sobre certos mistérios [Cap.VI – O Cristo
Consolador; §4; p.128].” (3)
DE: Jesus esclarece no mesmo capítulo da sua promessa, que o
Consolador prometido é o Espírito Santo (Jo 14.26 – comparar
com Jo 14.16 [outro] com 1Jo 2.1, onde Jesus é um Consolador
e o Espírito Santo é o outro Consolador ), e a promessa se
cumpriu no dia de Pentecostes (At 1.4,8; 2.1-5,33) vindo a
revestir os discípulos de poder para testemunharem o
evangelho (At 1.8), no primeiro século, em Jerusalém, apenas
alguns dias após a ascensão de Jesus e não somente no século
XIX, na França, como quer Allan Kardec. Hoje o Consolador
permanece habitando entre nós (Rm 8.9; 1Co 3.16; 6.19; 2Co
6.16; 2Tm 1.14). (9)
O Consolador prometido era alguém como Jesus, possuidor da
mesma natureza divina, que iria ficar no lugar dele (Jo
14.16-18). (18)
O Espírito Santo não é uma falange de espíritos superiores,
mas um ser pessoal, a Terceira Pessoa da Santíssima
Trindade. Quanto a isso o Novo Testamento não deixa dúvidas
(At 5.3,4). Como parte integrante da Trindade, Ele possui
todos os atributos próprios da Divindade: é onipotente (Jó
26.13; 33.4; Rm 15.13,19); onisciente (1Co 2.10,11; Ez
11.5); é onipresente (Sl 139.7-10; Jo 14.17); e eterno (Hb
9.14; Sl 90.2).
Jesus disse que o outro Consolador ensinaria todas as
coisas, e que faria lembrar de tudo (Jo 14.26; 15.26).
Inicialmente as palavras de Jesus eram transmitidas
oralmente, e, aos poucos, sob a orientação do Espírito
Santo, tais palavras foram relembradas e assentadas por
escrito, surgindo, assim, o Novo Testamento. Além do mais,
muitas foram as verdades reveladas pelo Consolador. Dentre
tantas podemos destacar: Deus não faz acepção de pessoas
(judeus e gentios – At 10.34; Rm 2.11; Ef 6.9; Cl 3.25); os
cristão não precisavam submeter-se à circuncisão (At
10.44,45; Rm 2.29; 3.30; 1Co 7.18,19; Gl 2.7,8; 5.6; 6.15;
Cl 2.11; 3.11); nem guardar todas as observâncias da Lei de
Moisés (Rm 3.20,21,27; 7.4; 8.2; 10.4; 1Co 9.9; Gl 2.16,19;
3.10,11). Antes a salvação, tanto de judeus quanto de
gentios, viria pela fé em Jesus (Rm 1.43; 3.28; Ef 2.8,9;
1Ts 5.9; 2Tm 2.10; 1Pe 1.5,9).(12)
10. NEGAÇÃO DA DIVINDADE DE JESUS
E: “A dualidade de pessoas, assim como o estado secundário e
subordinado de Jesus, com relação a Deus (Lc 9.48; Mc 9.36;
Jo 8.42; 7.33; 10.16), ressalta, além disso, das passagens
seguintes: Lc 22.28-30; Jo 8.38; Mc 9.6; Mt 25.31-34;
10.32,33; Lc 7.8,9; 9.26; Mt 10.23; 22.41-45; Lc 20.41-44)
[Estudo sobre a Natureza do Cristo; item III; p.123].” (14)
“Jesus confirma essa interpretação e reconhece sua
inferioridade em relação a Deus, em termos que não deixam
equívoco possível: Jo 14.28; Mt 19.16,17; Jo 12.49,50;
7.16-18; 14.10,24; Mc 13.32; Jo 8.28,29,40; 6.38; 5.30,36
[Idem; p.125].” (14)
“(…) ressaltam evidentemente a dualidade e a desigualdade
das pessoas (Jo 5.16,17,22-27,37,38; 8.16;
17.1-5,11-14,17-26; 10.17,18; Jo 11.41; 14.30,31; 15.10; Lc
23.46) [Idem; p.128].” (14)
“As palavras seguintes dão testemunho de uma certa fraqueza
humana (…); testemunham, ao mesmo tempo, uma submissão: Mt
26.36-42; 27.46. [Idem; p.130].” (14)
“Tudo acusa, pois, nas palavras de Jesus, seja quando vivo,
seja depois de sua morte, uma dualidade de pessoas
perfeitamente distintas, assim como o profundo sentimento de
sua inferioridade e de sua subordinação com relação ao ser
supremo (Jo 20.17; Mt 28.18; Lc 24.48,49) [Idem; Item IV;
p.133].” (14)
DE: Jesus é Deus:
a) foi percebido como Deus (Jo 5.18; 10.30-33);
b) possui os atributos da divindade: onipotência (Mt 28.18;
Fp 3.21; Ap 1.8; 3.7); onipresença (Mt 18.20; 28.20; Jo
3.13; Ef 1.20-23); onisciência (Mt 9.3,4; Jo 2.24,25; 16.30;
21.17; Cl 2.2,3; Lc 19.41-44; Jo 6.64; 18.4); e eternidade
(Is 9.6; Mq 5.2; Jo 1.1; 8.58; 17.5, 24; Ap 1.17,18; 22.13);
c) Jesus foi profetizado já como Deus Poderoso (Is 9.6);
d) Jesus, na terra, também, existiu em forma de Deus (Fp
2.5-7);
e) a Bíblia ensina que Jesus era Deus (Jo 1.1);
f) Conhecendo-se Jesus, conhece-se a Deus (Jo 8.19; 10.30);
g) Jesus foi chamado de Emanuel, que quer dizer Deus Conosco
(Mt 1.23; Is 7.14);
h) Jesus foi reconhecido com Deus (Jo 20.28);
i) a doutrina dos apóstolos o tinha como Deus (Rm 9.5; 2Co
5.19; Tt 2.13; 2Pe 1.1; 1Jo 5.20; Jd 4);
j) era Deus em humildade (Fp 2.6);
k) a plenitude de Deus habita nele (Cl 2.9).
