Um dos elementos mais perturbadores do mistério
dos discos-voadores é o principio de sua propulsão,
que parece desafiar todas leis de nossa
física clássica. Este problema foi estudado muito seriamente
pelos sábios franceses Claude Poher, Pierre
Guérin e Jean-Pierre Petit , cujos trabalhos a maioria das
pessoas que se interressam por ufologia conhecem.
Parece-me agora muito provável que o sistema
de propulsão dos discos voadores seja
simultaneamente elétrico , magnético
e gravítico e que se deve basear na teoria do campo unico, no
qual Einstein trabalhou até à
sua morte , tendo fingido não ter chegado a qualquer resultado.
Mas na
realidade, parece agora certo que ele conseguiu
demonstrar a sua exatidão.
Einstein chegou mesmo a experimentar esta teoria
com a ajuda da Marinha Americana , numa
experiencia fantástica que parecia prender-se
mais com a magia que com a fisica, tendo ficado tão
abalado com os resultados e com as consequencias
que estes podiam acarretar que abandonou
imediatamente as investigações
, apesar das pressões exercidas pelo Governo americano . Mas esta
é
uma longa história que foi desvendada
num livro apaixonante de William Moore e Charles Berlitz e que
mais vale contar pela ordem do seu desenrolar.
Na pequena cidade de Zanesville, no Ohio , nasceu
em 1905 um rapaz chamado Towsend Brown.
Desde a sua infancia que era um apaixonado
pelas viagens espaciais que , naquela época, eram ainda
consideradas ficção cientifica
apesar dos dos recentes exitos dos pioneiros da aviação tais
como
Farman e Blériot, na França , ou
os irmãos Wright, na América.
Enquanto esperava a sua oportunidade , o jovem
Brown estava na High School, equivalente ao nosso
liceu , e passava todos os seus tempos livres
a fazer experiencias de
eletricidade , magnetismo e eletronica. Naquela
época acabara de ser inventada a lâmpada de rádio de
três eletrodos , que permitia fazer passar
eletrons de um filamento para uma placa e modular o débito
destes eletrões com o auxilio de uma voltagem
variavel aplicada a uma grelha em forma de mola que
rodeava o filamento no interior da placa cilindrica.
Era também a época da invenção
do tubo de raios X , baseado num principio semelhante , ao qual
tabém se chamava tubo de Coolidge ou tubo
de Roentgen , nomes dos que os descobriram ,
independentemente um do outro, em 1913 , Brown
estava fascinado com esta invenção extraordinária,
não apenas por causa da descoberta sensacional
dos raios X , mas porque pensava que este aparelho
, ou um outro concebido a partir do mesmo principio
, lhe revelaria um dia o segredo das viagens no
espaço.
Pensava que este tubo maravilhoso que emitia radiações
tão poderosas numa dada direção deveria ,
lógicamente , emitir por reação
uma força igual na direção oposta sob uma forma ainda
desconhecida.
Em suma, este jovem de genio sabia já,
há mais de sessenta anos, que certas radiações
eletromagnéticas , como as do Sol, por
exemplo, podem exercer sobre a matéria uma força infinitesimal
, mas no entando mensurável.
Quando estava ainda no liceu, Brown teve a idéia
de efetuar uma experiencia de fisica, a qual nenhum
sábio profissional ttinha efetuado. Fez
uma montagem do seu tubo de Coolidge , de tal forma que
ficasse em equilibrio instável , e aplicou-lhe
uma tensão de vários milhares de volts para observar o que
aconteceria . Passou os seus aparelhos de medida
em volta do tubo, na esperança de detectar uma
força elétrica ou eletromagnética
qualquer , mas não detectou absolutamente nada . Subitamente ,
enquanto aplicava ao seu tubo uma tensão
de 10.000 volts , notou um ligeiro estremecimento do tubo,
como se este tentasse elevar-se. Foi-lhe necessário
algum tempo para descobrir o que se passava .
Verificou então que os raios X não
eram causa de nada e que este fenomeno se devia a uma voltagem
extremamente elevada aplicada.
Brown colocou então numa balança
extremamente sensivel, peso-o cuidadosamente e verificou que
este perdia ou ganhava regularmente 1 % do seu
peso seguido a polaridade cada vez que lhe aplicava
uma tensão de 10.000 volts. Com a idade
de treze anos, Townsend Brown acabara de descobrir um
novo principio da fisica em que ninguem tinha
ainda pensado e que ninguem , aliás, acreditava ser
possivel.
Construiu então um aparelho muito simples
, ao qual chamou gravitor, e que era apenas uma cixa de
baquelite com 36 cm de comprimento e 12 cm de
largura e de altura. Este foi o primeiro aparelho
antigravidade jamais construido nos tempos modernos,
e sem dúvida o primeiro alguma vez realizado à
face da Terra, quer por homens ou por astronautas
vindos do espaço.
O mais triste é que, à exceção
de alguns artigos sobre os seus trabalhos publicados na imprensa local,
a ciencia oficial ignorou a sua descoberta e
nenhum sábio qualificado se deu ao trabalho de o
experimentar. Foram precisos vinte anos e o genio
de Albert Einstein para que a sua descoberta
chegasse finalmente ao conecimento da ciencia
oficial e para que se começasse a investigar as suas
possiveis aplicações.
Quando atingiu os dezessete anos e o seu
diploma do liceu , Brown entrou para o Instituto Tecnológico
da Califórnia, mais conhecido hoje pelo
nome de Caltech, onde trabalhou sob as ordens do célebre
físico Robert Millikan , já desaparecido
, Consenguiu rapidamente ganhar a estima dos seus
professores , mas não lhes conseguiu fazer
encarar a hipotese de que podia haver uma força
eletrogravitica desconhecida , assim como existe
uma força eletromagnética conhecida há já muito
tempo.
Estes sábios ancilosados , cobertos de
glória e de louros estavam ainda na ciencia racionalista do
século passado, que acreditava saber tudo,
e eram, consequentemente, hostis a qualquer nova idéia.
Ora, a teoria de Brown não só inteiramente
nova , como absolutamente revolucionária. Assim, não tinha
qualquer hipótese de ser aceite
por estes homens de outra época. Pode-se perguntar como é
que os
alunos destes professores tão fechados
conseguiram enviar homens à Lua menos de cinquenta anos
mais tarde. É verdade que foram muito
auxiliados pelos sábios estrangeiros vindos de todo mundo
,
com um espirito mais aberto e com conhecimentos
cientificos bastante mais avançados. Estes tiveram
, de resto, bastante trabalho em combater a inércia
e a estreiteza de espíritos dos militares que
estavam nessa altura encarregados do programa.
Brown , completamente desencorajado, passou um
ano no Kenyon College, em Gambier , no Ohio, e
foi em seguida para a Universidade de Denison,
de Granville, no mesmo estado. E foi aí que as coisas
começaram a mudar. Estudou eletronica
no departamento de fisica dirigido por Paul Biefeld, professor
de Astronomia e de Física, que estudara
na Suiça com Albert Einstein. Sem duvida levado por uma
curiosidade devida à sua educação
européia , Biefeld interessou-se imediatamente pela descoberta de
Brown. Trabalharam juntos no seu aperfeiçoamento,
utilizando condensadores carregados a alta tensão
, e descobriram finalmente um novo principio
de física, que é conhecido hoje em dia sob o nome de
efeito Biefeld-Brown.
