Sobre este ultimo ponto, para quem conhecer a inutilidade duma rede dessas em caso de conflito atomico, não restam dúvidas de que seu verdadeiro objetivo é detectar a presença de OVNIs nos céus da França. Apesar das medidas tomadas à escala das ações , são muito os que se admiram da pouca importancia que as autoridades prestam às observações de OVNIs. Esta atitude paradoxal pode ter uma razão séria de ser.
Conhecendo a existencia exterior do fenomeno , as autoridades devem estuda-lo já há muito e ter delimitado as manifestações mais flagrantes e mais coerentes . Mas a presença no Globo de entidades cósmicas não deveria passar em silêncio até esse ponto se não existissem motivos imperiosos. As inumeras atividades misteriosas que relatamos , embora não pareçam excessivamente perigosas , poderiam motivar essa politica do silencio , sobretudo se admitirmos que as suas implicações s!ão infinitas. . .
O próprio Carlos Magno , diga-se de passagem , declarou que esses
seres cósmicos, ou Silfos , e os seus engenhos , eram capazes
de provocar tempestades . Estava decidido a dar-lhes uma caça impediosa
até que , por fim, renunciou. Com efeito , segundo Louis le
Débonnaire , Carlos Magno publicou éditos que condenavam
à tortura e à morte esses Silfos ou "tiranos do ar".
. .
Mas tais disposições não tem nada de extraordinário
, pois sabe-se que na Idade Média , e muito depois (. . .) , tudo
o que tivesse o céu com origem trazia um odor de enxofre.
. .
O primeiro capitulo dos Capitulares do Imperador é significativo
a respeito dessas entidades cósmicas e das atividades de que eram
responsáveis , e talvez ainda o sejam. Diz-nos que os "Aéreos"
ficavam consternados por ver que espalhavam o terror mal apareciam
nos céus . Isso incitou-os a pousarem nos seus veiculos voadores
e a "apoderarem-se de homens e mulheres". Queriam
assim instrui-los "para dissipar a má opinião que as
pessoas tinham da sua flotilha inocente". Metodicamente , foram levando
homens de cada aldeia para, depois, os depor em diversos pontos do mundo.
A psicose criada entre a população, devido aos bons cuidados das autoridades , condenou esses infortunados mortais que teriam descido das "naves". Tomados por sabotadores , inimigos e feiticeiros que vinham envenenar a fruta e as fontes, conheceram logo a sorte horrivel reservada a esse genero de malfeitores . . .
"É inacreditavel o numero dos que foram condenados à morte e ao suplicio da ;agua por todo o reino. Um dia , foram avistados três e uma mulher que desciam desses navios aéreos. Toda a população da cidade se reuniu à sua volta, gritando que eram magicos enviados por Grimaud, duque de Bénévent, para destruir as colheitas francesas. Em vão , esses inocentes tentaram justificar-se dizendo que eram também franceses, que tinham sido raptados pouco tempo antes por homens milagrosos que lhes haviam mostrado maravilhas nunca sonhadas e pedido que viessem contar aos outros aquilo que tinham visto."
O próprio arcebispo católico de Lion , Agobard (779-840) , fizera um inquérito. Descobrira que as inumeras pessoas que tinham desaparecido naquela época da Idade Média, e depois reaparecido, pretendiam ter visitado um país a que chamavam Magonie . O arcebispo , racionalista , recusava acreditar. Na sua presença , fizera lapidar os três homens e a mulher a que nos referiamos atrás e que pretendiam também ter ido à Magonie num navio aéreo. . . Esses infelizes sustentaram que a viagem de ida durara pouco tempo mas que a de regresso ao mundo exterior teria sido muito mais longa. . . Nem tão-pouco o Voyageur de Langevin . . .
Como se vê , textos antigos revelam fatos de que poucos estudantes têm conhecimento, instruindo-nos sobre a existencia de seres "aéreos" ou seres cósmicos que efetuavam raptos de homens e mulheres "por todo o reino" . Esta empresa teve uma envergadura extraordinária e caracterizava-se pelo seu objetivo essencialmente pacífico.
A sorte reservada àqueles que regressavam , "uma multidão", deve ter levado esses seres cósmicos a uma maior discrição, o que se compreende fácilmente. Os desaparecimentos fantásticos que ocorreram em 1965 em diversas regiões do Globo provam que a atividade desses seres cósmicos não parou nessa época. . .
Mas donde saiam essas entidades , esses "homens milagrosos"? As observações
dos astronomos da corte de Carlos Magno, em 807 , referem que um pequeno
planeta , do tamanho de Mercúrio, se interpôs entre o Sol
e a Terra, durante oito dias! Esse planeta
assemelhava-se a uma mancha negra no disco do Sol . Houve também
quatro eclipses (. . .) ; três da Lua , um do Sol. Em 814, ano da
morte de Carlos Magno, só se viam eclipses da Lua e do Sol, o que
levaria a provar que nessa altura se desenrolava uma atividade imensa
nas proximidades do globo .
Já nessa altura os racionalistas provocavam massacres horriveis entre os desgraçados cuja unica falta consisitia em terem sido raptados por "homens milagrosos", com intenções pacíficas . Galileu, homens de ontem e de hoje . . .
Esse odor a enxofre que plana no céu . . . Feiticeiros , mágicos, homens milagrosos , vencerão algum dia os racionálistas fanáticos?
E agora admirar-nos-emos menos ao verificar que, se existem seres extraterrenos ou "homens milagrosos", eles não estabeleçam nenhum contato conosco e dêem provas de tanta discrição.
Extraido do livro Desaparições Misteriosas de Patrice
Gaston - Editora Bertrand