Uma Base Operacional HiperFísica
 
Era uma noite tranqüila. Sentíamos-nos todos absolutamente bem naquele ambiente deserto, onde o silêncio apenas se quebrava pelo estranho canto de pássaros noturnos com seus acentos pesados e tristes ou o sussurro, em volta, da brisa que trazia leves zumbidos de insetos vagabundos e discretos ruídos do mato.

Ali nos postamos, o nosso grupo habitual de pesquisa. Depois de algum tempo, fecham-se-me pesadamente as pálpebras, aquele sonambulismo superconsciente se instala e, como de consciência estranhamente ampliada, senti-me em um verdadeiro mergulho interno, tendo a impressão de haver chegado àquele mesmo ambiente já descrito, quando do primeiro contato com Yasha-Avi, sempre com sua cordial e acolhedora simpatia.

Depois de uma visita tranqüila àquele ambiente luminescente, de impressionante beleza, pelo tom suave da irradiação que bem percebia, eis que me encontrei em um imenso salão, em que logo distingui uma grande tela bastante côncava, achando-se junto uma aparelhagem presumidamente de operação e controle, de aparência simples, delicada, supervisionada ou melhor manipulada por aquela gente! Ali se encontravam dois operadores atentos a seus misteres, que nem se deram conta de minha presença e da de meu acompanhante Y. . . Curioso é que ambos se pareciam com este, aparentando, porém, físico mais delicado. Então, Y... me explicou:

— "Nesta tela, mediante uso adequado dessa aparelhagem, pudemos fixar em colorido próprio e mais ou menos intenso fotografias de coisas, seres ou ambientes que nos interessem, bem assim estados emocionais ou psíquicos de pessoas, grupos ou coletividades maiores que nos proponhamos a conhecer. Aqui vem ter o que é captado por aquelas sondas luminosas que têm, tantas vezes, visto em torno de vocês. Por um processo altamente especializado, da tela as imagens fotográficas, conto também as formas mentais de colorido vário captadas, vão fixar se em lâminas finíssimas de matéria própria para esse fim, as quais constituirão nossos arquivos dessa natureza. Isso se dá ,por uma convergência de raios de vários níveis energéticos, característicos das respectivas captações incidindo sobre as laminas referidas. Assim é que poderemos dispor, a qualquer momento, de seguros informes sobre aqueles de vocês que, por qualquer motivo, cheguem a nos interessar. Como dissemos, muitos de vocês já viram objetivamente as mencionadas sondas luminosas, mas, normalmente, são elas invisíveis ao olhar humano comum. Cumpre-nos dizer que, no campo psíquico, já realizamos passos seguros, sendo-nos possível agir com a mente muito concentrada em feixes  que atingem facilmente o alvo colimado. Temos muita facilidade também de captação telepática direta e de promover além daqueles feixes mentais concentrados e com a participação deles, fenômenos muito objetivos e estranhos no espaço em que vocês se encontram como, por exemplo, o encurvamento da luz e também seu adensamento em formas dimensionadas já observadas nesse mesmo local. É verdade que, nesses casos, além desse poder mental, outros elementos energéticos físicos ou hiperfísicos sob nosso controle são utilizados com técnica muito apurada. Tudo o que acabamos de dizer constitui um aspecto da nossa técnica que, evidentemente, decorre de uma ciência que se desenvolveu em bem prolongadas e apaixonantes pesquisas conduzidas, já há muito, em nosso sistema."
 

Continua ainda Y... dizendo e insistindo sobre o controle da irradiação mental e da capacidade já muito grande que possuem de percepção direta do próprio pensamento de qualquer criatura. Assim disse:

— "Controlamos já de tal forma o exercício da energia da mente que somos capazes de atuar através de verdadeiro "laser mental", concentrando extremadamente o pensamento e o fazendo incidir mediante aguda pressão, verdadeira força, sobre a mente de outrem. Assim fazemos e temas feito e faremos conforme a nossa estratégia de atuação, agindo no silêncio da subconsciência ou do inconsciente das pessoas que desejamos influenciar, conduzir mesmo a determinadas decisões sem que percam os seus próprios méritos. Como temos operado assim em muitos e muitos momentos da conjuntura mundial de vocês??!! Para a percepção, a recepção em nosso próprio plano consciente do que se passa na mente ou no campo emocional de qualquer criatura, temos uma técnica segundo a qual tudo se passa como se se abrissem em nós, no momento próprio, novos e novos canais de captação ou como se um numero imenso de estranhas antenas se dispusessem de tal forma que qualquer campo de irradiação ambiente, mental ou emocional, lhes fosse sensível. É que, em outros termos, atingido certo desenvolvimento maior, essa diversidade imensa de níveis e de características dos campos mental e emocional não pode escapar à extraordinária amplitude essencialmente abrangente do centro de percepção daquele que se realizou nesse nível mais alto em que, a rigor, desaparece toda conceituação humana! Não dispuséssemos nós desses extraordinários recursos tão eminentemente próprios ao nosso tipo de trabalho, o que poderíamos afinal fazer em benefício do humano, a não ser exercer o poder de imposição, que jamais desejaríamos empregar e estamos seguros, jamais usaremos?!..."

