Há alguns anos , o célebre jornalista
cientifico soviético G. N. Ostroumov se apresentou no Museu de
Salzburgo, disposto a examinar um cubo , ou melhor,
um paralepípedo, descoberto no século XIX pelo
Dr. Gurlt em uma mina de carvão. Para
muitos pesquisadores do século XIX, este objeto, encontrado
em uma camada de carvão, de vários
milhões de anos, teria sido feito a máquina.
O jornalista não pode ver o cubo e parece
que as autoridades do museu o receberam muito mal. Elas
lhe declararam que o objeto provavelmente fora
perdido antes da Segunda Grande Guerra e que nem
havia provas de sua existencia.
Ostroumov retirou-se furiosos e publicou em seguida
artigos nos quais afirmava que as descrições
desse objeto pareciam um logro. Desde que possuimos
publicações indiscutiveis , surgidas no século
XIX, sobre o cubo do Dr. Gurlt, os anatemas
do jornalista soviético são manifestamente exagerados.
Entretanto, seria certamente muito interessante
examinar o achado do Dr. Gurlt através de meios
modernos; com efeito , não se sabe seguramente
de civilizações industriais, na Terra, há alguns
milhões de anos.
Nós veremos na exposição
que se segue que existe um certo numero de objetos deste genero, uns
cilindricos, outros com arestas; e que , embora
se tenha uma explicação sobre a existencia destes
objetos cilindricos os que apresentam arestas
parecem ter sido deixados na Terra por visitantes
extraterrenos. Mas antes de chegar lá,
contemos em detalhes dois incidentes pouco conhecidos,
mas de cuja autenticidade não se
pode duvidar.
Primeiro incidente : no outono de 1868, em uma
mina de carvão perto de Hammondsville, Ohio , EUA ,
pertencente ao Capitão Lassy, um mineiro
de nome James Parssonsestava trabalhando relativamente
perto da superfice. Bruscamente , uma grande
quantidade de carvão cai de uma vez no poço de mina,
revelando um muro de ardósia recoberto
de inscrições. Uma multidão rapidamente se formou.
Estudiosos do país constataram uma certa
semelhança entre estas inscições e os hieroglifos
egípcios .
Levando-se em conta a idade do veio de carvão,
essas inscrições datam de pelo menos dois milhões
de
anos. As inscrições oxidaram-se
rápido demais para os peritos , vindos de grandes cidade americanas
,
pudessem decifra-las em tempo . Hoje em dia ,
elas seriam rapidamente pulverizadas e protegidas por
uma fina película de matéria plástica.
Infelizmente, esta técnica não era conhecida há cem
anos.
Segundo incidente: a 2 de fevereiro de 1958, em
uma mina de urânio do Estado de Utah, EUA, Tom
North , Charles North , Charles North Jr. e Ted
MacFarland, quatro mineiros , iam dinamitar uma arvore
fossilizada que se encontrava no meio de um veio
de minério de urânio de alto teor. A explosão destruiu
o tronco de arvore, descobrindo uma
cavidade e, no interior desta cavidade , um sapo vivo!
O sapo ainda viveu vinte e oito horas. Estava
muito magro, mas para uma criatura de alguns milhões de
anos , ele se encontrava muito bem. É
aos milhares que se contam incidentes dessa natureza ,
perfeitamente autênticos . O que prova
que a explosão mineira reserva por vezes a possibilidade de
descobertas tão importantes , quem sabe
mais importantes que a exploração arqueológica.
Entre
estas descobertas, figuram , nos Estados Unidos,
na Inglaterra , na Alemanha , na Itália , na
França , um grande número de objetos
metálicos, alguns cilindricos, outros que possuem arestas,
parecendo ser de ferro. No que concerne aos objetos
cilindricos, o problema parece ter sido
resolvido há alguns anos passados na URSS.
Este fato se produziu em circunstancias curiosas,
que exigem explicação prévia.
