Aragon 

 


Olá!
 
Quando estavamos falando ( escrevendo )  sobre  Os Nove , mencionamos  Aragon como um "cabeça" de uma das Vinte e Quatro Civilizações Universais  ( lembrar os 24 Anciões,  mencionados no livro do Apocalipse,  à serviço do Criador do Universo ) ,  preocupado com a cura de pessoas. Também foi mencionado que um "cabeça" de uma Civilização é um nivel de consciencia, um estado , que não tem nada a ver com liderança como é conhecida pela Psicologia Tradicional. Colocamos alguns textos de J. Krishnamurti sobre estes possiveis outros   estados de consciencia , os quais não se tratam de expansão do "eu" pessoal  como é entendido  mas a ausencia deste "eu" , esta separação do Universo.
 
Como o Dr. Andrija Puharich chegou aos Nove , acidentalmente , pelo Arigó , eu achei interessante colocar parte deste encontro  com o "Dr. Fritz" que o Andrija  dizia ter "um alemão " pior do que o dêle. Tive oportunidade pessoal de assistir,  em  duas ocasiões , aqui em São Paulo,  na década de 80  , as  operações do Dr. Fritz , já com o segundo médium ( não o Arigó )  que depois seria assassinado em Recife - Pernambuco . Nas duas ocasiões , à noite,  fiquei sumamente impressionado  que há 500 metros do local, ao estacionarmos o carro,   se sentia que algum tipo de energia era retirada do nosso corpo. Nào era a energia física comum  mas alguma outra que normalmente não usamos. As operações também impressionavam , assisti a retirada de um nódulo do tamanho de um ovo de codorna das costas de um senhor que não foi anestesiado  , sem que houvesse perda de sangue. Acho que a descrição que o Dr. Andrija faz das operações,  correspondem as que eu assisti pessoalmente.
 
Á titulo de informação, na época em que o Arigó atuava, tive um parente que foi tentar ser operado por ele mas  o Arigó se recusou a opera-lo pois não era possivel atuar no caso dêle, talvez por merecimento , e êle voltou de Congonhas do Campo do mesmo jeito que foi.
 
Também convem mencionar que existem noticias de que  Aragon  se encontra "encarnado" na Africa  continuando sua "obra" entre os seres humanos mais necessitados.. Assim como o fizeram Albert Schwartezer , Madre Tereza , São Francisco e muitos outros que estiveram ou estão, neste planeta,  à serviço.
 
Em outras mensagens  vamos falar ( escrever ) mais sobre as relações destas Civilizações com o nosso planeta. Tanto as do lado da Luz ( a serviço do Criador, da impessoalidade  ) como aquelas à serviço da Oposição  ( daqueles que se alimentam com a destruição deste planeta ).
 
[]s
Reynaldo
 


 
[ . . .]
Quem me falou pela primeira vez em Arigó, o médium brasileiro , foi um médico inteligente e culto , chamado Lauro Neiva, que clinicava no Rio de Janeiro . O Dr. Neiva contou-me que Arigó era um homem de quarenta e poucos anos , que efetuava grandes operações em seres humanos sem usar qualquer forma conhecida de  anestesia , sem controle de hemorragia ( hemostase), nem antissépsia. Soube ainda que Arigó tornara-se uma espécie de "tribunal de ultimo recurso"  para os casos médicos desenganados no Brasil e que seu indice de sucesso era simplesmente fenomenal. No dia 21 de agosto de 1963 saí do Rio de Janeiro em direção à cidadezinha de Arigó, Congonhas do Campo , que ficava a cerca de 300 quilometros ao norte do Rio, no Estado de Minas Gerais.
 
