Ara tricolor†

Arara-vermelha-cubana†

Por Rafael Silva do Nascimento, 20 de junho de 2005.

Classificação 

 Reino: Animalia

   Filo: Chordata

     Classe: Aves

       Ordem: Psittaciformes

         Família: Psittacidae

           Gênero: Ara

Taxonomia e nomenclatura

Aethia cristatella Bechstein, 1811

          Citação: Allg.Uebers.Vogel[Latham] 4 1 p.64 pl.1.

 

É possível que Ara gossei possa ser incluída nesta espécie. 

 

Subespécies descritas: monotípico (ver acima).

Etimologia: Ara onomatopéia emitida pelas aves do gênero; tricolor de três cores.

Sinônimos: Macrocercus tricolor Bechstein, 1811; Primolius tricolor Bechstein, 1811; Sittace tricolor Bechstein, 1811.

Nomes vulgares: Arara-cubana (Português); Arara-tricolor (Português); Arara-vermelha-cubana (Português); Cuban Macaw (Inglês); Cuban Red Macaw (Inglês); Tri-coloured Macaw (Inglês); Kuba Ara (Alemão).

Características físicas

Comprimento do corpo: 50 cm.

Peso: 500 g.

          

Possuía fronte elevada devido as penas, que na cabeça eram marrom-avermelhadas. A face era branca, semelhante a das araras-piranga e os olhos deviam ser amarelados com a pupila enegrecida. As penas que cobriam os ouvidos e a garganta eram vermelho-alaranjadas. A região da nuca era laranja e e as das costas eram verde-escuras. A parte superior das asas possuía penas marrons com as bordas avermelhadas; a parte inferior era azul, sendo em algumas das penas a borda escura. A região interna das asas era coberta de penas vermelhas. A parte superior da cauda era azulada sendo marrom-avermelhada até a ponta, que tornava-se azul novamente. As penas do lado interno da cauda e as penas de vôo eram marrom-avermelhadas. O bico era negro com a ponta da parte superior mais clara e a região de ligamento entre o crânio também mais clara. Os pés eram dum bege ao marrom claro. Não existem informações quanto aos exemplares jovens.

 

Chaves de classificação física: endotérmico; bilateralmente simétrico; bípede.

              Dimorfismo sexual: não apresentável.

Ontogenia e reprodução

Foi reportado de nidificar em palmeiras altas. Estas eram freqüentemente postas abaixo pelo povo local que capturavam os filhotes para exportá-los para a Europa. Os adultos vivam em casais, tal como a maioria dos psitacídeos atuais. Devia botar entre 2 e 3 ovos, e os filhotes eram alimentados com alimento semi-digerido pelos seus genitores. As crias deviam ser altricias, dependentes totalmente dos genitores nos primeiros dias de vida. Deviam viver cerca de 80 anos.

 

Chaves de classificação reprodutiva: ovíparo; sexuado; dióico; fertilização interna; monogâmico?.

Ecologia e comportamento

Moviam se em pares, grupos familiares ou em pequenos blocos. A vocalização deveria ser semelhante ao dos outros membros do gênero Ara.

 

Estrutura social: Casais ou pequenos grupos.

Predadores principais: Homem e aves de rapina.

         

Chaves de classificação comportamentais: móvel; alado; terrícola; gregário; altricia.

Dieta

Foi reportado por Gundlach que um pequeno grupo de araras-vermelhas-cubanas regularmente colhiam sementes em um grupo de árvores-do-paraíso em Zarabanda. Sua dieta natural baseava-se em sementes, frutos de palmáceas, mudas e brotos jovens.

         

Chaves de classificação alimentares: heterótrofo; herbívoro: granívoro; frutívoro.

Habitat

Habitava campos abertos com árvores, florestas e pântanos.

          

Bioma terrestre: savana ou campo; pântano.

Ocorria em Cuba e Hispaniola e provavelmente também na Ilha de Pinos e na Jamaica.

Região Biogeográfica: neotropical (nativo).

É uma espécie do Holoceno recente.

Era geológica: Cenozóico; Quaternário; Holoceno (provavelmente até 1864).

Atualmente extinta, esta espécie era aparentemente incomum. Última visão de um exemplar vivo ocorreu em 1864, quando um espécie foi abatido a tiro em La Vega, junto ao Pântano de Zapata na costa sul de Cuba. É possível que a espécie ainda tenha sobrevivido a até 20 anos depois ou mais. Aparte da destruição de seu habitat, a caça por parte dos moradores locais e a captura para ser vendido como animal de estimação foram outros fatores que contribuíram para seu declínio populacional; também enchentes podem ter contribuído, como foi reportado, depois do grande furacão de 1844, que não foram mais avistadas araras-vermelhas-cubanas no oeste de Pinar del Río. Ao todo, 15 exemplares taxidermisados existem ao todo em museus, como em Nova York, Washington, Havana, Tring, Paris e Viena. A origem do espécime do Museu Nacional de História Natural (Hungria) é desconhecida. 

Exemplares vivos: 0.

Apesar de ter sido mantida em vários jardins-zoológicos, não há informação disponível quando ao seu comportamento, reprodução ou dieta. É também simplesmente chamado de ''Cuba''. 

A idéia de que possa ter habitado a Jamaica é baseada na arara-vermelha que foi abatida em 1765 (então chamada de Ara gossei) e descrita por um Dr. Robinson. Infelizmente, este espécime foi perdido e então é impossível determinar se era igual as aves de Cuba e Hispaniola. Baseado em descrições antigas, foi proposto tratar as araras jamaicanas como uma subespécie separada. Seu bico é um pouco menor e as partes peladas da face tinha uma coloração diferente. A coloração facial é, entretanto, de uso pequeno, desde que a face dos papagaios pode tornar-se avermelhada conforme seu humor. Uma papagaio que torna-se agressivo ou excitado fica ''corado''.

Ara tricolor. Psitacídeos Neotropicais. Avaliado on-line em: http://aquahobby.org/zeco/psit/Ara.php 

Kubai ara. Avaliado on-line em: http://www.foek.hu/dodo/folap.htm 

Lexicon Foundation Dutch Parrots Refuge. Avaliado on-line em: http://www.papegaai.org/lexicon/l2058.htm 

Naturalis - 300 Pearls. Avaliado on-line em: http://www.naturalis.nl/300pearls/default.asp 

Peterson, A. P., 2002: Zoonomen Nomenclatural data of Birds. Avaliado on-line em: http://www.zoonomen.net/