|
|
|
Principal
Índice
Bison bison |
|
|
|
|
|
|
- Bison bison
- Bisão-americano
- Por Hugo
Gomes Antunes, 18 de abril de 2005.
|
|
|
|
|
|
Classificação
- Reino:
Animalia
- Filo:
Chordata
- Classe:
Mammalia
-
Ordem:
Artiodactyla
-
Família: Bovidae
-
Gênero:
Bison
|
|
|
Taxonomia e nomenclatura
-
Bison bison
(Linnaeus,
1758)
- Citação:
Sys. Nat., 10ª ed., p. 72.
- Local tipo: "México"
(= C Kansas, "Quivira"), veja Hershkovitz; redesignado
como Canadian River valley, leste do Novo México (USA).
-
-
- Subespécies,
características e distribuição:
- B. b. athabascae
(Rhoads, 1898) (Bisão-dos-bosques)
- É um bisão setentrional de estatura
imponente, caracterizada por uma pelagem lanosa e escura.
Outrora vivia nas Montanhas Rochosas canadenses, na parte
ocidental de Alberta e na zona oriental da Columbia Britânica.
Atualmente, sobrevive apenas uma manada, confinada à região
mais a norte do Parque Wood Buffalo, no Canadá.
- B. b. bison
(Linnaeus, 1758) (Bisão-das-planícies).
Sys. Nat., 10ª ed., p. 72 - Esta é a
subespécie característica da Grande Pradaria, pouco menor que
a dos bosques, que, no passado,também viva nas florestas de
latifólios, na parte oriental dos Estados Unidos da América.
Hoje,os exemplares que restaram vivem em manadas em parques e
reservas (Parque Nacional de Yellowstone).
Alguns autores o colocam no gênero Bos
devido a semelhanças genéticas.
|
|
-
spp. athabascae
-
spp. bison
|
|
- Protônimo: Bos bison Linnaeus, 1758.
- Subespécies descritas: 5
(possivelmente nenhuma válida); inválidas: B. b. oreganus, B
b, pennsylvanicus e B. b. septemtrionalis.
- Nomes
vulgares: Bisão-americano
(Portiguês); Bisonte-americano (Português: lusitano);
Búfalo-americano (Português); American Bison (Inglês).
|
Características físicas
-
Comprimento do corpo: 2,2-3 m.
- Comprimento da cauda: 90 cm.
- Altura: ,195 m (cernelha)
- Peso: 900-1350 kg (♂);
545 kg (♀).
-
- Estes
bovídeos de corpo maciço apresentam longos pêlos ondulados na
cabeça e no pescoço, que se estendem sobre o garrote e até às
patas anteriores. Possui uma corcunda notavelmente grande, como
reserva de gordura. A cabeça, bastante avantajada, com cornos que são
relativamente pequenos e voltados para cima. Os machos são maiores
do que as fêmeas. A cauda é de coloração negra, e é bastante
peluda,assim como o dorso. Os sentidos de audição e olfato são
bastante apurados, usados primariamente para detectar predadores.
-
- Chaves de classificação
física: endotérmico;
bilateralmente simétrico; quadrúpede.
- Dimorfismo sexual: não apresentável.
|
|
Ontogenia e reprodução
- Reproduzem-se
no verão (de Julho a Setembro), para que os nascimentos coincidam
com a maior abundância de alimento. Os machos lutam entre si pelo
direito de acasalar com as fêmeas. O período de gestação é de
285 dias, após os quais nasce uma cria, que é amamentada durante
sete a 12 meses. A cria consegue correr para acompanhar a mãe
poucas horas após o nascimento. A mãe defende-a ferozmente, até
que atingirem a maturidade sexual entre os dois e os quatro anos de
idade.
-
- Período de gestação: 9
meses.
Número de crias: 1 (casos de gêmeos são raros).
Maturidade sexual: 2-4 anos.
Longevidade: 18-22 anos (25 em cativeiro).
-
- Chaves de classificação
reprodutiva: vivíparo; sexuado; dióico; fertilização interna.
|
|
Ecologia e comportamento
- Vivem
em grupos matriarcais de 10 a 20 indivíduos, dos quais os jovens
machos se afastam geralmente por volta dos três anos de idade. Os
machos adultos são solitários ou vivem em pequenos grupos de
machos e juntam-se às fêmeas apenas para acasalar. Podem reunir-se
em grandes manadas com milhares de indivíduos. Alimentam-se de herbáceas
e, também, de musgos e líquenes, no inverno. A pele do bisão fica
infestada de parasitos, que o irritam continuamente. Essa irritação
é amenizada durante a primavera, quando seu pelo cai, e certas aves
podem vir catar carrapatos e insetos de seu couro. Quando dois
machos entram em conflito, por uma fêmea no acasalamento, por
exemplo, a terrível marrada não basta para derrubar nenhum dos
dois; então a luta continua nesse empurra-empurra. Nos tempos
antigos, quando a manada entrava em estouro, com a presença de
inimigos como lobos e ursos, o pânico, que se comunicava ao rebanho
todo, fazia os bisões correrem aos milhões, produzindo altíssimos
ruídos, que fazia a terra treme e podia ser ouvido a quilômetros.