Segundo este novo principio, um condensador elétrico
carregado a alta tensão tem a trendencia para se
erguerna direção do seu polo positivo,
fenomeno que já fora descoberto por Brown há muitos anos
. Mas
agora a sua descoberta era válida , pois
estava sancionada pela autoridade de um sábio ilustre. Depois
de ter passado mais quatro anos no observatório
de Swazey, no Ohio, Brown casou-se e entrou , em
1930 , para o laboratório de investigações
navais , em Washington , como perito em radiação,
espectroscopia e em fisica experimental.
Depois de ter passado vários anos em Washington,
e quando era tenente da Marinha na reserva, Brown
entrou, em 1939, como engenheiro para a Companhia
Aeroespacial Martin, de Baltimore
.Infelizmente, mal tivera tempo de se instalar
quando foi mobilizado como oficial encarregado das
pesquisas relacionadas com a detecção
de minas acústicas e magnéticas. Foi então que teve
oportunidade de dar livre curso ao seu genio,
e é nessa altura que vamos encontrar os discos voadores.
Durante esse tempo, Albert Einstein descobrira,
em 1925, uma nova teoria chamada Unified Field
Theory, teoria do campo unico, que combinava
os campos elétrico, magnético e gravitico numa unica
força comum fundada num principio analogo
àquele que Townsend Brown já descobrira alguns anos
atrás. Einstein percebeu imediatamente
a terrivel arma que poderia resultar de uma tal descoberta e,
pacifista convicto, preferiu não a divulgar
para não se arriscar ser responsável pela dizimação
fantástica
que uma tal arma poderia provocar.
Mas, em 1940, Einstein começou a perceber
que a Alemanha estava em vias de ganhar a guerra , e
ofereceu secretamente à Marinha americana
continuar as suas pesquisas com um objetivo estritamente
militar. Nunca se soube exatamente quais
foram , nessa época, as relações de Einstein e de
Brown,
que trabalharam juntos nos projetos mais secretos
do Governo americano. Mas o que é certo é que ,
três anos mais tarde, em 1943, a Marinha
americana efetuou uma experiencia fantástica de levitação
e
de invisibilidade, que tinha mais de magia que
de ciencia, e que é hoje em dia conhecida sob o nome
de Experiencia de Filadélfia.
Segundo testemunhas , um destroier da Marinha
de Guerra foi rodeado de campos elétricos,
magnéticos e graviticos poderosos, que
o fizeram desaparecer momentaneamente, aparecer num outro
local durante alguns segundos e depois reaparecer
exatamente onde se encontrava anteriormente , no
porto militar de Filadélfia.
Infelizmente hoje em dia restam poucas testemunhas
desta experiencia inacreditavel, pois uns
morreram sem razão aparente durante a
experiencia e outros ficaram completamente loucos e tiveram
de ser internados. Outros ainda morreram misteriosamente
pouco tempo depois, sem dúvida porque
sabiam demasiado, e outros mais desapareceram
nos confins do Canadá ou do México, convencidos
de que a sua vida estava em perigo porque viram
demasiado. Moore e Berlitz conseguiram, no entanto, descobrir 'varias
destas testemunhas escondidas e fazer que contassem todos pormenores daquela
experiencia ( Ver o livro A Experiencia de Filadelfia) .
Basta saber, por agora , que Townsend Brown e Albert Einstein participaram
nela e que os resultados foram tão assustadores que nunca ninguem
os resultados foram tão assustadores que nunca ninguem os ousou
revelar.
No entanto, as pesquisas continuaram
no maior segredo . Einstein morreu, mas Brown ainda vive na
Califórnia ( o livro é de 1979,
na verdade Brown já faleceu ), sem dúvida obsecado pela recordação
do
apocalipse que desencadeou há mais de
quarenta anos num estaleiro naval da Marinha americana, e
sem dúvida também convencido de
que os discos voadores são propulsionados pelo mesmo campo
eletromagnético-gravitico que descobriu
aos dezesseis anos.
Existe, de resto, um caso misterioso de aterragem
de um disco voador que parecia provar que Brown
tinha razão. Em outubro de 1965, a familia
Jalberts vivia em Fremont no New Hampshire, ao lado de um
cabo elétrico de alta tensão ,
e notara frequentes vezes aparelhos misteriosos, que pareciam flutuar
sobre os suportes. O seu filho, Joseph,
chegou mesmo um dia a ver um enorme aparelho com a forma
de um charuto ou de disco inclinado, muito alto
no céu, na direção do cabo. Viu depois um disco cor
de
laranja sair deste aparelho , descer lentamente
até cerca de 1 m dos cabos de alta tensão e deixar cir
sobre estes um cabo prateado.
Ao fim de um certo tempo, o cabo foi recolhido
pelo disco, que decolou verticalmente e se reuniu ao
aparelho em forma de charuto donde saíra.
A mãe de Joseph observou o mesmo fenomeno perto de
Manchester, que se situa a 30 km de Fremont.
No total, houve setenta e três casos diferentes em que
testemunhas viram um disco voador recarregar
as suas baterias ou condensadores num cabo de
alta-tensão, até o dia em que se
verificou um fantástico curto-circuito que fez disparar todos os
dijuntores da região e a mergulhou na
escuridão durante muitas horas. De resto, muitas companhias de
de eletricidade verificaram que os visitantes
do espaço lhes roubavam desta forma quantidades
importantes de eletricidade. Mas a quem é
que se poderiam queixar, se o Governo americano continua
a fingir que os discos voadores não existem?
Na realidade, ainda que se desconfie da forma
como poderia funcionar o sistema de propulsão dos
discos voadores , graças a campos eletromagnéticos-graviticos,
ainda não se conseguiu explica-los
completamente e muito menos reproduzi-los em
laboratório. A diferença fundamental entre a ciencia
oficial e Townsend Brown deriva do fato
de este estar convencido de que existe uma relação entre
a
eletricidade e a gravidade, que ele pensa ter
provado suficientemente , primeiro com o seu gravitor e
depois com a famosa Experiencia de Filadélfia.
Para Brown , esta relação está
representada pelos dielétricos --- isolantes como a baquelite
ou o
teflon , por exemplo --- que tem a propriedade
de poderem conservar cargas elétricas extremamente
elevadas sem as transmitir aos elementos metálicos
próximos de si, desde que estas cargas sejam
fornecidas lentamente e que eles tenham tempo
de as absorver. Mas certos dielétricos que foram
descobertos recentemente, podem ser carregados
e descarregados muito rapidamente, ao ritmo de
várias vezes por segundo e com cargas
elétricas enormes. E era exatamente este tipo de dielétricos
que interessava especialmente a Brown.