Na União Soviética , a tese
deste livro se inclui na categoria das teses utilizadas para combater a
religião . Explica-se pela ação
dos Pricheltzy - assim chamados em russo os visitantes cósmicos
- todo
o tipo de fenomenos inexplicados. O governo ,
mantendo tais explicações , combate a religião . O
que
se pode discutir : não é evidente
que assim não se faça mais do que reforça-la . Entretanto
, esta tese
permitiu ( novembro de 1969 ) que Boris
Zaitezev conquistasse o Diploma de Estudos Superiores
com o tema : "Jesus Cristo era extraterreno".
Eu a acrescentaria a minha lista de intervenções
exteriores , mas me é realmente dificil
crer nisto. Em todo caso , esta posição sensibilizou
a opinião
de grandes massas de trabalhadores com respeito
ao problema das intervenções de extraterrenos em
nosso planeta.
Eis porque, quando se encontrou em 1969, em Ural
, enterrado em um veio de carvão de milhões de
anos , um objeto cilindrico de ferro, a Academia
de Ciencias foi imediatamente avisada. Os mineiros
que haviam feito a descoberta puseram o objeto
cuidadosamente de lado sem o danificar, preveniram a
liga local contra a religião, que avisou
logo a Academia. O objeto foi levado à Universidade de Moscou
com tantos cuidados como se tivesse vindo da
Lua.
Foi examinado . Era inteiramente de ferro e completamente
cilindrico.Mas estudos detalhados em
cortes realizados por meio de uma serra diamantada,
mostraram que de fato se tratava de um ramo
petrificado de árvore, no qual micróbios
haviam transformado o cálcio em ferro.
Esta explicação pode parecer decepcionante
, mas é incontestável. Ela prova, ao menos,
que o caso foi estudado seriamente e segundo
um ponto de vista cientifico. É melhor
procurar explicações deste genero,
do que cair na armadilha de uma credulidade excessiva.
A descoberta do Ural parece, contudo fornecer
a explicação de objetos cilindricos . Infelizmente ,
nenhum objeto com arestas foi submetido a semelhante
exame. Estes objetos pertencem muito
frequentemente a colecionadores que se recusam
a confiá-los a cientistas. E , na falta de um estudo
demonstrando o contrário, pode-se admitir
até agora que estes objetos com arestas vieram do exterior
e não foram fabricados na Terra . Esta
é a hipotese que eu( Jacques Bergier ) defendo neste capitulo.
Que podem ser estes objetos? Por que foram eles
depositados em nosso planeta na época em que as
plantas , que depois se transformaram em carvão
, estavam ainda em desenvolvimento? A resposta à
primeira questão fornecerá a da
segunda.
A meu ver , trata-se de coletores de informação
do mesmo tipo das fitas magnéticas, mas muito mais
aperfeiçoados . Foram feitos calculos
precisos e detalhados sobre as possibilidades de um coletor de
informação feito de ferro, com
a capacidade de um dérebro humano . Os resultados são estonteantes.
Se se admite um rendimento de 100 % na acumulação
e na restituição de informações, é preciso
,
para reproduzir o conteudo de um cerebro humano
, um cubo de ferro de 2 x 10^10 átomos . Isto faz um
cubo com arestas longas de 5.000 atomos, isto
é , um cubo de um milésimo de milimetro , menor que
a cabeça de um alfinete. E os cubos ou
paralepipedos de muitas centenas de centimetros de lado
puderam recolher com mínimos detalhes
informações sobre tudo o que se passou sobre nosso planeta
nos ultimos dez milhões de anos.
Estas informações podem ser dadas
a esses coletores por radiações ignoradas por nós
e que
explorariam nosso planeta como um radar . E um
dia , estes objetos desaparecerão dos nossos
museus como desapareceu o cubo de Salzburgo:
terão sido recuperados pelas Inteligências que os
colocaram na Terra.
Escrevendo isto, não tenho de nenhum modo
a impressão de estar escrevendo ficção cientifica
.
Parece--me estar seguindo uma linha logica de
raciocinio. Se a vida sobre a Terra foi modificada
artificialmente , a experiencia deve ser acompanhada
e, de tempos em tempos , devem ser recuperados
os coletores que foram colocados na Terra durante
os setenta milhões de anos que nos separam da
experiencia e que coletaram informações.