Se isso ocorre-se numa planície bastante ampla, o cansaço acabaria
por restabelecer o sossego. Mas, se o estouro ocorre-se num
planalto, o resultado seria um hecatombe colossal: ao chegarem à
beira do abismo, os da frente não podiam estacar nem recuar,
levados pelo mar incontido de centenas de milhares de bisões que
vinham atrás. Hoje em dia, esses episódios épicos já não
ocorrem na América do Norte. A colonização quase extingui a espécie,
como fez com o bisão-europeu.
-
- Estrutura social: Grupos matriarcais e machos
solitários.
- Predadores principais: Homem, lobos e
urso-pardo.
-
- Chaves de classificação
comportamentais: móvel;
diurno; gregário.
|
|
Dieta
- Herbáceas,
gramíneas, musgos e liquens.
-
- Chaves de classificação
alimentares: heterótrofo;
herbívoro; ruminante.
|
|
Habitat
-
Habita
planícies, bosques e tundra.
-
- Bioma terrestre: campo;
bosque; tundra.
|
|
Distribuição geográfica
Ocorre
no oeste do Canadá, nos Estados Unidos da América, nordeste do México
e, provavelmente, no Alasca. Atualmente, encontrasse apenas em
algumas áreas protegidas norte-americanas, como o Parque Nacional
de Yellowstone.
Região
Biogeográfica: neoártico
(nativo).
|
|
Distribuição histórica
É
uma espécie do Holoceno recente. De
todos os bovídeos que proliferaram nas planícies quentes da Eurásia
no decorrer do Plioceno, entre os 5 e 3 milhões de anos, o bisão
foi a única espécie que penetrou no continente americano. Essa
travessia deu-se durante o período glacial de Mindel, no Quaternário,
altura em que a Sibéria e o Alasca ainda se encontrava ligados
por uma faixa de terra. Os bisões da Europa Setentrional, que
deram origem à descendência americana, eram maiores e estavam
dotados, de cornos mais imponentes em relação aos exemplares que
sobreviveram até hoje no continente Europeu. No Novo Mundo, estes
mamíferos colonizaram as pastagens e as florestas coníferas
setentrionais até ao atual Canadá; depois, descendo em direção
ao Sul, invadiram as vastas planícies e pradarias ricas em
forragens aventurando-se até à América Central (atual El
Salvador).A imigração prosseguiu até aos dois continentes se
separaram. Os bisões do Novo Mundo diferenciaram-se então em
duas espécies: Bison
antiquus, que vivia nas florestas pouco densas e nas savanas
Do Sudoeste dos atuais Estados Unidos; de dimensões superiores, Bison
latifrons, por sua vez, distribuía-se mais ao Norte, nas
zonas dos bosques. Este ultimo, há mais de 10 000 anos que
desapareceu, daquelas terras;pelo contrário,
Bison antiquus
sobreviveu. Durante o Holoceno, este bisões modificou-se,
evolucionando para a atual espécie, o bisão-americano, Bison
bison, que por sua vez se subdividiu em duas subespécies; o
bisão-das-planícies,
Bison bison bison e
o bisão-dos-bosques,
Bison bison athabascae.
Hoje em dia restam poucos exemplares,dos milhões que habitavam a
América Pré-Colombiana.
Era
geológica:
Cenozóico; Quaternário; Holoceno (dias atuais).
|
|
Estado de
conservação
Protegida
nos Estados Unidos da América desde 1902. Esta espécie está em
risco e dependente de conservação (segundo a União
Internacional para a Conservação da Natureza). Estima-se que
chegaram a existir 90 milhões de indivíduos, na América do
Norte. A caça massiva a que a espécie foi sujeita para obtenção
de carne e de troféus levou-a ao limiar da extinção, no início
do século XIX, quando seu número chegou a apenas mil indivíduos.
Foi o maior massacre da História Natural.Atualmente a sua
sobrevivência só pode ser garantida em áreas protegidas.
Exemplares
vivos: 60.000.
|
|
|
Referências
- BBC
On-Line; Science & Nature. Avaliado on-line em: http://www.bbc.co.uk/nature/
-
- Os
Bichos, ©1972-1973 Casa Editrice A. M. Z. e Produzioni
Editoriali D´Ami. Volume 1. Págs: 18-19.
-
- The Ultimate Ungulate
Page, Brent Huffman. Avaliado on-line em: http://www.ultimateungulate.com
- Vida Selvagem, Animais
dos Pampas e Pradarias, capítulo 1: O Bisonte. Seleções
Reader's Digest.
-
- Wilson, D. E., e D. M.
Reeder [editores]. 1993. Mammal Species of the World (Segunda
Edição). Washington: Smithsonian Institution Press.
Avaliado on-line em: http://nmnhgoph.si.edu/msw/
-
- Zoológico de Lisboa.
Avaliado on-line em: http://zoo.sapo.pt
|
|
Topo |
|
|
Última atualização: 28/07/2006
Para citar esta página:
Antunes, Hugo Gomes. ''Ajaia
ajaja'' (On-line), BioData. Avaliado em http://www.biodata.co.nr
© 2005-2006 Rafael Silva do Nascimento.
Todos os
direitos reservados.
É proibida
a reprodução total ou parcial deste site sem a prévia autorização do autor.
As imagens
aqui representadas são de uso didático e de propriedade de
seus respectivos donos.
|
|
|