l) Comparação entre Javé (AT) e Jesus (NT):
i- Digno de adoração universal: Javé (Is 45.21,23) e Jesus (Fp
2.10 da TNMES);
ii- “Deus Poderoso” (El Gibor): Javé (Is 9.6) e Jesus (Is
10.21 da TNMES);
iii- “Eu Sou”: Javé (Ex 3.13,14) e Jesus (Jo 8.58);
iv- “Rocha”: Javé (Is 44.8; Dt 32.3,4) e Jesus (1Co 10.4);
v- “Senhor”: Javé (Is 45.5,6) e Jesus (Fp 2.11);
vi- “Paz”: Javé (Jz 6.24) e Jesus (Ef 2.14);
vii- “Pastor”: Javé (Sl 23.1; Is 40.11; Ez 34. 11,12) e
Jesus (Hb 13.20; 1Pe 5.4; Lc 19.10);
viii- nossa “Bandeira”: Javé (Ex 17.15) e Jesus (Jo 3.14);
ix- “Senhor dos senhores”: Javé (Dt 10.17) e Jesus (1Tm
6.15);
x- “único Salvador”: Javé (Is 43.11) e Jesus (At 4.12; Ap
17.14; 19.16);
xi- “Santo”: Javé (Lv 19.2; Is 8.13) e Jesus (At 4.27; 1Pe
3.15);
xii- “Verdadeiro”: Javé (Jr 10.10) e Jesus (At 3.14);
xiii- “Justo”: Javé (Sl 7.9) e Jesus (At 3.14);
xiv- a “Vida”: Javé (Dt 30.20) e Jesus (Jo 14.6);
xv- “Sábio”: Javé (Jr 32.19) e Jesus (1Co 1.24);
xvi- “o Primeiro e o Último”: Javé (Is 44.6; 48.12) e Jesus
(Ap 1.17; 22.13);
xvii- “Pedra de Tropeço”: Javé (Is 8.13-15) e Jesus (Rm
9.33);
xviii- “Perdoador”: Javé (Sl 103.3; Is 43.25; Jr 31.34) e
Jesus (Mt 9.5,6; Mc 2.5-7; At 5.31);
xix- “virá com os Santos”: Javé (Zc 14.5) e Jesus (1Ts
3.13);
xx- “Jeová” (v. TNMES): Javé (Is 40.3) e Jesus (Mt 3.3; Lc
1.76);
xxi- “Rei da Glória”: Javé (Sl 24.8,10) e Jesus (1Co 2.8; Tg
2.1);
xxii- “acima de tudo”: Javé (Sl 97.9) e Jesus (Jo 3.31);
xxiii- a “Salvação”: Javé (Jl 2.32) e Jesus (1Co 1.2);
xxiv- o “Juiz”: Javé (Ec 12.14) e Jesus (2Co 5.10; 2Tm 4.1);
xxv- “Luz”: Javé (Is 60.19) e Jesus (Jo 8.12);
xxvi- “Glória” divina: Javé (Is 42.8) e Jesus (Jo 17.5);
xxvii- Único Criador: Javé (Is 44.24) e Jesus (Jo 1.3);
xxviii- dará a “recompensa”: Javé (Is 40.10) e Jesus (Ap
22.12);
xxix- fez a “terra e o céu”: Javé (Sl 102.25,26) e Jesus (Hb
1.10);
xxx- “levou cativos”: Javé (Sl 68.18) e Jesus (Ef 4.7,8);
xxxi- “Bom”: Javé (Sl 34.8) e Jesus (1Pe 2.3);
xxxii- “traspassado”: Javé (Zc 12.10) e Jesus (Jo 19.37);
11. JESUS ERA MÉDIUM DE DEUS
 “Como homem, tinha a organização dos seres
carnais; mas como Espírito puro, desligado da matéria,
deveria viver a vida espiritual mais do que a vida corpórea,
da qual não tinha as fraquezas.” “(…); segundo a definição
dada por um Espírito, ele era médium de Deus [Cap. XV – Os
Milagre do Evangelho; §2; pp. 270,271].” (4)
DE: Jesus não pode ser rebaixado a um simples médium de Deus
ou a um mero espírito puro ou superior, estágio que, pelo
espiritismo, pode ser alcançado por qualquer pessoa,
transformando Cristo somente num modelo, e Jesus é muito
mais do que isso (Jo 1.1; Fp 2.5-7; Cl 2.9; 2Pe 1.1).
Segundo a doutrina espírita, médium é toda pessoa que sente,
em um grau qualquer, a influência dos espíritos [O Livro dos
Médiuns; Cap. XIV; §159]. Jesus é apresentado na Bíblia como
profeta, sacerdote e rei, e nunca como médium (At 3.19-24;
Hb 7.26,27; Fp 2.9-11).(1)
12. MILAGRES DE JESUS ERAM FENÔMENOS PSÍQUICOS
E: “Os fatos narrados no Evangelho e que foram até aqui
considerados como miraculosos, pertencem, na maioria à ordem
dos fenômenos psíquicos. Hoje eles se produzem sob os nossos
olhos, por assim dizer, à vontade, e por indivíduos que nada
têm de excepcional [Cap. XV – Os Milagres do Evangelho; §1;
p.269].” (4)
“SONHOS (Mt 2.19-23) – É neste momento [sono],
freqüentemente, que os Espíritos protetores escolhem para se
manifestarem aos seus protegidos e dar-lhes conselhos mais
diretos [Idem; §3; p.271].” (4)
“ESTRELA DOS MAGOS (Mt 2.1-12) – Um Espírito pode aparecer
sob uma forma luminosa, ou transformar uma parte do seu
fluido perispiritual em um ponto luminoso [Idem; §4;
p.272].” (4)
“CURAS (Mc 5.25-34) – A irradiação fluídica bastou para
operar a cura [Idem; §11; p.276].” (4) “(Mc 8.22-26) – O
efeito magnético está evidente; a cura não foi instantânea,
mas gradual [Idem; §13; 273].” (4)
“RESSURREIÇÕES (Mc 5.21-43; Lc 7.11-17) – “Há toda a
probabilidade de que não havia senão síncope ou letargia”.
(…) sabe-se que há letargias que duram oito dias e mais. (…)
entre certos indivíduos, há decomposição parcial do corpo,
mesmo antes da morte, e que exalam um odor de podridão
[Idem; §§39,40; pp.292/293].” (4)
DE: Os milagre na Bíblia foram realizados pelo poder de Deus
(Ex 8.19; At 14.3; 15.12; 19.11); pelo poder de Jesus (Mt
10.1; Mc 16.17); pelo poder do Espírito Santo (Mt 12.28; Rm
15.19). Quem realizava os milagres afirmava não ter qualquer
poder para tal prodígio (At 3.12,16).
Os milagre eram para que os homens pudessem conhecer o poder
do Senhor (Jo 3.2). Eles manifestavam a glória de Deus (Jo
11.4), a glória de Cristo (Jo 2.11; 11.4) e as obras de Deus
(Jo 9.3). Jesus provou ser o Messias por meio deles (Mt
11.4-6; Lc 7.20-22: Jo 5.36) e os realizava porque Deus era
com Ele (At 2.22; 10.38), e não por fenômenos psíquicos.