A seguir, Y... referiu-se à má orientação (e perigosa) de certa parte da juventude humana, buscando em drogas a expansão de sua capacidade perceptiva. Isso, porém, disse ele, um verdadeiro crime contra a própria criatura, conduzindo-a ao desequilíbrio físico e moral, tais os fatores implicados, violentando-se dessa forma a própria natureza da evolução do ser humano. Falou, então, finalizando, de sua satisfação por aquela nossa primeira experiência assim objetiva e prometeu fazer sempre o que puder, para que prosseguíssemos, em segurança, nesse novo e fascinante campo de pesquisa.

Seria suficiente naquela oportunidade. Pouco e pouco, senti-me como a realizar progressivas transições psicológicas que observava nitidamente, no sentido de voltar à vigília normal. Dessa forma, vim a encontrar-me em meio ao grupo amigo de pesquisa nas alturas daquele local, hoje tão caro às minhas recordações.
No mesmo local e nas mesmas condições descritas no relato precedente, eis-nos todos ,em nova expectativa do que pudesse ocorrer naquela noite.

Depois de algum tempo de conversação informal, ajustamo-nos naturalmente às nossas posições no grupo e aguardamos.

Sem demora, encontrei-me naquele aprofundamento sonambúlico à forma já descrita e, logo após, eis-me novamente como em outra visita ao mesmo estranho ambiente, onde encontraria Y... Tudo de modo análogo ao ocorrido no contato anterior.

Agora, caminhávamos juntos por outro amplíssimo ambiente de radiações luminosas variadas, dando a impressão de imersos numa tênue neblina multicolorida em que dominava o tom azul-claro puxando ao violeta e, em alguns pontos, ao dourado. Apesar disso, a vista era bem clara, deixando perceber, fácil, distâncias que me pareciam imensas. Daí porque, de imediato, me impressionou tão ampla área cujos limites não podia realizar. Todavia, podia, então, observar com nitidez, mais perto ou mais longe, ao redor, os acessos da área ou do espaço em que me encontrava, parecendo aberturas ou túneis cujas limitações — paredes laterais — percebia, apesar de ir-radiantes daquela luminescência. A cobertura, porém, se perdia para cima, sem nitidez .de limitação qualquer A. vista. Então Y... disse serem vias de acesso de vários tipos de objetos de características diferentes, mesmo porque de origens também diferentes. Havia vinte e um daqueles acessos em torno da imensa superbase hiperespacial. O seu sistema solar de origem possuía, segundo afirmou, vinte e um planetas, cada um com sua humanidade já muito avançada em Ciência e Espiritualidade. E mais: que todos ali se representavam por equipes com tarefas próprias dentro do quadro da missão cósmi que se propunham, em decorrência de decisões já há muito tomadas pelas Hierarquias Solares e Planetárias do seu Sistema. A pergunta de alguém sobre a localização dessa Superbase assim tão ligada a tarefas de auxílio ao ser humano, respondeu Y... não haver condições para tal resposta, pois, em termos de hiperespaço, do ambiente em que vivem e operam, não haveria sentido exato para o perto e o longe, o aqui e o ali, do espaço em que nós, humanos, nos encontramos, pois, simplesmente, deixam de existir...

Por isso responderia que ela, a Superbase, estava perto de nós, junto á Terra e conduzida normalmente como imersa no globo etérico terráqueo, no hiperespaço que o permeia. Ou então, seria o mesmo, estaria em qualquer parte desse mesmo hiperespaço etérico ou superetérico, onde as referências a globos do espaço, em que vivemos, não se justifica para determinar posição.

— "O que importa são as tarefas visadas, os propósitos de serviço que nos trouxeram de mundos tão distantes até vocês, humanos, sob o influxo da solidariedade cósmica universal. No momento, ajudamos também globos de outros sistemas, estando junto a eles praticamente como estamos junto a vocês."

A seguir, vi-me próximo a uma dessas vias de acesso, como a espera de algo: de fato, apareceu-me de repente, como a deslisar por aquela via, um aparelho não muito grande e de cor puxando a rosa. A minha vista, pareceu aproximar-se suavemente, mais e mais. Mostrava a forma meio alongada, com contornos arredondados, ostentando aberturas, "espécie de vigias" ovaladas, palidamente iluminadas em ouro.

Três pares saíram de seu interior: humanóides de baixa estatura, não se destacando, aparentemente, o sexo. "Y" afirmou serem, porém, casais e que a delicadeza de certas operações de comando daquela nave, visando a decisão de rota, dependentes do alcance de certos níveis de percepção que sejam atingidos com plena segurança, exigiriam essa bipolaridade masculino-feminino. Sêres profundamente simpáticos irradiantes de uma delicadeza impressionante que emanava de sua expressão física, harmoniosa e bela, deixaram-me encantado e curioso, aspirando a um relacionamento mais íntimo. Soube então que isso ocorreria mais á frente. Não seria o programa daquela oportunidade. Ficaria a promessa. Como veremos, cumpriu-se em parte o prometido algum tempo depois.

