O Estranho Acidente do Phobos 2
 
 

Em 4 de outubro de 1957, a União Soviética colocou em órbita o primeiro satélite artificial , o Sputinik I , e abriu para a humanidade uma estrada que levou o homem à Lua e suas naves espaciais à bordo do sistema solar e mais além.   Em 12 de julho de 1988 , a URSS lançou uma espaçonave espacial não tripulada , a Phobos 2 , que pode ter dado à humanidade  seu primeiro incidente do tipo "Guerra nas Estrelas". Não estou falando do programa Iniciativa de Defesa Estratégica dos Estados Unidos , o SDI conhecido como "Guerra nas Estrelas " , mas de uma guerra com habitantes de outro mundo.
Phobos 1 e 2 são dois satélites que foram lançados em julho de 1988 para chegarem até o planeta Marte. A Phobos 1 , pelo que se sabe , perdeu-se dois meses depois do lançamento devido a um erro nos comandos por  rádio. A Phobos 2 chegou a  Marte em 1989 e entrou em órbita em torno daquele planeta , o primeiro passo de uma trajetória que o levaria ao objetivo final de sua viagem   ---   atransferencia para uma outra órbita que o faria voar quase  lado a lado coma pequena lua de Marte , satélite batizado de Fobos ( dai o nome da espaçonave) para explora-lo com equipamentos altamente sofisticados , entre eles duas caixas de instrumentos que seriam colocados na superfice da pequena lua.

Tudo ocorreu como o planejado até que a Phobos 2 alinhou-se com Fobos , a lua marciana . Então , em 28 de março de 1989 , o centro de controle da missão reconheceu a existencia de um "problema de comunicação" com a espaçonave. A Tass , a agência oficial de noticias da URSS , informou : "A Phobos 2 deixou de se comunicar com a Terra  como planejado depois de terminar uma operação em torno de Fobos , lua de Marte , no dia de ontem . Os cientistas do controle da missão foram incapazes de restabelecer um contato estável pelo rádio."

Essa noticia deixou a impressão de que o problema não era insolúvel e veio acompanhado de garantias de que os cientistas estavam empenhados em manobras para saná-lo. As autoridades do programa espacial soviético, bem como especialistas ocidentais envolvidos na missão tinham consciencia que o projeto Phobos representava um enorme investimento em termos de fundos, planejamento, esforço e prestigio. Embora lançada pelos soviéticos , a missão na realidade era um empreendimento internacional numa escala sem precedentes , com a participação oficial de mais de treze países europeus ( inclusive a Agencia Espacial do Mercado Comum Europeu ) e de importantes instituições cientificas francesas e alemãs ocidentais , mais a participação "particular"  de cientistas ingleses e americanos ( com o conhecimento e bençãos de seus paises) . Por isso , não se duvidou que o "problema ", inicialmente apresentado como uma falha de comunicações , seria resolvido em pouco  tempo. A televisão soviética e reportagens nos jornais procuraram sempre não dar destaque exagerado ao defeito, enfatizando as providenciaspara a tentativa de restabelecimento de contato com a espaçonave. De fato, os cientistas americanos ligados ao projeto nem foram oficialmente informados e entenderam que a falha nas comunicações fora causada por defeito na unidade de transmissão sobressalente , que precisara ser acionada quando o transmissor principal falhara algum tempo antes.

No dia seguinte , contudo , enquanto o publico continuava recebendo garantias de que o defeito era sanável , uma alta autoridade do Glavkosmos , a agencia espacial soviética, insinuou que na verdade  não havia mais esperanças. "A Phobos 2 está 99 % perdida para sempre", informou Nikolai A. Simyonov . Naquele dia , sua escolha de palavras   ---   ele não disse que o contato com a nave estava perdido, mas que a Phobos 2  "estava perdida para sempre "   ---   não despertou nenhuma atenção especial.  Em 30 de maio, num comunicado enviado ao The New York Times, a correspondente Esther B. Ferin informou que o Vremya , principal noticiário da televisão soviética , "dera rapidamente as más noticias sobre a Phobos e procurara centrar sua reportagem nos resultados das pesquisas bem-sucedidas até a ocorrencia do defeito". Os cientistas soviéticos convidados para o programa "exibiram algumas imagens, mas disseram que ainda não está claro que pistas elas poderiam oferecer para a compreensão de Marte , Fobos , o Sol e o espaço interplanetário".