Arigó era de estatura mediana , com uma potente constituição muscular. Ele possuia um comportamento efusivo , que irradiava confiança a todos que dele se acercavam . Embora eu não entendesse português , logo compreendi que sua fala possuía um acentuado sotaque camponês. Não vou entrar aqui nos detalhes de sua origens nem da sua situação social que alcançou, pois tais coisas foram adequadamente abordadas em outros livros ( Arigó: o Cirurgião da Faca Enferrujada de John Fuller - 1974)
 
Fui muito bem recebido e tive inteira liberdade para observar o trabalho  de Arigó, entrevistar pacientes e fazer-lhes as perguntas que bem desejasse. No dia  22 de agosto vi Arigó tratar de cerca de duzentos pacientes , num periodo de quatro horas. Arigó trabalhava num templo espírita pequeno e quase em reuinas. Primeiro ele se dirigiu aos pacientes ali reunidos e declarou que não era ele próprio quem curava , pois atuava apenas como  agente de um poder mais alto , o espirito de um certo Adolpho Fritz , que morrera na Alemanha em 1918.
 
A fim de assegurar aos pacientes que não machucaria ninguem, ele disse então que iria demonstrar a segurança de seu trabalho. Segurou o ombro de um homem parado perto dele  e, sem dizer uma palavra , enfiou em seu globo ocular esquerdo uma faca de aço inoxidável , com uma lâmina de uns doze centimetros e cabo de madeira.
 
A faca foi habilmente inserida por baixo da palpebra superior, mergulhando fundo na órbita ocular. O paciente permaneceu calmo e relaxado. Quando interrogado a respeito de uma possivel dor, declarou que nada sentia. Arigó apertou então para cima a ponta da faca , levantando a pele por cima do olho ( na região supra-orbital da testa) . Arigó pediu-me que sentisse a pele assim levantada , o que eu tratei de fazer. Afirmei que podia sentir perfeitamente a ponta aguçada da faca. A demonstração durou cerca de vinte segundos. Quando a faca foi retirada , perguntei ao paciente como ele se sentia. Respondeu-me que se sentia normal. O exame do olho não revelou qualquer laceração , vermelhidão nem sinal algum de irritação. Fiquei boquiaberto com essa demonstração de capacidade médica e cirurgica.
 
Nas quatro horas restantes observei o modo de Arigó tratar os pacientes. Eles formavam uma longa fila , aguardando a hora de verem Arigó. Quando um avançava , Arigó fitava-o de trás de sua mesa, não fazia pergunta alguma e em poucos segundos iniciava um tratamento definitivo, cirurgico ou clinico. A mesma norma foi aplicada em relação a cerca de duzentos pacientes. mandou de volta uma dúzia de pacientes , dizendo que seu problemas poderiam ser facilmente resolvidos por qualquer médico. Efetuou intervenções cirurgicas nos olhos ou nos ouvidos de dez pacientes , cada operação demorando cerca de  trinta segundos. Usou a mesma faca  em todos os pacientes , limpando-a na própria camisa após cada operação. Não se fez a menor tentativa de ministrar anestesia ou dar alguma sugestão hipnótica, não se tomaram  precauções de  de esterilização. Não houve praticamente nenhuma hemorragia  e todos os pacientes saíram da sala andando com seus próprios pés, após a cirurgia. Os outros doentes receberam longas e complicadas receitas médicas , com preparados de fórmulas exclusivas de laboratórios e farmacias bem conhecidos . Arigó jamais cobrou coisa alguma por seus serviços de cura ganhando a vida como funcionário publico.
 
Fiquei literalmente em estado de choque ao testemunhar o trato aparentemente bem sucedido daqueles pacientes , embora fossem violadas todas as regras de medicina na qual eu fora educado. Eu simplesmente não podia acreditar naquela experiencia que estava presenciando. .
 
Ao final daquele dia, 22 de agosto de 1963 , ponderei como poderia provar a mim mesmo e a meus colegas que não estavamos sofrendo alucinações. Ocorreu-me que, se pudesse persuadir Arigó a operar um tumor que eu tinha no antebraço direito, teria assim uma avaliação pessoal e realista do seu trabalho . Aproximei-me de Arigó e fiz-lhe o pedido na manhã  de 23 de agosto. Ele concordou alegremente em operar-me. Providenciei para que Jorge Rizzini filmasse a minha operação .
 