Diremos apenas, agora, que são de tez e expressão fisionômica lembrando o oriental, tipo mongol, de olhos amendoados e pele muito límpida de um moreno claro suave e discretamente corados Fartos cabelos castanho-escuro, finíssimos e apenas ondulados. Na saudação com que me destinguiram vinham discreto sorriso, atenção e simpatia, a par de uma certa expressão de surpresa t. interesse em observar. Todavia, passaram e se foram adiante, escapando vista,

Logo após, ainda em companhia de Y, dirigi-me a uma outro parte, observando uma perspectiva de construção ampla e delicada, dando a impressão de abrigar algo mais nobre. Disse-me então o nosso amigo Y: "Vamos entrar. Lá conhecerá nosso Chefe, nosso Comandante/"

Pleno de curiosidade, transpusemos aquele pórtico tão belo, do colunas harmoniosas, aproximadas ao alto por uma peça de curvaturas superpostas e continuamente variáveis, dando ao conjunto um aspecto que dificilmente poderá ser descrito com exatidão. Penetramos naquele amplo salão suavemente iluminado e, enquanto aguardávamos, examinei aquele sóbrio e imponente ambiente: algumas formas como de objetos mal definidos e luminescentes nas "paredes" laterais, dando a impressão algumas delas de encerrarem faixas retangulares, umas semi-elípticas ou semicirculares, outras lembrando espelhos ou sistemas de lentes, tudo presumivelmente com algum fim: ao centro, uma extensa mesa que víamos semidensa e em colorido castanho-rosado, apresentando em uma das extremidades, uma cadeira nobre de alto espaldar e de colorido análogo, apenas mais claro e mais irradiante. Cadeiras mais simples, daquele mesmo material, de ambos os lados, porém, muito espaçadas. Em conjunto, beleza simples, sobriedade e uma dignidade sem par subjacente e irradiante em todo aquele ambiente.

Assim, no aguardo do que aconteceria, disse-me Y: "Vocé, hoje, conhecerá apenas nosso Comandante, nosso Chefe, mas voltará aqui para com ele dialogar."

Respondi, então:

---   Não será possível. Que condição tenho para tal diálogo?

Replicou Y:
 
 

---   "Você terá condição, não haja dúvidas! Fará perguntas e obterá respostas. Aguarde essa oportunidade com confiança e naturalidade."
 

Nesse instante, percebi que por um acesso, ao fundo, alguém se aproximava e na verdade, rápido, passei a ver o Chefe que a nós se dirigia irradiante de um aura luminoso muito claro, muito belo, de colorido muito levemente azulado. Bem próximo a nós, aquela figura se apresentava na densidade normal de um ser humano comum, projetando um ar de elevação e de dignidade ímpar, como jamais houvera visto em qualquer cerimonial, entre nós, humanos.

Fiquei perplexo, atônito e extraordinariamente surpreendido, pois esperava encontrar um ser com indumentária análoga à de , naturalmente ostentando sinal ou sinais característicos de sua elevada hierarquia. Nada disso, porém! Tinha à frente um tipo à forma nazarena, de cabelos longos, discretamente anelados, de coloração castanho-ouro, caindo um pouco abaixo dos ombros, vestindo uma túnica branca de tom levemente azulado, barba e bigode médios, relativamente densos e alongados. Foi tão marcante essa presença, a sugestão oferecida por tal e tão imponente figura, que tive quase um choque emocional por tão inesperado encontro, ex-clamando exaltadamente:

Não é possível! Não é possível!

Interrompe-me então Y com vivacidade e presteza:

`— Que é isso? Que é isso? Por que tal emoção e tal excitação por essa surpresa? Vou mostrar-lhe que não tem o direito de ficar tão espantado por encontrar aqui um ser dessa Hierarquial... Então, você se esquece de que viu, em forma densa e objetiva, Yogarim, semelhante a este, no primeiro dia em que veio a esse mesmo local, a essa fazenda? Esqueceu-se de que ele lhe deu missão, a tarefa de observar, pesquisar e escrever um livro, missão ou tarefa essa que você já cumpriu sob a égide de sua proteção então prometida? Esqueceu-se de que você chegou a ter dúvidas sobre tal evento, querendo atribuí-lo a uma alucinação qualquer e que provas objetivas lhe foram dadas da realidade indiscutível daquele autêntico contato? Como então ficar tão perplexo face a este encontro com o nosso Chefe e Comandante, na realidade um Ser Superior, segundo o conceito de vocês? Aliás, desde então, demonstramos e afirmamos que o nosso trabalho de auxílio aos humanos tem muito que ver com o trabalho e a presença atuante, no mundo de vocês, dos grandes Seres, que têm a seu cargo velar pela evolução planetária terráquea. São atividades e trabalhos entrosados em benefício dos humanos e, pelo que agora direi, poderão vocês melhor aquilatar a essência desta verdade que ora afirmo. Veja bem: "Esse que você vê é YASHAMIL, realizado de evolução pretérita em nosso sistema, cujo irmão gêmeo Kut-Humi, se integrou na evolução terráquea, há algumas dezenas de milhares de anos, sendo hoje um Ser de altíssima responsabilidade no que se refere ao destino espiritual da humanidade. Face a essas circunstâncias e em decorrência daquela pretérita geminalidade, apesar da distância física entre nossos mundos planetários, YASHAMIL, esse que agora você está conhecendo, veio em cósmica missão de auxílio, no que respeita ao bem do humano, isto é, no sentido de proporcionai-Ille meios n segurança para transpor essa crise de desequilíbrio em que so encontra. Na verdade, o humano, muito poderoso pela técnica decorrente de um conhecimento prematuro sobre o domínio energético da intimidade da matéria, mas ainda muito pobre de efetivas capacidades realizadoras no plano alto do espírito, se acha incapaz de se colocar nas tônicas do intrínseco amor universal."