(10)
Na ressurreição de Lázaro, Jesus afirmou claramente que ele
estava morto (Jo 11.14), e não que havia sofrido um ataque
de letargia (morte aparente).
Os milagres que Allan Kardec não conseguiu “explicar”, como
a transformação da água em vinho (Jo 2.9) e as
multiplicações de pães (Mt 14.17-21; 15.34-38), por exemplo,
ele cita apenas como sendo mais uma das parábolas de Jesus.
Semelhantemente ele age com a tentação de Jesus pelo diabo
(Mt 4.1-11; Mc 1.12,13; Lc 4.1-13) [A Gênese; Cap. XV;
§§47,48,52], numa fuga desesperada por não haver nada na
doutrina espírita que os expliquem. Sem “explicacão” também
ficaram: a tempestade acalmada (Mt 8.26), o milagre da moeda
do tributo (Mt 17.24) e a maldição contra a figueira (Mt
21.19).
13. A MORTE DE CRISTO NÃO SERVE PARA EXPIAR PECADOS
 “Arrependimento, expiação e reparação são
as três condições necessárias para apagar os traços de uma
falta e suas conseqüências.(…)
A expiação consiste nos sofrimentos físicos e morais, que
são a conseqüência da falta cometida, seja desde a vida
presente, seja, depois da morte, na vida espiritual, seja em
nova existência corporal, até que os traços da falta tenham
se apagado [1ª Parte–Doutrina; Cap. VII–As Penas Futuras
Segundo o Espiritismo; Código Penal da Vida Futura;
§§16º,17º; p. 81,82].” (4)
DE: A remissão dos pecados foi realizada por intermédio do
sacrifício de Cristo na cruz (Jo 1.29; Rm 3.23-26; Ef 1.7;
1Jo 1.7; Ap 1.5). A expiação das faltas cometidas é efetuada
exclusivamente por Jesus (Jo 1.29,36; At 4.11,12; 1Ts 1.10;
1Tm 2.5,6; 1 Pe 2.24; Mt 1.21; Lc 1.77; 24.47; Jo 1.29;
8.24; At 2.38; 3.19; 5.31; 10.43; 22.16; 1Co 15.17; Cl 1.14;
1Pe 3.18), para exibir a graça e a misericórdia de Deus (Rm
8.32; Ef 2.4,5,7; 1Tm 2.4; Hb 2.9) e o seu amor pela
humanidade (Jo 3.16; Rm 5.8; 1Jo 4.9,10). A expiação feita
voluntariamente por Cristo (Hb 10.5-9; Jo 10.11,15,17,18)
demonstra, também, o seu grande amor (Jo 15.13; Gl 2.20; Ef
5.2,25; Ap 1.5). A fé na expiação dos pecados por Cristo é
indispensável para a sua eficácia na vida de uma pessoa (Rm
3.25; Gl 3.14,15), o que irá complicar fatalmente a situação
dos espíritas.(10)
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14. JESUS NÃO RESSUSCITOU
E: “Observando-se as circunstâncias que acompanharam as suas
diversas aparições, reconhece-se nele, nesses momentos,
todos os caracteres de um ser fluídico. Ele apareceria
inopinadamente e desapareceria do mesmo modo; foi visto por
uns e não pelos outros sob aparências que não o fazem
reconhecer, mesmo por seus discípulos; mostra-se em lugares
fechados onde um corpo carnal não poderia penetrar (…).
Jesus, portanto, mostrou-se com seu corpo perispiritual (…);
eles viam Jesus e o tocavam, para eles deveria ser um corpo
ressuscitado [Cap XV – Os Milagres do Evangelho; §61;
p.61].” (10)
DE: A ressurreição de Cristo, no mesmo corpo (Lc 24.39), foi
predita pelos profetas (Sl 16.10 com At 2.25-31 e 13.34,35);
e pelo próprio Jesus (Mt 16.21; 20.19; 26.32) e assim, veio
a se concretizar (Mt 28.6). A sua ressurreição foi efetuada
pelo poder de Deus (At 2.24; 3.15; Rm 8.11; Ef 1.20; Cl
2.12), pelo seu próprio poder (Jo 2.12; 10.17,18) e pelo
poder do Espírito Santo (1Pe 3.18). Era necessária para o
perdão dos pecados (1Co 15.17), para a justificação (Rm
4.25; 8.34), para a eficácia da fé (1Co 15.14,17), para
provar que Ele é o Filho de Deus (Sl 2.7 com At 13.33; Rm
1.4). A ressurreição de Cristo é um princípio básico do
Evangelho (1Co 15.13,14) e a sua verdade central (At
2.23,24; 3.14,15; 4.33; 10.39-41; 17.2,3; Rm 1.4; Rm 10.9;
1Pe 1.3).
O corpo físico de Jesus não pode ter desaparecido com a
finalidade de fomentar uma falsa ressurreição, tendo em
vista que o seu túmulo permaneceu selado e vigiado por
sentinelas o tempo inteiro (Mt 27.62-66). (10)
15. AS ESCRITURAS SÃO MACULADAS PELO ERRO
E: “Falta-lhes a chave para delas compreenderem o verdadeiro
sentido. Essa chave está nas descobertas da ciência e nas
leis do mundo invisível, que o Espiritismo vem nos revelar
[2ª Parte – Previsões concernentes ao Espiritismo; p. 311].”
(14)
“50. ‘(…) Adão não foi o primeiro, nem o único a povoar a
Terra’.” (1)
Toda revelação maculada pelo erro ou sujeita a mudanças não
pode emanar de Deus. Assim é que a lei do Decálogo tem todos
os caracteres de sua origem, ao passo que as outras leis
mosaicas, essencialmente transitórias, freqüentemente em
contradição com a lei do Sinai, são a obra pessoal e
política do legislador hebreu [Cap. I – Caracteres da
Revelação Espírita; §10; p.17/18].” (4)
“Todos os escritos posteriores [aos Evangelhos], sem disso
excetuar os de São Paulo, não são, e não podem ser, senão
comentários ou apreciações, reflexo de opiniões pessoais,
freqüentemente contraditórias, que não poderiam, em nenhum
caso, ter a autoridade do relato daqueles que receberam as
instruções diretamente do Mestre [Estudo sobre a natureza do
Cristo; Item I; p.117]” (14)
DE: A Bíblia é divinamente inspirada (Jr 36.2; Ez 1.3; At
1.16; 2Tm 3.16; 2Pe 1.21; Ap 14.13). (10)
Toda a lei de Moisés (o Pentateuco) e os livros dos profetas
são repletos da expressão Assim diz o SENHOR (ocorre 403
vezes), demonstrando, também, a autoria divina dos
ensinamentos (confira algumas ocorrências em Ex 4.22; Js
24.2; Jz 6.8; 2Sm 24.12; 2Rs 19.32; 2Cr 11.4; Is 44.6; Jr
9.23; Ez 17.19; Zc 1.3; Ml 1.4). Assim como o Decálogo foi
ditado pelo próprio Deus (Ex 20.1), o restante da lei de
Moisés também foi (Ex 20.22; 24.4; 25.1; 30.11,17,22,34;
31.1,12; 34.10; 40.1; Lv 1.1; 4.1; 5.14; 6.1,8,19,24;
7.22,28; 8.1; 11.1; 12.1; 13.1; 14.1,33; 15.1; 16.1; 17.1;
18.1; 19.1,31; 20.1; 21.1; 22.1; 23.1; 24.1; 25.1; 27.1; Nm
3.40; 4.1; 5.1; 6.1; 8.1,5; 9.1; 10.1; 15.1, 37; 18.1; 19.1;
27.6; 28.1). Por isso tudo, são absolutamente dignos de
confiança (1Rs 8.56; Sl 111.7; Ez 12.25; Mt 5.18) e
ignorá-las é um perigo (Mt 22.29; Jo 20.9; At 13.27).
