DEFESA DO EVANGELHO (Fp 116) - por Joel Alexandre   
 
 


CATOLICISMO ROMANO (CR)


I - RESUMO HISTÓRICO DO CATOLICISMO ROMANO

A Igreja Católica diz ter sido fundada por Jesus Cristo, instituindo Pedro, como o primeiro papa. Com a destruição de Jerusalém, no ano 70, inúmeros cristãos passaram a viver na periferia de Roma. Até o final do século III houve perseguições. A situação começou a modificar-se com a vitória de Constantino sobre Maxêncio. Na época de Teodósio I, em fins do século IV, o Império Romano tornou-se oficialmente um estado cristão. A partir do século V, o império romano entrou em decadência. Carlos Magno foi coroado imperador pelo para Leão II em 800. A hierarquia católica procurou manter valores próprios da civilização romana: a língua oficial da Igreja continuou sendo o latim, o clero continuou a usar a antiga túnica romana. Não podendo mais participar do culto por falta da compreensão da língua oficial o povo passou a desenvolver formas próprias de expressão religiosa marcadamente devocionais. Da mesma forma que na vida leiga medieval os servos se comprometiam à prestação de serviços aos senhores feudais em troca de proteção, também o auxílio celeste passou a ser invocado por promessas que deveriam ser pagas após o recebimento das graças desejadas.
Diante da fragilidade da prática religiosa, o Concílio de Latrão, em 1215, decidiu ordenar aos fiéis cristãos a assistência dominical à missa sob pena de pecado, bem como a confissão e a comunhão anual. A partir do século XIV diversos grupos passaram a solicitar reformas urgentes e a protestar contra a lentidão e a dificuldade da Igreja em adaptar-se aos novos tempos. Dessas divergências resultou a cisão no seio da Igreja Católica e o surgimento das denominações protestantes. A Igreja Católica reagiu de forma conservadora a tudo isso com o Concílio de Trento, realizado entre 1545 e 1563. A partir de então a igreja cristã subordinada à autoridade papal passou a denominar-se Católica Apostólica Romana, em oposição às igrejas protestantes. Diante da popularização da leitura bíblica promovida por Lutero, a hierarquia católica recomendou a divulgação de catecismos com resumo da fé católica. O Concílio do Vaticano I, interrompido com a tomada de Roma em 1870, reforçou as posições autoritárias da igreja ao proclamar o dogma da infalibilidade papal. A Igreja Católica inicia um processo de maior abertura com o Concílio do Vaticano II, realizado entre 1962 e 1968: adequar-se às diversas culturas dos povos, como a introdução das línguas vernáculas no culto e a adoção progressiva de traje civil pelo clero. (2)
A fé católica foi trazida ao Brasil pelos portugueses que se estabeleceram no território a partir de 1500. Na sociedade colonial a fé católica era obrigatória, não sendo toleradas outras formas de manifestações religiosas. Por essa razão, as populações negras trazidas como escravas foram obrigadas a receber o batismo e observar os preceitos católicos. A defesa da ortodoxia religiosa era feita pelo Tribunal da Inquisição da Metrópole, realizando-se no Brasil diversas visitações do Santo Ofício. Com a proclamação da República, o catolicismo deixou de ser a religião oficial e o clero perdeu o direito de subvenção pelos cofres públicos e a Igreja do Brasil reforçou sua dependência em relação à Santa Sé. Com a Constituinte de 1934 os católicos conseguiram o direito do ensino religioso nas escolas públicas, capelães militares no Exército Brasileiro e subvenções para obras assistenciais e educativas. Em 1952 cria-se a CNBB para coordenar a ação da Igreja. Com o golpe militar de 1964 a Igreja foi afastada da aliança com o poder político. Nos anos 70 e 80 a Igreja engaja-se na luta pela redemocratização.
A Renovação Católica Carismática, de origem norte-americana, chega ao Brasil em 1968, pelo padre jesuíta Harold Rahn, e hoje, um dos seus expoentes é o Padre Marcelo Rossi. Suas missas reúnem em média 60 mil pessoas. (1)



II - PRINCIPAIS DOUTRINAS DO CATOLICISMO ROMANO (CR) E A DEFESA DO EVANGELHO (DE)


1 . MARIA, A MÃE DE DEUS

CR: “O Concílio de Éfeso proclamou, em 431, que Maria se tornou de verdade Mãe de Deus pela concepção humana do filho de Deus em seu seio.” (3)466 *
“Os fiéis devem venerar a memória, primeiramente, da gloriosa sempre Virgem Maria, Mãe de Deus e de nosso Senhor Jesus Cristo” (Concílio do Vaticano II). (5)65; (8)30
“Santo Atanásio acompanhou o Concílio de Nicéia e foi um dos que defendeu o dogma de ‘Theotokos’, onde Maria não é apenas a mãe de Jesus, mas é também considerada a mãe de Deus.” (19)25
* O número que segue ao (3) corresponde ao páragrafo da obra.

DE: No decorrer dos séculos têm sido as mais diferentes e absurdas crendices, as criadas em torno da humilde mãe do Salvador.(8) Na declaração, acima, do Concílio do Vaticano II existem várias heresias: virgindade, primazia de Maria sobre a Trindade, Mãe de Deus.(5) Existem mais igrejas romanas em honra, louvor, homenagem e adoração a Maria (depois aos santos) que a Jesus Cristo. Fazem mais imagens de Maria que de Jesus. Colocam em seus veículos mais adesivos sobre Maria que sobre Jesus. Há mais aparições, sonhos, revelações de Maria que de Jesus. Embora apareça poucas vezes na Bíblia Sagrada, Maria é invocada pelos católicos romanos com uma freqüência espantosa. Daí concluirmos que se trata de uma religião mariocêntrica. (14);(17) Dada a suprema importância de Maria na Igreja Católica, é muito surpreendente o fato de que seu nome nem sequer seja mencionado nas epístolas do Novo Testamento que foram escritas para dar direção espiritual à Igreja.
Maria foi a mãe de Jesus homem (Mt 1.18-25), o Jesus Deus é eterno, e já existia muito antes de Maria e da própria criação do mundo (Jo 1.1).
Jesus ensinou que aqueles que obedecem a Deus são mais bem-aventurados do que se tivessem dado à luz o Messias (Lc 11.27,28). Com freqüência Jesus se referia a si mesmo como o Filho do Homem (Mt 9.6; Mc 8.38; Lc 18.8; Jo 1.51; At 7.56; Ap 1.13), mas nunca se referiu como o Filho de Maria.(4) Apesar da teologia católica procurar traçar uma linha entre a adoração que se dá a Deus e a que se oferece a Maria e aos santos (latria, hiperduli e dulia), na prática elas não se podem distinguir. Maria é por todos os católicos romanos adorada de todas as formas e com vários nomes. Os maiores santuários do mundo são erigidos para ela. A Bíblia diz que somente ao Senhor nosso Deus devemos prestar culto (Mt 4.10; Ap 22.9) e que Deus não permite que a sua glória seja dada a outrem (Is 42.8).(5) O título de Rainha dos Céus acrescentado a ela durante a Idade Média evidencia uma influência pagã nos moldes da deusa babilônica que tinha precisamente esse mesmo título (Jr 7.18; 44.17-19,25).(7)


2 . A IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA

CR: “Maria foi redimida desde a concepção. É isso que confessa o dogma da Imaculada Conceição, proclamado em 1854 pelo papa Pio IX: ‘A beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador fo gênero humano, foi preservada imune de toda mancha do pecado original.’ ” (3)491

DE: A Bíblia declara que todos pecaram e carecem da glória de Deus (Rm 3.23; 5.12). Não há absolutamente vestígio algum em toda a Bíblia de que Maria tivesse sido uma exceção a essa regra. No caso de Cristo, entretanto, é apontado repetidamente que ele era humano, contudo sem pecado (2Co 5.20; Hb 4.15; 1Pe 3.18; 1Jo 3.3).(7) Só a respeito dele é que pode ser dito: “santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores” (Hb 7.26). (8) A doutrina da Imaculada Conceição contraria as próprias palavras de Maria que chamou Deus de seu Salvador (Lc 1.46,47), admitindo humildemente, portanto, que era pecadora, pois precisava de um salvador. (5) Paulo, por quem Deus revelou a doutrina da Igreja também reafirmou que todos pecaram (Rm 3.23; 5.12). (17)


3 . A PERPÉTUA VIRGINDADE DE MARIA

CR: “O aprofundamento de sua fé na maternidade virginal levou a Igreja a confessar a virgindade real e perpétua de Maria, mesmo no parto do Filho de Deus feito homem. A Liturgia da Igreja celebra Maria como a ‘Aeiparthenos’, “sempre virgem”. A isso objeta-se por vezes que a Escritura menciona irmãos e irmãs de Jesus (Mc 3.31-35; 6.3; 1Co 9.5; Gl 1.19). A Igreja sempre entendeu que essas passagens não designam outros filhos da Virgem Maria: com efeito, Tiago e José, ‘irmãos de Jesus” (Mt 13.55), são os filhos de uma Maria discípula de Cristo que significativamente é designada como ‘a outra Maria’ (Mt 28.1). Trata-se de parentes próximos de Jesus, consoante uma expressão conhecida no Antigo Testamento (Gn 13.8; 14.16; 29.15, Lv 10.4; 1Cr 23.22s).” (3)

