BioData - O Banco de Dados da Vida Clique aqui para visitar a página principalClique aqui para visitar a sessão de notíciasClique aqui para visitar o banco de dadosClique aqui para saber mais sobre BioDataClique aqui para obter ajuda sobre como navegar no site
    Principal Índice  Balaenoptera musculus  

   

 

 
Balaenoptera musculus
Baleia azul

Figura de um espécime. Clique para ampliar.

Por Rafael Silva do Nascimento, 26 de abril de 2005.

       Morfologia da espécie indisponível.  Vídeo da espécie indisponível.   Áudio da espécie indisponível.

       
    Classificação Clique para ver a árvore taxonômica
 Reino: Animalia
   Filo: Chordata
     Classe: Mammalia
       Ordem: Cetacea
         Família: Balaenopteridae
           Gênero: Balaenoptera

 

 

Taxonomia e nomenclatura

Balaenoptera (Sibbaldus) musculus (Linnaeus, 1758)

       Citação: Sys. Nat., 10ª ed., 1:76.
Local tipo: RU, Escócia, Firth of Forth (''Habitat in mari Scotico'').
Espécime tipo: Nenhum em existência.
 
Subespécies, características e distribuição:
B. m. brevicauda Ichihara, 1966 nomem nudum (Baleia-azul-pigméia) – 21-22 m de comprimento. É a menor das subespécies. Possui a nadadeira dorsal bastante curta e a área entre a mesma e a cauda bastante esbelta, que toma 1/4 do comprimento total do corpo. O seu corpo compacto em relação as outras subespécies, em aparência lembra bastante os animais da família dos Balaenídeos. A sua coloração é de um cinza-azulado escuro. A cria nasce com cerca de 6 m de comprimento. Habita principalmente as regiões subantárticas dos oceanos Índico e Pacífico, mas chega atingir latitudes próximas á linha equatorial.
B. m. indica Blyth, 1859 (Baleia-azul-índica) – Habita o Oceano Índico, desde águas frias até áreas próximas ao equador.
B. m. intermedia Burmeister, 1871 (Baleia-azul-maior) – É a maior das subespécies. Vive nas águas temperadas e da região antártica do oceano Pacífico próxima á América do Sul. É possível que chegue a nadar a 22º  Sul, chegando a atingir regiões próximas ao Arquipélago de Galápagos.
B. m. musculus (Linnaeus, 1758) (Baleia-azul) – Menor e mais esbelta que a subespécie habitante do hemisfério austral, esta vive nas águas frias do hemisfério Norte, nos oceanos Atlântico e Pacífico. As duas populações atingem um total de cerca de 5.000 animais.
 
  spp. brevicauda
spp. indica
spp. intermedia
spp. musculus

 

 
Protônimo: Balaena musculus Linnaeus, 1758.
Etimologia: Balaenoptera ''asa de baleia''; musculus ''tanto pode significar ''pequeno camundongo'' ou ''musculosa''.
Subespécies descritas: 4 (3 ou 4 válidas).
Sinônimos: Androglossa aestiva Linnaeus, 1758; Androglossus aestivus Linnaeus, 1758; Chrysotis aestiva Linnaeus, 1758; Chrysotis amazonica Shaw, 1811;  Chrysotis amazonicus Shaw, 1811; Chrysotis jamaicensis G. R. Gray, 1859; Chrysotis aestiva xanthopteryx (Berlepsch, 1896); Amazona xanthopteryx (Berlepsch, 1896); Psittacus aurora Linnaeus, 1771; Psittacus guttatus Boddaert, 1783; Psittacus decorus Hermann, 1804; Psittacus amazonicus Shaw, 1811.
Nomes vulgares: Baleia-azul (Português); Baleia-gigante (Português); Rorqual-azul (Português); Blue Whale (Inglês); Ballena azul (Espanhol).

 

Características físicas

Comprimento do corpo: 25 m (); até 33,5 m ().

Peso: 190 t.
          
