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Principal
Índice
Amazona aestiva |
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- Amazona aestiva
- Papagaio-verdadeiro
- Por Rafael Silva do Nascimento,
14 de junho de 2005.
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Classificação
- Reino: Animalia
- Filo: Chordata
- Classe: Aves
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Ordem:
Psittaciformes
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Família: Psittacidae
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Gênero:
Amazona
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Taxonomia e nomenclatura
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Amazona aestiva
(Linnaeus,
1758)
- Citação:
Sys. Nat., 10ª ed., p. 101.
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- Subespécies e distribuição:
- A. a. aestiva (Linnaeus, 1758). Sys.
Nat., 10ª ed., p. 101 - Norte e centro do Brasil.
- A. a. xanthopteryx (Berlepsch, 1896). Orn.Monatsb.
4 p.173 - Brasil, Bolívia, Paraguai e Argentina.
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- spp. aestiva
- spp. xanthopteryx
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- Protônimo: Psittacus
aestivus Linnaeus, 1758.
- Subespécies descritas: 2 (2
válidas).
- Sinônimos: Androglossa
aestiva Linnaeus, 1758; Androglossus aestivus Linnaeus,
1758; Chrysotis aestiva Linnaeus, 1758; Chrysotis
amazonica Shaw, 1811; Chrysotis
amazonicus Shaw, 1811; Chrysotis jamaicensis G. R.
Gray, 1859; Chrysotis aestiva xanthopteryx (Berlepsch, 1896);
Amazona xanthopteryx (Berlepsch, 1896); Psittacus aurora
Linnaeus, 1771; Psittacus guttatus Boddaert, 1783; Psittacus
decorus Hermann, 1804; Psittacus amazonicus Shaw, 1811.
- Nomes
vulgares: Ajuru-etê (Português); Curau (Português);
Papagaio-baiano (Português); Papagaio-boiadeiro (Português);
Papagaio-do-chaco (Português); Papagaio-grego (Português);
Papagaio-trombeteiro (Português); Papagaio-verdadeiro (Português);
Amazona frentiazul (Espanhol); Blue-fronted Amazon (Inglês);
Blue-fronted Parrot (Inglês).
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Características físicas
-
Comprimento do corpo: 35- 37
cm.
- Peso: 350-500 g (400 g em média).
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- A
cor característica da penugem é um dos principais aspectos
identificadores desta espécie. A coloração da penugem da cabeça
varia dentro das subespécies e da idade, sendo verde-escura na
parte anterior e verde-água com contorno amarelo em aestiva;
e a cabeça quase toda amarela (essas penas amareladas podem se
estender até o peito do animal em alguns casos), apenas com a base
do bico esverdeada, em xanthopteryx. Os exemplares imaturos
podem apresentar a cabeça toda verde. Espelho, encontro e base das
retrizes (normalmente não visíveis) são escarlates. As asas,
fortes para manter o animal em vôo, também são bastante
coloridas, variando de verde escuro com a região do pulso sendo
amarela manchada de vermelho em aestiva e metade amarelas em xanthopteryx
(em xanthopteryx, a distribuição das penas amareladas é
bastante variável). Em ambas as subespécies a plumagem interior e
das pontas das asas são vermelhas e azuis do escuro ao claro. A
ponta da asa é dum azul escurecido. A cauda é curta e arredondada,
podendo ser aberta em leque quando o animal se sente ameaçado ou
satisfeito. São aves relativamente pequenas, medindo de 35 a 37 cm
de comprimento e pesando entre 350 e 500 g, 400 g em média. O
bico negro curvo é bastante forte, usado para abrir sementes duras
e como uma espécie de terceiro pé quando se movimenta nas árvores,
as narinas ficam no alto do último e são cobertas por uma ligeira
camada de pêlos. Os olhos são alaranjados com pupila negra. Possui
uma língua preta carnuda e grossa, móvel, o que o capacita de
imitar com fidelidade a voz humana, bem como assobiar, latir,
gargalhar e o que mais lhe ensinem. Os papagaios não falam
realmente, apenas imitam os sons que ouvem freqüentemente. Ambos
macho e fêmea possuem a habilidade de imitar sons com prudência. O
dimorfismo sexual nesta espécie não é apresentável, pois tanto o
macho quanto a fêmea são muito semelhantes entre si, fisicamente e
psicologicamente. Quando filhote, o alimento pastoso cedido pelos
pais é armazenado no papo, uma espécie de bolsa armazenadora de
comida, desprovida de penugem, que depois torna-se imperceptível
quando o animal amadurece. As pernas são curtas e escamosas,
cinzentas, com patas zigodátilas, dois dedos virados para frente e
dois para trás, próprias duma ave arborícola. As garras são
escuras e curvas, próprias para dar firmeza ao animal em meio à
vegetação.
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- Chaves de classificação
física: endotérmico;
bilateralmente simétrico; bípede.
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Dimorfismo sexual: não apresentável.