Eu tinha um lipoma no cotovelo , logo acima do colo do cúbito direito . Ali o tinha há sete anos. Nos últimos dois anos fora regularmente examinado pelo Dr. Sidney Krebs , médico de Nova York. Comparecemos à presença de Arigó às dez horas da manhã. Dezenas de doentes atulhavam a sala. Arregacei a manga direita da camisa . Arigó perguntou se algum dos presentes podia emprestar-lhe  um canivete . Um homem ofereceu-lhe uma fava , mas Arigó disse que estava cega. Outro tirou do bolso um canivete suiço , que Arigó aprovou:
 
---            Isto é ótimo .
 
Arigó disse-me que não olhasse para a operação . Virei a cabeça para Rizzini , que estava rodando o filme à minha esquerda, e dei a Osmar , meu interprete, alguns conselhos sobre iluminação. ao mesmo tempo , senti Arigó segurar meu braço na região do tumor , com a sua mão esquerda. Tudo o que pude sentir, no entanto a partir daí , foi como se uma unha me estivesse comprimindo a pele. Cinco segundos depois, Arigó exibiu a todos os pacientes um tumor alongado,  em formato de ovo, entregando-me depois , espetado na ponta do canivete, havia uma gota de sangue escorrendo da incisão , que tinha menos de dois centimetros . Arigó disse então que o Dr. Fritz lhe determinara que fizesse a seguinte declaração:
 
---        Isso é apenas uma demonstração , para que as pessoas acreditem . Acho que todos os médicos do Brasil deveriam vir até aqui e fazer o que voc6e está fazendo. Assim que terminar o processo contra mim , deve voltar e eu efetuarei uma grande operação para você.
 
Logo após a operação , tirei fotografias em preto e branco do tumor e do canivete . Pedi então a Altamiro , o assistente de Arigó que colocasse uma atadura sobre a incisão . Ele apanhou algumas gazes não-esterilizadas  e pregou-a com esparadrapo. Senti que minha operação não era adequada para propósitos cientificos, pois eu não pudera observa-la devidamente , nem tinha dados ssuficientes para avalia-la. Contudo , tendo em vista as ondições pouco higienicas da cirurgia , achei que uma prova real dos poderes de Arigó seria o fato de o ferimento não infeccionar. Daí por que  decidi não usar nenhum antisséptico no ferimento , nem tomar antibióticos, a fim de testar o curso pós-operatório com relação a uma possivel infecção.
 
Mudava a atadura apenas uma vez por dia , a fim de poder fotografar a cicatrização e o curso da infecção. Ao fim de três dias o ferimento já estava totalmente cicatrizado e não aparecera uma unica gota de pus. Também não tive nenhum sintoma de envenenamento do sangue ou de tétano . No quarto dia resolvi dispensar a atadura. Com essa prova, eu estava agora convencido de que  Arigó possuia extraordinários poderes na cirurgia, controle das bactérias e anestesia.
 
Seis dias depois , visitei Jorge Rizzini em São Paulo e vi os filmes revelados da minha operação. O filme provava claramente que fora de fato realizada uma operação, excluindo assim qualquer possibilidade de alucinação pessoal ou coletiva. Pude ver que Arigó  dera seis picadas em minha pele,  como os dentes de uma serra, a dim de efetuar a incisão. Só isso deveria ser extremamente doloroso . E estranhamente o tumor saltara de dentro do meu braço , sem que Arigó precisasse disseca-lo. Toda a operação não durara mais do que  cinco segundos.
 