De que "imagens" e "pistas" eles estavam falando ?

Isso ficou mais claro no dia seguinte, quando as reportagens da imprensa européia ( mas , por algum motivo , não da imprensa americana
[supostamente a "mais democrática e menos manipulada" do planeta /rsm ]) falaram de um "objeto espacial não identificado", visto nas "ultimas fotos enviadas pela espaçonave " , que mostraram uma forma "inexplicável " ou "sombra elíptica" em Marte .

Que avalanche de palavras intrigantes.   E saidas de Moscou !

O diário espanhol La Epoca publicou o comunicado do correspondente da agencia européia de noticias EFE, com a seguinte manchete :

A PHOBOS 2 TIRA ESTRANHAS FOTOS DE MARTE ANTES DE PERDER CONTATO COM A BASE.

O texto da reportagem é o seguinte:

O noticiário Vremya revelou ontem que a sonda espacial Phobos 2, que orbitava Marte quando os cientistas soviéticos perderam contato com ela, fotografou um objeto não identificado  segundos antes da falha nas comunicações. O programa dedicou um longo segmento às estranhas fotos enviadas pela espaçonave antes de perder contato com a Terra e mostrou as duas mais importantes , onde se vê uma grande sombra . Os cientistas qualificaram de "inexplicável"a última foto tirada pela espaçonave , onde a elipse fina pode ser vista com clareza. O fenomeno , afirmou-se não podia ser uma ilusão de ótica porque foi captado com a mesma clareza  tanto pelas cameras em cores como pelas que transmitem imagens em infravermelhos  Um dos membros da Comissão Espacial Permamente , que trabalhou dia e noite para tentar restabelecer contato com a sonda espacial perdida , declarou na televisão soviética que na opinião de todos os cientistas da missão o objeto "parecia uma sombra na superfice de Marte". De acordo com os cálculos feitos por pesquisadores da URSS , a "sombra" que aparece na última foto enviada pela sonda Phobos 2 tem cerca de 20 quilometros de comprimento. Alguns dias antes, a espaçonave já registrará um fenomeno identico ( outro OENI - Objeto Espacial Não Identificado ) , só que na foto enviada na ocasião a "sombra" tinha entre 26 e 30 quilometros de comprimento.  O reporter perguntou a um dos membros da comissão espacial se o formato do "fenomeno" não fazia lembrar um foguete espacial, ao que o cientista respondeu: "Isso é fantasiar."   ---   Seguem-se detalhes sobre os objetivos originais da missão.

Nem precisa dizer que essa noticia surpreendente e literalmente "do outro mundo" , que dá margem para mais perguntas do que pretende responder. A perda de contato com a espaçonave foi associada, senão em palavras , pelo menos em insinuações, com a observação de "um objeto na superfice marciana segundos antes" do defeito . O "objeto" culpado é descrito  como "uma elipse fina" e chamado tanto de "fenomeno" como de "sombra" . Ele foi captado pelo menos duas vezes   ---    a reportagem não esclarece se foi no mesmo local   ---   e era capaz de mudar de tamanho, pois na primeira  tinha cerca de 20 quilometros e na segunda , e fatal , ocasião , tinha entre 25 e 30 quilometros. E , quando o repórter do Vremya perguntou se aquilo era um "foguete espacial", o cientista só disse : "Isso é fantasiar ! "

Bem, então o que era, ou é aquilo ?

