|
|
|
Principal
Índice
Anodorhynchus hyacinthinus |
|
|
|
|
|
|
-
- Anodorhynchus
hyacinthinus
- Arara-azul-grande
- Por Hugo Gomes Antunes,
30 de abril de 2005.
|
|
|
|
|
|
Classificação
- Reino: Animalia
- Filo: Chordata
- Classe: Aves
-
Ordem:
Psittaciformes
-
Família: Psittacidae
-
Gênero:
Anodorhynchus
|
|
|
Taxonomia e nomenclatura
-
Anodorhynchus hyacinthinus (Latham,
1790)
- Citação:
IndexOrn. 1 p.84.
- Protônimo: Ara
hyacinthina Latham, 1790.
- Subespécies descritas: monotípico.
- Sinônimos: Psittacus
augustus Shaw,
1790; Ara hyacinthina Latham, 1790; Ara hyacinthinus
Latham, 1790; Macrocercus hyacinthinus Latham, 1790; Macrocercus
augustus Shaw, 1790; Anodorhynchus maximiliani Spix,
1824; Psittacara cobaltina Bourjot Saint-Hilare, 1838.
- Nomes
vulgares: Arara-azul-grande
(Português); Arara-jacinta (Português: lusitano); Arara-preta
(Português); Araraúna (Português); Hyacinth Macaw (Inglês);
Hyacinthine Macaw (Inglês); Guacamayo jacinto (Espanhol).
|
|
Características físicas
-
Comprimento do corpo: 50-60 cm.
- Comprimento da cauda: 40-50 cm.
- Envergadura: 117-127 cm.
- Peso: 1200-1700 g.
- As
araras-azuis-grande medem cerca de 100 cm de comprimento (incluindo
as penas da cauda, que medem cerca da metade do tamanho total) e
possuem envergadura de asas superior à 120 cm, sendo as maiores
representantes das araras e dos psitaciformes, em geral. Não existe
dimorfismo sexual, mas as fêmeas são usualmente menores do que os
machos. A plumagem tem cor azul-cobalto ou azul-ultramarinho, em
aparência. Não exatamente a arara-azul-grande tem penas coloridas.
Aparências podem às vezes mostrar o azul, verde e penas
irradiantes, por um instante, mas na verdade não tem pigmento
algum. A arara-azul-grande parece azul por causa do caminho que a
luz faz nas pequenas partículas escondidas dentro das penas. Isso
ocorre porque a maioria dos raios brilhantes dentro duma pena azul
permanecem invisíveis aos olhos humanos. É possível ver a cor
azul da arara-azul-grande apenas quando esta fica num certo ângulo
à favor da luz. Então, as penas absorvem todo o espectro da coloração
arco-íris
– exceto
as ondas de luz azuis, que ficam no ar e alcançam nossos olhos. É
uma ilusão de óptica. Apresentam pele de cor amarela na base da
mandíbula inferior e na zona periocular (nesta em forma de anel,
circundando o olho), que é desprovida de penas. Os olhos são
bastante escuros. O bico maciço e muito forte é cinzento, tal como
as patas, e é usado com o terceiro pé nos seus hábitos arborícolas.
As patas são curtas mas fortes.
-
- Chaves de classificação
física: endotérmico;
bilateralmente simétrico; bípede.
- Dimorfismo sexual: não
apresentável.
|
|
Ontogenia e reprodução
- A
época de reprodução decorre de julho a dezembro. Nidificam em
ocos de árvores (de 4 a 14 m de altura a partir do solo),
geralmente o buriti (Mauritia vinifera), nas zonas úmidas, e
em escarpas, no Nordeste brasileiro. A postura é de dois ovos (às
vezes três), num intervalo de dois dias, cuja incubação dura 27 a
30 dias (cerca de 90% dos nascimentos obtém êxito, isso é, os
filhotes nascem com saúde) e é realizada apenas pela fêmea, que
passa 70% do seu tempo nesta tarefa. Ela é alimentada pelo macho
durante esse período. As crias são altriciais (totalmente
dependentes dos pais durante os primeiros tempos de vida) e,
normalmente, apenas uma cria sobrevive, em cada ninhada (geralmente
a que nasce primeiro). As crias são alimentadas por matéria
vegetal semi-digerida, regurgitada pelos pais. As crias abandonam o
ninho com 105 a 110 dias de idade. A taxa reprodutiva da espécie é
muito baixa, sendo que de 100 pares, apenas 7 a 25 crias são
produzidas por ano. Isso é contraditado pela sua vasta longevidade,
que acredita-se que passe dos 50 anos. As araras-azuis são monógamas,
ficam com o mesmo par pelo resto de sua vida, assim como a maioria
dos psitacídeos.
-
- Período de incubação: 27-30 dias.
- Número de ovos: 2-3.
- Maturidade sexual: 6-10 anos.
- Longevidade: mais de 50 anos.
-
- Chaves de classificação
reprodutiva: ovíparo; sexuado; dióico; fertilização interna;
monogâmico.
|
|
Ecologia e comportamento
- Vivem,
normalmente, em casais ou em pequenos bandos, pois são bastante
sociáveis. São aves muito ruidosas, principalmente quando
alarmadas. Podem realizar grandes movimentos dispersivos sazonais,
em função da disponibilidade alimentar. São mais ativos durante a
manhã e o meio da tarde, e voam em grupos de dois a oito animais
para buscar comida no solo. O seu bico é notavelmente mais
eficiente do que o das outras espécies de araras. Tem o papel ecológico
importante no seu habitat, pois dissemina as sementes não
digeridas. Após a alimentação, retornam ao topo das árvores, por
volta do pôr-do-sol e passam aí a noite. São descritas como
gigantes gentis, com personalidade nobre e amável.