Em 1953, por exemplo , ele conseguiu fazer voar
um disco voador de 60 cm num circuito circular de 6
m de diametro . Ligou o disco a um pivô
central com um fio elétrico que lhe fornecia uma corrente de
um miliampere , sob uma tensão de 50.000
volts, ou seja , uma carga de 50 watts. A velocidade atingida
foi de cerca de 5 m por segundo (18 km/h) , isto
é quase 20 km por hora , o que não era nada mau para
um começo.
Durante uma outra experiencia, Brown fez voar
uma série de discos de 1 m de diametro em torno de um
circuito com 15 m de diametro, e os resultados
foram de tal forma espetaculares que foram
imediatamente classificados de TOP SECRET pelo
Governo americano --- ainda que Brown tivesse
feito estas experiencias à sua próprias
custas --- , mas prometendo-lhe uma importante ajuda
financeira para continuar as suas investigações.
Só em 1955, absolutamente desgostoso pelo
fato de o financimento prometido não lhe ter sido ainda
dado, e de certamente jamais lhe vir a ser dado,
pois tinha inimigos ferozes, Brown decidiu ir à Europa,
na esperança de encontrar um mundo cientifico
mais aberto. Foi em primeiro lugar à Inglaterra, mas foi
na França que recebeu o melhor acolhimento,
na SNCASO, Sociedade Nacional de Construções
Aeronáuticas do Sudoeste, que mais tarde
viria a construir o Caravelle e o Concorde.
Durante uma série de experiencias realizadas
secretamente no laboratório de pesquisas desta
Sociedade, Brown conseguiu fazer voar os seus
discos voadores no vácuo a velocidades incriveis.
Provou , assim, que os seus aparelhos voavam
melhor no vácuo e que voavam tão rapidamente quanto
maior a voltagem aplicada. Os sábios franceses
planejavam já velocidades de várias centenas de
quilometros por hora com tensões de 500.000
volts, quando todos os projetos foram abandonados
devido a uma restruturação da Sociedade
e a uma mudança de administração. A máfia da
Sociedade
oficial tinha , mesmo aí, conseguido abafar
uma nova descoberta da verdadeira ciencia.
É provável que os meios científicos
franceses não pudessem suportar a idéia de um sábio
americano
quase desconhecido vir ensinar-lhes as leis de
uma nova física que eles não conheciam e que, por
consequencia, não podia existir . Em todo
caso, Brown foi obrigado a voltar para a América em 1956,
completamente desanimado, e a França perdeu
uma bela chance de de encabeçar a corrida para a
conquista do espaço. Foi assim que os
sábios russos, sem dúvida menos fechados que os seus
colegas franceses ou americanos, conseguiram
, no ano seguinte colocar um satélite em orbita à volta
da Terra. Foi sem dúvida graças
ao Sputnik que foram criados os programas americanos de pesquisa
espacial , aos quais deveu-se o desenvolvimento
atual da tecnologia dos computadores.
Após o seu regresso à America, Brown
trabalhou como engenheiro consultor no projeto de
Whitehall-Rand, programa de pesquisas destinado
a tentar anular a gravidade na Terra ou a gravidade
no espaço. Este projeto era dirigido por
Agnew Bahnson, um fanático da navegação no espaço,
que
eperava ser o primeiro homem a aterra na Lua
num futuro próximo. Construiu, à sua custa, um
laboratório privado, extremamente bem
equipado, e convidou Brown a ir trabalhar com ele, o que era
uma oportunidade absolutamente inesperada.
Infelizmente, quando Brown recomeçou a
tomar gosto pela vida e pelo seu trabalho, Bahnson , que era
piloto experimentado, matou-se no seu avião
privado em condições misteriosas , ou seja, após ter
batido num cabo de alta tensão. A mafia
da ciencia oficial mais uma vez terá tido a ver com isso. Estou
certo disso. Nào pode aceitar a idéia
de que Brown e Bahnson pudessem fazer descobertas que teriam
derrubado as teorias estabelecidas e comprometeriam
a segurança de posições academicas
instaladas.
Foi então, em 1958, considerando que já
era suficientemente conhecido para se desvencilhar sozinho,
que Brown fundou a sua própria companhia,
sob o nome de Rand Internacional. No entanto, apesar das
numerosas demonstrações perante
os representantes do governo ou da indústria privada, cada vez que
ele pensava ter conseguido um contrato de investigação
e de desenvolvimento , a mesma influencia
oculta fazia-se sentir e as pessoas interessadas
mudavam bruscamente de opinião sem dar qualquer
explicação.
Brown acabou por renunciar a lutar contra fantasmas,
que são bastantes mais dificeis de vencer que a
gravidade e vive atualmente ( o livro é
de 1980 ) na Califórnia , continuando tranquilamente as suas
pesquisas sem fazer alarde, com o auxilio discreto
dos seus amigos da NASA , do Stanford Research
Institute e da Universidade da Califórnia,
que, contrariamente à ciencia oficial, sabem muito bem que
ele é, sem duvida , o maior genio vivo
na nossa época. E é também o unico homem vivo atualmente
que
teria uma oportunidade de descobrir um dia o
segredo da propulsão dos discos voadores, não sendo
certamente o unico a tentar descobrir o da gravitação,
que é sem dúvida o elemento mais importante.
Segundo as teorias de Einstein, bastaria
sacudir violentamente uma massa importante de matéria para
produzir radiações gravitacionais
ou ondas gravítivas. Mas dado que a gravitacão é a
força mais fraca
que se conhece parece evidentemente que nenhuma
ação huamana poderia produzir ondas gravíticas
bastante fortes para que se pudessem ser detectadas.
Consequentemente, a maioria dos cientistas
consideravam que era inutil perder tempo a tentar
construir um receptor de ondas graviticas, quando não
exisita ainda nenhuma forma conhecida de produzir
estas ondas, e muito menos de as transmitir à
distancia.
Mas, felizmente para a ciencia , existia
um investigador obstinado que não concordava com isto. Era
Joseph Weber, da Universidade de Maryland . Em
1969 mandou fabricar um cilindro de alumínio que
pesava 1 t. , suspendeu-o no vácuo e isolou
cuidadosamente as vibrações mecânicas e as interferencias
eletromagnéticas em seu torno. Colou neste cilindro detectores de
quartzo de uma tal sensibilidade que podiam registrar a mínima deforação
igual à milésima parte da dimensão de um núcleo
atómico.
Depois de ter verificado que o seu receptor gravítico
funcionava bem e que parecia com efeito registrar
ondas gravíticas de origem desconhecida,
Weber construiu um segundo, que instalou a várias centenas
de quilometros do primeiro, e ligou os dois por
intermédio de uma linha telefonica. Era, portanto ,
evidente que só uma onda gravítica
de origem extraterrestre poderia fazer vibrar os dois receptores no
mesmo instante.
E foi evidentemente o que se passou. Os dois detectores
registraram exatamente no mesmo instante
as ondas graviticas que vinham regularmente do
espaço com um intervalo de cerca de quatro dias,
isto é, uma frequencia de cerca
de tres milionésimos de ciclo por segundo, ou seja, seis milhares
de milhões de vezes mais fraca que a frequencia
das ondas eletromagnéticas atualmente utilizadas nas
comunicações.