O prestigioso semanário Aviation & Space Technology , em seu número 3 de abril de 1989, publicou um artigo sobre o incidente baseando-se em fontes de Moscou , Washington e Paris . ( As autoridades francesas ficaram extremamente preocupadas com o caso , pois um defeito no equipamento de transmissão , contribuição da França para a missão, refletiria muito mal sobre sua industria aeroespacial, enquanto que um "Ato de Deus" a isentaria de culpa.) A revista apresentou o incidente como um "problema de comunicações" que ainda não fora resolvido apesar de uma semana inteira de tentativas de se "restabelecer contato".  Ela também informou  que os funcionários do Instituto Soviético de Pesquisas Espaciais de Moscou haviam dito que o problema ocorrera depois de  "uma sessão de fotos e recolhimento de dados",  após a qual a Phobos 2 tivera de mudar a orientação de sua antena. "O  segmento de coleta de dados funcionou como planejado, mas logo em seguida não foi mais possivel se estabelecer um contato confiável com a Phobos 2" . Na ocasião , segundo o artigo , a Phobos 2 estava numa órbita quase circular em torno de Marte e entrando na fase "dos preparativos finais para o encontro com o satélite Fobos".

Embora o AW & ST tenha atribuido o incidente a um problema de "perda de comunicações", uma reportagem publicada poucos dias  depois pela Science ( 7 de abril de 1989 ) falou sobre "a aparente perda da Phobos 2 ", referindo-se, portanto , à espaçonave como um todo, e não apenas aos seus sinais . Segundo esse importante periódico, o fato aconteceu em "27 de março" , quando a sonda virou-se de seu alinhamento normal coma Terra para fotografar Fobos, a pequenina lua marciana, o alvo primário da missão. Quando chegou o momento da sonda voltar a virar automaticamente a antena para a Terra , "nada mais se ouviu".

A Science então acrescentou ao seu relato uma senrtença que continua tão inexplicável como todo o incidente e a tal elipse fina vista na superfice de Marte. Ela diz:
Algumas horas depois, foi recebida uma transmissão muito fraca , mas os controladores não conseguiram segurar o sinal. Nada mais foi ouvido na semana que se seguiu.

Ora, como uma releitura de todas essas reportagens e declarações confirmará, o incidente com a espaçonave foi descrito como uma súbita e total perda da "cadeia de comunicações". O motivo , segundo elas , foi que a Phobos 2 , depois de virar suas antenas para fazer uma varredura do satélite de Marte , deixou de virar sua antena novamente para a Terra por uma razão desconhecida . Bem , se a antena ficou emperrada numa posição de costas para a Terra, como pôde uma "transmissão fraca" ser capatada "poucas horas depois"e em seguida sumir por completo?  E , se a antena de fato conseguiu virar-se adequadamente para a Terra e transmitir um sinal, mesmo fraco demais para ser segurado , qual foi a causa do abrupto silêncio ocorrido antes , que durou várias horas?

A pergunta que surge é realmente muito simples:

A espaçonave Phobos 2 não terá sido atingida por "alguma coisa" que a pôs fora de funcionamento, exceto por um ultimo suspiro sob a forma de um sinal fraco captado horas depois?

A Aviation Week & Space Technology de 10 de abril de 1989 publicou um outro artigo sobre o caso, vindo do seu correspondente de Paris. Segundo ele, os cientistas espaciais soviéticos sugeriram que a Phobos 2   "não se estabilizou na orientação adequada para ficar com a antena de alto rendimento apontando para a Terra". Essa afirmação deve ter surpreendido os editores da revista porque o artigo comentou que a espaçonave era "estabilizada em tres eixos", com base em tecnologia desenvolvida para a espaçonave soviética Venera , que funcionara com perfeição nas missões para observar Vênus.  Assim , o mistério é : o que fez a Phobos 2 se desestabilizar ? Teria sido um defeito nos instrumentos ou houve uma causa externa   ---   talvez um impacto?

As fontes francesas do semanário ofereceram detalhes estremamentes interessantes:

Um controlador do centro de controle de Kaliningrado disse que os poucos sinais recebidos depois da conclusão da sessão de envio de imagens lhe deram a impressão de que precisava "capatar um sinal em rotação".