Seria muito interessante acompanhar pelo rastro todos os
objetos de arestas descobertos nas minas de carvão
e notar os que misteriosamente desaparecerem.
Infelizmente não tenho meios de fazer tal
pesquisa mas espero que, um dia , seja recuperado um
destes objetos e que se encontre nos "dominios
magnéticos" , os quais constituem a informação
acumulada sobre épocas anteriores ao aparecimento
do homem. A existencia de tais registradores
, sobre a Terra ou na sua vizinhança ,
em satélites artificiais construidos por outros que não o
homem ,
mais antigos que o homem, parece-me quase certa.
Há pouco menos de um século , a
vida sobre a Terra pode ser detectada graças às ondas de
rádio que
ela emite e que devem ter agora atingido outras
civilizações . Antes disso, os acontecimentos da Terra
não podiam ser acompanhados senão
por meio de instrumentos analogos ao radar, e é bastante
tentador crer que os resultados de uma tal exploração
são registrados sobre a propria Terra , sendo os
registradores recuperados em seguida.
Mentes equilibradas pensam que o famoso pilar
de Delhi poderia ser um registrador desta espécie, mas
de grande tamanho. Acho esta hipotese assaz plausível;
as diversas explicações que foram emitidas a
respeito deste pilar que não oxida nunca,
mesmo nas estações chuvosas, são absolutamente
insuficientes. Dizer que o pilar foi fabricado
utilizando-se a metalurgia a pó a meu ver mostra uma
completa ignorancia das técnicas desta
metalurgia. Para fabricar por aglomeração de metais em pó,
por
fusão pastosa, seguida de resfriamento
um objeto deste porte , seriam necessários moldes e fornos
de
tratamento que ultrapassariam, por suas dimensões,
os que até aqui já foram construidos . É muito
dificil crer que instalações deste
tamanho pudessem ser construidas no passado. Ainda mais dificil de
crer é que não reste nenhum traço
da sua existencia.
Para ter um exemplo preciso daquilo que se passou
, voltemos à história do Cubo do Dr. Gurlt, e
sigamo-la como se fosse um caso policial.
Em 1885, o Dr. Gurlt encontrou esse cubo em uma
mina de carvão na Alemanha , profundamente
incrustrado numa camada datada do Terciário.
Ali se encontrava havia dezena de milhões
de anos , sem duvida desde o fim dos dinossauros.
Em 1886 , o Dr. Gurlt publicou seu trabalho Meteorito
Fóssil encontrado no Carvão ,
C. Gurlt , Nature . 35 ; 36 , 1886.
Muitos outros trabalhos apareceram sobre o mesmo
assunto, notadamente nas justificações da
Academia de Ciências. O objeto era quase
um cubo , com duas de suas faces opostas ligeiramente
arrendondadas . Media 67 mm por 47 mm , sendo
esta ultima medida tomada entre as duas faces
arredondadas. Pesava 785 gramas . Uma incisão
muito profunda o circundava , ao meio de sua altura.
Sua composição era a do aço
duro com niquel e carbono. Não continha enxofre , e assim não
era
constituido de pirita , minério natural
que pode tomar formas geométricas. Certos especialistas da
época , inclusive o proprio descobridor
, afirmaram se tratar de um meteorito fóssil. Outros, que se
tratava de um meteorito que tinha sido retrabalhado,
mas por quem? Pelos dinossauros?
Alguns peritos , enfim, afirmaram que o objeto
seria de fabricação artificial, o que coincide com a minha
opinião . Foi transportado para o Museu
de Salzburgo e falou-se cada vez menos dele.
Entre as duas Guerras Mundiais , a direção
do Museu, sem duvida exasperada pelo numero de
indagações feitas sobre o assunto,
não respondeu mais. Depois da Segunda Grande Guerra ,
percebeu-se que mesmo o relatório correspondente
ao periodo 1886-1910 , periodo em que o
cubo estava no Museu , havia desaparecido
É curioso . E tanto mais curioso quanto há muitas
centenas de aventuras deste tipo. A Scientific
American está cheia delas.