-
- Estrutura social: Casais ou pequenos bandos.
- Predadores principais: Aves de rapina,
gralhas, quatis, tucanos, lagartos, serpentes, jaguatiricas e
primatas.
-
- Chaves de classificação
comportamentais: móvel;
diurno; terrícola; alado; gregário; altricia.
|
|
Dieta
- As
araras-azuis se alimentam em 8 diferente espécies de sementes de
palmeiras, que são ricas em gorduras e nutrientes. Com seu enorme
bico, é capaz de quebrar a casca das sementes das quais se
alimenta. Essas nozes e sementes são normalmente bastante duras,
então quebra a parte mais dura primeiro e depois a racha ao meio.
Duas dessas espécies de palmeiras são a Acrocomia iasiopatha e
Astryocaryun tucuma. São muito dependentes dessas sementes,
mas ocasionalmente também ingerem outras pequenas sementes, brotos
de palmeiras e caracóis. A maior parte da alimentação ocorre no
chão, no qual também comem frutos caídos, e usam sua habilidade
de escalar para chegar novamente à copa das árvores. Também são
conhecidas por comer as sementes de palmeiras, como o buriti, que
passaram pelo sistema digestivo do gado.
-
- Chaves de classificação
alimentares: heterótrofo; onívoro; frutívoro; granívoro.
|
|
Habitat
-
Habita
o cerrado, pantanal, bosque decíduo e palmeirais.
-
- Bioma terrestre: savana ou
campo; bosque.
|
|
Distribuição geográfica
Ocorre
desde o sul da América Central à metade norte da América do
Sul, ao sul do Rio Amazonas, no sudeste e centro do Brasil,
nordeste do Paraguai e leste da Bolívia.
Região
Biogeográfica: neotropical
(nativo).
|
|
Distribuição histórica
É
uma espécie do Holoceno recente.
Era
geológica:
Cenozóico; Quaternário; Holoceno (dias atuais).
|
|
Estado de conservação
Esta
espécie tinha estatuto de vulnerável, mas foi recentemente
classificada como em perigo (segundo a União Internacional para a
Conservação da Natureza). Pertence ao Apêndice I da CITES. A
captura ilegal para o comércio nacional e internacional de aves de
cativeiro reduziu o seu número para apenas 3000 indivíduos, entre
1970 e 1990. Nos anos 1990, iniciaram-se vários projetos relativos
à conservação da espécie (educação ambiental, ecoturismo,
fornecimento de caixas-ninho, etc.). No Brasil, onde é mais comum,
seu comércio é proibida. A captura ilegal e a destruição dos
locais de nidificação continuam a manter incerto o futuro desta
espécie. A população total em estado selvagem está, atualmente,
estimada em menos de 10.000 indivíduos, com tendência a diminuir.
Exemplares
vivos: 10.000 (estimativa).
|
|
Referências
A
Enciclopédia Das Aves. Vladimir Bejcek & Karel Stastny.
Álbum
Pantanal. Nestlé Surpresa. Pág: 3.
Anodorhynchus
hyacinthinus. Psitacídeos Neotropicais. Avaliado on-line em: http://www.aquahobby.org/zeco/psit/Anodorhynchus.php
Aves
Brasileiras. Johan Dalgas Frisch. Volume 1. Págs: 102-103.
Brazilnature.
Avaliado on-line em: http://www.brazilnature.com
Hagan,
E. 2004. "Anodorhynchus hyacinthinus" (On-line), Animal
Diversity Web. Acessado em 01 de Maio de 2005. Avaliado on-line em: http://animaldiversity.ummz.umich.edu/site/accounts/information/Anodorhynchus_hyacinthinus.html
J.M.Forshaw
& W.T.Cooper (1977). Parrots of the World. T.F.H. Pub., Inc.
Neptune, N.J., USA. pág. 354.
Peterson,
A. P., 2002: Zoonomen Nomenclatural data of Birds. Avaliado on-line
em: http://www.zoonomen.net/
Segredos
Da Natureza. Aves Do Mundo. Colin Harrison & Alan Greensmith.
Bertrand Editora, 1732.
The
Animals! A True Multimedia Experience-San Diego Zoo, 1992. The
Software Toolworks, Arnowitz, The Zoological Society of San Diego.
Vida
Selvagem, Animais das Florestas Tropicais parte 1, capítulo 6:
Papagaios. Seleções Reader's Digest.
Zoológico
de Lisboa. Avaliado on-line em: http://zoo.sapo.pt
|
|
Topo |
|
|
Última atualização: 20/07/2006
Para citar esta página:
Antunes, Hugo Gomes. ''Anodorhynchus
hyacinthinus'' (On-line), BioData. Avaliado em http://www.biodata.co.nr
© 2005-2006 Rafael Silva do Nascimento.
Todos os
direitos reservados.
É proibida
a reprodução total ou parcial deste site sem a prévia autorização do autor.
As imagens
aqui representadas são de uso didático e de propriedade de
seus respectivos donos.
|
|
|