DE: O primeiro texto a ser considerado — Mt 1.25 — nos informa que José, em reação a Maria, não a conheceu até que deu à luz seu filho primogênito, entendendo-se que logo depois viveram normalmente como marido e mulher (compare com o uso da preposição até, em Lv 11.24,25 e Ap 20.3, p.ex.). O mesmo versículo chama Jesus de primogênito de Maria (Lc 2.7 também), diferente de Jo 3.16 que o chama de Filho Unigênito de Deus. (5) Vemos, também, que no Novo Testamento já há uma distinção entre parente próximo e irmão (Lc 1.36,61) com o uso da palavra grega syngenis (primo, parente), diferente de adelphé, adelphós (Mc 6.3 — irmão, irmãos). E quando fala dos irmãos de Jesus, eles estão na maioria das vezes acompanhados de Maria, sua mãe (Mt 12.46; Mc 3.31; 6.3; Lc 8.19; Jo 2.12; 7.2-10; Mt 13.55; At 1.14; 1Co 9.5; Gl 1.19), o que os aproxima mais de serem irmãos de Jesus, todos filhos de Maria, do que primos acompanhados da sua tia. (5)


4 . ASSUNÇÃO, DE CORPO E ALMA, DE MARIA AO CÉU

CR: “A Imaculada Virgem, preservada imune de toda mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrestre foi assunta em corpo e alma à glória celeste (proclamado o dogma da Assunção da bem-aventurada Virgem Maria pelo Papa Pio XII em 1950). A Assunção da Virgem Maria é uma participação singular na Ressurreição de seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos. (3)966

DE: Não existe nenhuma base bíblica para a “Assunção de Maria”. Só haverá o arrebatamento quando Jesus voltar a fim de buscar a Igreja para estar sempre com Ele, quando, então, Maria e todos os santos (vivos e mortos) realmente subirão num corpo glorificado (1Ts 4.16,17). No Antigo Testamento houve dois casos de homens de Deus que foram levados diretamente para o céu sem provar a morte: Enoque (Gn 5.24) e Elias (2Rs 2.11,12).


5 . A INTERCESSÃO DE MARIA, DOS ANJOS E DOS SANTOS

CR: “A bem-aventurada Virgem Maria é invocada na Igreja sob os títulos de advogada, auxiliadora, protetora, medianeira” (3)969
Referindo-se aos anjos: “Desde o início até a morte, a vida humana é cercada por sua proteção e por sua intercessão.” (3)336
Referindo-se aos santos: “Ele não deixam de interceder por nós ao Pai apresentando os méritos que alcançaram na Terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo Jesus. Por conseguinte, pela fraterna solicitude deles, nossa fraqueza recebe o mais valioso auxílio.” (3)956

DE: Jesus não permitiu destaque especial para Maria. Nas bodas de Caná da Galiléia, quando terminou o vinho, Maria tentou interceder em favor dos convidades, mas Jesus lhe respondeu: “Mulher, que tenho eu contigo? (Jo 2.4)”. Quando uma mulher disse a Jesus que bem-aventurados era a sua mãe, Ele respondeu: “Antes, bem aventurados são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam (Lc 11.28). Nem mesmo Maria pretendeu essa posição que lhe colocaram no catolicismo e sempre se colocou como uma serva do Senhor (Lc 1.47,48).
A Bíblia ensina que há um só mediador entre Deus e os homens, Jesus (1Tm 2.5). Ele disse que é o único caminho para Deus, e ninguém vai ao Pai senão por Ele (Jo 14.6). Em várias outras passagens a Bíblia nos apresenta Jesus como nosso Advogado, como aquele que intercede por nós (Hb 7.25; 9.24; 1Jo 2.1; Jo 14.4; At 4.12). (5);(8)


6 . O CORPO E O SANGUE DE JESUS ESTÃO SUBSTANCIALMENTE NA EUCARISTIA

CR: “No santíssimo sacramento da Eucaristia estão ‘contidos verdadeiramente, realmente e substancialmente o corpo e o sangue juntamente com a alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo e, por conseguinte, o Cristo todo.’ (3)1374 É pela conversão do pão e do vinho no corpo e no sangue de Cristo que este se torna presente em tal sacramento.” (3)1375

DE: Quando Jesus disse: “isto é o meu corpo” (Mt 26.26; Mc 14.22; Lc 22.19; 1Co 11.24); “isto é o meu sangue” (Mt 26.28; Mc 14.24) não pode-se entender o texto literalmente; porque Ele concluiu: “fazei isto em memória de mim”, portanto é apenas um memorial. Jesus usou muitas palavras de forma figurada: “Eu sou a porta” (Jo 10.7;10.9); “Eu sou a luz do mundo” (Jo 8.12; 9.5); “Eu sou a videira” (Jo 15.1); “Eu sou o caminho” (Jo 14.6). A Eucaristia (ou comunhão) é uma pretensão de transformar a ordenança da Ceia do Senhor num dogma sem sentido; porque o pão e o vinho continuam com as mesmas substâncias, podendo apodrecer ou estragar com o tempo; não podendo ser comparado com o corpo incorruptível de nosso Senhor. Tudo fazia parte de um memorial para Cristo (Lc 22.19; 1Co 11.24). O trabalho dele, entregando o seu corpo por nós, foi consumado (Jo 17.4; Jo 19.30), então por que não querer deixá-lo assim? O seu sacrifício foi único não pode ser renovado a cada instante. (5)
Ele nos deu a sua própria carne para comermos, porém, comer espiritual, não materialmente. Sem comer sua carne crucificada (Jo 1.14) pela fé, e beber seu sangue que lava todos os pecados, não teremos a vida eterna (Jo 6.53).
Carne e sangue significam a plena humanidade de Cristo (1Jo 4.2,3). No sacrifício, o sangue, obrigatoriamente, pertencia a Deus (Gn 9.4; Dt 12.16,23) porque nele estava a vida. Jesus declara que se não assimilarmos o seu sacrifício por nós, não teremos a vida eterna (Jo 6.51-58). (10)


7 . PEDRO É A ROCHA INABALÁVEL DA IGREJA

CR: “Jesus confiou-lhe uma missão única. Graças a uma revelação vinda do Pai, Pedro havia confessado: ‘Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt 16.16)’. Nosso Senhor lhe declara na ocasião: ‘Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as Portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela (Mt 16.18)’. Pedro em razão da fé confessada, permanecerá como a rocha inabalável da Igreja” (3)552
“Jesus confiou a Pedro uma autoridade específica: ‘Eu te darei as chaves do Reino dos Céus, e o que desligardes na terra será desligado nos Céus” (Mt 16.19)’. O ‘poder das chaves’ designa a autoridade para governar a casa de Deus, que é a Igreja. Jesus, o ‘Bom Pastor’ (Jo 10.11), confirmou este encargo depois de sua Ressurreição: “Apascenta as minhas ovelhas’ (Jo 21.15-17). O poder de ‘ligar e desligar’ significa a autoridade para absorver os pecados, pronunciar juízos doutrinais e tomar decisões disciplinares na Igreja.” (3)553
“Construída sobre a rocha que é Pedro, a Igreja de Cristo não sucumbirá aos ataques do mal, será indefectível [conclusão de especialistas] (19)51

DE: É preciso esclarecer que a pedra sobre a qual Jesus edificou a sua Igreja, é o próprio Jesus reconhecido como o ‘Cristo, o Filho de Deus’ como Pedro tinha acabado de fazer (Mt 16.16). A expressão “sobre esta pedra” relaciona-se com a resposta de Pedro “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Se continuarmos a ler no mesmo capítulo (Mt 16), do versículo 22 em diante, vemos Jesus repreendendo Satanás que falou na boca de Pedro, o que prova a fragilidade humana, por isso a igreja não foi edificada sobre Pedro e sim sobre a Rocha (Pedra) que é Jesus, como está escrito. Jesus afirmou que Ele mesmo era a pedra (Mt 21.42; Sl 118.24). Todas as vezes que a Bíblia se refere ao fundamento da Igreja, coloca Jesus como a Pedra desse alicerce (Ef 2.20; Mt 21.42; At 4.11; Rm 9.33; 1Co 10.4). O próprio Pedro reconhece que a pedra da Igreja é Jesus Cristo (1Pe 2.4-7; At 4.11), e não ele.(5) Pedro não era rocha e nem inabalável, era, sim, repreensível por seus atos (Gl 2.11).
Pedro desempenhou um papel de fundamento da Igreja compartilhando com todos os demais apóstolos, que também tiveram esse papel. Pedro não foi o único. Paulo declarou que a Igreja é edificada ‘sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Jesus Cristo, a pedra angular (Ef 2.20). De fato, a Igreja primitiva preservou com firmeza na ‘doutrina dos apóstolos’, não na de Pedro somente (At 2.42). Até mesmo ‘as chaves do reino dos céus’ que foram dadas a Pedro (Mt 16.19), foram dadas também a todos os discípulos (Mt 18.1,18).