Joseph Weber anunciou ao mundo cientifico que
conseguira detectar ondas gravíticas vindas da nossa
galaxia, mas , como era de se esperar , a sua
descoberta foi mornamente acolhida pela ciencia oficial.
Os seus colegas consideravam que estas ondas
só podiam ser criadas por massas enormes
deslocando-se a velocidade fantásticas
e todo o mundo sabia que não existia nenhum fenomeno deste
tipo na direção donde pareciam
vir estas ondas.
Ora, era aí que os seus colegas se enganavam,
pois em 1974 um outro sábio chamado Joseph Taylor
descobriu um Pulsar na Constelação
Águia, ou Aquila, a uma distancia de 15.000 anos-luz, ondas
eletromagnéticas, raios X e outras radiações,
devido à sua temperatura e à sua velocidade de rotação,
que são muito elevadas. O Pulsar de Aquila
tem um companheiro invisivel , do qual não se conseguiu
ainda determinar a natureza exata . Estes dois
astros giram em torno um do outro, com um periodo de
revolução de cerca de oito horas
e deslocando-se nas suas orbitas a uma velocidade de cerca de 300
km por segundo, ou seja , a um milionésimo
da velocidade da luz. Ora, segundo as teorias de Einstein ,
a massa e a velocidade de cada um destes dois
astros deveriam ser suficientes para emitir ondas
gravíticas.
O ciclo de pulsação gravítica
de noventa e seis horas poderia então provir da conjugação
de periodos de
revolução de oito horas para uma
das estrelas e de oito horas e setecentas e vinte e oito milésimas
para a outra, ou qualquer outra conjugação
semelhante . Portanto, Joseph Weber tinha razão e a ciencia oficial
não.
O que fica patente com isto, é que , de
forma flagrante de como não sabemos grande coisa acerca da
física e da astronomia e que sem dúvida
por isso que ainda não conseguimos compreender o segredo
do sistema de propulsão dos discos voadores
, que , também ele , se baseia sem duvida em leis
misteriosas da gravitação universal.
Como foi citado numa parte anterior a Experiencia
de Filadélfia , achei conveniente aprofundar um
pouco mais o assunto. O melhor seria ler
o livro do cabeçalho. Livro excepcional de Charles Berlitz
e
William L. Moore ( Editora Record
- 1979 ). O livro trata justamente da busca de provas e
testemunhas da autenticidade do projeto em questão.
Não é preciso citar que o Governo americano e
especificamente a Marinha americana negam qualquer
veracidade a respeito do projeto. No entanto , ao que tudo indica , a experiencia
aconteceu e as poucas testemunhas que sobreviveram, como no Caso Roswell,
sobreviveram porque se esconderam ou porque negaram de todas formas possiveis,
comentar o assunto.
Esta busca por testemunhas e provas , é
o teor do livro. O testemunho , que me parece o mais
impressionante , por ser quase que um testemunho
técnico a respeito da experiencia em si , é o que
pretendo colocar aqui. E é justamente
uma destas testemunhas que estratégicamente procuraram se
isolar do mundo, sabendo que se falassem demais
poderiam ter sua vida reduzida por algum "acidente
fortuito" como aconteceu com o Dr. Morris Jessup
. E é graças a Jessup que ficamos sabendo o pouco
que sabemos ainda hoje. E justamente por causa
da curiosidade dele a respeito da experiencia, ele foi
encontrado "suicidado". Bem , mas vamos ao relato
. . .
O que podemos dizer, portanto, sem revelar a verdadeira
identidade do Dr. Rinehart, é que ele nasceu
no mesmo ano que Morris Jessup, mas em outra
parte do país. Depois de trabalhar com bastante
sucesso em um conhecido estabelecimento científico
privado, ao mesmo tempo que completava
os requisitos para o doutorado, o Dr. Rinehart
, como tantos outros cientistas inclusive o Dr. Jessup ,
foi forçado pela depressão da decada
de 30 a procurar emprego no complexo cientifico-militar do
governo americano. Na década seguinte
, havia chegado a chefe de departamento de uma conhecida
instalação militar de pesquisa;
e foi nesse cargo que participou da primeira fase de um projeto que
tudo indica haver culminado com a Experiencia
de Filadélfia.
O Dr. Rinehart que quando começou a suspeitar
de que sabia demais, resolveu afastar-se dos
segmentos da sociedade que lhe pareciam mais
perigosos. Assim, abandonou uma promissora carreira
cientifica para se instalar em um pequeno bangalo
nas montanhas e contentou-se com a vida de um
erimita. Moore e Rinehart trocaram cartas durante
mais de um ano antes que fosse sequer mencionada
a possibilidade de uma entrevista pessoal e passaram-se
mais alguns meses até que a entrevista se
concretizasse. . . .
A principio cauteloso, o Dr. Rinehart pouco a pouco foi ficando mais à vontade.
--- Eles ainda me vigiam, o
senhor sabe. Cheguei ao ponto de evitar certos lugares na cidade por
causa do interesse que minha presença
causa. . . especialmente em certos edificios da universidade.
Costumava visitar o lugar uma vez ou outra ,
mas os guardas de segurança ficam tão tensos que não
vou mais lá. A mesma coisa acontece quando
tento comprar uma passagem. Assim que me identifico,
o pessoal da segurança aparece.
"Então o senhor veio aqui só para
descobrir o que sei a respeito da experiencia do navio, não é?
Sabe
de uma coisa, andei pensando muito a respeito
desde que recebi sua primeira carta. Foi há tanto tempo
. . . Já me esqueci de certos detalhes,
mas se tiver paciencia para me escutar, vou confiar no senhor e
revelar alguns segredos. . .
"O senhor sabe, naturalmente que toda experiencia
começa como uma idéia , depois vem um estudo
de viabilidade. . . através de cálculos
matemáticos , ou coisa parecida . . . depois um projeto, e finalmente
uma experiencia, ou experiencias, no sentido
comum da palavra. Inicialmente, havia muito poucas
pessoas envolvidas nest experiencia. A maioria
tinha outros compromissos importantes.
A Teoria do Campo Unificado permanece até
hoje como uma estrutura inacabada. Em minha opinião,
ninguem pode vangloriar-se de ter feito uma "verificação
completa" da teoria. É claro que muitos
cientistas trabalharam no assunto, e vários
artigos foram publicados com este titulo. . . o nome em
alemão é Einheitliche-Feld
Theorie . . . mas esses trabalhos não estão "completos",
no mesmo sentido
em que a Teoria da Relatividade Especial está
"completa"e a Teoria da relarividade Geral está quase
completa. Esta é a minha opinião
pessoal.
"Lembro-me de que durante a guerra participei
de algumas conferencias onde estavam presentes
oficiais da Marinha. Em relação
ao projeto em que está interessado , minha memória insiste
em me
dizer que tudo começou bem antes de 1943,
provavelmente em 1939 ou 1940, quando Einstein
começou a trabalhar em aplicações
práticas de suas teorias, a pedido dos militares. . .
"Posso afirmar, com alguma segurança, que
a idéia original foi de Einstein e (Rudolph) Landenburg. Não
sei quem foi o primeiro; e se os pais do projeto
foram "Fulano", Einstein e landenburg, não me lembro
da identidade de Fulano. Sei que o professor
Ladenburg. . . havia conhecido Einstein da Suiça, em 1908 .