As baleias-azuis possuem uma coloração cinza-azulada com manchas claras, particularmente distribuídas sobre as costas e os ombros. A parte inferior de seu corpo é coberta por microorganismos, dando à uma coloração de tons amarelados. A nadadeira dorsal é bastante reduzida, atingindo os 35 cm de altura. A mandíbula superior é a maior dentro do gênero, com cerca de 50-90 filamentos da barbatana (varia de acordo com a idade). Sua narina transformada em aleta, no alto da cabeça, é vista somente quando a baleia está mergulhada. Seus enormes pulmões, podem conter até 5 mil litros de ar, dando a capacidade de mergulhos profundos por longos períodos. As baleias-azuis são os maiores animais que já viveram no planeta, maiores que o maior dos dinossauros (não mais longa, mas possui mais massa). Um bebê humano pequeno poderia engatinha dentro de uma de suas artérias do coração, de tão largas que estas são. Os machos são normalmente menores que as fêmeas, atingindo cerca de 25 m, e as fêmeas atingem normalmente 27 m. Mas, a maior baleia-azul confirmada era uma fêmea de 33,5 m com 190 toneladas de peso (os cientistas estimam que a maior de todas tenha atingido as 200 toneladas, mas não há caso confirmado).
 
Chaves de classificação física: endotérmico; bilateralmente simétrico; hidrodinâmico.
Dimorfismo sexual: não apresentável.
 

Ontogenia e reprodução

Muito pouco se conhece sobre a reprodução das grandes espécies de cetáceos. O período de gestação é de onze ou doze meses, relativamente curto para um animal de tal tamanho. A cria (casos de gêmeos são sempre raros, mas ocasionalmente ocorrem) nasce com 7-8 m de comprimento. Enquanto amamentam, as baleias-azuis podem engordar 90 kg por dia. As crias se tornam independentes depois de sete ou oito meses, normalmente depois de alcançarem 16 m de comprimento. A maturidade sexual ocorre por volta dos cinco anos de idade nas fêmeas, quando chegam aos 21-23 m de comprimento e dá a luz á suas crias a cada 2 ou 3 anos após isso. Os machos amadurecem por volta dos cinco anos também, quando atingem 20-21 m de comprimento. A longevidade estimada é bastante longa, 110 anos, mas em médio 80-90 anos. A longevidade nessa espécie é calculada no mesmo critério usado nos demais grandes cetáceos, contando o número de óvulos em fêmeas sexualmente maduras, mudança na coloração das lentes dos olhos e contando o número de barbatanas na sua boca.

Período de gestação: 11-12 meses.

Número de crias: 1 (raramente 2).
Maturidade sexual: 5 anos.
Longevidade: 80-90 anos (estimativa de 110 anos).
 
Chaves de classificação reprodutiva: vivíparo; sexuado; dióico; fertilização interna.
 

Ecologia e comportamento

A maior parte das populações de baleias-azuis são migratórias, mas alguns animais não migram. Os migratórios passam o inverno em águas de latitudes baixas, e retornam aos pólos durante a primavera, e se alimentam em águas de latitude alta durante o verão e voltam ao equador durante o outono. Existem populações boreais e austrais que permanecem distintas. Nadam a uma velocidade média de 22 km/h, mas podem atingir os 48 km/h se alarmadas. Alimentam-se numa profundidade média de menos de 100 m; animais arpoados atingiram os 500 m de profundidade (suporta pressões incríveis,até as de 2.000 m de profundidade). Normalmente mergulham durante 10-20 minutos. Sua alimentação é baseada principalmente em krill. Nas subespécies austrais, o alimento básico é um crustáceo planctônico (Euphausia superba), tremendamente abundante. As subespécies boreais se alimentam principalmente dos crustáceos Thysanoessa inermis e Meganyctiphanes norvegica, mas também outras espécies planctônicas e peixes são devorados. Baleias-azuis adultas podem ingerir cerca de 3-4 toneladas de krill por dia. Virtualmente, devido a seu tamanho, uma baleia-azul adulta não possui inimigos naturais. Apenas os filhotes são caçados por bandos de orcas ou por tubarões grandes. Pode acontecer conflitos entre baleias-azuis e peixes-espada, como confirma os rostos pontiagudos encontrados cravados no couro de baleias arpoadas; esses combates não ocorrem por causa de alimento, já que nenhuma espécie alimenta-se das mesmas espécies ou da outra (as baleais são grandes demais até para os temíveis tubarões, e a garganta da baleia é estreita demais até para peixes menores), mas sim por unidades territoriais. A rajada de água que solta de suas aletas na superfície pode atingir 10 m de altura. Agregações de mais de 60 animais já foram registradas, mas animais solitários ou em pequenos grupos de 2-3 animais são mais comuns.
 