Faz agora dez anos que a operação foi efetuada. Continuo a ter a cicatriz cirurgica, o tumor ainda está num vidro de alcool . Não surgiu a menor complicação. Em setembro de 1967 , voltei ao Brasil , para prosseguir em meus estudos a respeito de Arigó. Vira-o muitas vezes desde aquela operação em 1963 , mas nunca me ocorrera pedir-lhe ajuda pessoal. Um dia , em que eu trabalhava a seu lado , Arigó virou-se subitamente para mim e disse:
 
---        Você está com otosclerose.
 
---        Nada sei a esse respeito   ---   respondi   ---   Mas sofro de uma infecção crônica e purgação no ouvido esquerdo.
 
Arigó disse:
 
---         Eu sei, você sofre disso há muito tempo. Mas a otosclerose é coisa recente. Verifique assim que chegar à sua terra. Eu lhe darei uma receita que curará ambos os seus males .
 
Não há muito o que explicar a respeito dos itens da receita. A primeira droga era uma solução para pingar no ouvido, a segunda um sal quimico e a terceira era gabromicina , uma forma primitiva de estreptomicina , que os médicos haviam praticamente deixado de usar. A receita implicava dois tratamentos sucessivos.  Quando voltei aos EUA , pedi à audiologista do meu próprio laboratório que efetuasse em mim um teste de audição, usando o audiômetro. Assim que o teste terminou , ela ofereceu seu diagnóstico. :
 
---        Você está com otosclerose.
 
Verifiquei o audiograma. Arigó estava certo, eu sofria de fato de otosclerose , um endurecimento do tecido ósseo em torno do estribo no ouvido médio. Decidi naquele momento iniciar o tratamento receitado por Arigó. Por causa do meu horário  de trabalho irregular , era mais fácil para mim aplicar-me a injeção de gabromicina antes de ir para a cama, todas as noites . Iniciei o primeiro tratamento em outubro de 1967, inclusive a injeção  diária de gabromicina . No dia 14 de  outubro manifestou-se uma reação a essa forma de estreptomicina : minhas mãos incharam  e ficaram extremamente sensiveis , o mesmo ocorrendo com os pés e os dedos . Tive que parar com as injeções e esperar que a reação alérgica desaparecesse . A 25 de outubro  eu já estava plenamente recuperado para recomeçar , com a segunda parte do tratamento . Na minha opinião, era perigoso demais continuar a tomar a estreptomicina. Portanto , jamais cheguei a completar de fato o primeiro tratamento. Acabei o segundo a 11 de janeiro de 1968.
 
Fiquei  completamente livre da purgação que me atormentara por toda a vida. Os audiogramas que fiz ao longo dos seis meses seguintes mostraram que a otosclerose desaparecera. Minha audição melhorou consideravelmente . Quero aqui ressaltar um ponto da maior importancia : eu nunca disse a outro ser humano que não terminara o primeiro tratamento por causa de uma reação alérgica.
 
 
Em principios de 1968 empenhei-me nos preparativos para levar uma equipe de pesquisadores médicos ao Brasil, a fim de estudar Arigó. Chegamos a Congonhas do Campo na tarde de 22 de maio de 1968 . Alugaramos, para alojar nosso grupo , uma grande fazenda a cerca de 4 quilometros da cidade. Quando o sol de pôs, todos  nos reuniamos no imenso gramado para contemplar o brilho excepcional das estrelas do inverno. A noite estava fria e o ar muito seco. Às seis horas da tarde, um dos nossos pesquisadores , John Laurance, notou uma luz branca  e intensa que se deslocava pelo céu, do sul para o norte. Ele chamou a nossa atenção para o fato, explicando que o fazia por não se tratar de um avião nem de um satélite. John podia fazer  tal declaração com alguma autoridade , pois trabalhava na divisão de astroeletronica da RCA, em Nova Jersey, projetando e construindo satélites para a NASA . Durante cerca de seis minutos observamos aquela luz deslocar-se lentamente por cima de nós, parecendo uma estrela muito brilhante. Era impossivel determinar a distancia a que estava. E então, subitamente, a luz cintilou por um momento e depois desapareceu completamente. Discutimos amplamente o que poderia ser e chegamos à conclusão de que era algum tipo desconhecido de luz atmosférica. O proprietário da fazenda, Walter  de Freitas , juntou-se a nós nesse momento e lhe contamos o que acabaramos de avistar , pedindo-lhe algum esclarecimento . Ele riu e contou-nos a seguinte história:
 
