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Blastocerus dichotomus
Cervo-do-pantanal

Figura de um espécime macho. Clique para ampliar. Figura de um espécime fêmea. Clique para ampliar.

Por Rafael Silva do Nascimento, 19 de maio de 2005.

       Morfologia da espécie indisponível.  Vídeo da espécie indisponível.   Áudio da espécie indisponível.

       
    Classificação Clique para ver a árvore taxonômica
 Reino: Animalia
   Filo: Chordata
     Classe: Mammalia
       Ordem: Artiodactyla
         Família: Cervidae
           Gênero: Blastocerus

 

 

Taxonomia e nomenclatura

Blastocerus dichotomus (Illiger, 1815)

       Citação: Abh. Phys. Klasse K.-Preuss. Akad. Wiss., 1804-1811:117 [1815].
Local tipo: Paraguai, Lago Ypoa, sul de Assunção.
 
Etimologia:  Blasto (Grego) ''um tiro'', keras (Grego) o chifre de um animal; Dikhe (Grego) em dois caminhos, tome (Grego) cortante, afiado: em referência a sua galhada com pontas duplas.
Subespécies descritas: monotípíco.
Nomes vulgares: Cervo-do-pantanal (Português); Suaçuapara (Português: indígena); Veado-galheiro (Português); Marsh Deer (Inglês).
 
 

Características físicas

Comprimento do corpo: 1,8-2 m.

Comprimento da cauda: 10-15 cm.
Altura: 110-120 cm (cernelha).
Peso: 70-125 kg.
          
A cor de sua pelagem varia primariamente dum marrom-avermelhado ao castanho claro, com as partes inferiores, principalmente abaixo na garganta e no baixo-ventre, sendo bastante claras. Suas canelas longas e finas são negras. Existe variação também conforma a estação do ano, variando do marrom-avermelhado no verão ao marrom-acinzentado no inverno, enquanto os pêlos das patas e canelas são predominantemente negros. Diferentemente da maioria das espécies de cervos, as crias do cervo-do-pantanal nascem sem pintas. A região ocular é cercada por uma faixa de pelos brancos, e o focinho, compacto, é negro na parte superior. As orelhas são grandes e possuem tufos de pêlos brancos nas bordas. A cauda curta é da mesma coloração em ambas as faces, terminando em pêlos enegrecidos. Igualmente aos outros ungulados que vivem em áreas alagadas, seu casco comprido e resistente unido por uma membrana elástica interdigital é adaptado ao terreno e a articulação final de suas patas é bastante inclinada. Somente os machos possuem a galhada que cresce até 60 cm em comprimento, com quatro ou cinco pontas em cada. Os chifres, que chegam a pesar de 1,65 à 2,5 kg e medir 60 cm de altura, crescem a partir dos 21 meses, de forma irregular.

 

Chaves de classificação física: endotérmico; bilateralmente simétrico; quadrúpede.
Dimorfismo sexual: macho dotado de galhada.
 

Ontogenia e reprodução

No pantanal do Mato Grosso (Brasil), onde foi observada a sua biologia, a época de acasalamento é muito longa e durante esse período vive em grupo e não se costuma observar brigas entre os machos para conquistar uma fêmea. Imediatamente após o parto, a fêmea está novamente receptiva. Os filhotes, geralmente 1 e algumas vezes 2, nascem entre maio e setembro. Genitora e cria comunicam-se por um fraco balido, ainda que possam emitir sons mais potentes semelhantes a um latido quando são molestados. A cria fica com sua genitora até cerca de um ano após seu nascimento. 
 
Período de gestação: 240-270 dias.
Número de crias: 1 (raramente 2).
Maturidade sexual: 1 ano.
 
Chaves de classificação reprodutiva: vivíparo; sexuado; dióico; fertilização interna.
 

Ecologia e comportamento

Seus hábitos variam, segundo a zona em que se encontram, entre diurnos, noturnos ou crepusculares. São territoriais e marcam seus territórios (principalmente os machos) com secreções glandulares, urina e excrementos. Em certas regiões permanece o dia escondido, e sai a noite a procura de plantas aquáticas das quais se alimenta, retornando no começo da manhã. O seu nome indica sua preferência por planícies alagadas, pois freqüentemente entra nas águas. Apesar disso, primariamente evita águas com profundidade acima de 60 cm. O alagamento excessivo o obriga a procurar terras cada vez mais altas, onde entra em contato com o gado doméstico, e por ser muito sensível às doenças transmitidas pelo mesmo e por ser muito caçado pelo homem, encontra-se incluído na categoria de vulnerável. Suas pernas traseiras são bastante adaptadas para locomover-se aos pulos (o meio mais rápido de se mover em áreas alagadas). Os machos não entram em conflitos por privilégios reprodutivos, sendo a galhada primariamente como objeto ornamental. A densidade populacional é de um cervo por 3.8-42 km². Ao encontrar um inimigo que possa enfrentar, usa os chifres para ferir, ou apenas balança a galhada imponente, que basta para afugentar certos inimigos.
 
Estrutura social: Solitário, ou em pequenos grupos com menos de 6 animais, geralmente um macho adulto, poucas fêmeas e as crias.
Predadores principais: Homem, onça-pintada, sucuri e cães-domésticos.
 
Chaves de classificação comportamentais: móvel; diurno; noturno; territorial.
 

Dieta

Gramíneas, junco e plantas aquáticas.
         
Chaves de classificação alimentares: heterótrofo; herbívoro.
 

Habitat

Habita os pantanais (planícies alagadas), savanas, cerrado, várzeas e florestas alagáveis. 

          
Bioma terrestre: savana ou campo; pântano.
 
Distribuição geográfica

Ocorre na América do Sul central, desde o Peru, Paraguai, norte da Argentina, Brasil central e extremo noroeste do Uruguai.

Região Biogeográfica: neotropical (nativo).

 
Distribuição histórica

É uma espécie do Holoceno recente.

Era geológica: Cenozóico; Quaternário; Holoceno (dias atuais).

 
Estado de conservação

O cervo-do-pantanal é classificado como vulnerável pelo IUCN (1996), devido a perda de seu habitat natural e a caça desportiva, obrigando o animal a refugiar-se em áreas isoladas e de difícil acesso, cada vez mais restritas. Favorável a esta espécie é que sua carne é muito digerível e não tem gosto muito bom ao paladar humano.

Exemplares vivos: em decréscimo.

 
 
Referências

Álbum Pantanal. Nestlé Surpresa. Pág: 9.

Brasil. O Livro Dos 500 Anos. Caras. Pág: 72.

Enciclopédia dos Seres Vivos, CD Rom 1, Vertebrados 1.

Mamíferos. Guia De Animais Brasileiros. On-Line Editora. Nº 4, ano 1, pág. 54 (Cervo-do-pantanal).

Os Bichos, ©1972-1973 Casa Editrice A. M. Z. e Produzioni Editoriali D´Ami. Volume 4. Págs: 900-901. 

The Ultimate Ungulate Page, Brent Huffman. Avaliado on-line em: http://www.ultimateungulate.com   

Wilson, D. E., e D. M. Reeder [editores]. 1993. Mammal Species of the World (Segunda Edição). Washington: Smithsonian Institution Press. Avaliado on-line em: http://nmnhgoph.si.edu/msw/  

 

 
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Última atualização: 21/08/2006
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Silva do Nascimento, Rafael. ''Blastocerus dichotomus'' (On-line), BioData. Avaliado em http://www.biodata.co.nr
 
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