A Phobos 2, em outras palavras , agia como se estivesse rodopiando. Vejamos , agora , o que a Phobos 2 estava fotografando quando ocorreu o incidente . Já temos uma boa idéia com base nas noticias fornecidas pelo Vremya e as agencias européias , mas vejamos o que diz o artigo do AW & ST  vindo de Paris , citando Alexander Dunayev , diretor da Glaskosmos :

Uma imagem parece incluir um objeto de formato estranho entre a sonda Marte . É possivel que seja algum detrito na órbita do Phobos 2 ou então seu subsistema de propulsão autonomo , que foi ejetado depois de a sonda ter sido lançada para a órbita em torno de Marte. Simplesmente não sabemos.
Foi preciso muita cara-de-pau  para fazer essa declaração. Os orbiters da Viking não deixaram nenhum detrito na órbita de Marte e não se tem noticia de outro tipo de "lixo" deixado por atividades originárias da Terra. Outra "possibilidade", a de que o objeto orbitando Marte entre ele e a Phobos 2  foi uma parte ejetada da espaçonave pode ser prontamente abandonada quando se olha para o formato e a estrutura da Phobos 2 . Nenhuma de suas partes tinha a forma de uma "elipse fina".

Além disso , foi revelado no noticiário Vremya que a "sombra"  tinha 20, 26 ou 30 quilometros de comprimento.É verdade que um objeto pode projetar uma sombra muito maior do que ele mesmo, dependendo do angulo dos raios solares. Mesmo assim , uma parte da Phobos 2  que tinha poucos metros jamais conseguiria fazer uma sombra medida em quilometros. Seja o que for que tenha sido observado , não era detrito nem parte ejetada.

Na época fiquei imaginando por que a especulação oficial omitia uma terceira possibilidade , a mais natural e convincente    ---   que a "coisa" observada era mesmo uma sombra , mas a sombra de Fobos , a lua marciana. Esse satélite tem sido mais comumente descrito como tendo "a forma de uma batata" e mede cerca de 27  quilometros de diametro , mais ou menos o mesmo tamanho da "sombra" mencionada nas primeiras reportagens. De fato, lembrei-me de uma foto tirada pela Mariner 9 , mostrando uma eclipse em Marte , causado pela sombra de Fobos . Então pensei , porque tanta especulação, pelo menos com relação à tal "aparição" , se ela podia ser causada por um fenomeno natural ?

A resposta veio cerca de três meses depois. Pressionadas pelos participantes estrangeiros da missão Phobos a fornecer dados mais definitivos , as autoridades soviéticas liberaram a fita com a transmissão para televisão que a Phobos 2 enviou em seus estertores   --- exceto os últimos quadros, fotografados segundos antes de ela silenciar . O filme foi exibido em alguns paises da europa e no Canadá como parte de programas jornalisticos, sendo apresentado mais ciomo uma curiosidade do que uma noticia extraordinária.

A sequencia de televisão centrou-se em duas anomalias. A primeira era uma rede de linhas retas naárea do equador marciano . Delas , algumas eram curtas, outras finas e outras ainda bastantes largas para aparecerem formas retangulares "gravadas em baixo-relevo" na superfice de Marte. Arranjadas em fileiras paralelas , as linhas formavam um desenho que cobria uma área de cerca de 600 quilometros quadrados . A "anomalia"  estava longe de parecer um fenomeno natural.

A exibição do filme foi acompanhada por comentários ao vivo do Dr. John Becklake , do Museu de Ciência da Inglaterra. Ele descreveu o fenomeno como algo muito intrigante , porque o desenho não fora fotografado pela câmara óptica  da Phobos, mas com a câmara infravermelha ( a propósito , os OVNIs mexicanos eram invisiveis a visão normal mas não para o radar e para a câmara infravermelha na qual foram filmados / rsm )  --- a que fotografa os objetos usando o calor que irradiam e não usando o jogo de luz e sombra que eles projetam . Em outras palavras , o desenho  de linhas paralelas e retangulos, cobrindo uma área de 600 quilometros quadrados , era uma fonte de irradiação de calor. É altamente improvável uma fonte natural de geração de calor ) como por exemplo gêisers ou uma concentração de minerais radioativos no subsolo) criar um desenho geométrico tão perfeito.  Quando examinarmos atentamente a imagem , ele parece definitivamente artificial. Perguntado sobre o que poderia ser aquilo , o Dr. Becklake respondeu : "Com toda certeza , não sei" ( pode-se especular que se tratam de instalações subterraneas com tubulações de transporte de liquidos aquecidos ou em outras palavras : uma cidade no subsolo de Marte , ele não quis responder para evitar complicações com a censura oficial e complicar a sua carreira /rsm )