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Ontogenia e reprodução
- É
uma espécie monogâmica, acasala-se com o mesmo parceiro durante
toda a vida, ou até que um destes morra. Aninham-se em buracos que
cava nas árvores utilizando o poderoso bico curvo, ou os que acha já
prontos, como ocos de palmeiras e outras árvores, onde criam os
filhotes. A fêmea bota de de 2 a 6 ovos (em média 4), que eclodem
depois dum período de 28 dias. As crias nascem sem penas e com cabeça
e pés proporcionalmente grandes. Ficam sozinhas durante o período
do dia em que os pais vão procurar por alimento. Os filhotes emitem
um chamado característico quando famintos. Quando voltam,
regurgitam o alimento moído por seu aparelho digestivo na boca dos
filhotes. Estes armazenam o alimento no papo e repousam. Atingem a
maturidade por volta dos 5 anos. Os papagaios-verdadeiros, assim
como muitas outras espécies de psitacídeos, também são
conhecidos por sua longevidade: vivem aproximadamente 80 anos.
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Período de incubação: 28 dias.
- Número de ovos: 2-6.
- Maturidade sexual:
cerca de 5 anos.
- Longevidade: cerca de 80 anos.
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- Chaves de classificação
reprodutiva: ovíparo; sexuado; dióico; fertilização interna;
monogâmico.
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Ecologia e comportamento
- Aves
ativas, os papagaios-verdadeiros vivem em bandos de tamanho variável.
São aves barulhentas, que intensificam o barulho quando o clima
ameaça chover. Vive empoleirado nos galhos das árvores, pois tem
dificuldades de andar no chão, descendo ao mesmo somente para
recolher frutos e grãos caídos. Utiliza o bico como um terceiro pé,
e pode manter-se pendurado no mesmo sem dificuldades, ou ainda em
apenas uma perna, pois seu corpo é bastante leve. Procuram alimento
durante o dia. Durante a noite dormem empoleirados, apoiando a cabeça
sobre o dorso. Em vida livre, os papagaios se apoiam num ramo ou
numa haste com dois dedos para a frente e outros dois para trás, e
o quarto dedo (dedo externo) é deslocado para trás junto ao
primeiro ("hálux"), formando um pé zigodáctilo, adaptação
que favorece muito a movimentação deste animais sobre os galhos
das árvores. Em certos casos, sobretudo quando cativos, se forem
habituados a viver em uma superfície escorregadia ou em um local
inadequado, é provável que o animal tenha três dedos virados para
a frente. Esta anomalia é praticamente impossível de ser corrigida
num jovem e, por isso, o papagaio ficará de certa forma deficiente
durante toda a vida. Mas isto, não impede que se adapte
perfeitamente como animal de estimação. O animal consegue
ajustar-se a sua nova situação. É afetivo com quem o trata e
normalmente não aceita intrusos.
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- Estrutura social: Grupos de tamanho
variável.
- Predadores principais: Aves de rapina,
mamíferos carnívoros.
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- Chaves de classificação
comportamentais: móvel;
diurno; alado; gregário; altricia.
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Dieta
- Sua
dieta inclui frutos, grãos, sementes, folhagem e brotos. São
daninhos às culturas agrícolas, pois entram nas plantações e nos
pomares e acabam com o que podem na passagem.
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- Chaves de classificação
alimentares: heterótrofo; herbívoro: granívoros; folívoro.
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Habitat
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Habita
florestas úmidas ou secas, palmais e beiras de rio.
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- Bioma terrestre: campo;
pântano.
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Distribuição geográfica
Ocorre
no
centro-oeste do Brasil (Pará, Goiás, sul do Mato Grosso, oeste
de Minas Gerais, oeste de São Paulo e oeste do Paraná), Bolívia
(regiões Norte e Leste), Paraguai e norte da Argentina.
Região
Biogeográfica: neotropical (nativo).
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Distribuição histórica
É
uma espécie do Holoceno recente.
Era
geológica:
Cenozóico; Quaternário; Holoceno (dias atuais).
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Estado de
conservação
Esta
espécie possui uma ampla distribuição geográfica, com uma
extensão global estimada em 4.200.000 km². O
tamanho da população global não foi quantificada, mas
acredita-se que seja bastante ampla, pois foi descrita como uma
espécie ''abundante'' nas áreas onde habita (del Hoyo et al.
1997). Existem evidências de declínio populacional, mas não
acredita-se que seja suficiente para colocar a espécie nos critérios
de declínio da Lista Vermelha do IUCN. Além da perda do habitat
natural, o comércio ilegal de aves silvestres também prejudica a
espécie. Das muitas removidas do seu habitat natural, um número
relativamente baixo sobrevive ao seu destino. O seu comércio
ilegal é proibido no Brasil, segundo o IBAMA. Apesar disso, é
uma das aves mais comuns entre os animais de estimação.
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Referências
Álbum
Pantanal. Nestlé Surpresa. Pág: 22.
Amazona
aestiva. Psitacídeos Neotropicais. Avaliado on-line em: http://aquahobby.org/zeco/psit/Amazona.php
Amazona
Zootec. Papagaios - O papagaio verdadeiro.
Aves.
Guia De Animais Brasileiros. On-Line Editora. Nº 3, ano 1, pág.
51.
BirdLife
International (2004) Species factsheet: Amazona aestiva.
Acessado em 9 de Abril de 2005. Avaliado on-line em: http://www.birdlife.org
Peterson,
A. P., 2002: Zoonomen Nomenclatural data of Birds. Avaliado on-line
em: http://www.zoonomen.net/
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Última atualização: 19/07/2006
Para citar esta página:
Silva do Nascimento, Rafael. ''Amazona
aestiva'' (On-line), BioData. Avaliado em http://www.biodata.co.nr
© 2005-2006 Rafael Silva do Nascimento.
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