Enquanto Y disse rápido tudo isso, aquela figura plácida e radiante de espiritualidade e serena energia que caracterizam o ser superiormente realizado das sintonias cósmicas do Bem, firmava em mim aquele olhar pleno de uma Luz indefinível que jamais poderei esquecer ou mesmo traduzir. Estende os braços em sinal de saudação e fraternidade, poderia dizer de bênção, transmitindo-me extraordinária calma e segurança e, então, a certeza de que voltaria à sua presença para o tal diálogo prometido.

Com imensa alegria interna, despedi-me, naquela memorável noite, daquele estranho, tão incrível e tão belo ambiente, voltando, depois de alguns instantes e certas transições psicológicas, ao habitual estado de vigília, em meio àqueles queridos amigos do grupo, companheiros e companheiras sempre constantes dessa extraordinária, aventurosa e fascinante pesquisa em tão sutil, estranho e interrogativo nível...
Mais algum tempo e eis-nos novamente no já referido ambiente do pesquisa. Haviam sido dadas algumas instruções para a condução daquelas observações: número limitado de componentes do grupo, cada qual se responsabilizando por ser persistente, pontual; horário certo; reunião inicial de todos os participantes, em silêncio, voltados para o lado de distâncias mais amplas, olhando para alturas maiores, no lunge; algumas palavras a seguir, buscando harmonização, verda polarização das mentes em torno do ideal de trabalho e de pesquisa; ficar à vontade, conversar despreocupadamente à forma de amigos que se encontram; afinal, bem depois, unirem-se todos concentradamente no objetivo de contato, aguardando possível surto telepático, que poderia ocorrer ou não. Inicialmente, inscreveram-se vinte e três. Por vários motivos, os mais diferentes, — tempo instável, distâancia, condições no lar, temperamento impaciente, falta de espírito de dedicação etc., o número inicial, de repente, baixou para doze,assim continuou por muito tempo.

Constituímos pois, na oportunidade, um grupo relativamente grande, tendo os acontecimentos se desdobrado com bastante regularidade.

—     Naquela noite, ao aproximar-se o estado semi-sonambúlico já descrito, por motivo até de segurança ou equilíbrio (estamos certos de que, como verificamos na seqüência, muito mais por motivo de facilitar o aprofundamento do transe telepático) demos as mãos a duas pessoas do grupo, muito afins conosco. O transe superconsciente se apura: pálpebras pesadamente cerradas e consciência estranhamente ampliada, com a impressão até de muito mais lucidez. Tudo bem. A preparação adequada para gravar o que ocorresse: minhas próprias descrições ou observações, iniciativas de inquirição e, também, as informações, quer telepáticas puramente, quando o interlocutor não é visto, quer decorrentes dos diálogos mantidos face a face.
 

Após algumas respirações profundas, eis-me frente ao mesmo Y... no ambiente já descrito. Agora iríamos a outros locais no prosseguimento da visita à já referida base hiperespacial. Passamos por mais uma das vias de acesso, mas Y... não fez qualquer menção, mandando-me ir à frente. Disse-me, então, estar me conduzindo a um amplo ambiente em que se manipulavam ou operavam necessárias transformações energéticas, transmitindo-me de imediato a informação de que, em última análise, seriam adensamentos vibratoriais a que se achariam submetidos alguns tipos ou faixas de energia solar ainda não conhecidas dos humanos. Disse que o Universo apesar do "Infinito" que é, e da infinita multiplicidade de aspectos de substância e de energia que apresenta, é Uno, o mesmo por toda parte. Daí a razão pela qual a aprendizagem, a ciência e a técnica por eles realizadas em seu sistema tão distante são válidas, absolutamente próprias, no âmbito de nosso sistema. Deu imediatamente a entender que, em ocasião oportuna, esse assunto seria esclarecido conforme eles desejam, visando a colaborar conosco, humanos.

Nisso, dei-me conta de nos encontrarmos em um ambiente bem diferente, abaixo do em que antes estávamos. Tive porém a impressão de que, não obstante aquela sensação de deslocamento para um plano inferior, a realidade não era bem assim, pois, naquelas condições de perceber, conceituar e viver, era difícil aplicar os nossos conceitos e opiniões sobre localizações. Pensei no caso naquele instante e senti-me um tanto embaraçado, havendo que deixar de lado, pelo menos provisoriamente, o procurar entender bem tudo aquilo.. .
 