Como as coordenadas da exata localização dessa "formação anômala" não foram liberadas ao publico ( imaginem os problemas para explicar que existe vida inteligente em Marte e confrontar a censura oficial/ rsm ) , é impossivel avaliar sua relação com outro intrigante aspecto na superfice de Marte , que pode ser visto no quadro 4209-75 da Mariner 9 . Ele também fica localizado na área equatorial do planeta ( longitude 186,4 ) e tem sido descrito como "recortes incomuns com braços radiais saindo de um bloco central" , causados ( segundos os cientistas da NASA ) pelo derretimento e colapso de camadas de gelo permanente . O desenho das formações , que faz lembrar a planta de um aeroporto moderno , com um miolo circular do qual se irradiam longas galerias que abriam os portões de embarque , pode ser melhor visualizados quando a foto é virada, mostrando tanto as depressões como as protuberancias.

Chegamos agora à segunda "anomalia" mostrada no filme de televisão. Vê-se na superfice de Marte uma forma escura bem nitida que realmente poderia ser descrita , como aconteceu na comunicação inicial de Moscou, como sendo uma "elipse fina" . Ela é bem diferente da sombra da Fobos registrada  18 anos atrás pela Mariner 9 . Esta é uma elipse mais arredondada e crespa nas bordas devido à superfice acidentada do satélite . A "anomalia" vista na transmissão da Phobos 2 é uma elipse fina com pontas agudas ( forma que no comércio de diamantes é conhecida como navette ) e suas bordas , em vez de parecerem crespas , destacam-se nitidamente contra um tipo de halo na superfice marciana. Segundo o Dr. Becklake , "é algo que está entre a espaçonave e Marte, porque podemos ver a superfice marciana sob ela".  Em seguida , ele acrescentou que o objeto fora fotografado tanto pela câmara óptica como pela infravermelha.

Todos esses motivos explicam por queos soviéticos não aventaram a hipótese de a "elipse fina"ser a sombra da lua marciana.

Enquanto a imagem era projetada na tela , o Dr. Becklake explicou que ela fora captada enquanto a espaçonave se alinhavacom Fobos , eacrescentou:

"Enquanto a foto estava sendo recebida , tendo-se já metade dela, eles ( os soviéticos ) viram algo que não deveria estar lá"

Em seguida , o Dr. Becklake disse:

"Os soviéticos ainda não liberaram essa última foto e não vamos especular sobre o que ela mostra"

No entanto , como a última imagem , ou imagens , não foi liberada ao público , mesmo um ano depois do acidente, só nos resta especular, conjecturar e acreditar em boatos segundo os quais a ultima imagem, recebeida pela metade , mostra aquela coisa "que não deveria estar lá" avançando contra a Phobos 2 e colidindo com ela, interrompendo abruptamente a transmissão. Horas depois, segundo os primeiros comunicados já mencionados, captou-se a transmissão de sinais fracos, truncados demais para fazer sentido . ( a propósito , essa informação desmente a explicação de que a sonda não conseguiu virar a antena de novo para a posição de transmissão para a Terra.)

Na Nature de 19 de outubro de 1989, cientistas soviéticos públicaram uma longa relação de experiencias bem-sucedidas realizadas pela Phobos antes de parar de funcionar. Das 37 páginas , apenas três parágrafos tratam da perda da espaçonave. O relatório confirma que a Phobos 2 estava rodopiando durante a última transmissão , seja devido a um defeito de computador ou porque ela foi vítima  de um "impacto" causado por um objeto desconhecido . ( Uma das teorias que correm sobre o caso , a de que a sonda teria sido atingida por particulas de poeira, é rejeitada no relatório.)

Então, o que seria aquela "coisa que não deveria estar lá" , que colidiu por acaso ou propositalmente com a Phobos 2 ? O que mostra a última imagem ( ou imagens ) que ainda continua sendo mantida em segredo ? Em cautelosas palavras para o Aviation Week & Space Technology , o diretor do equivalente  soviético da NASA referiu-se à última imagem ao tentar explicar a perda de contato : "Uma imagem parece incluir um objeto de formato estranho na superfice de Marte".