A Bíblia é descrita como pura (Sl 19.8); espiritual (Rm
7.14); santa, justa e boa (Rm 7.12); ilimitada (Sl 119.96);
perfeita (Sl 19.7; Rm 12.2); verdadeira (Sl 119.142). (10)
Os escritores do Antigo Testamento estavam conscientes de
que o que disseram ao povo e escreveram é a Palavra de Deus
(Dt 18.18; 2Sm 23.2). E Jesus falou da revelação divina, na
época, futura, o restante do Novo Testamento, através dos
apóstolos (Jo 16.13).
Jesus também sempre citou passagens do Antigo Testamento
(AT) para subsidiar os seus ensinamentos:
Ele citou Is 29.13 em Mt 15.7-9 e Mc 7.6,7;
Ele citou Moisés, profetas e Sl em Lc 24.44;
Ele citou Sl 35.19; 69.4 em Jo 15.25;
Ele citou Dt 6.16 em Mt 4.7 e Lc 4.12;
Ele citou Is 40.3; Ml 3.1 em Mt 10.10 e Lc 7.27;
Ele citou Is 6.9,10 em Mt 13.14,15;
Ele citou Gn 2.24 em Mt 19.4,5;
Ele citou Sl 118.22,23; Is 28.16 em Mt 21.42; Mc 12.10 e Lc
20.17;
Ele citou Sl 118.26 em Mt 23.39;
Ele citou Zc 11.12; Jr 19.1-13 em Mt 27.9;
Ele citou Is 56.7; Jr 7.11; 32.6-9 em Mc 11.17 e Lc 19.46;
Ele citou Sl 41.9 em Jo 13.18; e
Ele citou Moisés e profetas em Lc 24.27;
Ele citou Sl 82.6 em Jo 10.34,35;
Ele citou Dt 8.3 em Mt 4.4; Lc 4.4;
Ele citou Os 6.6 em Mt 9.13; 12.7;
Ele citou Is 42.1-4 em Mt 12.17-21;
Ele citou Sl 78.2 em Mt 13.35;
Ele citou Sl 8.2 em Mt 21.16;
Ele citou Sl 110.1 em Mt 22.43,44; Mc 12.36 e Lc 20.42,43;
Ele citou Zc 13.7 em Mt 26.31;
Ele citou Is 49.8,9 em Lc 4.17-19;
Ele citou Ex 16.4,15; Ne 9.15; Sl 78.24 em Jo 6.31.
16. CAUSAS ANTERIORES DAS AFLIÇÕES
E: “Por virtude do axioma, segundo o qual todo efeito tem
uma causa, tais misérias são efeitos que hão de ter uma
causa e, desde que se admita um Deus justo, essa causa
também há de ser justa. Ora, ao efeito precedendo a causa,
se esta não encontra na vida atual, há de ser anterior a
essa vida, isto é, há de estar numa existência precedente
[Cap.V – Bem-aventurados os Aflitos; §6; p.101].” (3)
DE: São diversas as razões por que a humanidade sofre, mas
nada referente a vidas anteriores. É ensinado que
sofreríamos por causa do nome de Jesus (Mt 24.9; Jo 15.21;
2Tm 3.12); devido aos ataques do diabo (!Pe 5.8,9; Lc
13.11,16); como prova e aperfeiçoamento da nossa fé (1Pe
1.7); para que possamos melhor consolar os outros (2Co 1.4);
ou como conseqüência dos nossos próprios atos (Gl 6.7). Mas,
em nada disso como efeito de pecados em vidas anteriores.
Jesus demonstrou que essa doutrina não tem fundamento quando
curou um cego de nascença e afirmou aos seus discípulos que
nem ele, nem os seus pais haviam pecado (Jo 9.2,3). (8)
17. SATANÁS NÃO É UM SER REAL
E: “Satã, segundo o Espiritismo e a opinião de muitos
filósofos cristãos, não é um ser real; é a personificação do
mal, como outrora Saturno era a personificação do tempo. A
Igreja prende à letra essa figura alegórica [Cap. I –
Pequena conferência espírita; Terceiro diálogo – O padre; p.
98].” (3)
DE: A Bíblia inteira relata Satanás como um ser real, com
características reais. Vejamos o seu caráter: a) presunçoso
(Jó 1.6; Mt 4.5,6); b) orgulhoso (1Tm 3.6); c) poderoso (Ef
2.2; 6.12); d) perverso (1Jo 2.13); e) maligno (Jó 1.9; 2.4;
Mt 13.19; 2Co 6.15); f) sutil (Gn 3.1 com 2Co 11.3); g)
enganador (2Co 11.14; Ef 6.11); h) feroz e cruel (1Pe 5.8);
i) covarde (Tg 4.7); j) mentiroso (Jo 8.44); l) acusador (Ap
12.10); m) tem inteligência (2Co 11.3). Além disso, Deus não
iria conversar com o que não existe (Jó 1.6-8,12) e Jesus
não foi tentado por algo irreal (Mt 4.3-11).
18. O CÉU E O INFERNO SÃO SIMPLES ALEGORIAS
E: “1012. (…) o inferno e o paraíso não existem, tais como o
homem os imagina? ‘São simples alegorias: por toda parte há
Espíritos ditosos e inditosos’.”
“1014. (…) ‘Inferno se pode traduzir por uma vida de
provações, extremamente dolorosa, com a incerteza de haver
outra melhor; purgatório, por uma vida também de provações,
mas com a consciência de melhor futuro. Tudo isso são apenas
palavras e sempre ditas em sentido figurado’.”