Estrutura social: Solitário ou em grupos de até 3 indivíduos.
Predadores principais: Homem, orca e tubarões grandes (filhotes).
 
Chaves de classificação comportamentais: móvel; natatorial;gregário; migratório.
 

Dieta

Krill e plâncton. 
         
Chaves de classificação alimentares: heterótrofo; onívoro.
 

Habitat

Habita águas frias, temperadas e equatoriais.

          
Bioma aquático: pelágico.
 
Distribuição geográfica

Ocorre em todos os oceanos do mundo.

Região Biogeográfica: oceânico (nativo): oceano Antártico (nativo); oceano Ártico (nativo); oceano Índico (nativo); oceano Atlântico (nativo); oceano Pacífico (nativo).

 
Distribuição histórica

É uma espécie do Holoceno recente.

Era geológica: Cenozóico; Quaternário; Holoceno (dias atuais).

 
Estado de conservação

As baleias-azuis não são inicialmente a mais caçada dentre as espécie pelo seu enorme tamanho, velocidade e habitat remoto. Avanços tecnológicos de 1860-1920 permitiram a perseguição a esta espécie. O total estimado de baleias mortas no século XX é de 350.000 animais. Na década de 1960, as baleias-azuis estavam á beira da extinção. Devido a oposição contra a indústria baleeira, as baleias-azuis ganharam proteção depois da temporada de caça de 1965/66. A população remanescente estimada é de 2.000 á 6.000 espécimes individuais e não é muito claro de que a baleia-azul irá escapar da extinção. As populações do hemisfério Sul sobreviveu extensamente e é estimada em 400-1.400 animais. As do hemisfério Norte são estimadas em cerca de 5.000 animais, mas o rigor científico de que sobreviverão está sendo criticado.

Exemplares vivos: 6.000 (média).

 
 
Referências

Enciclopédia da Vida Selvagem, ©1993-1997 Sociéte Périodiques, Larousse - Animais do Mar I. Pág: 20.

Fox, D. and T. Dewey. 2002. "Balaenoptera musculus" (On-line), Animal Diversity Web. Acessado em 13 de Março de 2005. Avaliado on-line em: http://animaldiversity.ummz.umich.edu/site/accounts/information/Balaenoptera_musculus.html

Governo de Chile. SubSecretaria de Pesca. Protección de la Ballena Azul.

ITIS. Integrated Taxonomy Information System. Balaenoptera musculus. Avaliado on-line em: http://www.itis.usda.gov/index.html 

Ocean Light. Avaliado on-line em: http://www.oceanlight.com/ 

Ocean Wanderers. Drifting in the Eastern Tropical Pacific. Avaliado on-line em: http://www.best.com/~petrel/index.html

Wikipédia. ''Baleia-azul''.Avaliado on-line em: http://pt.wikipedia.org 

Wilson, D. E., e D. M. Reeder [editores]. 1993. Mammal Species of the World (Segunda Edição). Washington: Smithsonian Institution Press. Avaliado on-line em: http://nmnhgoph.si.edu/msw/ 

 

 
Topo  

Última atualização: 26/07/2006
RSN - BioData
Para citar esta página: 
Silva do Nascimento, Rafael. ''Amazona aestiva'' (On-line), BioData. Avaliado em http://www.biodata.co.nr
 
© 2005-2006 Rafael Silva do Nascimento. Todos os direitos reservados. 
É proibida a reprodução total ou parcial deste site sem a prévia autorização do autor. 
As imagens aqui representadas são de uso didático e de propriedade de seus respectivos donos. 
Visitando este sítio você estará de acordo com os termos de uso.
Hosted by www.Geocities.ws

1