---        A gente simples que vive nesta região sempre vê a luz que voces acabaram de avistar, especialmente entre maio e agosto. Todos a chamam de Rios de Ouro do céu, acreditando que tal luz conduzirá a pessoa que a acompanhar a um monte de ouro . Não acredito nessas supertições , mas tenho uma idéia do motivo que os faz acreditarem nisso. Há dois anos , eu estava de pé aqui, como estamos agora quando vi uma dessas luzes descer lentamente do céu. Aterrisou a cerca de quinhentos metros daqui, na direção do rio. Foi logo depois do por do sol, exatamente como agora. Eu podia enxergar perfeitamente no escuro , por isso caminhei na direção da luz, para ver do que setratava  Quando cheguei a cinquenta metros , pude ver nitidamente vultos se movendo sobre o que parecia um avião de metal, semelhante a uma lente gigantesca. Até hoje não sei ao certo se as criaturas se assemelhavam a seres humanos ou a animais. Mas pude ver e ouvir que estavam escavando a terra. Quando cheguei mais perto, a cerca de trinta metros de distancia, os três ou quatro vultos que ali estavam e desapareceram subitamente no casco de metal , que pude ver então que estava apoiado sobre pernas. A estranha nave despreendeu fogo e fumaça , erguendo-se direto para o céu. Quando examinei o terreno sobre o qual estivera pousada a nave, verifiquei que havia muitos buracos recentes. Fui até lá na manhã seguinte , para ver se encontrava algum ouro , mas nada havia
 
Interrogamos Walter por alguns minutos e logo ouvimos o Dr. Luiz Cortes gritar:
 
---        Ei, lá está outra!
 
Uma nova luz branca e intensa surgira no céu , a distancia indeterminada, seguindo lentamente de norte para sul . Ficou visivel também por um longo tempo, cerca de doze minutos, desaparecendo subitamente como a anterior. Imediatamente peguei minha camara Hasselblad , mas apenas tinha uma lente de 80 mm . Por sorte, porém, eu tinha uma Polaroid que se ajustava à outra máquina, com um filme de alta exposição , 3000 ASA , preto e branco , o que dava a possibilidade de bater  algumas fotos. Montei a câmara num tripé e ficamos todos esperando , observando o céu. Felizmente , estando no campo, não havia nenhuma iluminação de rua para prejudicar a visão nem a fotografia.  Logo apareceu outra luz , deslocando-se lentamente de leste para oeste , e pude fotografa-la , como uma estria luminosa , através de uma maior exposição do filme. Além disso, o filme era tão sensivel  que pude obter um mapa estelar ao fundo, como ponto de referencia. Depois de compararmos as nossas bservações coletivas , concordamos por unanimidade em que as luzes que viramos e fotografaramos eram na verdade efeitos de luz atmosférica não-identificados.
 
Nos dias que se seguiram pela primeira vez a teoria que os poderes de Arigó talvez não se devessem a nenhum Dr. Fritz e sim a seres inteligentes, associados com espaçonaves de origem extraterrena. Isso parecia ser uma hipótese perfeitamente lógica, mas evidentemente não havia como prova-la . Falamos com Arigó  sobre essa possibilidade e ele limitou-se a rir, sem responder às perguntas que fizemos.
 
Nos três anos seguintes formulei por diversas vezes planos de concentrar-me no estudo dos poderes de Arigó, mas sempre havia outras tarefas a adiar o meu intento. Por volta de 11 horas da manhã do dia 11 de janeiro de 1971 eu estava trabalhando em meu escritório na Corporação Intelectron , na cidade de Nova York, quando o telefone tocou. normalmente a minha secretária , Lorraine Shaw , sempre atendia primeiro . Dessa vez , porém , sem nenhuma razão não me recordo , foi logo dizendo :
 
---        Estou procurando o Dr. Puharich.
 