“1016. Em que sentido se deve entender a palavra céu? ‘(…);
é o espaço universal; são os planetas, as estrelas e todos
os mundos superiores, onde os Espíritos gozam plenamente de
suas faculdade, sem as tribulações da vida material, nem as
angústias peculiares à inferioridade’.” (1)
DE: A Bíblia ensina que o Céu é a habitação de Deus (At
7.56) e a morada final dos santos (2Co 5.1; Fp 3.20), dos
que crerem em Jesus arrependendo-se dos seus pecados (Jo
3.18; Lc 23.43). O inferno nada tem a ver com a vida na
Terra: é descrito como sendo um lugar de castigo eterno (Mt
25.46) preparado para o diabo e seus anjos (Mt 25.41; 2Pe
2.4), onde haverá choro e ranger de dentes (Mt 13.42); e com
uma variedade de termos: “trevas exteriores”, ”a
ressurreição do julgamento”, “a negra escuridão”, “o castigo
de eterno fogo”, “castigo eterno”, entre outros (Mt 3.7-12;
8.12; 22.13; 25.46; Mc 9.43,48; Jo 5.29; Ap 19.20;
20.10-15).
Jesus Cristo não deixou dúvidas quanto à existência do
inferno. São 15 as referências que ele fez ao lugar de
tormento eterno. Nelas não há nenhuma alegoria. As
expressões são claras (Mt 5.22,29,30; 10.28; 11.23;
23.15,33).
No Antigo Testamento existem 10 referências sobre o inferno,
e o certo é que os escritores bíblicos anteriores ao tempo
de Jesus referiram-se a esse lugar como local de punição
eterna (Sl 9.17). Depois de Jesus, Tiago (3.6), Pedro (2Pe
2.4) e João referiram-se ao inferno, sendo que João usou
também um sinônimo: Lago de logo (Ap 19.20;
20,10,14,15).(26)
19. CONDENAÇÃO ETERNA NÃO EXISTE
E: “Se Deus, tocado pelo arrependimento de um condenado,
pode estender sobre ele a sua misericórdia e retirá-lo do
inferno, não há mais penas eternas, e o julgamento
pronunciado pelos homens está revogado. (…) Se Deus é
perfeito, a condenação eterna não existe; se ela existe,
Deus não é perfeito [Cap. VI–Doutrina das Penas Eternas;
§§14,15; p.67].” (11)
“O espiritismo não nega, antes confirma a penalidade futura.
O que ele destrói é o inferno com suas fornalhas e penas
irremessíveis [p.65]”. (11)
DE: Os profetas, Jesus e os seus discípulos foram claros
quando se referiram às penas eternas para aqueles pecadores
que não ouviram os ensinamentos registrados na Bíblia, não
se arrependendo dos seus atos, enquanto nesta vida (Mt 3.12;
18.8; 25.41; Mc 3.29; 9.43,44; 2Ts 1.9; Jd 6,7,13; Ap 14.11;
20.10; Sl 52.5; 92.7; Is 33.14). (8)
20. ANJOS FORAM HOMENS E DEMÔNIOS MELHORARÃO
 “Os anjos são as almas dos homens que
chegaram ao grau de perfeição que a criatura comporta,
gozando da plenitude da felicidade prometida [1ª Parte; Cap.
VIII – Os Anjos; §13; p.99].” (11)
Os demônios “são Espíritos imperfeitos, mas que se
melhorarão; estão ainda na base da escala e subirão [Idem;
Cap. IX; §21; p.116].” (11)
DE: Os anjos jamis foram homens. Os anjos são mensageiros ou
servidores celestiais de Deus (Hb 1.13,14), criados por Deus
antes de existir a Terra (Jó 38.4-7; Sl 148.2,5; Cl 1.16).
Os demônios eram anjos que, tendo livre arbítrio,
participaram da rebelião de Satanás (Ez 28.12-17; 2Pe 2.4;
Jd 6; Ap 12.9) e abandonaram o seu estado original de graça
como servos de Deus, e assim perderam o direito à sua
posição celestial, estando, já, condenados ao inferno (Mt
8.29; 25.41), portanto, sem nenhuma perspectiva de melhoria.
(8)
21. DEUS É O MESMO EM TODAS AS RELIGIÕES
 “1. Que é Deus? ‘Deus é a inteligência
suprema, causa primária de todas as coisas’.” (1) “É a essa
causa que se chama Deus, Jeová, Alá, Brama, Fo-hi, Grande
Espírito, etc., segundo as línguas, os tempos e os lugares
[Profissão de Fé Espírita Racionada; I.Deus; §1; p.29].”
(14)
DE: Embora afirmem que Deus é único, também dizem que Ele é
o mesmo Deus adorado, entre outras religiões, pelo islamismo
(Alá), onde Jesus é mais um entre milhares de profetas e a
salvação vem pelas boas obras; que é o mesmo Deus adorado no
hinduismo (Brama), onde tudo é deus (panteísmo) e todos
somos partes de deus, a morte de Jesus não expia pecados e a
salvação é a libertação do ciclo de reencarnações recebida
através de ioga e meditação.(18)
Deus é único (Dt 6.4; Is 45.5,18; 1Tm 1.17; Jd 25)(15) e
imutável (Sl 102.27; Ml 3.6; Hb 1.12; Tg 1.17).(10) Não iria
se manifestar de maneiras tão diferentes com tamanha
diversificação de doutrinas.
22. PRECE PELOS MORTOS E PELOS ESPÍRITOS SOFREDORES
E: “Podemos orar por nós mesmos ou por outrem, pelos vivos
ou pelos mortos [Cap. XXVII – Pedi e Obtereis; §9; p. 373].”