8 . PEDRO, O PRIMEIRO PAPA

CR: “Assim como, por disposição do Senhor , S.Pedro e os outros apóstolos constituem um único colégio apostólico, de modo semelhante o Romano Pontífice, sucessor de Pedro, e os Bispos, sucessores dos Apóstolos, estão unidos entre si” (3)880
“Este ofício pastoral de Pedro e dos outros Apóstolos faz parte dos fundamentos da Igreja e é continuado pelos Bispos sob o primado do Papa.” (3)881
“O Papa, Bispo de Roma e sucessor de S.Pedro, ‘é o perpétuo e visível princípio e fundamento da unidade, que dos Bispos, quer da multidão de fiéis’.” (3)882

DE: Se Pedro foi papa, foi um papa diferente dos seus sucessores até agora:
a) Pedro era financeiramente pobre (At 3.6);
b) Pedro era casado (Mt 8.14,15);
c) Pedro foi um homem humil;de, pelo que não aceitou ser adorado pelo centurião Cornélio (At 10.25,26);
d) Pedro foi um homem repreensível (Gl 2.11-14).
É de se estranhar que Pedro, sendo o “príncipe dos Apóstolos”, como ensina a teologia vaticana, Tiago, e não ele, era o pastor da comunidade cristã em Jerusalém (At 12.17; Tg 1.1), e foi colocado como uma das “colunas”, entre Tiago e João, e não como a primeira coluna (Gl 2.9). Não há indicação alguma de que Pedro tenha sido o chefe da Igreja primitiva. Quando o primeiro Concílio reuniu-se em Jerusalém, Pedro apenas teve a função de introduzir o assunto (At 15.6-11). Tiago teve uma posição mais importante assumindo a reunião, dando o seu parecer e fazendo o pronunciamento final (At 15.13-21).
Paulo falou que em nada foi inferior aos mais excelente apóstolos (2Co 12.11), reconheceu que o seu chamado era semelhante ao ministério de Pedro (Gl 2.8), a ponto de usar de sua autoridade para repreender Pedro duramente (Gl 2.11-14). O fato de Pedro e João serem enviados pelos demais apóstolos a uma missão especial em Samaria demonstra que Pedro não tinha uma posição superior entre eles (At 8.4-13).
A própria história do papado é uma viva demonstração de que os papas jamais conseguiram provar serem sucessores de Pedro, já que em nada se assemelham aquele inflamado, mas humilde, servo do Senhor Jesus Cristo. Vejamos:
a) os papas são administradores de grandes fortunas da Igreja, declarada em 1972 como sendo no valor de 1 bilhão de dólares;
b) os papas são celibatários, não se casam, não obstante ensinam que o casamento é um sacramento;
c) os papas freqüentemente aceitam a adoração dos homens;
d) os papas se consideram infalíveis nas suas decisões e decretos. (8)


9 . A INFALIBILIDADE DO PAPA

CR: “Para manter a Igreja na pureza da fé transmitida pelos apóstolos, Cristo quis conferir à sua Igreja uma participação em sua própria infalibilidade, ele que é a Verdade” (3)889
“ ‘Goza desta infalibilidade o Pontífice Romano, chefe do colégio dos Bispos por força de seu cargo quando, na qualidade de pastor e doutor supremo de todos os fiéis e encarregado de confirmar seus irmãos na fé, proclama, por um ato definitivo, em ponto de doutrina que concerne à fé ou aos costumes… A infalibilidade prometida à Igreja reside também no corpo episcopal quando este exerce seu magistério supremo em união com o sucessor de Pedro’, sobretudo em um Concílio Ecumênico [cf Vaticano I].” (8)

DE: O dogma da infalibilidade papal não tem nenhum fundamento, nem na Bíblia nem na história da Igreja. Inúmeros erros foram cometidos pela Igreja Católica na sua história, ameaçando cientistas, como Galileu Galilei, de morte na fogueira da Inquisição caso não negasse o fato de que a Terra gira ao redor do Sol, pelo que o Papa João Paulo II teve de se desculpar recentemente ao mundo cientista. Aliás, João Paulo II foi o papa que mais se desculpou pelos erros da Igreja em todos os tempos. Pelo que vemos que a infalibilidade não faz parte dos atributos da Igreja e do Sumo Pontífice. Se assim fosse, essa infalibilidade seria claramente reconhecida; o papa atuaria como suficiente prontidão para discernir a verdade do erro; e o papa jamais seria responsável por conduzir a Igreja ao erro. Mas na história da Igreja Católica não tem sido assim.(4)


10 . A BÍBLIA NÃO É A ÚNICA FONTE DE FÉ

CR: “A Sagrada Tradição, a Sagrada Escritura e o Magistério da Igreja estão de tal modo entrelaçados e unidos que um não tem consistência sem os outros, e que juntos, cada qual a seu modo, sob a ação do mesmo Espírito Santo, contribuem eficazmente para a salvação das almas.” (3)95

DE: Jesus ensinou que as tradições religiosas podem converter-se em um meio de afastar as pessoas daquilo que Deus tem de melhor para suas vidas (Mc 7.8; Mt 15.3; Cl 2.8; 1Pe 1.18) e que nas Escrituras encontramos os ensinos que nos levarão à vida eterna. São elas que testificam sobre o próprio Jesus (Jo 5.39,40). Ele examinava cuidadosamente as Escrituras e as ensinava integralmente (Lc 24.27). (5) A Bíblia contém advertências para que a ela não se acrescente nem se diminua nada (Dt 4.2; 12.32; Pv 30.6; Ap 22.19). (5) A Bíblia católica possui os seguintes acréscimos, concretizados em 1573: 1º e 2º livro de Macabeus, Judite, Tobias, Baruque, Eclesiástico, e Sabedoria. Possui, ainda, acréscimos aos livros de Ester (do cap. 10.4 ao cap. 16) e Daniel (cap. 13 e 14). (13)
A tradição do Catolicismo Romano tornou-se em um outro evangelho (Gl 1.8) ensinando doutrinas que vão de encontro ao Registro Sagrado. As Escrituras contém todo o desígnio de Deus (At 20.27), dispensando, portanto, a tradição romana. (8)


11 . ALTERAÇÃO NO DECÁLOGO

CR: “A divisão e a numeração dos mandamentos têm variado no decorrer da história. O presente catecismo segue a divisão dos mandamentos estabelecidos por Sto. Agostinho e que se tornou tradicional na Igreja Católica.” (3)2066
“A Tradição da Igreja reconheceu ao Decálogo uma importância e um significado primordiais” (3)2064
“O Concílio de Trento ensina que os dez mandamentos obrigam os cristãos e que o homem justificado ainda está obrigado a observá-los. E o Concílio do Vaticano afirma a mesma doutrina” (3)2068
“O Decálogo forma um todo inseparável. As duas tábuas se esclarecem mutuamente, formam uma unidade orgânica. Transgredir um mandamento é infringir todos os outros (Tg 2.10,11).” (3)2069
“Os Dez Mandamentos (compare a Forma Bíblica de Ex 20.2-17 e Dt 5.6-21) com a Forma Catequética do Catecismo da Igreja Católica:” (3)p. 539
1º- Forma Bíblica: Eu sou o Senhor, teu Deus, que te fez sair da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim.
Forma catequética: Amar a Deus sobre todas as coisas.
2º- Forma Bíblica: Não farás para ti imagem esculpida, de nada que se assemelhe ao que existe lá em cima, nos céus, ou embaixo da terra, ou nas águas que estão debaixo da terra. Não te prostrarás diante desses deuses, e não os servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus ciumento, que puno a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam, e faço misericórdia até a milésima geração àqueles que me amam e guardam meus mandamentos.
Forma catequética: NÃO EXISTE!
3º- Forma Bíblica: Não pronunciarás em vão o nome do Senhor, teu Deus, porque o Senhor não deixará impune aquele que pronunciar em vão o seu nome.
Forma catequética: Não tomar seu santo Nome em vão.
4º- Forma Bíblica: Lembra-te do dia do sábado, para santificá-lo. Trabalharás durante seis dias, e farás todas as suas obras.
Forma catequética: Guardar domingos e festas de guarda (ALTERADO).
5º- Forma Bíblica: Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá.
Forma catequética: Honrar pai e mãe.
6º- Forma Bíblica: Não matarás.
Forma catequética: Não matar.
7º- Forma Bíblica: Não cometerás adultério.
Forma catequética: Não pecar contra a castidade (ALTERADO).
8º- Forma Bíblica: Não roubarás.
Forma catequética: Não furtar.
9º- Forma Bíblica: Não apresentarás um falso testemunho contra o teu próximo.
Forma catequética: Não levantar falso testemunho.
10º- Forma Bíblica: Não cobiçarás a casa do teu próximo, não desejarás sua mulher, nem seu servo, nem sua serva, nem seu boi, nem seu jumento, nem coisa alguma que pertença a teu próximo.
Forma catequética: DIVIDIDO em dois: (9º) Não desejar a mulher do próximo; e (10º) Não cobiçar as coisas alheias (pois assim se completam os 10 mandamentos pela supressão do 2º).