Era um sujeito reticente , meticuloso, de modos
aristocráticos; mas os colegas tinham profundo
respeito por ele. Consideravam-no "um pensador
solitário".
"Ele entendia profundamente de minas, torpedos
e defesas contra eles. Lembro-me de uma grande
conferencia em que estava sendo discutida uma
possivel arma dos alemães Meu superior imediato , o
Dr. W.W. Albrecht ( pseudonimo) estava impaciente
com as idéias não muito brilhantes expostas por
alguns militares. Interrompeu a discussão
para consultar Ladenburg, referindo-se a ele como "a unica
pessoa presente que teve experiencia militar
na Alemanha", e afirmando que havia comandado um
submarino durante a Primeira Guerra Mundial.
"Landenburg estivera trabalhando em experiencias
de fissão no Laboratório de Física de Pricenton
durante todo o verão e outono de 1939
. Acho que li em algum lugar que discutiu essas pesquisas com
Einstein. De qualquer forma , a proposta que
deu origem à pesquisa de invisibilidade foi escrita em
1940, como resultado das discussões entre
Ladenburg e Eintein a respeito do uso dos campos
eletromagnéticos para defesa contra minas
e torpedos. Acho que. . . quem escreveu a proposta foi o
próprio Einstein. . .
"Einstein e Landenburg eram bastante ousados quando
se tratava de preparar propostas de pesquisa,
mas no trato com os militares não se incomodavam
de ficar em segundo plano. Por outro lado, Von
Neumann ( Dr. John von Neumann , 1903-57, pioneiro
dos computadores digitais e conhecido
matemático) era uma pessoa de aparencia
modesta, mas que gostava de lidar com gente influente.
Certa vez , quando von Neumann apresentou um
projeto de pesquisa à marinha, possivelmente essa de
que estamos falando, os militares lhe perguntaram
se os planos eram para aquela guerra ou para a
seguinte. . .
"De qualquer forma , foi Von Neumann quem mostrou
sa proposta ao Dr. Albrecht, e que foi um dos
dois que conseguiu a colaboração
do Laboratório de Pesquisa da Marinha. A proposta coincidia em
alguns pontos com as idéias lançadas
muitos anos antes pelo físico R. H. Kent
( Robert Harrington Kent, 1886-1961 , físico
americano de renome mundial) quando
estava trabalhando com o cronógrafo de
solenóide. Se voce pensar no principio de
funcionamento do cronografo de solenóide,
verá que um trabalho neste campo pode
dar origem a muitas idéias com relação
à detecção e defesa contra misseis através
de campos
eletromagnéticos.
"Acho que foi Kent quem inventou o cronografo
de solenóide. Pelo menos foi quem aperfeiçou o
instrumento, e foi o primeiro a usa-lo para medir
com precisão o coeficiente de arrasto em projéteis
movendo-se com a velocidade supersonica. Ele
gostava de demontrar o principio deixando cair uma
barra de ferro magnético pelo interior
de um solenóide e exibindo em um osciloscópio a forma de
onda
resultante. Quando havia físicos na platéia,
ele também mantinha a barra fixa e deixava cair o solenóide
, obtendo os mesmos resultados. Então
dizia : "Estão vendo, as leis da física são as mesmas
em dois
sistemas de coordenadas inerciais". Este,
naturalmente, é o segundo postulado da Teoria da
relatividade Geral, publicado por Einstein em
1905.
"Lembro-me de ouvir falar que , depois
de saber que Von Neumann estava interessado no projeto, Kent
resolveu consultar alguns artigos que havia escrito
há muito tempo a respeito do assunto. De acordo
com a história, contada por um amigo meu
que estava trabalhando no departamento de kent em
maryland na ocasião, oa arquivos haviam
passado por várias arrumações e Kent não conseguiu
encontrar imediatamente o que procurava. O cientista
ficou tão aborrecido que mandou os funcionários
darem uma busca geral. Depois de revirarem o
lugar, conseguiram descobrir uma pilha de folhas
amarelecidas pelo tempo, que entregaram triunfantemente
a Kent.
"Depois deste acidente , Kent procurou localizar
os fisicos e engenheiros com quem estivera em
contato no passado, possivelmente em seu tempo
de estudante em Harvard, porém mais provavelmente
durante a Primeira Guerra Mundial ou pouco depois
. Um deles , penso, era o Professor Charles M. Allen.
"Pensando melhor, acho que a idéia de produzir
intensos campos magnéticos para fins experimentais
pelo método da ressonancia foi de kent.
. . possivelmente como resultado das discussões com o
Professor Allen. Lembro-me de alguns cálculos
a respeito, para uma experiencia em escala ( isto é,
uma experiencia com modelos em lugar de navios
reais) que estava sendo discutida na ocasião. tenho
a impressão de que a Marinha "tomou conta
" do projeto pouco depois dessas discussões entre Kent e
Allen. Também me lembro vagamente de que
estavam interessados em usar campos magnéticos para
despistar o radar.
"Mas vamos voltar a nossa história. Provavelmente
foi zVon Neumann, quem propôs o projeto, no final
de 39 ou inicio de 40, à Comissão
de Pesquisa para Defesa Nacional ( NDRC), e ele deve ter contado
com o apoio do Prof. Kent. Sótomei conhecimento
do projeto algum tempo depois, quando o pessoal do
NDRC já havia autorizado o projeto.
"Desde o inicio , este projeto era estritamente
defensivo. A idéia inicial era usar um campo
eletromagnético muito intenso para desviar
projéteis, especialmente torpedos, do seu curso normal.
Apenas mais tarde apareceu a idéia de
utilizar um campo semelhante para produzir a invisibilidade.
"Certo dia, provavelmente no inicio de 1940, por
volta das oito da manhã, meu superior imediato, o Dr.
Albrecht , chegou ao escritóio e encontrou
três visitantes do NDRC a sua espera. Como essas visitas
era relativamente comuns, não dei maior
importancia ao fato. Mas por volta das nove e meia, o Capitão
Gibbons apareceu na porta da minha sala e fez
um sinal de que queria falar comigo em particular.
Lembro-me disto porque na ocasião eu estava
envolvio em um trabalho teórico muito complexo e estava
ocupado falando ao telefone com um computador.
(Nota : Nessa época os computadores eletronicos
ainda não eram usados. O "computador"
a que o Dr. Rinehart se refere era um funcionário capaz de
realizar de cabeça e rapidamente cálculos
matemáticos complicados).
'Percebemos que se tratava de um assunto importante,
interrompi o trabalho e saí para o corredor.
Gibbons me levou até a sala do chefe ,
onde me encontrei no meio de uma conferencia já iniciada entre
dois . . . ou eram três? . . . funcionários
do NDRC de um lado, e o Dr. Albrecht e o Dr. Von Neumann do
outro . Von Neumann saiu logo , só devia
estar ali para apresentar os funcionários do NDRC a Albrecht
e explicar rapidamente do que se tratava. Ele
costumava servir de intemediário entre os militares e os
cientistas, de modo que a sua presença
era normal, mesmo que não estivesse pessoalmente
interessado naquele projeto. É preciso
não esquecer , entretanto, que Von Neumann estava em uma
excelente posição para promover
as idéias em que estivesse interessado. . . inclusive o projeto
em
questão. De qualquer forma, logo depois
que eu cheguei ele foi embora.