(3) “Os Espíritos sofredores reclamam preces e estas lhe são
proveitosas, porque, verificando que há quem neles pense,
menos abandonados se sentem, menos infelizes [Idem; §18;
p.378].” (3)
DE: A Palavra da Verdade ensina que nada do que façamos aqui
na Terra servirá para mudar o destino de quem já morreu (Ec
9.5,6) e depois da morte segue-se o juízo (Hb 9.27). Não há
como mudar a situação de um espírito em estado de sofrimento
(Lc 16.19-31).(8)
23. PLURALIDADE DOS MUNDOS HABITADOS
E: “55. (…). ‘Deus povoou de seres vivos os mundos,
concorrendo todos esses seres para o objetivo final da
Providência. Acreditar que só os haja no planeta que
habitamos fora duvidar da sabedoria de Deus, que não fez
coisa alguma inútil’.” (1)
“A casa do Pai é o Universo (Jo 14.1-3). As diferentes
moradas são os mundos que circulam no espaço infinito e
oferecem aos Espíritos que neles encarnam, moradas
correspondentes ao adiantamento dos mesmos Espíritos
[Cap.III – Há Muitas Moradas na Casa de meu Pai; §2; p.71]
(3)
DE: Apesar de a Bíblia não ensinar qua há vida em outros
mundos além da Terra, os espíritas usam os versículos Jo
10.16, onde Jesus fala que tem outras ovelhas que não são
deste aprisco, e Jo 14.2, onde Ele ensina que na casa do Pai
há muitas moradas, para embasarem sua doutrina. Só que, no
primeiro, Jesus contrastava judeus com gentios, e não a
Terra com outros mundos (Ef 2.14-17; At 10.15,28);(5) e no
segundo estava se referindo à morada celestial (a salvação)
para onde Ele precisava ir a fim de nos preparar lugar (Mt
6.9; Sl 33.13,14; Is 63.15).(8)
As formas de vida fora da Terra, que pretende o espiritismo,
são conhecidas biblicamente como espíritos de mentira (1Rs
22.22) e espíritos enganadores (1Tm 4.1). Esses espíritos
podem se manifestar de maneira sutil (2Co 11.14).(18)
24. A EVOLUÇÃO
E: “(…) é necessário explicar e comentar [a Gênese bíblica]
com as luzes da razão e da ciência. Fazendo em tudo
ressaltar as belezas poéticas, e as instruções veladas, sob
a forma figurada, é preciso demonstrar-lhe com firmeza os
erros, no interesse mesmo da religião [Cap XII – Gênese
Mosaica; §12; p.214].” (4)
“(…) o princípio da geração espontânea não pode
evidentemente se aplicar senão aos seres de ordem mais
inferiores, àqueles onde começa a manifestação da vida, e
cujo organismo, extremamente simples de alguma sorte, é
rudimentar. Efetivamente, foram os primeiros que apareceram
sobre a Terra, e cuja geração deve ter sido espontânea [Cap
X – Gênese Orgânica; §21, p.174].” (4)
“Está bem reconhecido hoje que a palavra hadadam não é um
nome próprio, mas que significa o homem em geral, a
Humanidade, o que destrói todo o alicerce construído sobre a
personalidade de Adão [Cap XII – Gênese Mosaica; §16; p.218;
nota de rodapé (1)].” (4)
DE: A Bíblia ensina claramente a doutrina de uma criação
especial, ou seja, que Deus criou cada criatura conforme a
sua espécie (Gn 1.24). Isto quer dizer que cada criatura,
seja homem ou animal, foi criada como a conhecemos hoje.
(15)
A Bíblia, portanto, apresenta a origem da vida e do homem
como sendo um resultado da direta ação de Deus através do
poder de Sua palavra. Isto é aceito pelo criacionista
através de um ato de fé. Vide textos (Hebreus 1:10 e 11:3,
Neemias 9:6 e Romanos 1:19, 21 e 22).
O argumento bíblico, a partir do primeiro capítulo de
Gênesis, é que a raça humana descende de um só casal (Gn
1.28), criado por Deus no princípio. (15) Tanto o homem
quanto a mulher foram uma criação especial de Deus, não um
produto da evolução (Mt 19.4; Mc 10.6). Toda vida humana
provém inicialmente de Adão e Eva (Gn 3.20; At 17.26; Rm
5.12).(8)
O homem foi criado por Deus, e não produto de uma evolução a
partir de organismos rudimentares que se geraram
espontaneamente (Gn 1.26,27; 2.7). (15)
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25. NEGAÇÃO DO PECADO ORIGINAL
E: “Hoje, sabemos que essa falta não foi um ato isolado,
pessoal a um indivíduo, mas que ela compreende, sob um fato
alegórico único, o conjunto das prevaricações das quais pôde
se tornar culpada a Humanidade ainda imperfeita na Terra, e
que se resumem nestas palavras: ‘infração às leis de Deus’
[Cap. XII – Gênese Mosaica; §20; p.221].” (4)
DE: As Escrituras ensinam que Adão deu origem à lei do
pecado e da morte sobre a totalidade da raça humana (Gn
5.12; 8.2; 1Co 15.21,22). Através da transgressão e queda de
Adão, o pecado como princípio ou poder ativo conseguiu
penetrar na raça humana (Rm 5.12,17,19; Gn 3.1). Adão
transmitiu o pecado ao gênero humano, corrompendo todas as
pessoas nascidas a partir de então. Todos os seres humanos
passaram a nascer propensos ao pecado e ao mal (Rm 5.19;
1.21; 7.24; Gn 6.5,12; 8.21; Sl 14.1-3; Jr 17.9; Mc 7.21,22;
1Co 2.14; Gl 5.19-21; Ef 2.1-3; Cl 1.21; 1Jo 5.19).
A Bíblia não diz que toda a humanidade estava presente em
Adão e que assim ela participou do seu pecado e por isso
herda a culpa. A morte entrou no mundo através do pecado e
por isso todos estão sujeitos à morte, por isso que todos
pecaram (Rm 5.12,14; 3.23; Gn 2.17; 3.19). (8)
III - OUTRAS CARACTERÍSTICAS
1. AS CONTRADIÇÕES
a) Na questão 21 d’O Livro dos Espíritos Allan Kardec
pergunta espírito: “A matéria existe desde toda a
eternidade, como Deus, ou foi criada por ele em dado
momento?” O espírito responde: ´Só Deus o sabe.” A
contradição vem na questão 37: “O Universo foi criado, ou
existe de toda a eternidade, como Deus?” com a resposta do
espírito: “É fora de dúvida que ele não pode ter-se feito a
si mesmo. Se existisse, como Deus , de toda a eternidade,
não seria obra de Deus.” Em que devo crer? Quando disseram
que ninguém, a não ser Deus, pode saber se a matéria é
eterna, ou, dogmaticamente, que ela não é eterna? (5)
b) Na questão 101, a respeito da terceira ordem de espírito,
os imperfeitos, é declarado: “Nem todos são essencialmente
maus.” Ora, isso quer dizer que alguns são essencialmente
maus. Logo, em sua origem, não foram iguais. Não é o que diz
a resposta da questão 121: “Não têm eles o livre-arbítrio?