DE: O Catolicismo Romano suprimiu o segundo mandamento (Ex 20.4; Dt 5.8), podendo adequar, a prática da idolatria, e para completar os dez, desdobrou o décimo em dois: o mandamento ensina para não cobiçar nada do próximo, inclusive a mulher (Ex 20.17; Dt 5.21). Alterou completamente o quarto mandamento (Ex 20.8; Dt 5.12), e, assim, conseguiu acrescentar as suas próprias festas nos mandamentos de Deus. E modificou, ainda o sentido do sétimo mandamento (Ex 20.14; Dt 5.18): de quem seria essa castidade? Se alguma moça não for mais virgem, o rapaz que coabitar com ela extra-matrimônio não comete qualquer pecado? (5)

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12 . O CÂNON DAS ESCRITURAS COM 73 LIVROS

CR: “Foi a Tradição apostólica que fez a Igreja discernir que escritos deviam ser inumerados na lista dos Livros Sagrados. Ela comporta 46 escritos para o Antigo Testamento e 27 para o Novo: (…) Tobias, Judite, (…) os dois livros dos Macabeus, (…) a Sabedoria, o Eclesiástico (ou Sirácida), (…) Baruc, (…). [Concílio de Florença (1441); Concílio de Trento (1546)]” (3)120

DE: Além de sete livros completos, são adicionadas porções aos livros de Ester (do cap. 10.4 ao cap. 16) e Daniel (cap. 13 e 14). Os apócrifos solapam a doutrina da inerrância porque esses livros incluem erros históricos, geográficos e cronológicos. Assim, se esses livros são considerados parte das Escrituras, isso identifica erros na Palavra de Deus. Por isso, nem os judeus, nem Jesus, nem os apóstolos, nem a maioria dos pais da Igreja primitiva aceitaram os apócrifos como parte das Escrituras.(4)
Os argumentos são os seguintes:
a) nunca foram citados por Jesus e pelos apóstolos;
b) a maioria dos primeiros pais da Igreja os consideraram como não inspirados;
c) não aparecem no cânon hebraico antigo;
d) possuem uma qualidade inferior comparados aos demais livros. (13)
Veja uma pequena análise dos livros:
a) Tobias: apóia a adoração aos anjos (12.12); contém erros históricos, como a suposição de que Senaqueribe era filho de Salmanasar (1.18) em vez de Sargão II; e erros geográficos, como dizer que Nínive foi tomada por Nabucodonosor e por Assuero (14.15) em vez de Nabopolassar e por Ciáxeres; o Arcanjo Rafael profere mentiras (5.6,7;17-19); cita esmolas com valor expiatório, o que também conduz ao livramento da morte (4.10;12.9);
b) Judite: cita Nabucodonosor como rei dos assírios em Nínive, e não da Babilônia, que fez guerra contra Arfaxad, rei do medos. Só que além do fato de que nenhum rei dos assírios chamou-se Nabucodonosor e nenhum rei dos medos chamou-se Arfaxad, os fatos narrados são posteriores ao repatriamento dos hebreus (4.3; 5.18,19; 5.22,23) quando Nínive já estava em ruínas há mais de um século; o nome Betúlia, cenário dos acontecimentos e lugar de suma importância estratégica no livro (6.7,10; 7.1,11; 15.7-9) é totalmente desconhecido nos demais livros da Bíblia e da história secular; a mentira e a dissimulação são louvados (13.19,20);
c) 1 Macabeus: possui discrepâncias históricas (6.16 — compare com 2Mac 1.16; 9.28).
d) 2 Macabeus: apóia doutrinas como a invocação e a intercessão dos santos (15.14); o purgatório e a redenção das almas depois da morte (12.42-46); a oração pelos mortos (12.44); o sacrifício expiatório pelos mortos (12.43,44); contém discrepâncias históricas (1.16; 9.28 — compare com 1Mac 6.16), o suicídio é louvado (14.41,42);
e) Sabedoria: não constava no cânon hebraico; possui belos pensamentos morais, mas não deve ser considerado inspirado por Deus;
f) Eclesiástico: possui conselhos interesantes para a Igreja, mas não foi figurava no cânon judaico;
g) Baruque: é ausente da Bíblia hebraica, e também apóia a invocação e a intercessão dos santos (3.4). (4)


13 . AS SANTAS IMAGENS

CR: “Desde o Antigo Testamento, Deus ordenou ou permitiu a instituição de imagens que conduziriam simbolicamente à salvação por meio do Verbo encarnado, como são a serpente de bronze (Nm 21.4-9), a Arca da Aliança e os querubins (Ex 25.10-22; 1Rs 6.23-28; 7.23-26). Foi fundamentando-se no ministério do Verbo encarnado que o sétimo Concílio ecumênico, em Nicéia (787 d.C.), justificou, contra os iconoclastas, o culto dos ícones: os de Cristo, mas também os da Mãe de Deus, dos anjos e de todos os santos. O culto cristão das imagens não é contrário ao primeiro mandamento, que proíbe os ídolos. De fato, ‘a honra prestada a uma imagem se dirige ao modelo original’ (S.Basílio), e “quem venera uma imagem venera a pessoa que nela está pintada’ (II Concílio de Nicéia, Concílio de Trento e Concílio do Vaticano II). A honra prestada às santas imagens é uma veneração respeitosa, e não uma adoração, que só compete a Deus.” (3)2130-2132
“Nós devemos compreender a diferença entre imagem e ídolo. Assim fica mais fácil para entender seu sentido na Igreja desde os primeiros séculos. Ídolo é a coisa em si mesma. Imagem é recordação, alguma coisa distinta dela mesma.” (19)43

DE: Não há dúvidas de que Deus ordenou a construção dos querubins da Arca da Aliança, porém com a finalidade de adorno e de se fazer sombra sobre a arca (Hb 9.5), como também não há dúvida de que Deus mandou construir a serpente de bronze, porém, para prefigurar a morte sacrificial de Jesus Cristo (Jo 3.14,15). Tendo, inclusive, Ezequias, rei de Judá, sido enaltecido pelo próprio Deus quando destruiu essa mesma serpente de bronze muitos anos, pelo fato do povo estar lhe prestando culto (2Rs 18.4,5). (9) Querer usar o verbo venerar no lugar de adorar não passa de um sofisma. Não adianta eles darem o nome de culto de dulia (servidão, deferência) – hiperdulia no caso de Maria; na prática, o que eles fazem é adorar (latria). Vejamos:
a) ajoelham-se diante das imagens;
b) acendem-lhe velas;
c) diante delas, fazem promessas e o sinal da cruz;
d) rezam ajoelhados aos seus pés;
e) carregam-nas em procissões;
f) constróem-lhes igrejas e catedrais.
g) fazem grande diferença entre as imagens de um mesmo santo: umas sendo honradas de maneira vulgar, e outras cercadas de honrarias solenes. Se cansam fazendo peregrinações para cumprir votos, indo visitar imagens, tendo imagens semelhantes em seu próprio lar.
O que mais resta para caracterizar o culto. Ao que tudo indica, os ídolos os cegaram para que não vejam a verdade (Is 44.17,18) porque não são poucos os versículos que condenam a feição e adoração a imagens (Ex 20.4,5; Lv 19.4; 26.1; Dt 4.16; 4.28; 7.5; 7.25,26; 27.15; 2Rs 17.35; Sl 97.7 (Sl 96 na tradução da Vulgata Latina); Sl 115.4-8 (Sl 113 na Vulgata); Sl 135 (Sl 134 na Vulgata); Is 40.18-20; 42.8; 44.9-19; 45.20; Jr 8.19; 10.3-5; 10.14; Hc 2.18,19; At 17.29; Rm 1.23,25; 1 Co 6.9,10; 12.2; Gl 5.19-21; 1Jo 5.21; Ap 21.8; 22.15) (5)


14 . PURGATÓRIO, A PURIFICAÇÃO FINAL

CR: “Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham garantida sua salvação eterna, passam, após sua morte, por uma purificação, a fim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do Céu.” (3)1030
“A Igreja Católica denomina purgatório esta purificação final dos eleitos, que é completamente distinta do castigo dos condenados. A Igreja formulou a doutrina da fé relativa ao Purgatório sobretudo no Concílio de Florença [1439] e de Trento [1563]. Fazendo referência a certos textos da Escritura (por exemplo: 2Macabeus 12.46; Mt 12.32; 1Co 3.15; 1Pd 1.7), a tradição da Igreja fala de um fogo purificador.” (3)1031