"Quando entrei , estavam no meio de uma animada
discussão a respeito do que se tornaria o rojeto em
que o senhor está interessado. Albrecht
era do tipo que detestava abandonar uma discussão no meio;
quando precisava de alguma informação
preferia mandar chamar a essoa ao invés de ir busca-la ele
mesmo. Parece que achava que eu era o unico que
entendia o suficiente de gravidade e relatividade
para conseguir os resultados matemáticos
que ele queria sem fazer muitas perguntas, e por isso mandara
chamar-me.
"Albrecht estava com duas ou três folhas
de papel na mão, uma delas com anotações na letra
pequena
e redonda do Dr. Einstein. Queria que eu as examinasse
enquanto continuava a discussão. Sem parar
de falar com eles , tentou explicar-me por gestos
o que eu deveria fazer. Primeiro ele passou uma folha
onde estava escrita a equação de
propagação das ondas eletromagnéticas, acompanhada
de uma série
de garranchos. Depois , mostrou-me um relatório
sobre o equipamento de desmagnetização da Marinha
e apontou aqui e ali, enquanto eu sublinhava
a lápis as passagens indicadas. Então Albrecht me pediu
para lcular o que seria necessário para
desviar a luz de , digamos , dez por cento e apresentar uma
memória de cálculo. Perguntei a
ele: 'De quanto tempo disponho?' Ele respondeu: 'Não muito.' Então
voltou-se para os outros e continuaram a conversa.
'"Tenho a impressão de que nesse ponto
a discussão estava girando em torno dos principios da
ressonancia e de quão intenso teria que
ser o campo para que a experiencia produzisse efeitos
observaveis . Ainda não sabia quanto tempo
dispunha , mas Albrecht fez um gesto com a cabeça para
que eu deixasse a sala e começasse a trabalhar.
Assim, saí para o coredor com o Capitão Gibbons e
perguntei-lhe: 'Para quando acha que W.W. (Albrecht)
vai querer isto?' Gibbons pensou pou um instante
e respondeu: 'Vou leva-los ao Clube dos Oficiais
para almoçar. Deve estar pronto quando voltarmos.'
"Não era fácil compreender as notas
de Albrecht, e acho que alguem com uma base de Física e
matemática menos sólida que a minha
se sentiria desorientado. Afinal, comprendi aonde ele estava
querendo chegar.Isso não quer dizer que
não houvesse outros homens no Departamento que não
pudessem fazer o trabalho, se dispusessm de tempo
suficiente, mas Albrecht estava com pressa, de
modo que ficou por minha conta.
"Eles devem ter comido muito depressa,
porque à uma e quinze Gibbons estava de volta e eu ainda
não tinha acabado. Expliquei que ainda
faltava datilografar o trabalho e que por isso só estaria pronto
às
três hora. Gibbons protestou , dizendo
que não poderiam esperar tanto, e que além disso não
haveria
nenhuma cópia datilografada. O original
a lápis seria suficiente. 'Milagres' , queixei-me, 'estão
sempre
me pedindo milagres!. . . Escute, dê-me
mais vinte ou vinte e cinco minutos e verei o que posso fazer.'
Gibbons não gostou da idéia, mas
não tinha outra saida. Concedeu-me os vinte minutos.
"Afinal, consegui terminar algumas tabelas e uma
poucas frases explicativas. Levamos os resultados
para Albrecht, que examinou os cálculos
e disse: "Voce calculou as intensidades (do campo) a
diferentes distancias na direção
transversal ( ao comprimento do navio), mas estão faltano os resultados
para a direção longitudinal.' Albrecht
sempre foi muito exigente. Eu não havia feito todos os cálculos
porque não sabia exatamente o que ele
queria , e porque de qualquer maneira o tempo de que dispunha
era muito escasso. Assim, obtivera os pontos
de máxima curvatura na direção perpendicular ao navio.
Meu problema era descobrir as intenções
de Albrecht. As notas de Einstein eram muito mais claras do
que as de Albrecht, mas eu não iria dizer
isso a meu chefe.
"Pensando melhor --- disse
Rinehart --- é possivel que Von Neumann
estivesse no escritório por
acaso, e que Oswald Veblen ( um dos ajudantes
de Von Neumann) tenha levado o projeto. também
pode ser que os próprios homens do NDRC
tenham levado a idéia a Albrecht . O que Albrecht queria
saber era se seria possivel criar um campo suficientemente
intenso para desviar os raios de luz de
forma suficientemente significativa. É
claro que não faziam idéia de quais seriam os resultados
da
experiencia. Se soubessem , talvez não
tivessem nem começado.
"Acho que quem começou toda a coisa foi
o NDRC e alguem como Landenburg e Von Neumann , com
ousadia suficiente para lançar a idéia
sem nenhuma prova matemática . Eles conversaram com Einstein
a respeito e este se mostrou interessado o suficiente
para fazer um cálculo aproximado da intensidade
de campo que seria necessária. Então
ele e Von Neumann discutiram a respeito de qual seria o melhor
lugar para executar a experiencia. Foi assim
que nosso laboratório entrou na jogada . Não sei
exatamente quando foi que escolheram o Laboratorio
de Pesquisa da marinha, mas sei que o
Comandante Parsons , um dos maiores cientistas
da Marinha, era amigo de Albrecht.
"Minha unica contribuição para o
projeto foi reunir as equações que Albrecht havia escrito
e substituir as
letras por valores numéricos. De vez em
quando essas equações eram mencionadas em reuniões,
de
modo que me mantive mais ou menos a par do que
estavam fazendo, embora não tenha participado
diretamente das experiencias.
"Não se esqueça de que Albrecht
e Gibbons queriam a máxima discrição. . . nada de
cópias
datilografadas, apenas o original, escrito a
lápis. Lembr-me de que uma vez usaram o termo
"Deflexão" em um titulo . Disso eu me
recordo. Lembro-me também de uma ocasião, um pouco
mais tarde, em que sugeri, em uma reunião
, que a maneira mais fácil de fazer um navio desaparecerseria
usar uma cortina de ar quente, e perguntei porque
estavam interessados em um método tão complicado.
Albrecht tirou os óculos e comentou que
o problema comigo nas conferencias era que eu vivia mudando de assunto.
. .
"Entretanto, lembro-me muito bem de pelo menos
outra conferencia em que o assunto foi discutido.
Desta vez, estávamos tentando prever alguns
dos efeitos secundários da experiencia. Entre eles
estariam a "fervura" da agua, a ionização
do ar e mesmo a "Zeemanização" dos atomos; todos esses
fenomenos poderiam dar origem a uma situação
extremamente instável. Ninguém a esta altura havia
jamais considerado a possibilidade de efeitos
interdimensionais ou de deslocamento de massa. Na
década de 40, os cientistas considerava
esses tópicos como exclusivamente do dominio da ficção
cientifica. De qualquer forma, durante esta conferencia
, recebi uma reprimenda de Albrecht , que me
interrompeu dizendo algo como: "Por que
você não deixa o pessoal em paz , para que eles possam
prosseguir com as experiencias ? Afinal , é
para isso que estão aqui!'