Se não era "detritos" , "poeira" nem uma "parte ejetada da Phobos 2" , o que seria aquele "objeto"que colidiu com a espaçonave   ---   fato atualmente admitido por todos os relatórios   ---   , um objeto com um poder de impacto tão grande , capaz de fazer a Phobos 2 começar a rodopiar , e cuja imagem foi captada pelas ultimas fotos?

"Simplesmente não sabemos " , disse o chefe do programa espacial soviético.

No entanto , os indicios da existencia de uma antiga base espacial em Marte e a estranha "sombra" no firmamento do planeta nos levam a uma chocante conclusão: O que as imagens secretas escondem é a prova de que a perda da Phobos 2 não foi um acidente, mas sim um incidente. Talvez o primeiro incidente de uma Guerra nas Estrelas. Alienigenas de outro planeta abateram um artefato espacial que invadia sua base marciana.

As circunstancias envolvendo a perda da Phobos 2 indicam que há alguém lá em Marte   ---   alguém pronto para destruir o que para ele é uma espaçonave alienigena. E como o pequeno satélite de Marte , Fobos se ajusta a tudo isso? Para falar a verdade, ele se ajusta perfeitamente. Para entendermos por quê, devemos voltar um pouco para trás e fazer uma lista dos motivos da missão Phobos. Atualmente Marte tem duas pequenas luas chamadas Fobos e Deimos . Acredita-se  que elas não são satélites originais do planeta , mas asteróides que foram capturados pela sua gravidade e entraram em órbita em torno dele. Os dois são do tipo carbonado e por isso contém água numa quantidade substancial , sobretudo em forma de gêlo em seu subsolo. Já foi apresentada a idéia de que com o auxilio de baterias solares ou um pequeno gerador nuclear , esse gelo poderia ser derretido para a obtenção de água. Esta, por sua vez,  poderia ser seoparada em hidrogenio e oxigenio. O oxigenio seria usado para a respiração e como combustivel , e o hidrogenio poderia ser combinado com o carbono existente nos satélites para a produção de carbohidratos para a alimentação. Como acontece com outros asteróides e cometas, esses pequeninos corpos celestes contêm nitrogenio, amônia e outras moléculas organicas. De um modo geral , as luas de Marte têm o potencial para abrigarem bases auto-sustentadas, o que as tornam uma verdadeira 'dadiva da natureza.

Das duas luas, Deimos seria a menos conveniente para esse propósito. Ela tem apenas 14 por 13 por 11,2 quilometros e órbita a cerca de 24.000 quilometros de Marte. A Fobos , muito maior ( 27 por 21 por 19 quilometros ) , está somente 9.300 quilometros do planeta   ---   uma distancia que seria fácilmente coberta por um onibus espacial ou nave transporte. Os dois satélites orbitam no plano equatorial do planeta. Fobos pode ser vista de Marte ( ou ver o que está acontecendo lá ) entre o paralelo 65 Norte e o 65 Sul    ---   uma faixa da superfice do planeta que inclui todas as formações estranhas e aparentemente artificiais nele existentes , salvo a "Cidade Inca" . Além disso, devido a sua proximidade, Fobos completa 3,5 órbitas em torno de Marte num único dia marciano, o que torna a sua presença constante.

O que também respalda a teoria de que Fobos seria uma estação orbital natural girando em torno de Marte é sua gravidade, minúscula quando comparada com a da Terra e mesmo com a de Marte, muito menor . A potencia necessária para uma decolagem de Fobos não seria maior do que a requerida para se desenvolver uma velocidade de escape de 24 quilometros por hora. No caso inverso, muita pouca potencia seria necessária para frear um pouso em Fobos.