Então, ao lado de Y... sempre simpático e solícito, vi um grande número de aparelhos, dando-me a impressão de densidade, de feitura material, dispondo-se aqui e acolá, ora ao lado um do outro, como em nosso espaço, ora superpostos e ligados por uma espécie de tubulação, uns com os outros, como habitualmente acontece entre nós, por tirantes, longarinas ou vigas mais ou menos dimensionadas, visando à segurança e estabilidade... Era um "sem fim" à vista que, em primeiro plano, permitia nitidez de contornos e a impressão já referida do material, do denso, para, pouco e pouco, mais distante verem-se aquelas formas se esbaterem progressivamente mais e mais indefinidas... Tudo, porém, dentro daquela luminescência simpática, agradável, dando-me a sensação de bem-estar e acentuada estabilidade emocional em nível alto.

Distinguia formas esféricas e semi-esféricas, cilindricas, cônicas, etc..., com outras tantas de transição em que dominava a tronco-cônica.

No momento surpreendi-me e fiquei a conjecturar haver observado formas lembrando objetivamente a do parabolóide hiperbólico. Logo após, Y... percebendo que eu havia ficado interrogativo sobre essa forma, aduziu algumas considerações sobre a sua utilização, dizendo que, estranhamente para nós, mas não para eles, ela propicia facilidade na captação de certos tipos de radiação que, então, penetra na substância utilizada, aí sofre a transformação requerida e, a seguir, se projeta em grande faixa de amplitude, só por ela, por aquela forma, oferecida, dirigindo-se a vários destinos. Sem entender bem tudo isso, é evidente, reservei-me para oportunamente procurar colher outros esclarecimentos.

Fixei meu maior interesse em tudo ao derredor. A atenção foi despertada por uma aparelhagem mais próxima, ou melhor, sob a nitidez daquele tipo de visão, em que se distinguia uma forma tronco-cônica invertida, abrindo-se sensivelmente para cima, sem que porém fosse bem percebido o bordo superior do objeto, que. como se apresentava, podia ser visto por dentro, ôco, através de suas pare-des. Percebi também que de seu centro se erguiam três colunas, mostrando em suas extremidades, muito ao alto, amplas formas côncavas e movediças, oscilantes e em rotação como destinadas a capta-rem quaisquer radiações de natureza para mim insuspeitada. Era-me dado observar várias daquelas aparelhagens, notando que, de todas elas, da parte inferior, partiam tubulações, convergindo para um local como a indicar aí, o centro de adensamento ou concentração de algo que fluísse de suas aberturas.

Y... diz, então, que, interiormente aos tronco-cones, havia dispositivos sensiveis às energias captadas, constituindo-se, aliás, no cerne do processo de apropriação ao nível vibratório adequado, espécie de condensação energética.

Aquele tipo de energia solar fluía e se acumulava em um imenso sistema de placas, dispostas no referido centro, em gigantescos acumuladores, donde se dirigiria à utilização. Y... ainda explica que aquele processo simples conduz à solução de parte do problema de propulsão dos objetos, em seus deslocamentos nos vários ambientes que tenham a transpor, uma vez que outros processos, outros condicionamentos energéticos são utilizados.

À minha curiosidade natural apenas foi respondido que a Física Hiperespacial, na verdade, está bastante além da nossa ciência atual, motivo pelo qual nos seria muito difícil, se não impossível, compreender nitidamente os processos técnicos utilizados, não só no que respeitava à acumulação energética observada, como também a outros processos igualmente operantes em que atuavam outras energias, quando dos deslocamentos interestelares ou mesmo nas atmosferas planetárias. Todavia, cumpria dizer que seria necessário ao homem penetrar o estudo da Hiperfisica, em cujo âmbito haveria que estudar os campos energéticos vigentes no Hiperespaço, os quais representariam, em última análise, como uma sutilização, um refinamento dos campos já em estudo e em relativo domínio pela ciência humana: os campos gravitacional, eletromagnético e inter-atômico. Seria de grande necessidade, particularmente, ter condições de estudar, em nível hiperespacial, a Luz nesse Hiperespaço, em que ela se propaga não a 300.000 km/seg., mas a trilhões e trilhões km/seg. ou melhor, anos-luz/seg. do nosso espaço.

A sua natureza eletromagnética aí se provaria, mas de um eletromagnetismo que corresponderia, nesse ambiente hiperfísico mais refinado, a um campo imensamente mais atuante, mais intenso do que o existente, ou pode ser criado, no espaço em que vivem os humanos e onde já bastante conhecem de suas propriedades e aplicações. Ainda me foi dito então que, mais à frente, iria receber certas informações mais amplas sobre esses assuntos, em complementação ao que estava agora conhecendo, mesmo superficialmente, sobre alguma forma de utilização de energia ambiental cósmico-solar, conforme indicado.
 