DE: Deus declara que nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus (Rm 8.1), portanto, não pode se contradizer e lançar os salvos no purgatório, para expiar os pecados já purgados. Dizer que as almas expiam suas faltas no purgatório é atribuir-se ao fogo o poder do sacrifício de Jesus, e ignorar completamente a obra que Cristo efetuou no Gólgota. O dogma do purgatório entra em contradição com a perfeita libertação do pecado (Jo 8.32,36), com o completo livramento do juízo vindouro (Jo 5.24), com a completa justificação pela fé (Rm 5.1,2), com a intercessão de Cristo (1Jo 2.1), com o atual estado dos salvos mortos (Lc 23.43; Ap 14.13). Se estamos andando na luz de Cristo, o sangue de Jesus nos purifica de todo pecado (1Jo 1.7,9). (8)
A Bíblia ensina que quem crê em Jesus não é condenado, mas quem não crê já está condenado (Jo 3.18; Mc 16.16) e que depois da morte segue-se o juízo (Hb 9.27).
Quando nos voltamos para Deus, ele apaga as nossas transgressões e não se “lembrará” dos nossos pecados (Is 43.25; 1.8). Se Deus mandasse alguém para o fogo purificador estaria se lembrando dos pecados que foram perdoados. A oração do Pai Nosso foi ensinada por Jesus (“perdoa-nos as nossas dívidas" – Mt 6.12). Deus perdoaria, mas ficaríamos devendo? Portanto, não existe purgatório, é mais uma invenção dos homens, não de Deus (Rm 3.4). A esperança do mundo é ter fé em Jesus Cristo e preparar-se para uma vida feliz com Ele na eternidade.(5)
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15 . ORAÇÃO PELOS MORTOS

CR: “O ensinamento do purgatório apóia-se também na prática da oração pelos defuntos, da qual já a Sagrada Escritura [na realidade um apócrifo - N.A.] fala: ‘Eis porque ele (Judas Macabeu) mandou oferecer esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, a fim de que fossem absolvidos de seu pecado’ (2Macabeus 12.46). Desde ps primeiros tempos, a Igreja honrou a memória dos defuntos e ofereceu sufrágios em seu favor, em especial o sacrifício eucarístico, a fim de que, purificados, eles possam chegar à visão beatífica de Deus. A Igreja recomenda também as esmolas, as indulgências e as obras de penitência em favor dos defuntos.” (5)1032 “A Igreja terrestre, desde os tempos primevos da religião cristã, venerou com grande piedade a memória dos defuntos e, ‘já que é um pensamento santo e salutar rezar pelos defuntos para que sejam perdoados os seus pecados’ (2Mac 12.46), também ofereceu sufrágios em favor deles. Nossa oração por eles pode não somente ajudá-los, mas também tornar eficaz sua intercessão por nós” (3)958

DE: Depois da morte segue-se o juízo (Hb 9.27) e nada pode ser feito para mudar o destino de quem já morreu (Lc 16.19-31). Feliz aquele homem que morreu com Cristo, porque tem garantia, do seu Senhor, de uma vida eterna na Glória (Ap 14.13). Quando morremos já selamos o nosso destino em vida, quando aceitamos ou rejeitamos o sacrifício que Jesus fez na cruz por nós (Ec 9.5). (5)


16 . FORA DA IGREJA CATÓLICA NÃO HÁ SALVAÇÃO

CR: “Apoiado na Sagrada Escritura e na Tradição, [o Concílio] ensina que esta Igreja peregrina é necessária para a salvação. O único mediador e caminho da Salvação é Cristo, que se nos torna presente em seu Corpo, que é a Igreja. (…) não podem salvar-se aqueles que, sabendo que a Igreja Católica foi fundada por Deus por meio de Jesus Cristo como instituição necessária, apesar disso não quiseram nela entrar ou nela perseverar." (3)846

DE: Enquanto a Bíblia ensina que a salvação vem pela graça de Deus, mediante a fé (Ef 2.8,9; Rm 3.24,25; 2Tm 1.9).(9) O Catolicismo oferece o que se denomina salvação sacerdotal, uma salvação que também se outorga mediante as funções do sacerdócio, ou seja dos sacramentos e de obras individuais. Por isso é que a Igreja Católica tem ensinado tradicionalmente que ela é a única Igreja verdadeira e que os que não pertencem a ela não podem ser salvos, pelo fato de não participarem dos seus sacramentos.(4)


17 . OS SACRAMENTOS SÃO NECESSÁRIOS À SALVAÇÃO

CR: “Há na Igreja sete sacramentos: o Batismo, a Confirmação ou Crisma, a Eucaristia, a Penitência, a Unção dos Enfermos, a Ordem e o Matrimônio” (3)1113 “Fiéis à doutrina das Sagradas Escrituras, às tradições apostólicas e ao sentimento unânime dos Padres professamos que ‘os sacramentos da nova lei foram todos instituídos pelo Nosso Senhor Jesus Cristo’.” (3)1114 “A Igreja afirma que para os crentes os sacramentos da nova aliança são necessários à salvação (cf. Concílio de Trento).” (3)1129
Veja um resumo dos efeitos de cada um dos sacramentos:
a) Batismo: “O Senhor mesmo afirma que o Batismo é necessário para a salvação.” (3)1257 “todos os pecados são perdoados: o pecado original e todos os pecados pessoais, bem como todas as penas do pecado.” (3)1263
b) Confirmação ou Crisma: “efusão especial do Espírito Santo, como foi outorgado outrora aos apóstolos no dia de Pentecostes. Produz crescimento e aprofundamento da graça batismal” (3)11302;1303
c) Eucaristia: “dá um antegozo da transfiguração de nosso corpo por Cristo” (3)1000, “antecipamos a vida eterna”. (3)1000 perpétua pelos séculos, até que volte, o sacrifício da cruz”; (3)1323
d) Penitência: proporciona a obtenção da “misericórdia divina e o perdão da ofensa feita a Deus” (3)11422 “oferece uma nova possibilidade de converter-se e de recobrar a graça da justificação.” (3)1446 A finalidade e o efeito deste sacramento é a reconciliação com Deus.” (3)1468
e) Unção dos Enfermos: “quer levar o enfermo à cura da alma mas também do corpo se for esta a vontade de Deus [Conc. de Florença]. Além disso, “se ele cometeu pecados, eles serão perdoados” (Tg 5.15) [Conc. de Trento].” (3)1520 A recomendação do corpo é feita com as seguintes palavras: ‘Por esta santa unção e por sua piíssima misericórdia, o Senhor venha em teu auxílio com a graça do Espírito Santo, para que, liberto dos teus pecados, Ele te salve e, em sua bondade, alivie teus sofrimentos”. (3)1513
f) Ordem: “torna a pessoa semelhante a Cristo por meio de uma graça especial do Espírito Santo, para servir de instrumento de Cristo em favor de sua Igreja.” (3)1581 “Confere um caráter espiritual indelével” (Conc. de Trento), (3)1582 “e o poder de perdoar todos os pecados ‘em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”; (3)1461
g) Matrimônio: a sua graça “se destina a aperfeiçoar o amor dos cônjuges, a fortificar sua unidade indissolúvel”. (3)1641

DE: Não existe nada na Bíblia que possa dar origem ao nome sacramento. Não foram instituídos por Jesus e, muito menos servem para santificar as nossas almas. A santificação é motivada pela ação do Espírito Santo, resultante de uma vida pura, separada das coisas do mundo, dando assim condições para que o espírito de Deus santifique nossas almas (2Tm 2.21; Hb 10.10; 1Co 6.11; 1Pe 1.18,19).(5)
Jesus nos deixou apenas duas ordenanças: o Batismo e a Ceia, que nem mesmo eles trazem em si, qualquer tipo de bênção.
Vamos examinar à luz da Bíblia os sacramentos do Catolicismo Romano:
a) Batismo: é uma ordenança de Jesus (Mt 28.19) que deve ser ministrado ao que crê, e não aqueles que ainda não têm condições de escolha, como as crianças (Mc 16.16). O batismo é o primeiro impulso do novo convertido (At 2.41). E simboliza a transformação em que se tornou nova criatura (Cl 2.12; Rm 6.4): morreu para o mundo (imersão) e ressuscita para uma nova vida (emersão); (5)
b) Confirmação ou Crisma: Não existe base bíblica para a sua invenção. Talvez o criaram pela incoerência da doutrina batismal, para reforçar o seu batismo incompleto. Quiçá mais um ritual para submeter o fiel, a fim de prendê-lo ao Romanismo com vãs sutilezas (Cl 2.8); (5)
c) Eucaristia: o sacrifício da cruz não é para ser renovado, perpetuando-o. Jesus disse: “Está consumado” (Jo 19.30), portanto, o sacrifício pela humanidade acabou ali (Hb 7.27b; 9.12; 10.12-17). Anunciar a morte de Jesus não quer dizer renovar o sacrifício; quer dizer, sim, que devemos continuar sempre proclamando, anunciando, até que Ele volte. A Ceia ou “partir o pão” é apenas um memorial (1Co 11.24,25). O pão e o vinho não se transformam no corpo e no sangue de Jesus. Ele utilizou uma linguagem figurada, como fazia costumeiramente (v. item 15 sobre a transubstanciação ); (5)
d) Penitência: Jesus morreu na cruz como o “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (Jo 1.29,36)”. Fazer penitência, indica que a morte de Cristo, por si só, não foi suficiente pagar os pecados completamente, contrariando, desta forma, as Sagradas Escrituras (At 10.43; Ef 1.7);
e) Unção dos Enfermos: no curso dos séculos recebeu o nome de Extrema Unção por ser cada vez mais conferida aos agonizantes.(3) O que vai salvar o agonizante, não é a unção, e sim, a sua fé, a sua crença em Jesus (Jo 5.24; Jo 3.16; 1Jo 5.13). (4)
f) Ordem: uma pessoa não pode tornar-se semelhante a Cristo através de um sacramento. Essa semelhança é o alvo final da vida crsitã (2Pe 1.3,4; 1Co 15.49; 11.1).
g) Matrimônio: foi divinamente instituído (Gn 2.24), e é indissolúvel enquanto ambos os cônjuges viverem (Mt 19.6; Rm, 7.2,3; 1Co 7.39), mas, por si só, não confere a graça divina. (4)