Citando uma , voltemos ao surgimento desta importante
revista (volume 7 , pg.298 , junho de 1851 ) .
Segundo o relato que a revista faz , encontrou-se
, ao dinamitar uma rocha sólida , cinco metros abaixo
do nivel do solo , um objeto metálico
em forma de sino , com altura de quatro polegadas e meia ,
largura de seis e meia na base , de duas e meia
na parte superior e com a espessura de um oitavo de
polegada. O objeto era metálico, de um
metal que parecia zinco, mas soava como uma liga de
prata . Uma investigação a esse
proposito revelou uma antiguidade considerável: a rocha dinamitada
tinha muitos milhões de anos. O objeto
circulou de museu em museu e desapareceu. Nunca mais
foi encontrado.
Pode-se perguntar quais razões da presença
de um objeto artificial no interior de uma rocha . Se a
rocha se formou em torno dela, pode-se lhe atribuir
um numero respeitável de milhões de anos.
Há muitas descrições de
objetos deste genero para que se possa negar que objetos metalicos desta
especie , fabricados , são encontrados
em rochas muito antigas e em veios de carvão . Pode-se ainda
insistir no fato destes objetos desaparecerem
misteriosamente.
Segundo as definições do capitulo
anterior ( A Estrela que destruiu os Dinossauros ) , a hipotese
da
presença destes objetos é , para
mim, uma hipotese de trabalho, mas a sua desaparição misteriosa
é
uma hipotese de conversação. Isso
porque se conhece bem o habito dos museus de enterrar os objetos
que lhes parecem não coincidir com as
teorias em curso , ou que não são belos . Foi o que aconteceu
em Bagdá quando se encontraram os
famosos pilares.
Aqueles que conhecem bem o célebre Museu
Smithsonian nos Estados Unidos afirmam que seus
porões estão repletos de objetos
estranhos que ninguem estuda. O mesmo fenomeno se observa em
outros museus , notadamente no Museu da Pré-historia
de Saint-Germain-en-Laye. Mais frequentemente
, esses objetos metálicos misteriosos
não são trazidos à luz do dia , porque se
encontram no fundo do mar, no Antártico,
ou em lugares onde ninguem faz escavações, por exemplo,
no bosque de Bolonha.
Na época em que o Dr. Gurlt descobriu o
cubo , acreditava-se não ser possivel registrar informações
em
uma liga magnética de metais , como a
que constituia o cubo. Outros objetos deste genero estão sem
duvida simplesmente na natureza e não
chamam a atenção. Seus proprietários podem , sem dúvida,
recuperá-los a grande distancia por meio
de um magnetometro, já que os objetos, quando recebem um
certo sinal, devem poder emitir por ressonancia
magnética um sinal de resposta que indique sua
posição precisa.
Há outras formas de se registrar informações
além do registro magnético. E , embora não sejam
atualmente comercializadas, são , entretanto,
estudadas. Especialmente os registros em cristais. A
sociedade americana Carson Laboratories
de Bristol ( Conecticut, EUA ) foi bem sucedida ao tentar
reduzir , por fotografia, oitenta e cinco mil
vezes a imagem de uma pagina de revista , colocar esta
imagem num cristal e, depois , recupera-la .
Outros pesquisadores tentam realizar, nos cristais ,
registros por camadas sucessiveis , como as paginas
de um livro , superpostas.
Fala-se ainda de obter o registro de de cem mil
livros de dimensão média em um cristal do tamanho de
um grão de açucar. Não é
totalmente excluida a hipotese de que certas pedras preciosas contenham
registros destinados , um dia, a serem recuperados
, sendo submetidas desde já muitas vezes à
informação retrieval ( recuperação
total de informação ).
É, de outro lado, provável que um
certo número de estes registradores esteja em órbita em torno
da
Terra , no espaço. Tem-se o direito de
perguntar: como o sabe? A resposta é simples . Estes
registradores captam uma mensagem de rádio
e a retransmitem , com um certo atraso,
para uma receptora desconhecida.
Esta idéia , que já defendi num
livro intitulado À Escuta dos Planetas , é agora totalmente
difundida.