Existem bons motivos para as espaçonaves soviéticas Phobos 1 e Phobos 2  terem sido enviadas para o satélite de Marte. Não era segredo para ninguem que um dos objetivos primários da missão era coletar dados para a futura colocação de um "veiculo robô" na superfice de Marte , prevista para 1994 , que seria seguida, na década seguinte, pelo lançamento de um vôo tripulado , depois do qual se pensaria no estabelecimento de uma base no planeta. Os comunicados feitos pelo controle da missão em Moscou , enquanto as sondas estavam se dirigindo a Marte, revelaram que elas carregavam equipamentos para localizarem as "areas emitentes de calor em Marte " e para conseguir "uma melhor idéia sobre que tipo de vida existe naquele planeta". Embora o adendo "se houver"  tenha sido logo acrescentado a essa última frase, o plano  de se fazer uma varredura completa nas superfices de Marte e Fobos com raios infravermelhos e detectores de raios gama demonstra a intenção  de se fazer uma busca muito rigorosa.  Depois de terminarem a varredura de Marte , as duas espaçonaves deveriam voltar sua atenção total para o satélite Fobos, que então seria sondado com radar e com scanners de raios gama e infravermelhos , e fotografado por três camaras de televisão. Durante o processo haveria o lançamento de dois módulos de aterrissagem na superfice do satélite . Um deles era um aparelho estacionário , que se ancoraria ao solo e transmitiria dados por um longo tempo, e o outro era um "saltador" , com pernas , que "andaria"ou deslizaria pela superfice de Fobos , dando informações sobre tudo que encontrasse.

A mala de truques da Phobos 2 não se esgotava aí. A espaçonave era equipada com um emissor de íons e um canhão laser que dirigiriam seus raios para o satélite , levantariam a poeira da superfice, pulverizariam parte do solo, permitindo à aparelhagem fazer uma analise da nuvem resultante. Nessa altura a sonda estaria a apenas 450 metros de Fobos e suas câmaras conseguiriam captar imagens de coisas até com menos de 20 centimetros de tamanho.

O que exatamente   os planejadores da missão esperavam descobrir trabalhando tão perto? O objetivo inicial deve ter sido muito importante, porque mais tarde transpirou que entre os cientistas americanos que atuavam "particularmente" no projeto estavam alguns com grande experiencia em pesquisas marcianas , cuja participação fora sancionada pelo governo dos EUA devido à melhoria nas relações entre os EUA e a URSS . Soube-se também que a NASA colocou à disposição da missão sua rede sideral de radiotelescíopios , que atua não apenas no rastreamento de satélites artificiais mas também nos programas de Busca de Inteligencia Extraterrestre ( SETI ) , e que cientistas  do Laboratório de Jato Propulsão de Pasadena , na Califórnia , estavam auxiliando no acompanhamento das espaçonaves Phobos e monitorizando suas transmissões de dados. E mais, chegou ao conhecimento do publico que os cientistas britanicos que participavam do projeto tinham sido de fato designados pelo Centro Espacial Nacional da Grã-Bretanha.

O fato é que com a participação francesa estando a cargo da agencia espacial com sede em Tolouse , a colaboração do prestigiado Instituto Max Planck da Alemanha Ocidental , e mais contribuições vindas de uma dúzia de outras nações européias , a missão Phobos era nada mais nada menos do que um esforço concentrado da ciência moderna para erguer o véu que cobre Marte e colocar o planeta na rota da viagem da humanidade ao espaço sideral.

Será que alguém, lá em Marte , não gostou dessa intromissão?

É importante salientar que Fobos, ao contrário de Deimos , que é menor e possui superfice lisa , tem caracteristicas peculiares que no passado levaran alguns cientistas a suspeitar que ele era artificial. No satélite existem "marcas que parecem pistas de rolamento" , correndo retas e paralelas umas às outras. Elas possuem uma largura quase uniforme , entre 214 e 305 metros , e sua profundidade varia entre 23 e 27,5 metros ( como medido pelas Viking) . A possibilidade dessas "valas"ou pistas terem sido causadas por água corrente ou vento logo foi descartada , pois esses elementos não existem em Fobos. Essas pistas parecem levar a uma cratera que cobre mais de um terço do satélite  e cuja borda é tão perfeitamente circular que parece artificial .