Mesmo sem grandes explicações, naquela visita dei-me conta de que, pelo menos para deslocamentos iniciais, ou em ambientes mais densos, seria necessário certo tipo de abastecimento, pelo menos para algumas naves habitualmente utilizadas. Daí, a razão para tudo aquilo que vira e que ele, Y, teve tanto interesse em mostrar.

Nessa mesma oportunidade, encontrei-me em outra parte, onde apreciei dois aparelhos de formato análogo, ostentando porém sensível diferença em colorido: um, de aspecto metálico à forma de alumínio, mais alongado e menos irradiante de luminosidade e outro, mais bojudo, da tal cor castanho-rosa do primeiro que vira fisicamente, objetivo, lembrando a forma de uma calota esférica (quase uma semi-esfera) discretamente achatada, essa porém, à vista, bem mais iluminada. Aguardavam ali um tipo de abastecimento energético específico para certas operações em nosso espaço interplanetário, ou melhor, solar. Para tal, deveriam ser utilizados aparelhos de recepção energética de cada um deles, bem complexos, em seu bojo, sendo-me indicado que, mediante técnica especial, eles receberiam fluxos concentrados da energia acumulada no tal centro da superbase, ficando em condições de iniciarem e prosseguirem as suas operações, cm que se deslocam de forma tão impressionante no que respeita à extraordinária velocidade e ao domínio quase completo da inércia. É que a própria matéria de que são feitos os aparelhos descritos se impregna facilmente de vibrações energéticas, que assim atuam na raiz da própria substância, invertendo polaridades na estrutura inter-na dessa mesma substância, modificando então o seu comportamento mecânico.

A visita hiperespacial daquela noite encerrou-se, afinal, com o encontro, ou melhor, a apresentação aos Comandantes de cada uma daquelas naves, de aspecto físico muito acentuadamente diferente. Deviam ser, e assim explica Y..., de humanidades diferentes Se-riam os 3º e 4º tipos diferentes de seres, humanóides, que conheceria nessas estranhas aventuras, em contato com uma realidade em cujo fascínio me vi envolvido. Assim se mostraram:

Um, o da nave alongada e clara, esguio, bastante elegante, cabelos discretamente alongados, sem cobertura, tez muito clara, sem apresentar barba, fisionomia simpática, como a irradiar boa-vontade, desejo de comunicação, sociabilidade. Vestia roupa de tom azulado, um tanto frouxa, com largo cinto, lembrando um macacão de tecido suave. Botas amarelas.

Outro, de compleição atlética, mais baixo, de ombros muito amplos, fisionomia bastante fechada, irradiando uma energia um tanto agressiva; barbas pretas densas, deixando apenas suspeitar cabelos pretos, de vez que usava cobertura bem ajustada à cabeça; roupa muito colada ao corpo, lembrando túnica militar de uma colo-ração estranha — verde-acinzentada. Apesar da aparência pouco cordial, irradiava impressão de dignidade, inspirando confiança e até certa simpatia.

Esse encontro limitou-se a simples cumprimentos, deixando-me, porém, uma grata recordação.

Logo após, aconselhado por Y..., os do grupo aqui já cansados, progressivamente fui me situando na vigília normal, que foi um tanto retardada, dado que me encontrava em estado bem profundo daquele tipo de vivência, de percepção, ou o que seja, bem marcante naquela noite.
Passaram-se alguns dias e eis que, no mesmo local, os do grupo nos encontramos, no cumprimento inicial da sistemática já mencionada. Desde a experiência passada, estávamos ansiosos por um possível diálogo com o Comandante ou Chefe da superbase. Por motivos não explicados, nada havia ocorrido nesse sentido na reunião anterior, conforme se sabe da descrição feita e da ocorrência já relatada.

Pouco a pouco, fui entrando na sintonia conhecida, olhos pesadamente fechados, e em plena consciência. Senti, de imediato, a expansão da percepção ou tipo de transporte ao ambiente já descrito, em contato com Y. Logo a seguir, Y informa que não seria ainda daquela vez o diálogo prometido com Yashamil. Não seria oportuno por um motivo que, logo após, saberia e também por ser conveniente um contato prévio com outro ser que exercia comando de uma das naves. Dito isso, eis que surge uma delas de linha muito pura, muito elegante, verdadeira forma de harmonia e beleza, como jamais vira. De colorido ligeiramente azul-metálico, um objeto alongado de curvatura muito discreta, afilando para as extremidades, dando à surpreendente impressão de ser flexível, coma se houvesse encaixes suaves, de peças cilíndricas ou tronco-cônicas, permitindo a condição já mencionada de afilamento para as extremidades. Apresentava-se em meneios suaves, deslocando-se ou melhor, oscilando para um lado e para outro, flutuando a mui pouca altura, com aquele brilho metálico um tanto azulado.