O eminente cientista Roland Bracewell, diretor
de pesquisas cientificas do governo australiano em
radiotécnica , e numerosos outros cientistas
, observaram nas emissões de rádio desde 1926 e nas
de televisão , após 1950, ecos
anormalmente retardados . Recebem-se emissões da televisão
a partir
de estações que não funcionam
há três ou quatro anos. Recebem-se , como ecos
no tempo ,
emissões de rádio muitos dias depois
de transmitidas . Este fenomeno foi observado desde 1930 por
Stüner e Van Der Pol. Bracewell fez
disso um estudo detalhado . Ele pensa que veículos automáticos
,
semelhantes às nossas sondas , registram
nossos sinais e emissões , para retransmiti-las a um
destino esconhecido , quando as condições
para isso forem favoraveis.
Não se vê nenhuma outra explicação
cientifica para esses ecos retardados . Não há nenhum objeto
no
espaço sobre o qual as ondas pudessem
se refletir e voltar minutos, meses ou anos após . Nada
conhecido sobre a estrutura do tempo nos permite
acreditar que este retenha as ondas
eletromagnéticas como em uma armadilha
e as restitua. (Se tal fenomeno fosse possivel
explicaria muito mais coisas além dos
ecos retardados , mas isto é uma outra história .)
Observado este curioso fenomeno , é , entretanto
, certo que a maior parte dos registradores estão
sobre a Terra . Nós os encontramos por
acaso nas minas de carvão ou de uranio , ou durante as
dinamitações de rochas . É
muito possivel que todos os analisadores e registradores disseminados
sobre o planeta não estejam dentro do
carvão. Devem encontrar-se à superfice.
Eles tem sido encontrados até na superfice
e são encerrados em cofres, no fundo dos porões de
instituições cientificas , recobertos
por outros cofres e por espessas camadas de pó. Eu estou disposto
a visitar museus deste genero como todo leitor
cético . Evidentemente, os objetos que contradizem as
teorias estabelecidas da arqueologia são
os primeiros a serem relegados ao porão . E só escapam a
isso por mero acaso.
Foi num porão que o eminente cientista
ingles Brewster encontrou , no 'seculo XIX , uma lente
proveniente das ruinas de Ninive . E esta lente
havia sido feita a maquina . Ela inda existe ainda hoje ,
assim como a descrição feita por
Brewster . Ela fazia parte , provavelmente, de um instrumento ótico
aperfeiçoado , mais aperfeiçoado
que os instrumentos da época de Brewster , e , certamente , mais
que os existentes em Nínive.
Parece-me certo que uma exploração
sistemática dos porões de diversos museus e um reexame
metódico dos objetos etiquetados como
"objetos de artes" , "objetos de culto" ou "objeto
não-identificado" , nos dariam
numerosas indicações e seriam , sem dúvida, mais rentáveis
que muitas
expedições arqueológicas
feitas com tantos gastos. A maioria desses misteriosos objetos
é de
aço inoxidável ou matéria
plástica.
Existe uma literatura considerável que
trata de objetos aparentemente metálicos, mas que
desaparecem diante dos olhos do espectador. Este
fenomeno data de antes dos lançamentos
espaciais. Os fragmentos de satélites
ou de foguetes portadores que caem não se volatilizam. ( Uma
lenda sempre encontrada, diz que estes fragmentos,
notadamente os do Sputinik IV e de certos
Discoverer , teriam perdido a metade do seu peso,
conservando o mesmo volume e a mesma massa. O
mesmo teria ocorrido com objetos caídos
em 14 de setembro de 1960 na relva de uma vila em
Woodbridge, EUA. O maior era do tamanho de uma
ervilha . Colocado em um recepiente , ele
começava a perder peso. Depois , foram
confiscados pelo governo norte-americano . Se isto é verdade,
é muito interessante. Mas será
verdade? )
Fica-se tentado a pensar em certos registradores , uma vez que a informação foi extraída, desaparecem.
Seria interessante saber se os satélites
indicam sinais de origem desconhecida, proveniente da Terra .