"Um dos problemas era que a ionização
criada pelo campo tendia a causar uma refração desigual da
luz. Os conceitos originais que nos foram expostos
antes da conferencia eram todos muito lógicos e
bonitos, mas Albrecht , Gleason e eu prevenimos
que, de acordo com nossos cálculos, o resultado não
seria um efeito normal de miragem mas sim um deslocamento
variável , causado por certas tendencias
intrinsecas do campo alternado, que dariam origem
a uma imagem confusa em lugar da ausencia total
de imagem confusa em lugar da ausência
total de imagem. 'Confusa' pode ter sido uma palavra infeliz ,
mas correspondia ao que pensavamos na ocasião.
Em torno desta imagem confusa haveria uma
imagem tremula, e longe do centro haveria um
campo estático. De qualquer maneira, nossa
recomendação, que foi transmitida
ao NDRC , era de que tudo isso seria que ser levado em conta e que
de que tudo deveria ser planejada com muito cuidado.
Também achavamos que com o tempo seria
possivel resolver alguns desses problemas. .
. e que provavelmente poderiam encontrar uma frequencia
de ressonancia que compensasse a oscilação
de imagem , o que permitiria reduzir bastante a
cintilação. . . Não sei
até que ponto os que estavam trabalhando no projeto levaram adiante
nossas
idéias.
"Também me lembro de que falamos do assunto
em reuniões posteriores , mas não recordo os
detalhes. O que sei é que depois da reunião
no escritório de Albrecht recebemos uma porção de
pedidos de tabelas com as frequencias de ressonancias
da luz na faixa visivel. Provavelmente tinham
alguma coisa a ver com o projeto.
"Desconfio que C.M. Allen fez algumas experiencias
com modelos. Talvez no Laboratório Taylor,
talvez não; não sei se dispunham
na época do equipamento apropriado. É quase certo que tenham
usado também as instalações
da Baía de Anacostia. . . foi lá que fizeram as primeiras
pesquisas com
o radar.
"Aposto que o Comandante Parsons ( William S.
Parsons , o mesmo homem que armou pessoalmente
a bomba atomica a bordo do avião Enola
Gay antes que fosse lançada em Hiroshima em 1945) teve
alguma coisa que ver com isso. . . Lembro-me
de uma conferencia a respeito de outro projeto, em 1939,
em que meus superiores disseram que ninguem a
não ser Parsons poderia convencer o Bureau de
Navios a permitir que um novo instrumento fosse
testado em um navio de guerra. Naquela época
Parsons era capitão-de-fragata . . . formado
em primeiro lugar na Academia Naval. Nas conferencias ,
estava sempre acompanhado por dois ou três
tenentes, de quem me lembro apenas vagamente. . .
"Quanto ao navio mercante que o senhor afirma
pode ter sido usado como navio de observação. . .
talvez o Almirante Jerry Land , Chefe da Comissão
de Marinha Mercante dos EUA , tenha dado uma
mãozinha. Embora fosse do tipo "durão"
, costuma colaborar conosco. . . principalmente quando
tínhamos dificuldades com a Marinha. Em
várias ocasiões conseguimos colocar equipamentos
experimentais a bordo de navios da Marinha Mercante
, depois que a Marinha nos negou autorização
para usar navios de guerra. No caso desta experiencia
em particular, devem ter perdido ao Almirante
Land para arranjar um navio e uma tripulação
bem especiais. Provavelmente os marinheiros foram
escolhidos a dedo!
Esta é a história do Dr. Rinehart. . .
Depois da entrevista relatada acima, Moore continuou
a manter contato com ele de forma mais ou
menos regular, até sua morte inesperada
cinco meses mais tarde. Esses contatos eram mais
amistosos do que profissionais , mas de vez em
quando o velho cientista se lembrava de mais algum detalhe. Tudo isto tende
a apoiar a hipótese de que havia um projeto em andamento , projeto
que facilmente poderia resultar na
Experiencia de Filadélfia. Fazendo um
resumo do descrito no livro , não há duvida de que o homem
queafirma chamar-se Carlos Allende serviu como
tripulante a bordo do S.S. Andrew Furuseth.
É quase certo que ele presenciou pelo
menos alguns dos fenomenos a que se referiu nas cartas.
É evidente que ficou bastante perturbado
com o que viu.
Nesse caso, é natural supor que Allende
não descansou enquanto não encontrou uma explicação
para
a cena que havia presenciado . Pelo menos, parece
que fazia questão de discutir o assunto com todas
as pessoas de formação cientifica
que encontrava; como a curiosidade também o levou a frequentar
conferencias cientificas , Allende acabou por
adquirir uma bagagem considerável de conhecimentos.
A oportunidade que estava esperando aconteceu
quando conheceu o Dr. Rinehart , o homem que podia
esclarecer alguma coisa a respeito da invisibilidade.
Embora o Dr. Rinehart tivesse todo interesse em
guardar segredo, acabou revelando o suficiente
para deixar Carlos com mais receio de que alguns
cientistas militares ainda tivessem interessado
no projeto ainda. Quando o livro de Jessup : The Case
for the UFO foi publicado , Allende começou
a ficar com medo de que as pesquisas fossem reiniciadas.
O medo se transformou em terror, quando , pouco
depois de ler o livro de Jessup , assistiu por acaso a
uma das conferencias do autor. Quando este aconselhou
o publico a exigir do governo mais pesquisas
sobre a Teoria do Campo Unificado, Allende ficou
estupefato. Foi nesse estado de espirito que escreveu
a segunda carta para o Dr. Jessup, na qual menciona
os fatos que presenciou durante a guerra e
descreve com detalhes as possiveis consequencias
da experiencia. . . Uma coisa é certa :
considerando que as cartas de Allende vieram
a ter, se Allende tivesse citado o verdadeiro nome do Dr.
Rinehart ( e não o de Dr. Franklin Reno
, tirado de uma placa de transito) , é quase certo que a sua
reputação de cientista teria sido
destruida pela comunidade cientifica.
O Dr. Rinehart , entretanto, não é
a unica pessoa que ajudou a planejar a Experiencia de Filadélfia.
Novas investigações nos levaram
a localizar uma pessoa que não só participou do projeto ,
mas
também talvez tenha descoberto uma aplicação
prática para os campos de força.
Parte da biografia de Townsend Brown já
foi visto nas mensagens anteriores e não vou repeti-las aqui.
Em 1923 Brown pediu transferencia para o Kenyon
College, em Gambler, Ohio, onde permaneceu
apenas um ano, transferindo-se então para
a Universidade Denison, em Granville, Ohio, para estudar
eletronica no Departamento de Fisica, sob a orientação
do Dr. Paul A. Biefeld, professor de Física e
Astronomia e ex-colega , na Suiça, do
Dr. Einstein ( um de apenas oito).
