| I | SAF
PUC |
|
|
|
|
|
|
|
| 10:20h - | O critério
subjacente às críticas de Nietzsche à história
Marcos Vinícius Leite |
| O objetivo da presente comunicação é elucidar o critério subjacente às críticas de Nietzsche à história, sobretudo àquelas veiculadas na II Extemporânea: Das Utilidades e dos Inconvenientes da História para a Vida, publicada em 1874. Nietzsche toma a vida como um único critério capaz de orientar os posicionamentos temporais de um determinado povo, cultura ou nação. Contudo, indagar-se sobre o critério é dar-se conta de que maneira Nietzsche compreende a vida no seu período juvenil, aquele circundado pela “metafísica do artista”. À luz de suas considerações sobre a arte, em especial a tragédia ática, poderemos vislumbrar uma possível concepção de vida, que na sua mobilidade, no confronto entre Apolo e Dioniso, traduz na arte, no seu fazer simbólico, uma potente concepção de vida, que aposta indelevelmente no seu eterno refazer e constante construir de formas. A vida tomada como um fenômeno trágico, no ininterrupto processo de gestação de individualidades e aparição de seres singulares e seu eterno retorno, via a desintegração das particularidades, ao fundo eterno, efetivo e conflitivo, gera uma concepção que encerra em si mesma o caráter seletivo, afirmativo e construtivo do critério. Desta forma, cabe ao historiador, responsável pela memória de um povo, operar nas vias da seleção, objetando, através dos expedientes ativos do esquecimento e da memória circundá-los como fomentos necessários à manutenção da mobilidade da vida. A temporalidade, nas suas três formas, move-se de encontro ao critério. Vivenciar o tempo é perceber a mobilidade do vital, instituindo-o como único critério possível, distante da empoeirada cultura do invólucro dos filisteus. |
Programação:
Quarta-feira, 20 de setembro
Quinta-feira, 21 de setembro
Sexta-feira, 22 de setembro