Recentemente , os satélites da série
Explorer detectaram uma radiação deste tipo: ela provinha
da
Terra mas não se podia explica-la por
um fenomeno naturalconhecido e ela não se originou de nenhuma
fonte artificial: radio, televisão, radar
, etc. Esta radiação aproxima-se da que emite a mancha vermelha
de Jupiter , estudada desde 1954 sem resultado
ou conclusão. Teorias as mais complicadas atribuem
anergia à mancha vermelha de Jupiter.
Como a Terra não possue mancha vermelha
, é muito dificil aplicar estas explicações , geralmente
teoricas , à radiação terrestre.
A radiação de Jupiter é modulada e pode-se dizer que
esta modulação é
produto de seres inteligentes. Pode-se dizer
ainda que esta modulação é devida à interrupção
periódica
da radiação de Jupiter pela
passagem do satelite Io. Tudoi isto, entretanto , não se aplica
1a radiação
terrestre , que não parece modulada. Não
se sabe se ela provém da terra , se é emitida pela alta
atmosfera terrestre ou pelos cinturões
de particulas ( eletricamente carregadas ) que rodeiam o globo.
Até nova ordem , não se proíbe
a hipotese de que ela provém de um registrador assinalando sua
posição.
Não é impossivel a hipotese de que
estudos mais perfeitos levarão os satélites a descobrir outras
radiações emitidas pelos registradores
. Seria preciso, para isso, que os datélites fossem dotados de
outros detectores além dos que funcionamsegundo
o princípio do rádio. Detectores em órbita em
torno da terra, capazes de detectar ondas gravitacionais
, os neutrinos e eventualmente, os Tachyons,
mostrarão provavelmente que os registradores
funcionam um pouco em todo o globo.
Talvez se chegue a localiza-los.
É preciso esperar que o próximo
objeto com arestas a ser descoberto seja cuidadosamente "cortado
em pedaços"e estes examinados por detectores
, para tentar chegar aos sinais.
Diversos estudos sobre a América Central
e América do Sul citam objetos esféricos de grande s
dimensões , algumas vezes esferas de três
metros de diametro , colocadas num pedestal. Nenhuma
lenda local trata dessas esferas , que parecem
mais antigas que o homem nesses paises.
É evidentemente possivel que se trate de
registradores de outro tipo, colocados sobre pedestais por
alguma raça totalmente esquecida . Embora
seja fácil imaginar um processo natural produzindo uma
esfera, é impossivel conceber um que possa
talhar um pedestal e sobre ele colocar uma esfera .
trata-se , evidentemente , de objeto fabricado.
Mas de que natureza? Atualmente ninguem o sabe . Nós
estamos disnte deste objetos como um selvagem
hoje emdia , ou como um cientista do século XIX
diante de um cristal utilizado na fabricação
de um transistor. Seria interessante transportar
uma
dessas esferas para um país avançado
e fazer uma análise.
Mencionamos de passagem , porque é agradavel
uma anedota sobre registradores cuja explicação é
tão natural e complexa:
Em 13 de setembro de 1961 , sobre o telhado da
pequena casa de um trabalhador das PTT de Karachi
(Paquistão ) , um aparelho extremamente
complicado visivelmente eltronico , caiu de pára-quedas . Foi
feita uma pesquisa longa e minunciosa. Finalmente
, foi descoberto que este aparelho, destinado a
medir pressão atmosférica e a rapidez
do vento, havia sido lançado dos EUA , num balão, em 1959.
Normalmente , o balão deveria explodir,
no máximo , dois dias depois de atingir trinta quilometros de
altitude. Mas não explodiu, e flutuou
nos ares durante dois anos e um mês , indo , por fim, aterrisar no
Paquistão. Os teóricos demonstraram
que esta viagem seria totalmente impossivel. Infelizmente, ela se
realizou.