---        É ele quem está falando.
 
---        Dr. Puharich, acabei de receber um telefonema de uma emissora de televisão do Rio de Janeiro, Brasil, pedindo que entrasse e contato com o senhor para que faça uma declaração a respeito da morte de Arigó.
 
---        Quer repetir, por favor? Não creio ter entendido direito o que acabou de dizer.
 
Ela repetiu e eu então disse:
 
---        Tem certeza do que está dizendo, que Arigó realmente morreu?
 
Ela respondeu que sabia apenas o que lhe fora transmitido no telefone. Disse-lhe então que nada poderia declarar naquele momento, de tal forma ficara chocado com a noticia. Se ela me desse seu nome e telefone, eu a chamaria mais tarde. Ela os disse e eu os anotei num calendário que estava sobre a mesa. Recostei-me na cadeira. Não parecia possivel que Arigó, o maior médium curador do mundo, estivesse morto. Ele era jovem demais, bastante vigoroso! Além disso , era a esperança de milhares , talvez milhões de pessoas que iam a ele como testemunhas de poderes mais altos. Eu pensei:
 
---        Deve haver um engano. Vou verificar pessoalmente.
 
Liguei para o consulado brasileiro em Nova York e eles não sabiam de nada. Liguei para a embaixada brasileira em Washington, onde também não haviam recebido noticia  alguma. Liguei para diversas agências telegráficas , que também de nada sabiam. Finalmente , às quatro e meia da tarde , telefonei para amigos no Brasil  e eles confirmaram a terrivel noticia, de que Arigó fora morto naquela mesma manhã num acidente de automóvel. Resolvi dar o telefonema que prometera à mulher que me dera a noticia e olhei para o calendário sobre a minha mesa. O nome e o telefone dela não estavam ali; a folha estava completamente em branco. Achei que talvez tivesse feito a anotação em algum outro pedaço de papel . Nada encontrei, porém . Verifiquei com a minha secretária. Ela não ouvira o telefone tocar as onze horas da manhã, nem registrara qualquer chamada de fora na ocasião. Comecei então a ficar preocupado. Será que realmente eu recebera o telefonema como o recordava? Talvez a mulher voltasse a telefonar-me. Isso, no entanto , jamais aconteceu.
 
De qualquer forma, fiquei pessoalmente arrasado com a perda de Arigó. A humanidade perdera o seu grande luminar. Era como se o sol tivesse desaparecido. O choque foi-me tão profundo que decidi fazer um jejum de duas semanas e reexaminar toda a minha vida, avaliando o significado de Arigó, tanto em vida como na morte. Durante esse periodo , meu pesar foi de certo modo aliviado pela informação que recebi do Dr. Jucelino Kubitschek, ex-Presidente do Brasil. Kubitschek disse que visitara Arigó duas semanas antes da sua morte ( Apenas para lembrar que na época, Arigó ficara preso por prática ilegal da medicina em processo movido pelo Conselho de Medicina com o auxilio da Igreja Católica . Arigó foi solto para pode curar a filha de Jucelino Kubitschek , o que efetivamente aconteceu e ainda hoje , ela se encontra viva /rsm). A seu modo simples e negligente, Arigó dissera:
 
---        Nào gosto de dizer isso, Sr. Presidente , mas em breve morrerei de morte violenta.
 
O ex-presidente ficara chocado e transtornado.
 
---        Não está falando sério.
 
Arigó, porém , assentira e acrescentava em tom triste e suave:
 
---        Tenho certeza de que morrerei violentamente dentro de muito pouco tempo. Por isso , quero dizer-lhe adeus e o faço com tristeza. Esta é a ultima vez em que nos encontramos.
 