Ao contrário do Dr.Milikan no Caltech ,
o Dr. Biefeld se interessou pela descoberta de Brown , e os dois
juntos realizaram várias experiencias
com capacitores carregados , caracterizando um fenomeno fisico
que veio a ser conhecido como Efeito Bielfeld-Brown
. Basicamente , este "efeito" consiste na
tendencia de um capacitor carregado de se mover
em direção ao pólo positivo. . . o mesmo movimento
observado por Brown nas experiencias com o tubo
de Coolidge.
Em 1930, Brown foi trabalhar no Laboratório
de Pesquisa da Marinha, em Washington. D.C. , como
especialista em radiação , fisica
dos campos e espectroscopia. Foi durante esta fase de sua vida que
participou da Expedição Internacional
de Gravitação do Departamento da Marinha dos EUA, nas
Indias Ocidentais, em 1932 , e da expedição
Oceanografica do Johnson-Smithsonian , em 1933. No
mesmo ano, os inevitáveis cortes de verbas
, causados pela recessão , obrigaram Brown a abandonar
uma carreira promissora no Laboratório
da Marinha. Como Jessup e Rinehart, Brown foi procurar
emprego em serviço do governo. Entrou
para a Reserva da Marinha e, depois de tentar encontrar sem
sucesso um posto cientifico, trabalhou primeiro
como engenheiro de solos na Federal Emergency Relief
Administration e depois como administrador do
Civilian Conservation Corps, em Ohio.
Brown , entretanto, continuava a estudar Física
em geral e o Efeito Bielfeld-Brown em particular, a noite
e nos fins de semana. Com o passar do tempo ,
o projeto original do "gravitor" foi consideravelmente
aperfeiçoado.Em 1939 ,foi convidado pela
Marinha para ser o chefe de um projeto de pesquisa e
desenvolvimento de dispositivos magnéticos
e acusticos para desativar minas, patrocinado pelo Bureau
de Navios.
Pouco depois de assumir o novo cargo, Brown travou
conhecimento com um projeto que ainda estava
no papel, mas que mais tarde talvez tenha resultado
na Experiencia de Filadélfia. Diz o Dr. Rinehart:
"Acredito que quando ele (Brown) foi trabalhar
no Bureau de Navios, todos os projetos que Ross Gunn ,
então diretor do Laboratório de
Pesquisa da Marinha, considerava interessante eram levados a ele,
pois sabia que sua base de Física era
considerável. Foi assim que se envolveu neste projeto em
particular.
"O Bureu estava interessado em qualquer pesquisa
que pudesse ser útil para eles . No caso em
questão, acho que escolheram Brown porque
precisavam de uma pessoa de mentalidade aberta.
Provavelmente Brown tambem conversou com Parsons
a respeito do projeto. Não sabemos até que
ponto Brown participou do projeto da Experiencia
de Filadélfia. Entretanto, parece certo que esteve
seriamente envolvido, pelo menos na parte inicial,
já que seu grupo tinha uma grande experiencia no
campo de desmagnetização de navios.
Brown também se interessava por técnicas de alto vácuo.
Entretanto, após o remanejamento geral
que seguiu Pearl Harbor , Brown foi transferido , no posto
de capitão-de-corverta , para Norfolk
, onde dirigiu a Escola de radar da Frota do Atlantico, enquanto
continuava suas pesquisas.
De acordo com outro informante, foi nessa ocasião
que lançou a idéia de usar campos
eletromagnéticos para tornar objetos invisiveis
ao radar, especialmente em situações ar-mar. Entretanto,
não se sabe se essas idéias foram
incorporadas diretamente ao projeto da Experiencia de Filadélfia,
então em curso, ou se foram jamais postas
em prática. Brown não era do tipo de lutar muito por suas
idéias.
Infelizmente, em dezembro de 1943, o excesso de
trabalho e a decepção pessoal por seus estudos não
serem aceitos pela comunidade cientifica o levaram
a um sério colapso nervoso. Pouco depois, uma
junta médica da Marinha recomendou que
ele fosse reformado. Um detalhe interessante neste ponto é
que Riley Crabb tem afirmado repetidas vezes
que o colapso nervoso de Brown foi causado pela
Experiencia de Filadélfia. É verdade
que os desastrosos efeitos fisicos e psicológicos da experiencia
sobre os tripulantes do navio certamente
teriam uma repercursão extremamente negativa nos altos
circulos , e os chefes do projeto seriam diretamente
responsabilizados . Se isto realmente ocorreu é
facil imaginar as pressões a que Brown
teria sido submetido.
Depois de mudar-se para Cleveland, em 1952, Brown
elaborou um projeto , que chamou de Winterhaven
, que pretendia vender (depois de aperfeiçoado)
às Forças Armadas . Após pacientes pesquisas,
conseguiu aumentaro empuxo do gravitor até
que o aparelho era capaz de levantar seu próprio peso
--- um sucesso que deveria ter despertado
o interesse dos cientistas e oficiais do Pentagono, mas
aparentemente foi ignorado, embora o equipamento
fosse bastante sofisticado e, as demonstrações
fossem impressionantes.
No plano teórico , Brown procurou explicar
os resultados em termos da Teoria do Campo Unificado.
A diferença entre as teorias de Brown
e as idéias da Fisica ortodoxa é que Brown acredita firmemente
na
existencia de um acoplamento mesurável
entre a gravidade e a eletricidade, e que este acoplamento é o
responsavel pelo funcionamento do seu aparelho.
Em outras palavras, ele afirma que o efeito Biefeld
Brown não só representa uma ligação
provada e demonstrável entre a eletricidade e a gravitação,
mas
também pode ser usado para fins de propulsão,
tanto na atmosfera como no espaço. É evidente a
semelhança entre esses conceitos e os
que foram supostamente utilizados na Experiencia de
Filadélfia.
Um "dielétrico" é definido como
um material com a propriedade de absorver energia ou "carga" elétrica
sem normalmente transferir esta energia para
materiais vizinhos. Alguns dielétricos são capazes de
absorver enormes quantidades de energia elétrica
( também chamada de "tensão elástica") sem se
descarregar, contanto que a energia seja fornecida
lentamente ao dielétrico, e com baixa tensão.
Outros ainda podem ser carregados e descarregados
com tensões extremamente elevadas à razão de
milhares de vezes por segundo. Era este ultimo
que Brown estava interessado. Usando um desses
dielétricos, Brown construiu capacitores
em forma de disco e, aplicando uma alta-tensão pulsada ,
pôde observar o efeito Biefeld-Brown em
ação. Quando eram submetidos a uma alta-tensão , os
pequenos discos podiam voar por seus próprios
meios, emitindo ao mesmo tempo um leve zumbido e
um brilho azulado . Mais cientificamente, talvez,
esse processo de "vôo" possa ser descrito como
"movimento sob a influencia da interação
entre campos elétricos e gravitacionais , na direção
do
eletrodo positivo".
Extraido dos livros:
O Navio Invisível de Charles Berlitz e William Moore - Editora Record - 1979
Os Mensageiros do Cosmo de Maurice
Chatelain - Publicações Europa América
- 1980