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BURACO NEGRO


As estrelas nascem da contração gravitacional de nuvens de gás que fazem parte da constituição das galáxias. O principal desses gases é o hidrogênio, abundante no meio interestelar. Quando a massa de gás agrupado é suficientemente grande, a força gravitacional gerada provoca uma altíssima compressão do gás existente no centro e permite a ocorrência de reações de fusão dos átomos ali presentes. Estas reações nucleares geram calor, luz visível e radiações, como no caso do Sol.
As reações nucleares equivalem a bombas de hidrogênio tendendo a explodir a estrela, o que levaria ao aumento de suas dimensões. Esse aumento não ocorre porque o processo gravitacional equilibra o efeito das explosões.
Muitos processos ocorrem no ciclo de vida de uma estrela, como aumentar de tamanho, mudar de cor, etc. Quando todo combustível atômico tiver se esgotado, a estrela deixa de suportar seu próprio peso, ocorre um colapso gravitacional, superando completamente as forças internas estabilizadoras. A matéria torna-se cada vez mais comprimida, levando seus átomos a estarem praticamente unidos, sem espaço vazio entre eles. Em tal estado, a matéria está tão densa que a força gravitacional que ela exerce na sua superfície torna-se enorme: nada, nem a própria luz, consegue escapar desta atração gravitacional. A estrela que passou por esse processo recebe o nome de buraco negro.

É impossível ver um buraco negro diretamente, mas podemos ver o efeito que ele tem sobre os objetos que o cercam. Os astrônomos acreditam que algumas fontes de radiação muito muito fortes, como a estrela Cygnus X-1, resultam de material que está sendo atraído para o interior de um buraco negro. O telescópio espacial Hubble detectou evidências de um buraco negro com massa cerca de três bilhões de vezes maior do que o Sol, no centro de uma galáxia distante. Astrônomos acreditam que pode haver um buraco negro no centro da maioria das galáxias, inclusive da nossa.

FIGURA: O gás extraído da superfície de uma estrela é varrido para um disco que cerca o membro aparentemente invisível do sistema. Acredita-se que este disco de gás em rotação é aquecido por atrito até temperaturas de dezenas de milhares de graus. Este gás emitiria raios X, que são provavelmente aqueles vistos por observações com satélites.

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