O que são essas pistas ou valas , como surgiram, por que emanam da cratera? Será que a cratera é uma entrada para o interior da pequena lua de Marte? Os cientistas soviéticos sempre acharam que havia algo de artificial em Fobos de ummodo geral , e um dos motivos para isso é que sua órbita circular quase perfeita em torno de Marte , quando está tão próximo dele , desafia as leis do movimento celestial.  Ele e Deimos , este pelo menos até certo ponto, deveria ter órbitas elípticas que há muito já os teriam atirado para o espaço ou os feito colidirem com Marte. A insinuação de que Fobos e Deimos talvez tivessem sido colocados em órbita por "alguem" sempre foi recebida com incredulidade . Todavia . a captura de asteróides e seu rebocamento para perto da Terra , onde ficariam numa órbita permanente  são considerados um feito viável. De fato, um plano desse tipo foi apresentado na Terceira Conferencia Anual de Desenvolvimento do Espaço, realizada em São Francisco, em 1984 . Richard Gertsch , da Escola de Minas de Colorado, um dos vários palestrantes , salientou que "existe uma impressionante variedade de materiais" no espaço e que "os asteróides são especialmente ricos em minerais estratégicos como cromo , germânio e gálio" . Outra cientista , Eleanor F. Helin , do Laboratório de Jato Propulsão, declarou : "Creio que identificamos asteróides acessiveis , que poderiam ser explorados".

Será que outros pesquisadores , há muito, muito tempo, tornaram realidades idéias da ciencia moderna e colocaram em prática o que ela prevê para o futuro? Teriam eles levado Fobos e Deimos para orbitarem em torno de Marte coma intenção de explorarem o seu interior?

Na década de 60 , foi notado pelos astronomos que Fobos estava se  acelerando em sua órbita , o que levou os cientistas soviéticos a sugerirem que o satélite é mais leve  do que seu tamanho faz supor ( ou que estivesse perdendo massa , se houvesse um trabalho de mineração internamente , o material beneficiado seria levado para algum lugar - fora do satélite -  e então este ficaria mais leve e daí a sua aceleração /rsm ) . O físico I.S. Shklovsky apresentou então a surpreendente teoria de que Fobos era oco.  Alguns escritores soviéticos passaram  a especular se Fobos não seria um "satélite artificial" colocado em orbita  "milhões de anos atrás por uma raça extinta de humanóides". Outros ridicularizaram a idéia de um satélite oco e afirmaram que Fobos está se acelerando porque se aproxima cada vez mais de Marte. Recentemente , contudo , a revista Nature publicou um artigo muito detalhado sobre Fobos onde , entre outras coisas, fala da descoberta de que o satélite é ainda menos denso do que se calculava e que seu interior é ralmente oco ou então de gelo.

Será que uma cratera e fendas naturais foram ampliadas e escavadas por "alguém" com a intenção de criar dentro de Fobos um abrigo para proteger seus ocupantes do frio e da radiação do espaço? O relatório soviético publicado na Nature  não especula sobre esse tema , mas o que fala sobre as "pistas" é esclarecedor . Ele as chama de "sulcos"e conta que suas laterais são de um material mais claro do que o da superfice do satélite , o que é uma revelação e tanto. Além disso , ele afirma que na área a oeste da grande cratera "novos sulcos foram identificados"   ---   sulcos ou pistas que não estavam lá quando a Mariner 9 e as Vikings fotografram Fobos. Como não existe atividade vulcanica em Fobos ( a cratera , em sua forma natural , resultou do impacto de meteoritos ) nem tempestade de ventos, chuva ou água corrente , como explicar o aparecimento de novos sulcos ou pistas?

Quem esteve no satélite em Marte , depois da missão Viking , na decada de 70?

E quem está lá agora?

Pois , se não há ninguém lá agora , como explicar o que aconteceu em 27 de março de 1989 ?
 
 
 

Extraido do livro Gênesis Revisitado de Zecharia Sitchin   ---  Editora Best Seller  -  1990
 

Obs.:  Ilustração N corresponde a sombra do "objeto" ou  OENI sobre a superfice  de Marte.

Ilustração O  corresponde a sombra do Mariner 9 sobre a superfice de Marte

Figura 100 corresponde à imagem do satélite Fobos com as estrias que não existiam quando o satélite foi fotografado pela Mariner 9
 

 


 

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