18 . A SALVAÇÃO ATRAVÉS DAS OBRAS

CR: “A Igreja afirma que para os crentes os sacramentos da nova aliança são necessários à salvação”. (3)1129 e “a caridade assegura e purifica nossa capacidade humana de amar, elevando-a à perfeição sobrenatural do amor divino.” (3)1827

DE: Jesus nos ensina que as boas obras são nossa obrigação, e que, praticando-a, tão-somente, continuamos como servos inúteis (Lc 17.10). O homem não pode ser justificado por obras, mas pela graça de Deus (Ef 2.8,9; 2Tm 1.9) por meio da sua fé em Cristo (Gl 2.16; Rm 3.27,28; Ef 2.8,9; Rm 4.5; 11.6; Tt 3.5). (5)


19 . O PODER DE PERDOAR PECADOS

CR: “Não há pecado algum, por mais grave que seja, que a Santa Igreja não possa perdoar.” (3)982
“A catequese empenhar-se-á em despertar e alimentar nos fiéis a fé na grandeza incomparável do dom que Cristo ressuscitado concedeu à sua Igreja (Jo 20.22,23): a missão e o poder de perdoar verdadeiramente os pecados, pelo ministério dos apóstolos e de seus sucessores: Os presbíteros receberam um poder que Deus não deu nem aos anjos nem aos arcanjos. Deus sanciona lá no alto tudo o que os sacerdotes fazem aqui embaixo [S.João Crisóstomo]; Se na Igreja não existisse a remissão dos pecados, não existiria nenhuma esperança, nenhuma perspectiva de uma vida eterna e de uma libertação eterna. Demos graças a Deusque deu à sua Igreja tal dom [Sto.Agostinho].” (3)983

DE: O poder de que nos fala a Bíblia (Jo 20.22,23) é meramente no sentido declarativo. Podemos observar que no Antigo Testamento ninguém teve poder para perdoar pecados se não Deus (Is 40.22; 43.25). O Novo Testamento diz que só Deus pode perdoar pecados (Mt 9.2-7; Mc 2.7). Assim também podemos ver no Antigo Testamento que os sacerdotes não tinham poder de curar, mas de declarar, não podiam dar ou tirar a lepra, isso era algo exclusivo de Deus e o poder concedido aos sacerdotes consistia só em declarar e pronunciar o que Deus fizera (Lv 23.2-6; 11.13,20,37,43; 2Sm 12.13), portanto, poder declarativo. Esse poder que na antiga Lei foi dado aos profetas, foi outorgado aos discípulos do Senhor Jesus na nova Aliança. Assim os servos de Jesus podem declarar perdoados e os não perdoados (Jo 20.23; Mt 18.18). Finalmente, sabemos que a missão de Jesus foi dar a vida para a remissão dos pecados (Mt 26.28; Lc 24.47; Jo 1.29; Rm 8.2; 1Co 15.3; Hb 9.26; 1Jo 1.7,9; 2.1,2,12). Portanto, só Jesus pode perdoar os pecados.(14) Diferentemente do perdão fraternal ensinado por Jesus (Mt 6.15; 18.35; Mc 11.25; Lc 11.4; 17.3,4; Ef 4.32; Cl 2.13) que deve ser dado a todos os que nos ofenderem.


20 . AS INDULGÊNCIAS

CR: “A indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa, remissão que o fiel bem-disposto obtém, em condições determinadas, pela intervenção da Igreja que, como dispensadora da redenção, distribui e aplica por sua autoridade o tesouro das satisfações (isto é, dos méritos) de Cristo e dos santos. A indulgência é parcial ou plenária, conforme liberar parcial ou totalmente da pena devida pelos pecados [Paulo VI]. Todos os fiéis podem adquirir indulgências para si mesmos ou aplicá-las aos defuntos.” (3)1471
“Uma conversão que procede de uma ardente caridade pode chegar à total purificação do pecador, de tal modo que não haja mais nenhuma pena.” (3)1472

DE: Esse ensino diz que o papa é o igário de Cristo e o cabeça da Igreja, pode ele sacar do “tesouro da Igreja” os bens que ela é depositária, outorgando qualquer destas indulgências a toda a Igreja ou a qualquer membro individualmente. As indulgências constituem a obtenção do cancelamento dos pecados pela ida a Roma. É o pecado de simonia apontado por Pedro (At 8.18-23). A salvação é gratuita mediante a fé em Cristo (Rm 10.9,10,13; Ef 2.8-10).
O poder de “ligar e desligar” dado aos apóstolos (Mt 16.19; 18.1,18) só pode ser exercido segundo as condições que o próprio Jesus estabeleceu: por meio da pregação do Evangelho (Mc 1.15; Lc 24.46,47). As “chaves” (Mt 16.19) entregues a Pedro simbolicamente não significam poder para fazer entrar no céu quem ele quisesse. Essas chaves representam a pregação do Evangelho, pela qual todos os pregadores podem abrir as portas dos céus aos pecadores que desejam ser salvos (At 2.37-41; 10.42,43). Arrependimento e fé — eis as condições imutáveis mediante as quais o perdão é oferecido ao pecador e pode ser recebido por ele. Pedro, em suas mensagens, assim pregou e insistiu (At 2.38; 3.19; 10.43). E pelos mortos, nada mais pode ser feito (Hb 9.27). (18)
Só existe uma propiciação pelos pecados da humanidade, o sacrifício do Filho de Deus (Rm 5.18; 2Co 5.14,15,18-21; 1Jo 2.1,2; Hb 9.11-14). Um pecador não pode remir a outro (Sl 49.7,8), nem a misericórdia de Deus pode ser movida pela vontade humana (Rm 9.15,16). O dogma das indulgências contradiz a doutrina da auto-suficiência da morte de Cristo para a imputação da justiça aos que nele crêem (Jo 19.30; Hb 1.3; 2.14,15).(14)


21 . O BATISMO DE CRIANÇAS

CR: “Por nascerem com uma natureza humana decaída e manchada pelo pecado original, também as crianças precisam do novo nascimento no Batismo, a fim de serem libertas do poder das trevas e serem transferidas para o domínio da liberdade dos filhos de Deus (Cf. Cl 1.12-14). A gratuidade pura da graça da salvação é particularmente manifesta no Batismo das crinaças. A Igreja e os pais privariam então a criança da graça inestimável de tornar-se filho de Deus se não lhe conferissem o Batismo pouco depois do nascimento.” (3)1250
“A prática de batizar crianças é uma tradição imemorial da Igreja. É atestada explicitamente desde o século II. Mas é bem possível que desde Igreja início da pregação apostólica, quando ‘casas’ inteiras receberam o Batismo (Cf. At 16.15,33; 18.8; 1Co 1.16), também se tenha batizado as crianças.” (3)1252

DE: O batismo deve ser ministrado ao que crê, e não àqueles que ainda não têm condições de escolha ou que não tenham se arrependido, confessando os seus pecados, como as crianças. O Senhor deixou esse ensino muito claro: “Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer, será condenado (Mc 16.16)”. Portanto, fica claro que é preciso fé (crer) por parte do fiel, para que adquira as condições necessárias para o batismo. Outra coisa é que o batismo não imprime salvação. A segunda parte do versículo diz que quem não crer será condenado; e não que quem não for batizado será condenado. Quem salva é Jesus (Lc 19.10; 23.43; 5.24-34). Porém, o primeiro impulso do novo convertido é ser batizado, obedecer aos mandamentos de Jesus (Jo 14.15,21,23,24). É por isso que a fé sempre vem associada ao batismo (At 2.41), que é uma prova de que já se nasceu de novo e se tornou uma nova criatura (Cl 2.12; Rm 6.4-11); morreu para o mundo (simbolizado pela imersão) e ressuscitou para uma nova vida (simbolizada pela emersão).(5)