Em outros caso, os objetos não são
identificados . A policia americana os recolhe, muito frequentemente,
e eles desaparecem nos porões do Museu
Smithsoniano ou dos serviços secretos
americanos. Foi assim que , em setembro de 1962
, um objeto de aço de dez quilos caiu em uma rua
em Manitowock, Wiscosin. Tratava-se visivelmente
de um fragmento de uma maquina. Em muitos
postos da sua superfice, o aço estava
fundido. O objeto foi transportado para o Museu Smithsoniano ,
que disse se tratar de um objeto fabricado; depois,
o silêncio. O objeto em questão desapareceu na
poeira do museu.
Na mesma época , um outro objeto desapareceu
completamente só. Tinha caído num lago a vista de
um pescador, o Sr. Grady Honeucutt, Harriburg,
Carolina do Norte. Segundo ele, o objeto parecia uma
bola de futebol, recoberta de "antenas" "como
um ouriço de metal". Quando a policia chegou , o objeto
tinha começado a se decompor e parecia
uma massa de fios metalicos enovelados. Naquele momento,
o objeto desapareceu e os mergulhadores não
acharam os traços dele. O objeto fora recuperado ou
então voltara da mesma maneira como tinha
ido.
O ano seguinte foi assinalado pela presença
de um objeto semelhante , em Dungannon, Irlanda. Este
só tinha quatro hastes de metal
- sem dúvida uma variante pobre do anterior -
mas era
incandescente. A armada inglesa o recuperou e
não se falou mais dele.
Pode-se, evidentemente , pensar que se trata de
fragmentos de satélites-espiões; entretanto ,
recolhem-se objetos tais desde o surgimento da
humanidade , e bem antes do aparecimento dos
satélites espiões.
Se estes objetos provêm de engenhos de espionagem
, estes não foram fabricados pelo homem.
Seria interessante fazer uma coleção
de objetos análogos. Tais coleções existem, parece,
nos Estados
Unidos , mas seus proprietários não
autorizam seu exame. É pena!
Alguma organizações fazem coleções
de estudos sobre esses objetos , e de fotografias . A mais
interessante é a organização
americana INFO, o que significa Informação Fortiniana ;esta
organização foi fundada em homenagem
a Charles Fort, o grande especialista do desconhecido. Info
publica a cada trimestre uma excelente revista
sob este titulo.
Na Russia , a revista Technika Molodeji
publica a cada mês um estudo sobre o problema dêste
genero, frequentemente ilustrado com fotografias,
mais uma discussão sobre o assunto , feita por
especialistas.
Não é desprovido de interesse
o voltar ao pilar de Delhi, que oferece um problema singular. O Objeto
mede seis metros de altura, cinquenta centimetros
de diametro. Quer dizer que ele é muito volumoso
para ter sido fabricado por aglomeração
de metais em pó, por fusão. Foi escrito recentemente que
se
este objeto não se corrói "isto
decorre simplesmente do fato de ele ser recoberto por uma fina camada
e transparente de sílica". Ora se o autor
desta genial sugestão encontrou o meio de revestir os metais
ferrosos com uma camada de silica transparente
, eu (Jacques Bergier) aconselho a registrar e explorar
sua descoberta . Garantido lhe é um bilhão
de francos novos por ano, o que não representa senão uma
pequena parcel dos gastos e perdas que a corrosão
ocasiona no mundo.
O pilar tem uma inscrição: um epitáfio
do rei Chandragupta II , morto em 413 da era cristã. Segundo o
que se sabe , o pilar já era muito velho
nessa época. ë verdade que as técnicas de fabricação
do aço já
exitiam na Ïndia . Um dos principes de Punjab
ofertou a Alexandre, o Grande , um lingote de aço de
duzentos e cinquenta quilos, quantidade considerável
na época. De outro lado, a alquimia era bastante
desenvolvida e o ferro era o metal essencial
dos alquimistas.
Portanto . . .
E, portanto , considerando a extraordinária
qualidade do metal de que é feito o pilar , considerando que
ele se conserva indefinidamente , eu me pergunto
se não seria ele um registrador gigante. Eu daria
muito para poder tirar-lhe um pedaço e
submete-lo à analise magnética. Porém, quando se leva
em
conta o valor sacro atribuído ao pilar
, a experiencia se torna impossivel.
Extraido do livro Os Extraterrestres na História de Jacques
Bergier - Editora Hemus - 1970