Súbito encontrei-me em seu interior num refinado ambiente, na presença de um casal realmente muito belo, de aparência excepcionalmente simpática que me recebeu com inusitada cordialidade. Observei em quase todo o contorno, painéis e mais painéis com luzes de variadas cores, pontilhando os quadros, com pequenas alavancas e. vários tipo de botões próprios às operações. De um dos lados, um objeto simples ostentando uma espécie de tela côncava de grande dimensão, em material um tanto esverdeado, pareceu-me parte de especie de televisão, o que foi, a seguir, confirmado, ao dizerem que ali se podiam projetar imagens e sons de planetas ou mundos distantes.
 

Naquele ambiente, apenas eu e aquele afável casal. Muito altos, porém harmoniosamente proporcionados, lembravam-me o primeiro tipo já descrito na experiência anterior, pelos traços, pela cor e pela roupa que vestiam, inclusive, quanto ao aspecto de franca cordialidade e simpatia.

Explicou-me então o Comt. Zyaish a quem Y... me apresentou, a razão da visita que seria a de ver pela primeira vez e a de conhecer o interior de uma daquelas naves, bem assim, a de saber algo dos objetivos da missão interestelar em que estão empenhados, antes mesmo que dialogasse com o Comandante-Chefe, o Mestre YASHAMIL. Assim é que, a seguir, passamos para um compartimento próximo mostrado como um simples mas refinado laboratório, onde certos tipos de experiências eram algumas vezes conduzidas, visando aos mais diferentes campos da pesquisa: físico, químico e bioquímico, biológico etc. Tudo isso em termos do relacionamento dos fatos em nível espacial, com o que subjacentemente ocorre nos níveis etérico e super-etéricos. Esse pequeno laboratório de tipo sempre presente em naves daquele padrão seria uma discreta miniatura do laboratório central da superbase, ao qual ainda não tivera acesso, onde o que porventura se refira ao interesse do desenvolvimento em qualquer estágio ou sob qualquer modalidade em que se apresente o elvolver e o transformar-se da energia e da vida planetária do nosso ou de outros globos, tudo é pesquisado, analisado, tendo em vista o cumprimento de tão extraordinária missão cósmica.

Algumas pequenas digressões feitas pelo Comt. Zyaish em relação à parte técnica, percebemos as dificuldades em transmiti-las, tais as implicações científicas ali manifestas em nível tão fora do nosso conhecimento atual. Persistiu, porém, a impressão — senão a certeza — em decorrência do que foi dito e do que nós próprios até certo ponto já estamos começando a realizar, de que aquele conhecimento científico e a conseqüente técnica, sua aplicação naquele nível dimensional superior, só poderão ser apreendidos sob a condição de faculdades superiores prestes a desenvolver-se no ser humano. A consciência e as capacidades de conhecer e atuar seriam assim ampliadas, expandidas, face a essas dimensões superiores. Dai dizer o comandante em diálogo conosco:

"Para que o humano consiga esse conhecimento e seja capaz de aplicá-lo, a primeira necessidade, a condição mater é desenvolver certas qualidades perceptivas de nível mais alto, que já está provado possuir, tornando-as de emprego normal na própria pesquisa. Seriam as faculdades que vocês chamam parapsicológicas, em uso pleno, acompanhadas da correspondente expansão consciencial, condição capaz de orientar um critério novo no FAZER. É bem evidente quo, nesse campo, o humano ainda está demasiado atrasado, pois julga só poder trabalhar no meio e no veículo densos em que se encontra. Aparelhos como esses que você vê, não podem ser feitos ou manipulados pelas mãos densas do corpo físico, humano. Voltarei daqui a pouco a este assunto, na pequena exposição que irei fazer."

Dirigimo-nos à parte posterior da nave, onde me foi dada vista de um aparentemente delicado aparelhamento, que seria o centro do fluxo energético propulsor. Disse, então, o Comt.:

"A energia condensada recebida no abastecimento da superbase vai-se utilizar, de novo, devendo agora fluir orientadamente, atuando através de dispositivos laterais, ajustados quase imperceptivelmente ao arcabouço da nave como lâminas envolventes do aparelho, com delgado espaço entre elas, porém ampla superfície circundante tronco-cônica, agindo assim com muito equilíbrio na impulsão e com vários escapes adequadamente dispostos que permitem fáceis mano-bras de direção. Essa é a razão pela qual, quantas e quantas vezes, têm sido observadas luzes de coloração a mais diferente, em dependência da velocidade do aparelho ou, o que significa o mesmo, estritamente relacionada com a intensidade daquele escapamento, bem assim, pelo que fica dito, extraordinária flexibilidade nos problemas direcionais". Não obstante aquele estado, lembrei-me de que, no momento, veio à recordação o caso muito conhecido na conjuntura mundial em que o Comt. Gilles e o Ten. Whitted, de um avião comercial da Western Air Lines descrevem o intenso colorido de múltiplas cores e grande intensidade luminosa de um objeto que encontraram, voando ao seu nível e em sua direção, acelerando muito o seu movimento, quando de sua passagem bem próximo e um pouco acima do avião que comandavam.