Pouco depois, Arigó dissera a Gabriel Khater , editor do jornal local O Profeta:
 
---        Infelizmente, Gabriel , minha missão na Terra está terminanda. Partirei em breve.
 
Dois anos depois , eu fui saber , por intermédio de John G. Fuller , autor de um livro sobre Arigó , que ele morrera exatamente às 12:15, num desastre de automóvel . Como o tempo em Congonhas tem uma hora de diferença  a mais para Nova York , pelo horário desta ultima cidade ele fora morto precisamente às 11:15. Como então eu puder ter recebido a noticia da sua morte quinze minutos antes que tivesse acontecido? Esse mistério não foi resolvido até minhas experiencias recentes com Uri, em Israel . O conhecimento de que Arigó sabia de antemão de sua morte ajudou-me bastante. O fato de sua morte não ser o resultado do acaso cego serviu para atenuar a minha dor. Perto do fim do meu jejum, cheguei a algumas conclusões bem fortes. A primeira foi de que eu falhara para com Arigó e para coma humanidade ao não completar os meus estudos sobre o trabalho de cura que ele realizara. Compreendi que deveria ter largado  tudo em 1963 para me concentrar exclusivamente em Arigó. Eu tinha certeza de que não existiria outro Arigó durante todo o resto da minha vida. Mas, se houvesse , eu não falharia na próxima vez.
 
Reexaminei os ultimos dez anos da minha vida, desde que me mudara para Nova York . Eu me tornara um escravo da minha companhia , das minhas invenções e de um modo de vida complexo e dispendioso. Embora fosse verdade que eu recebera mais de cinquenta patentes por minhas invenções , as quais prmetiam ajudar muitas pessoas com problemas de surdez , eu não podia realmente fazer nenhuma outra contribuição criativa nessa área. Outros poderiam perfeitamente continuar o que eu começara. Mas , acima de tudo, eu desejava dedicar-me em tempo integral ao estudo dos misteriosos poderes da mente humana . Um dia tomei a decisão. renunciaria a todos os meus deveres e trabalhos em fundações, companhias e laboratórios, passando dois anos  em busca de um novo lugar na pesquisa em tempo integral da mente humana.  Quando informei à minha familia  e a meus colegas essa decisão, eles tentaram persuadir-me em contrário. Mas eu estava decidido. No dia 1º. de abril de 1971, libertei-me de todos esses laços e iniciei uma base teórica para todas as minhas pesquisas sobre a mente; o outro era encontrar seres humanos com grandes talentos psíquicos , que se dispusessem a cooperar como pacientes das pesquisas.
 


Após isto o Dr. Puharich  foi pesquisar o Uri Geller  e daí ele contatou novamente os Nove , com quem já havia contatado na década de 50 , por meio do Dr. Vinod. Uma das restrições que a Ciencia Oficial faz sobre a mediunidade é que a entidade não tem realidade , é simplesmente o inconsciente do médium agindo por meio de um transe pessoal. No caso dos Nove , temos diversos médiuns incorporando as mesmas entidades : O Dr. Vinod, Uri Geller e a Phillis Schlammer . Para dar uma diferença na incorporação, a Phillis não conseguia transmitir fórmulas matemáticas complexas, o que tanto o Dr. Vinod como o Uri conseguiam. Nas incorporações da Phillis , Tom  ( um dos Nove )  sabia de todas as comunicações anteriores para o Dr. Puharich por meio do Dr. Vinod e do Uri Geller.
 
Para terminar esta série , num dos contatos de Uri e o Dr. Andrija com os Nove , ele recebe uma informação sobre Arigó que sómente ele tinha conhecimento . É citado o uso de energia elétrica (o Black-out)  em Israel  e o uso de uma energia psiquica que , para variar , a Ciencia Oficial desconhece, mas pesquisadores sérios , como J.B. Haldane, G. Andrade , Reich e muitos outros , consideravam existente  /rsm
 


 
Naquela noite , Uri e eu conseguimos obter respostas do gravador às nossas perguntas. Ouvimos na fita uma voz, nova para nós , que soava fria e autoritária.
 