22 . O CELIBATO DOS MINISTROS

CR: “Todos os ministros ordenados da Igreja latina, com exceção dos diáconos permanentes, normalmente são escolhidos entre os homens fiéis que vivem como celibatários e querem guardar o celibato ‘por causa do Reino dos Céus’ (Mt 19.12). Chamados a consagrar-se com indiviso coração ao Senhor e a ‘cuidar das coisas do Senhor’ (1Co 7.32), entregando-se inteiramente a Deus e aos homens. O celibato é um sinal desta nova vida a serviço da qual o ministro da Igreja é consagrado.” (3)1579

DE: A Bíblia mostra que Pedro (que o Catolicismo Romano diz ser o primeiro papa) era casado e assim continuou durante o seu ministério (Mt 8.14,15; Mc 1.30,31; Lc 4.38,39; 1Co 9.5). Paulo quando escreveu aos coríntios (1Co 7.8,9), não escreveu um mandamento do Senhor, e sim, um aconselhamento, uma opinião particular (1Co 7.6,12,25,40) originada nos tempos de tribulação que os primeiros cristãos viviam (1Co 7.26,32).
O ensino de Paulo era de que convinha ao bispo ser esposo de uma só mulher (1Tm 3.2-5,12,Tt 1.6-9). O casamento foi reconhecido por Deus como algo bom para o homem (Gn 2.18-25). A idéia de celibato imposto, obrigatório veio a existir na Igreja Católica somente em 1074 quando o papa Gregório VII veio proibir o casamento aos padres, e no ano seguinte determinar que todos os padres casados se divorciassem.(5)


23 . REZAS PELO SANTO ROSÁRIO

CR: “O culto da Santíssima Virgem” também “encontra expressão no Santo Rosário, ‘resumo de todo o Evangelho’ ” (3)971
“A oração cristã procura meditar de preferência ‘os mistérios de Cristo’ como na ‘lectio (leitura) divina ou no Rosário.” (3)2708

DE: O terço romano (rosário) é composto de 50 décimas, e para cada 10 Ave-Marias, reza-se um Pai-Nosso. Dá um total de 50 Ave-Marias e 10 Pai-Nossos. Jesus ensinou para orarmos sem usar de vãs repetições, pensando que por muito falarmos, seremos, assim, ouvidos (Mt 6.7).(17)


24 . A CANONIZAÇÃO DOS SANTOS

CR: “Ao canonizar certos fiéis, isto é, ao proclamar solenemente que esses fiés praticaram heroicamente as virtudes e viveram na fidelidade à graça de Deus, a Igreja reconhece o poder do Espírito de santidade que está em si e sustenta a esperança dos fiéis, propondo-os como modelos e intercessores.” (3)828

DE: Essa prática foi decretada em 880, atribuindo a si, o papa, esse direito. Para isso estabeleceu-se que seria necessário organizar-se um processo, onde se registrariam todas as “provas” de “curas e milagres” que esses beatos teriam realizados em vida ou após a sua morte. Esse processo seguiria um ritual através da hierarquia existente, até chegar ao papa, que faria o julgamento final.
A Bíblia nos ensina claramente que depois da morte segue-se o juízo (Hb 9.27). O que temos de fazer, façamos em vida, porque depois da morte não teremos parte alguma com o que se faz aqui na Terra (Ec 9.5,6,10).




III - OUTRAS CARACTERÍSTICAS DO CR


1 . O VATICANO E O PAPADO NA BÍBLIA

Sistema político-religioso Católico Romano por ser de grande envergadura mereceu menção especial nas Sagradas Escrituras. O Profeta Daniel (600 a.C.) e o apóstolo João que escreveu o Apocalipse (90 d.C.) foram os que mais se ocuparam com a igreja de Roma.
Fascinados teólogos e exegetas de todo o mundo comparam textos bíblicos com as características do Papado e encontram identidade:
a) A Bíblia refere-se a um pequeno Reino (Ponta Pequena) brotando de um império desfeito (Ap 13.12; Dn 7.8). Foi o que sucedeu quando o Império Romano desintegrou-se no ano 476 d.C. surgindo dele o Papado conservando o latim como língua.
b) As Sagradas Escrituras registram que esse pequeno Reino teria caráter religioso, pois assentar-se-ia no "Trono de Deus" (2Ts 2.4). Está certa a profecia. Os papas dizem que na terra ocupam o lugar de Deus. A palavra Vigário tem esse sentido.
c) O profeta Daniel escreveu que esse pequeno Reino seria cruel, pois "destruiria os Santos do Altíssimo" (Dn 7.25). Essa vatícinação feita antes de Cristo, assenta-se bem ao papado que somente durante a Idade Média (de 500 a 1700 d.C.) eliminou cerca de 50 milhões de Cristãos não católicos. Se os historiadores estiverem certos, os papas nesse período fizeram mais mortes que as duas Guerras Mundiais juntas (Rastro de Sangue; pag. 26; Corról. JM).
d) Para não deixar dúvidas, o apóstolo João disse que essa Instituição religiosa falsa teria Sede numa cidade edificada sobre 7 montes (Ap 17.9). Roma, o Centro do Catolicismo, está edificada sobre 7 montes bem conhecidos na Itália: Quirinal, Viminal, Esquilino, Caélio, Aventino, Palatino e Capitolino. O profeta acertou.
e) A liderança desse pequeno Reino, tem na Bíblia vários nomes, tais como Anticristo e Besta-Fera, com um número que o identifica: 666 (Ap 13.18). Santo Irineo, ano 130, discípulo de Policarpo, que havia sido discípulo de João, autor do Apocalipse descobriu o número 666 na palavra LATEINOS (latino), e como o Papa leva na Crista esse nome por ser chefe de uma religião latina, corresponde-lhe o algarismo fatídico. Santo Irineo que era bispo de Esmirna tomou a palavra LATEINOS letra pôr letra em valores gregos (o Apocalipse foi escrito em grego) e fez a descoberta como segue: L vale 30; A vale 1; T vale 300; E vale 5; I vale 10; N vale 50; O vale 70; e S vale 200. Somados temos 666, o número da besta (Pochet Bible Handbook).
f) O apóstolo João previu que esse pequeno Reino religioso "enganaria as nações com feitiçarias" (Ap 18.23). Enganar com feitiçaria significa atrair e seduzir pessoas com ritos e cerimônias artificiais, simulando poder para dominar. Aí está o Catolicismo com água benta, ramos bentos, rosário, amuletos, velas, imagens, cruz de cinza na testa, purgatório, limbo. Tudo tão estranho nas Escrituras Sagradas. Farto material de “feitiçaria”.

2 . A IMORALIDADE DOS PAPAS

a) O Papa Marcelo II, ano 1555, dizia: "Não sei como um papa poderá escapar da condenação eterna e do Inferno ". (Vila del Marcelo; p. 132);
b) O genial poeta italiano Francesco Petrarca, humanista e um dos iniciadores da Renascença, ano 1304, descreveu o Vaticano como "Babilónia infernal que imposta o mundo inteiro... Cárcere indecente onde nada é sagrado. Habitação de gente de peitos de feno, ânimo de pedra e vísceras de fogo". (Epístola de Petrarca, nº XII);
c) Dante, na "Divina Comédia" supôs uma voz do Céu lamentando a situação da Igreja dizendo: "Oh, nave Minha, que carga ruim tu levas!";
d) Santo Ulrico disse que "o Papa Gregório ordenou que esvaziassem um aquário num convento; encontraram 6 mil esqueletos de recém nascidos!" Diante desse horror esse Papa aboliu o Celibato mas seus sucessores restabeleceram-no. (Conversações de Mesa; nº DCCLXII; de Luther);
e) Pio IX fez uma Bula ordenando que "todas as mulheres violadas pelos padres apresentassem acusação, os casos foram tantos só em Sevilha, Espanha, que abandonaram os processos" (CHINIQUI; p. 44);
f) Presentemente surgem notícias que o "Vaticano reembolsa despesas com pílulas anti-concepcionais de seus funcionários". (O Estado de São Paulo; de 23 de março de 1982).


