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Principal
Índice
Arapaima gigas |
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- Arapaima gigas
- Pirarucu
- Por Rafael Silva do Nascimento,
22 de julho de 2005.
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Classificação
- Reino: Animalia
- Filo: Chordata
- Classe:
Osteichthyes
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Ordem:
Osteoglossiformes
-
Família: Osteoglossidae
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Gênero:
Arapaima
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Taxonomia e nomenclatura
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Arapaima gigas Cuvier,
1829.
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- Nomes
vulgares: Pirarucu (Português, Inglês); Giant Arapaima
(Inglês).
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Características físicas
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Comprimento do corpo: 200-400
cm (250-350 cm em média).
- Altura: 100-200 kg (150 em média).
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- É
um dos maiores peixes de água doce no mundo. Certos indivíduos
chegaram a medir os 4,5 m de extensão (equivalente ao tamanho de
uma caminhonete) e pesar 200 kg. As escamas nos pirarucus desse
tamanho podem chegar a medir 6 centímetros de comprimento. Mas são
poucos os pirarucus de tal tamanho, ainda mais os exemplares
viventes. O tamanho médio dessa espécie diminuiu devido a pesca
excessiva, apesar disso ainda é comum encontrar pirarucus medindo 2
m e pesando mais de 125 kg. Possui cabeça achatada, num nível mais
baixo que o dorso, olhos pequenos e localizados bem à frente da
cabeça. A nadadeira dorsal é longa, localizada posteriormente e
terminando perto da caudal; é uma nadadeira similar em forma, e simétrica,
à anal. As escamas são grandes e espessas e a língua óssea é
provida de numerosos dentículos, como numa escova. O dorso do
pirarucu é castanho escuro e as escamas da porção posterior são
orladas de vermelho. O macho adulto é mais colorido que a fêmea.
É um peixe de respiração acessória: respira o oxigênio do ar
que penetra em sua bexiga, que funciona como pulmão. As brânquias
são insuficientes para retirar da água todo o oxigênio de que o
peixe necessita, por isso ele vem constantemente à superfície para
aspiração de ar.
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- Chaves de classificação
física: exotérmico;
bilateralmente simétrico; hidrodinâmico.
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Dimorfismo sexual: macho mais colorido.
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Ontogenia e reprodução
- Devido a sua distribuição
geográfica, o seu ciclo de vida é muito afetado devido às cheias
da estação das chuvas. Metade do ano o pirarucu vivencia abundância
de águas, que é benéfico à esta espécie; mas, durante a outra
metade do ano passa por péssimas condições. Está adaptado à
esta grande mudança em muitos aspectos de sua vida, incluindo a
reprodução. Põe seus ovos durante os meses de fevereiro, março,
e abril quando o nível das águas está baixo. Constrói um ninho
de aproximadamente 50 cm de largura e 15 cm de profundidade,
usualmente em área de areia. Quando o nível da água sobre os ovos
eclodem e as crias têm a estação das cheias para prosperar,
durante os meses de maio à agosto. O pirarucu é um peixe que cuida
dos ovos e da prole, ambos macho e fêmea. Os cuidados dos pais
incluem oxigenar a água para as crias, que é necessária para a
vida da prole nas águas deficientes de oxigênio de alguns habitats.
Por causa de seus hábitos especiais de respiração, são presas fáceis
dos pescadores e, se são apanhados quando cuidam dos ovos ou dos
filhotes, a prole se perde. Os adultos tem a habilidade de exalar um
feromona de suas cabeças para atrair as crias e as manter próximas
de si. A fêmea do pirarucu atinge a maturidade sexual quando atinge
os cinco anos de idade e mede tipicamente 160 cm de comprimento
nesse ponto de sua vida.
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Maturidade sexual:
5 anos (♀).
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- Chaves de classificação
reprodutiva: ovíparo; sexuado; dióico; fertilização externa.
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Ecologia e comportamento
- Os
adultos se comunicam com a prole por meio da exalação de
feromonas, para mantê-los próximos de si. Normalmente encontra
comida junto a superfície da água pelo motivo de precisar respirar
ar e vir a superfície a cada 10-20 minutos. Apesar disso, o
pirarucu também pode mergulhar.
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- Estrutura social: Pares ou grupos de
genitores e crias.
- Predadores principais: Homem, jacarés.
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- Chaves de classificação
comportamentais: móvel;
aquático; natatorial.
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Dieta
- É
um predador que se alimenta principalmente de outros peixes mas se
alguma ave ou outro animal estiver presente, este grande predador irá
devorá-lo também.
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- Chaves de classificação
alimentares: heterótrofo; carnívoro: piscívoro.
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Habitat
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Habita
dentro da bacia amazônica lagos, rios, várzea e florestas alagáveis, em águas
límpidas e turvas; boa parte das águas que habita são pobres em oxigênio,
localizadas em áreas pantanosas das florestas equatoriais.
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- Bioma aquático: rios e
afluentes; lagos e lagoas; pântanos.
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Distribuição geográfica
Ocorre
endemicamente na bacia Amazônica da América do Sul (Brasil,
Peru, Colômbia e Venezuela), incluindo os rios Madeira e o
Machado, no Brasil.
Região
Biogeográfica: neotropical (nativo).
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Distribuição histórica
e evolução
É
uma espécie do Holoceno recente. É às vezes chamado de fóssil
vivo devido a sua morfologia arcaica. Obteve grande sucesso
evolucional na Amazônia.
Era
geológica:
Cenozóico; Quaternário; Holoceno (dias atuais).
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Estado de
conservação
Em 1976, a SUDEPE
(Superintendência do Desenvolvimento da Pesca) proibiu o abate do
pirarucu durante os meses de outubro à março, quando o nível
das águas está baixo e o animal torna-se muito visível devido
ao seu tamanho. A SUDEPE também declarou que o pirarucu precisa
ter no mínimo um metro e meio de comprimento para poder ser
abatido. A época em que é pescador por populações locais é a
pior para sua espécie. É justamente quando se prepara para
acasalar e quando precisa cuidar dos filhotes. É no expediente de
vir à tona para respirar que se serve o pescador para apanhá-lo;
espera o momento em que o peixe vem a superfície para cravar-lhe
o arpão. Sua comercialização é proibida no Brasil para fins de
aquarismo. Os exemplares liberados para o aquarismo provêm do
Peru e Colômbia, onde sua captura é limitada. Não obstante, sua
entrada ilegal em diversos países do mundo está proibida.
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Observações
É um peixe bastante
apreciado por populações regionais e até pela população de
grandes centros. A carne é consumida como iguaria e a língua óssea
é utilizada pelos indígenas como ralador para frutos. Se mantido
em cativeiro, necessita de tanques de enormes dimensões, e seus hábitos
são semelhante aos na natureza, podendo saltar para fora do
tanque se este não estiver fechado.
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Referências
A
Vida na Floresta Amazônica - Coleção Tropical, Editora FTD.
Atlas
da Fauna Brasileira, 3ª edição. FAE. Págs. 99-100.
El
Acuarista. Avaliado on-line em: http://www.elacuarista.com/
Melfi,
L. 2003. "Arapaima gigas" (On-line), Animal Diversity Web.
Acessado em 22 de maio de 2005. Avaliado on-line em: http://animaldiversity.ummz.umich.edu/site/accounts/information/Arapaima_gigas.html
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Última atualização: 20/07/2006
Para citar esta página:
Silva do Nascimento, Rafael. ''Arapaima
gigas'' (On-line), BioData. Avaliado em http://www.biodata.co.nr
© 2005-2006 Rafael Silva do Nascimento.
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