---        Podem fazer perguntas agora
 
---        Arigó é um dos seus súditos?
 
---        É. Precisa de alguma prova?
 
---        A melhor prova para mim é ele falar-me a respeito dos meus ouvidos.
 
---        Arigó diz que tentou curar o seu lado esquerdo . Por que você parou de tomar os medicamentos que ele indicou?
 
---        Tive uma reação alérgica à estreptomicina e fui obrigado a parar com essa parte do tratamento.
 
---        Ele diz para começar com o mesmo medicamento novamente desta vez não irá causar-lhe mal algum . Arigó diz que não saiu ferido no acidente. Não houve dor . Ele deixou seu corpo antes da colisão. ele trará uma coisa de volta para você.
 
---        Obrigado, e obrigado também a Arigó. Não sei o seu nome. Como poderei dirigir-me à sua pessoa? Estamos chamando-o de Inteligencia do Espaço , ou IE.
 
---        Podem usar o nome de Spectra. Mas , na verdade , Spectra é o nome de uma espaçonave que usamos , da mesma forma que voces usam um planeta. Nos ultimos oitocentos anos que está estacionada acima da Terra. É tão grande quanto uma de suas cidades. Mas apenas vocês podem ver-nos.
 
---         Porque está tão interessado nos israelenses?
 
---        O território israelense foi o primeiro em que pousamos na Terra . É por isso que estamos  tão interessado nele. Seja paciente . . . durante anos . Terá tudo no devido tempo.
 
--          Há outras pessoas na Terra com quem também trabalhe?
 
---        Não há ninguem na Terra que pretendamos usar pelos próximos cinquenta anos, a não ser você e Uri.
 
---        Precisamos de algum esclarecimento sobre qual deverá ser o nosso trabalho?
 
---        Devem ser pacientes , muito pacientes. Estão trabalhando para nós vinte e quatro horas por dia, mas nem mesmo por isso podem compreender . Você, Andrija , deve ajudar Uri. Não é importante onde você viva; onde quer que esteja só pode ser na Terra.
 
---        E como minha mente está sendo usada?
 
---        Sua mente está sendo usada vinte e quatro horas por dia, de uma forma que ainda não lhe podemos explicar. Você a sente agora, ficando cansado e doente. Mas isso não vai demorar muito tempo mais.
 
---        Foi o causador do blackout em Israel na noite de 14 de janeiro deste ano?
 
---        O colapso de energia em Israel partiu de nós.
 
---        E que uso fazem do colapso de energia?
 
---        É um assunto que você ainda não é capaz de entender.
 
Em outra ocasião . . .
 
---        Ainda não discutimos a outra parte do meu problema: como desenvolver Uri como artista.
 
---        Andrija Puharich, julgue por você mesmo o que fizer com Uri. Faça qualquer coisa que gere energia, bons trabalhos.
 
---        Se Uri comparecer a um grande estádio durante acontecimentos esportivos, onde muitos milhares de pessoas estejam reunidas , isso gera energia?
 
---        Não funciona. As moléculas nas células do cerebro estão positivamente abertas somente quando a excitação não é muito intensa. A excitação normal domina a vibração para os nossos poderes. O cérebro deve estar num estado bastante relaxado para receber mensagens da nossa parte. Por exemplo, a excitação sexual é pequena , não bastante forte para nós. Não nos estamos referindo extamente a relaxamento. É um conhecimento muito profundo.
 
---        Em Israel , vi Uri criar audiencias em transe , quando se encontrava com pequenos grupos. É a isso que se está referindo?
 
---        Sim, esta é a idéia. Mesmo se Uri atuar num filme, será o mesmo efeito.
 
 
 
Extraido do livro Uri Geller  -  Um  Fenomeno da Parapsicologia  de Andrija Puharich - Ed. Record - 1974
 
 

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