3 . CRONOLOGIA DOS FATOS QUE MARCARAM O AFASTAMENTO DA IGREJA CATÓLICA DA BÍBLIA SAGRADA (5) (8)

Seguem os anos da Era Cristã e os fatos heréticos correspondentes:
197 – Começa um movimento herético, comandado pelo Bispo de Roma, contra a divindade de Jesus;
217 – A heresia toma mais corpo ainda, desta feita, sob a liderança de um novo Bispo chamado Calixto, trazendo ainda mais confusão à Igreja;
270 – O conhecido Santo Antônio, introduziu a vida em mosteiro no Egito. A partir daí, a vida monástica passou a ser praticada como forma de piedade;
370 – Basílio de Cesaréia e Gregório de Nazianzo introduzem o culto aos santos. Além disso, aparecem o incensário, paramentos e altares. Mostrando já, a forte influência dos pagãos que adentraram a igreja sem uma experiência de conversão;
400 – Neste ano foi introduzida uma das maiores heresia da igreja: a oração pelos mortos, e o sinal da cruz;
431 – Começa a surgir Maria no cenário Católico Romano. A virgem Maria é proclamada oficialmente a “Mãe de Deus”;
440 – Surge o Bispo Leão I, o primeiro a sustentar sua autoridade sobre os demais bispos. É considerado, pelos historiadores, como sendo o primeiro Papa, embora não o fosse oficialmente;
593 – Surge neste ano mais uma grande heresia. O dogma do Purgatório começa a ser ensinado, com perspectiva de muitos lucros para a Igreja;
600 – Neste ano surgem mais duas mudanças significativas: o Papa Gregório I institui o ofício da missa, e o latim passa a ser usado como língua oficial nas cerimônias religiosas;
609 – Aqui começa oficialmente o Papado. Como poder central, mantendo sob suas rédeas toda a hierarquia Católica Romana;
758 – Por influência de religiosos do oriente, introduz-se como dogma, em todos os domínios da Igreja Católica Romana, a confissão dos pecados aos Padres, conhecida como confissão auricular;
789 – No Segundo Concílio de Nicéia, os Bispos decidem introduzir, por decreto, o culto às imagens de escultura, e às relíquias religiosas;
819 – Pela primeira vez, na história da Igreja Católica Romana, encontra-se o registro da observância à festa da Assunção de Maria. Isto é, admitia-se oficialmente que Maria tinha subido ao céu em forma corpórea, assim como aconteceu com Jesus Cristo;
880 – Decreta-se a prática de canonizarem-se os santos. Atribuindo a si, o Papa, esse direito. Para isso, estabeleceu-se que seria necessário organizar-se um processo, onde se registrariam todas as “provas” de “curas e milagres” que estes beatos teriam realizado em vida, e após a sua morte. Este proceso seguiria um ritual através da hierarquia existente, até chegar ao Papa que faria o julgamento final;
998 – Por decreto papal, é estabelecido o dia de finados, quando todas as paróquias e fiéis, deveriam reverenciar os seus mortos, visitando-os em suas sepulturas, dedicando-lhes rezas, e oferecendo-lhes missas. Neste mesmo ano, também cria-se o dogma da Quaresma;
1000 – É estabelecido definitivamente o Cânon da Missa;
1074 – O Papa Gregório VII proíbe o casamento dos padres; no ano seguinte decreta que todos os padres já casados deveriam divorciar-se de suas esposas compulsoriamente, criando um grande problema social para as ex-esposas e filhos;
1090 – Pela primeira vez usa-se o Rosário como meio de penitência, e repetição de rezas. O introdutor dessa discrepância foi Pedro, o Eremita;
1095 – O Papa estabelece as indulgências plenárias, Quando o fiel, através de pagamento de uma quantia estabelecida pelo clero, teria o perdão de seus pecados, por um período predeterminado;
1100 – O Papa decreta que doravante as missas para serem oficiadas, deveriam ser pagas pelos fiéis. Também neste mesmo ano, inicia-se a prática do Culto aos Anjos;
1115 – A confissão auricular é transformada em artigo de fé;
1125 – Surge a idéia da Imaculada Conceição de Maria. Os seus idealizadores foram os Cônegos de Lion;
1160 – O Papa estabelece como dogma e regra de fé, os sete sacramentos;
1186 – Neste ano surge a maior aberração de toda a história da Igreja Católica Romana, a mal fadada “Santa Inquisição”. Quantos foram mortos pela sua fidelidade aos princípios emanados da Palavra de Deus. O responsável por isso foi o Concílio de Verona realizado na Itália;
1190 – 95 anos após a criação da indulgência, ela agora é definitivamente regulamentada;
1200 – Introdução definitiva do uso do Rosário, por São Domingos, chefe supremo da “Santa Inquisição”;
1215 – Aparece pela primeira vez o dogma da transubstanciação, e já é transformado em artigo de fé. Neste mesmo ano, o 4º Concílio de Latrão, realizado em Roma, definitivamente, transforma a confissão auricular como doutrina; e é estabelecida a Extrema-Unção, ministrada pelos padres aos fiéis moribundos para que possam receber uma sepultura cristão;
1220 – Surge a adoração à hóstia; seis anos depois, aprática de sua elevação durante a liturgia;
1229 – Realiza-se o Concílio de Tolosa, e proíbe-se aos leigos a leitura da Bíblia;
1264 – Pela primeira vez, realiza-se a Festa do Sagrado Coração de Jesus;
1303 – A Igreja Católica Apostólica Romana proclama-se a única e verdadeira igreja, e que somente nela, o homem poderia encontrar a salvação;
1311 – É ordenada pela primeira vez, a realização da procissão do Santíssimo Sacramento;
1317 – O Papa João XXII, ordena aos fiéis, que seja feita a oração da Ave Maria;
1414 – Define-se que a hóstia deveria ser o único elemento a ser usado nas missas, em detrimento do pão usado pelo Senhor Jesus na última ceia, bem como pelos discípulos na Igreja Primitiva. A partir daí, o cálice ficou restrito aos sacerdotes;
1439 – Por decreto, o Papa transforma os sete sacramentos, e o dogma do Purgatório em artigo de fé;
1546 – O Papa, mais uma vez, afasta a Igreja da Palavra de Deus, conferindo à tradição, a mesma autoridade da Bíblia Sagrada;
1547 – O Concílio de Trento transforma em lei os Sete Sacramentos;
1562 – A missa é declarada propiciatória, com poderes para perdoar pecados, e confirma-se o culto aos santos;
1573 – A Bíblia sofre outro ataque da Igreja Católica; acrescenta-lhe os sete livros deuterocanônicos;
1854 – Finalmente define-se o dogma da “Imaculada Conceição de Maria” pelo Papa Pio IX na sua bula Ineffabilis Deus, em 8 de dezembro;
1864 – Através de um Concílio realizado no Vaticano, faz-se a declaração da autoridade papal sobre toda a igreja.;
1870 – Declara-se que o Papa é infalível;
1950 – A Igreja transforma em artigo de fé, a Assunção de Maria.



IV - BIBLIOGRAFIA

(1) Almanaque Abril 2001; Ed. Abril; 27ª edição; São Paulo, SP.
(2) Nova Enciclopédia BARSA; Encyclopædia Britannica do Brasil Publicações Ltda; Rio de Janeiro — São Paulo; 1999; vol. 4.
(3) Catecismo da Igreja Católica; Edições Loyola (coeditado pelas editoras Ave-Maria, Vozes, Paulinas, e Paulus); 10ª edição; São Paulo; 2000.
(4) ANKERBERG, John & WELDON, John; Os Fatos Sobre o Catolicismo Romano; Obra Missionária Chamada da Meia-Noite; 2ª edição; Porto Alegre, RS; 1999.
(5) SANTOS, Adelson Damasceno; Catolicismo, Verdade ou Mentira?; Série Conhecer; A.D.Santos Editora; 3ª edição; Curitiba, PR; 1999.
(6) MATHER, George A. & NICHOLS, Larry A.; Dicionário de Religiões, Crenças e Ocultismo; Ed. Vida; São Paulo, SP; 2000.
(7) GEISLER, Norman & HOWE, Thomas; Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e “Contradições” da Bíblia; Ed. Mundo Cristão; 5ª edição; São Paulo; 2000.
(8) OLIVEIRA, Raimundo Ferreira; Seitas e Heresias — um sinal dos tempos; CPAD; 21ª edição; Rio de Janeiro, RJ; 2000.
(9) Bíblia de Estudo Pentecostal; CPAD; 7ª impressão;1998.
(10) Bíblia Vida Nova; Edições Vida Nova S/R; São Paulo; 1992.
(11) Bíblia Sagrada; Edições Paulinas; 15ª edição; São Paulo; 1988.
(12) Bíblia Sagrada; Ed. Ave-Maria; 14ª edição; São Paulo; 1998.
(13) Bíblia de Referência Thompson; Ed. Vida; 9ª impressão; São Paulo; 1999.
(14) Bíblia Apologética; ICP Editora; São Paulo, SP; 2000.
(15) GEISLER, Norman L. & RHODES, Ron; Resposta às Seitas; CPAD; 1ª edição; Rio de Janeiro, RJ; 2000;
(16) A Bíblia de Jerusalém; Paulus Editora; 8ª impressão; São Paulo; 2000;
(17) Defesa da Fé, revista; nº 12; maio/junho 1999; ICP;
(18) Defesa da Fé, revista; nº 19; fevereiro de 2000; ICP;
(19) ROSSI, Pe. Marcelo; Eu sou feliz por ser católico; Maxi Gráfica e Editora Ltda.; São Paulo, SP; 2000.

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