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Leituras de Física

ILUSÕES ÓPTICAS


O sistema visual e o cérebro não são prolongamentos do mundo ou servos seus; eles têm propriedades únicas que podem causar modificações nas informações recebidas pelo olho. Além disso, as informações fornecidas pelo olho nem sempre são exatas ou simples. Quase todos os sinais de visão espacial e distância e, consequentemente, quase todas as situações visuais contém um potencial de ambigüidade. Quando a ambigüidade surge ela é chamada de ilusão.
As ilusões ópticas são desnorteantes e complexas. Podem ser descritas, classificadas e, em alguns casos, parcial ou totalmente explicadas. Quase todas as ilusões geométricas ou espaciais subtendem um ou mais de vários fenômenos básicos. Por exemplo, círculos sempre tendem a ser subestimados em tamanho. Linhas retas tendem a ser superestimadas em comprimento. Ângulos agudos são superestimados, e os obtusos, subestimados. Um mero quadrado parece ter maior altura que largura. O tamanho aparente do quadrado depende de sua posição, se ele está colocado em ângulo ou de lado. De grande importância são certos desenhos a traço: A figura acima mostra dois perfis ou uma taça? Quem decide é o seus cérebro. Mas como decidir, se as linhas fazem sentido tanto na figura quanto no fundo claro?


(As linhas são paralelas ou convergentes?)

As ilusões têm sido geralmente consideradas como criadoras de um problema específico na psicologia da visão. No passado, esses fenômenos eram atribuídos a "erros de julgamento" ou "más interpretações". Hoje, porém, a maioria dos pesquisadores consideram tal classificação imprópria.
Além disso, rejeitar as ilusões como erros de julgamento ou más interpretações parecia perpetuar a noção de que todas as outras percepções eram corretas. Essa distinção pode parecer lógica se considerarmos a visão como um processo de cópia e depois perguntar se a cópia está certa ou errada. Mas a visão não é assim tão simples. Se por "correto" entendermos que o sistema visual dá uma reprodução exata dos eventos físicos no ambiente, então devemos estar preparados para situar todos os fenômenos visuais na categoria de ilusão.
Quando o olho não consegue detectar as oscilações luminosas do cinema e da televisão, ele está dando uma interpretação imprecisa do evento físico. Um exame da maior parte dos dados de visão não revelaria nenhum exemplo daquilo que poderia ser chamado precisamente de percepção correta.


(Os pontos no cruzamento das linhas são brancos ou pretos?)

A visão está sujeita a dois tipos principais de ilusão: as ópticas e as de adaptação. As primeiras podem revelar aspectos desconhecidos do modo de ver e julgar o mundo exterior. São elas que levam o observador a avaliar erroneamente distâncias, aberturas angulares, dimensões, etc.
As ilusões de adaptação são também muito freqüentes, e decorrem da acomodação da visão a uma nova situação, diferente da anterior. Suponha-se, por exemplo, um observador transportado repentinamente de uma paisagem plana ou com ligeiras ondulações, para um lugar com relevo íngreme. A princípio, ele sentirá como muito fortes todas as inclinações que vê; gradativamente, porém, os detalhes vão sendo reelaborados e as inclinações serão apresentadas menos fortes do que o são na realidade.
Outra ilusão de adaptação é a das cores. Permanecendo muito tempo num ambiente iluminado com luz vermelha, um observador habitua-se a distinguir os semitons das cores dos objetos. Se, depois, esse observador sai para o ar livre, ou o ambiente em está é subitamente iluminado com luz branca, tudo parecerá verde, a cor complementar do vermelho.
Muitíssimas ilusões de adaptação relacionam-se com a visão das cores, e outras tantas com o movimento.

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