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SATÉLITES ESTACIONÁRIOS


A comunicação por ondas eletromagnéticas entre pontos distantes de um mesmo país, ou ainda entre países não muito afastados, pode ser feita por uma cadeia terrestre de retransmissores de microondas, dispostos estrategicamente ao longo de todo o caminho. Trata-se de um método aplicável inclusive para ligações entre países situados em um mesmo continente.
Para as ligações intercontinentais, porém, esse método é inaplicável, dadas as enormes distâncias a superar, quer através de regiões desérticas, quer pela obrigatoriedade de se atravessar oceanos.
Antes do advento dos satélites artificiais para comunicação, as ligações telefônicas transoceânicas eram praticadas unicamente por meio de cabos coaxiais. Dotados de amplificadores situados de intervalos a intervalos, tais cabos se estendiam por todo o leito oceânico, de um continente a outro. Não obstante serem de grande utilidade, os cabos coaxiais possuíam graves deficiências; uma das principais era uma limitação severa quanto ao número de conversações telefônicas simultâneas que se podiam realizar. Além disso, eles não permitiam a transmissão de programas de televisão. Já o sistema de microondas permite um grande número de comunicações simultâneas e também a transmissão de programas de televisão. Mas como instalá-las sobre o oceano? A resposta é encontrada entre os satélites artificiais.

O princípio de funcionamento das comunicações por satélites artificiais é semelhante ao utilizado no sistema de estações terrestres de microondas. A grande diferença, porém, é que entre duas estações situadas a grande distância uma da outra existe apenas uma estação repetidora - exatamente o satélite. Nas redes terrestres, as estações precisam "enxergar" uma à outra; assim, não raro são necessárias muitas estações repetidoras para formar um vínculo entre um centro de comunicação e outro.
As freqüências dos sinais empregados na comunicação por satélite são muito elevadas, situando-se entre 1GHz e 10 GHz. Isso traz vantagens técnicas, tais como a possibilidade de utilizar antenas altamente direcionais, que irradiam feixes de ondas muito estreitos (semelhantes, na forma, ao feixe luminoso dos faróis de um automóvel); e a transmissão de bandas de freqüências relativamente extensas (o que se traduz na possibilidade de se realizar inúmeras comunicações telefônicas simultâneas, ou vários programas de televisão a um só tempo). A freqüência elevada permite aos sinais atravessarem a atmosfera e a ionosfera terrestre sem sofrer atenuações muito acentuadas.


(Região coberta por um satélite)

Os satélites permitem, ainda, ligar mais de duas estações terrestres a um só tempo. Para isso, basta que ele seja "visível", simultaneamente, por todas elas; os sinais referentes a cada comunicação distinguem-se uns dos outros pela freqüência de suas ondas portadoras. É possível também o caso inverso: uma estação transmite para todas as outras, estabelecendo-se um sistema global de comunicações.

Os satélites estacionários recebem este nome pelo fato de se apresentarem "parados" em relação à superfície da Terra. Ou seja, para um observador na Terra, o satélite parece parado no céu.
Suas órbitas são circulares, contidas no plano equatorial. Seu período é de 24 horas (igual ao de rotação da Terra) e o raio de sua órbita é de 36.000 km, aproximadamente.

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