Deus não os criou maus; criou-os simples e ignorantes, isto
é, tendo tanta aptidão para o bem quanta para o mal.” E,
também, o rodapé da questão 127: “o Espírito, ao formar-se,
não é nem bom, nem mau; tem todas as tendências e toma uma
ou outra direção, por efeito do seu livre-arbítrio.” (5)
c) Questão 118: “Podem os Espíritos degenerar?” Resposta:
“Não.” Ora, se os espíritos foram criados simples e
ignorantes (ver a resposta da questão 121, no item b), e
alguns escolheram o mal, não degeneraram de fato? (5)
d) Na questão 326 pergunta-se: “Comovem a alma que volta à
vida espiritual as honras que lhe prestem aos despojos
mortais?” Resposta: “Quando já ascendeu a certo grau de
perfeição, o Espírito se acha escoimado de vaidades terrenas
e compreende a futilidade de todas essas coisas”. Todavia,
nas questões 320 e 321, afirma: “Sensibiliza os Espíritos o
lembrarem-se deles os que lhes foram caros na Terra?”
Resposta: “Muito mais do que podeis supor”. Questão 321: “O
dia da comemoração dos mortos é, para os Espíritos, mais
solene do que os outros dias? Apraz-lhe ir ao encontro dos
que vão orar nos cemitérios sobre seus túmulos?” Responde o
espírito: “Os Espíritos acodem nesse dia ao chamado dos que
da Terra lhes dirigem seus pensamentos, como o fazem noutro
dia qualquer.” Mas, então, os espíritos acham prazer nesas
homenagens terrenas ou acham-nas uma futilidade? (5)
e) Na pergunta 515: “Que se há de pensar dessas pessoas que
se ligam a certos indivíduos para levá-los à perdição, ou
para guiá-los pelo bom caminho?”, a resposta: “Quando isso
se dá no sentido do mal, são maus Espíritos, de que outros
Espíritos também maus se servem para subjugá-las. Deus
permite que tal coisa ocorra para vos experimentar.” Isso
contradiz a resposta da pergunta 551: “Pode um homem mau,
com o auxílio de um mau Espírito que lhe seja dedicado,
fazer mal ao seu próximo?”,”Não; Deus não o permitiria.” Por
amor à coerência, Deus permite ou não permite? (5)
f) Na questão 778, afirma-se: “o homem tem que progredir
incessantemente e não pode volver ao estado de infância”.
Porém, encontramos na questão 372: “Há, porém, casos em que
a matéria oferece tal resistência que as manifestações
anímicas ficam obstadas ou desnaturadas, como nos de
idiotismo e de loucura”. E na questão 375: “só tendo o
Espírito a seu serviço órgãos incompletos ou alterados, uma
perturbação resultará de que ele, por si mesmo e no seu foro
íntimo, tem perfeita consciência, mas cujo curso não lhe
está nas mãos deter.” Ora, se a marcha do progresso é
irresistível, incessante, e se ninguém pode lhe opor, como
ocorre um bloqueio no progresso de algumas criaturas? (5)
g) A divindade de Jesus é negada: “As palavras seguintes dão
testemunho de uma certa fraqueza humana (…); testemunham, ao
mesmo tempo, uma submissão: Mt 26.36-42; 27.46. [Obras
Póstumas; Estudo sobre a Natureza do Cristo; Item I;
p.130]”. E, ainda, mais adiante: “Tudo acusa, pois, nas
palavras de Jesus, seja quando vivo, seja depois de sua
morte, uma dualidade de pessoas perfeitamente distintas,
assim como o profundo sentimento de sua inferioridade e de
sua subordinação com relação ao ser supremo (Jo 20.17; Mt
28.18; Lc 24.48,49) [Idem; Item IV; p.133]”. Mas na questão
1.009 afrima: “(…) culto harminioso do belo, do bem,
idealizaods pelo arquétipo humano, pelo Homem-Deus, por
Jesus Cristo.” (5)
h) Allan Kardec afirma que “generalidade e concordância nos
ensinamentoss, tal é o caráter essencial da doutrina
[espírita], a própria condição da sua existência; disso
resulta que todo princípio que não recebeu a consagração do
controle da generalidade, não pode ser considerado parte
integrante dessa mesma doutrina, mas uma simples opinião
isolada, da qual o Espiritismo não pode assumir a
responsabilidade [Introdução do livro ‘A Gênese”, p.11]”.
Porém, com a reencarnação, principal doutrina espírita, não
há generalidade, nem há concordância entre os espíritos,
como o próprio Allan Kardec afirma: “Talvez fosse aqui o
caso de examinarmos por que os Espíritos não parecem todos
de acordo sobre esta questão [O Livro dos Espíritos; Parte
2ª; Cap. V–Considerações sobre a Pluralidade das
Existências; §222; p.144]. E reafirma em outra ocasião: “De
todas as contradições que se notam nas comunidades dos
Espíritos, uma das mais surpreendentes é a relativa à
reencarnação [O Livro dos Médiuns; 2ª Parte; Cap. XXVII–Das
Contradições e das mistificações; p.369].” (22)
i) Allan Kardec insiste em deixar bem claro o que se pode
classificar como doutrina espírita: “Não será à opinião de
um homem que se aliarão os outros, mas à voz unânime dos
Espíritos; não será um homem, nem nós, nem qualquer outro
que fundará a ortodoxia 0espírita; tampouco será um Espírito
que se venha impor a quem quer que seja: será a
universalidade dos Espíritos que se comunicam em toda a
Terra, por ordem de Deus. Esse o caráter essencial da
Doutrina Espírita; essa a sua força, a sua autoridade [O
Evangelho Segundo o Espiritismo; Introdução; p.35]”. E
depois confessa claramente que a principal doutrina
espírita, não é na verdade espírita, mas dele próprio: “Não
é somente porque veio dos Espíritos que nós e tantos outros
nos fizemos adeptos da pluralidade das existências. É porque
essa doutrina nos pareceu a mais lógica e porque só ela
resolve questões até então insolúveis. Ainda quando fosse da
autoria de um simples mortal, tê-la-íamos igualmente adotado
e não houvéramos hesitado um segundo mais em renunciar às
idéias que esposávamos [O Livro dos Espíritos; Parte 2ª; Cap
V– Pluralidade das Existências; §222; p.152]. Afinal, para
que serve o ensino tão apregoado dos espíritos n’O Livro dos
Espíritos, com mais de mil perguntas formuladas por Allan
Kardec e respondida pelos espíritos, se o própriop Kardec
declara que rejeitaria a reencarnação, se não lhe parecesse
racional? Afinal, prevalece a opinião dos Espíritos ou a
opinião de um homem? (22)
j) Conforme a doutrina espírita, no livro A Gênese [Cap. XV;
§2; p.270], Jesus era considerado um ”Espírito puro”, “um
Espírito superior, não se pode impedir de reconhecer nele um
daqueles de ordem mais elevada, e que está colocado, pelas
virtudes, bem acima da Humanidade terrestre”. Por que,
então, Jesus mentiria se passando por Deus? (Jo 3.13; 8.19;
10.30; Mt 18.18,20; Jo 3.31; 8.12; 8.58; 14.6); dizendo que
veio morrer por nossos pecados? (Lc 24.47; Jo 8.24; Mt 1.21;
Lc 1.77; Jo 1.29; At 10.43); afirmando que os que não crerem
nele irão para o Inferno e os que crerem para o Céu? ( Seria
Jesus, ainda assim, um espírito evoluído, como afirma o
espiritismo?
2. PRETENSÃO DE UMA IDENTIFICAÇÃO DE KARDEC COM JESUS
Para os espíritas, Allan Kartdec é extremamente identificado
com Jesus Cristo. Veja esta síntese recebida pelo médium
Francisco Cândido Xavier, do espírito Emmanuel:
Jesus Cristo: "Eu não vim destruir a Lei."
Allan Kardec: "Também o Espiritismo diz: - não venho
destruir a lei cristã, mas dar-lhe execução."
Jesus Cristo: "Há muitas moradas na casa de meu Pai."
Allan Kardec: "A casa do Pai é o Universo. As diferentes
moradas são os mundos que circulam no espaço infinito e
oferecem aos Espíritos, que neles reencarnam, moradas
correspondentes ao adiantamento que lhes é proprio."
Jesus Cristo: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei."
Allan Kardec: "Fora da caridade não há salvação."
Jesus Cristo: "Não oculteis a candeia sob o alqueire."
Allan Kardec: "Para ser proveitosa, tem a fé que ser ativa;
não deve entorpecer-se."
Jesus Cristo: "Buscai e achareis."
Allan Kardec: "Ajuda a ti mesmo que o Céu te ajudará."
Jesus Cristo: "Sede perfeitos como é perfeito vosso Pai
Celestial."
Allan Kardec: "Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua
transformação moral e pelos esforços que emprega para domar
suas inclinações infelizes."
Jesus Cristo: "Meu Pai trabalha até hoje e eu trabalho
também."
Allan Kardec: "Se Deus houvesse isentado o homem do trabalho
corpóreo, seus membros ter-se-iam atrofiado, e, se houvesse
isentado do trabalho da inteligência, seu espírito teria
permanecido na infância, no estado de instinto animal."
Jesus Cristo: "Muito se pedirá a quem muito recebeu."
Allan Kardec: "Aos espíritas muito será pedido, porque muito
hão recebido."
Jesus Cristo: "Ninguém poderá ver o Reino de Deus se não
nascer de novo."
Allan Kardec: "Nascer, viver, morrer, renascer ainda e
progredir sempre, tal é a lei."
Jesus Cristo: "Conhecereis a verdade e a verdade vos fará
livres."
Allan Kardec: "Fé inabalável só aquela que pode encarar a
razão face a face."
IV - BIBLIOGRAFIA
(1) KARDEC, Allan; O Livro dos Espíritos; Federação Espírita
Brasileira; 80ª edição; Rio de Janeiro, RJ; 1998.
(2) KARDEC, Allan; O Que é o Espiritismo; Instituto de
Difusão Espírita; 38ª edição; Araras, SP; 1998.
(3) KARDEC, Allan; O Evangelho Segundo o Espiritismo;
Federação Espírita Brasileira; 115ª edição; Rio de Janeiro,
RJ; 1998.
(4) KARDEC, Allan; A Gênese; Instituto de Difusão Espírita;
13ª edição; Araras, SP; 1998.
(5) MOREIRA, Reginaldo Pires; Grandes Verdades Sobre o
Espiritismo; JUERP; 1ª edição; Rio de Janeiro, RJ; 1997.
(6) Defesa da Fé nº 16, revista; novembro de 1999; ICP
Editora; São Paulo, SP.
(7) Defesa da Fé nº 18, revista; janeiro de 2000; ICP
Editora; São Paulo, SP.
(8) Bíblia de Estudo Pentecostal; CPAD; 7ª impressão;1998.
(9) Bíblia de Estudo Almeida; Sociedade Bíblica do Brasil;
Barueri, SP; 1999.
(10) Bíblia Vida Nova; Edições Vida Nova S/R; São Paulo;
1992.
(11) KARDEC, Allan; O Céu e o Inferno; Instituto de Difusão
Espírita; 21ª edição; Araras, SP; 2000.
(12) MATHER, George A. & NICHOLS, Larry A.; Dicionário de
Religiões, Crenças e Ocultismo; Ed. Vida; São Paulo, SP;
2000.
(13) KARDEC, Allan; O Livro dos Médiuns; Instituto de
Difusão Espírita; 52ª edição; Araras, SP; 2000.
(14) KARDEC, Allan; Obras Póstumas; Instituto de Difusão
Espírita; 8ª edição; Araras, SP; 2000.
(15) OLIVEIRA, Raimundo Ferreira; Seitas e Heresias — um
sinal dos tempos; CPAD; 21ª edição; Rio de Janeiro, RJ;
2000.
(16) ANKERBERG, John & WELDON, John; Os Fatos Sobre os
Espíritos-Guias; Obra Missionária Chamada da Meia-Noite; 2ª
edição; Porto Alegre, RS; 1999.
(17) ANKERBERG, John & WELDON, John; Os Fatos Sobre a Vida
Após a Morte; Obra Missionária Chamada da Meia-Noite; Porto
Alegre, RS; 1999.
(18) Bíblia Apologética; ICP Editora; São Paulo, SP; 2000.
(19) Bíblia de Referência Thompson; Ed. Vida; 9ª impressão;
São Paulo; 1999.
(20) GEISLER, Norman & HOWE, Thomas; Manual Popular de
Dúvidas, Enigmas e “Contradições” da Bíblia; Ed. Mundo
Cristão; 5ª edição; São Paulo; 2000.
(21) GEISLER, Norman L. & RHODES, Ron; Resposta às Seitas;
CPAD; 1ª edição; Rio de Janeiro, RJ; 2000.
(22) Defesa da Fé nº 10, revista; janeiro/fevereiro de 1999;
ICP Editora; São Paulo, SP.
(23) Almanaque Abril 2001; Ed. Abril; 27ª edição; São Paulo,
SP.
(24) Bíblia de Estudo de Genebra; Ed. Cultura Cristã e
Sociedade Bíblica do Brasil; São Paulo, SP; 2000.
(25) RINALDI, Natanael & ROMEIRO, Paulo; Desmascarando as
Seitas; CPAD; 6ª edição; Rio de Janeiro, RJ; 2000.
(26) COSTA, Jefferson Magno Costa; Porque Deus Condena o
Espiritismo; CPAD; 7ª edição; Rio de Janeiro, RJ; 1997.
Contato:
[email protected]
Fonte:www.defesadoevangelho.hpg.com.br
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Por Clévio C.M 2003-2004
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