A respeito de propulsão e de escapes energéticos produzindo efeitos luminosos, ainda acrescenta o Comt. Zyaish:

"Não se esqueça de considerar o que o humano precisa entender e, por isso mesmo, você tem que ter muito cuidado no transmitir, isto é, que nós falamos dessas coisas no nível em que elas realmente estão, nesta dimensão superior, em que o objeto, a matéria de que é; feito, nada tem, no estado normal, dos elementos químicos que vocês conhecem bem. Todavia, essas energias e essas formas de substância desta dimenão superior descem vibratorialmente ao espaço "inferior", mais denso, em que vocês estão, mediante um procedimento técnico, hoje para nós muito simples. Essa técnica se baseia na criação de campos interferenciais, decorrendo daí a baixa da vibração e o surgimento da forma no espaço de vocês, bem assim os correspondentes aspectos, no espaço, das energias envolvidas. Daí, os objetos, as naves densas, plenamente materiais e as expressões energeticas nesse espaço à forma de luz de cor variada decorrente da ionização no ambiente da atmosfera da terra.
 

"Há uma perfeita harmonia analógica na descrita correspondência de matéria e energia, entre o nosso espaço e o de vocês. Estamos seguros, porém, de que realmente ainda muitos passos deverão ser dados para que a ciência humana se conforme em abrir-se a essa pesquisa, de um nível ainda rejeitado e cujas condições exigirão o desenvolvimento e a aplicação de faculdades já demonstrados no campo parapsicológico, mas longe, todavia, de se acharem incorporadas ao viver humano ou mesmo, apenas, à pesquisa científica. Você verá bem isso, esse tipo de dificuldades, quando divulgar esses con-tatos que está mantendo conosco, possibilidade que se abriu em conseqüência de perseverante dedicação à busca desse tipo de pesquisa e conseqüente conhecimento e realização. Reconhecemos que certas condições, repetimos, devem ser realizadas pelo homem para essas experiências e que, só uma muito pequena minoria se predisporia a tal. Não importa ! Felizmente nesse campo não poderá haver realizações prematuras, de tal forma a se tornarem perigosas. Há um cuidado especial em torno disso para o bem de vocês, humanos."
 

"Cumpre porém, aqui, ressaltar que o que acabamos de dizer sobre as nossas naves, sua constituição material e as energias utilizadas, tudo de âmbito hiperespacial, não se aplica necessariamente a qualquer nave extraterráquea. Devemos dizer que, no âmbito solar, do próprio sistema de vocês, realizam-se técnicas próprias de uma ciência maior do que a de vocês, mas ainda adstrita ao espaço. Conseguem-se naves extraordinariamente aperfeiçoadas, de muito leve material, de inaudita resistência, utilizando-se o eletromagnetismo supercontrolado, já bem conhecido seu relacionamento com a gravitação, entre cujos campos já conseguiram mútuas transformações e fluxos energéticos próprios à propulsão. Além disso, outros conhecimentos relativos à evidência e controle da pressão cósmica, chegando-se até ao vácuo cósmico, segundo critérios ainda espaciais, facilitaram e permitiram deslocamentos com velocidades que espantam aos humanos."

De repente, vi-me novamente na primeira sala de entrada da belíssima nave que visitava. Aí, então, Y disse que o Comandante Zyaish, que me havia acompanhado, iria ainda dizer algo encerrando nosso contato:

"Bem sabemos que você, nesse instante, está ansioso pelo encontro e diálogo prometido com o nosso Comandante e Chefe. Entretanto, ainda não poderá ser hoje, competindo-me, porém, dizer-lhe algumas coisas agora, para que anote e transmita. É como se eu fosse falar por delegação, cumprindo determinação superior."

"Quero dizer do conteúdo, das razões e, em conseqüência, da natureza da nossa missão, deslocando-nos de globo tão distante, segundo vocês, até aqui. É que, a partir de estágio mais alto do ser, a própria evolução cria em cada qual um estado de despersonaIilação, plenitude de altruísmo que vocês dificilmente compreenderão, apesar de afirmado pela palavra lúcida e necessária, daquele Instrutor Maior que esteve e está com vocês: "aquele que se perder, achar-se-á."

"Essa perda é o esquecimento intrínseco de satisfações egoisticas, visando à dedicação ao trabalho amplo, inegoistico, transcendental-mente pleno de altruísmo, da criatura em marcha, em bem do progresso coletivo — da sociedade em que vive, da nação, ou da raça, da humanidade a que pertence!... Isso porém, esse sentido de expansão ainda pode ampliar-se e se amplia até outras humanidades ou mundos, em que o ser não tem plantado os próprios pés!... Esse caso se dá, quando, pela sua própria capacidade de expressar-se em amor, em sabedoria e em poder, o ser já realizado de uma evolução pretérita maior se sente impulsionado a cumprir missões bem mais amplas de interesse de outras humanidades ou mundos em marcha, tendo a seu serviço um profundo conhecimento do sistema em que vive e já certo de que a ciência que possui lhe oferece um conhecimento superior do Universo, em que todos têm o seu próprio destino. Reconhecerá seu PODER, a sua CAPACIDADE TÉCNICA, OBJETIVA, DE SERVIR com proveito a outros irmãos partícipes do IMENSO PROCESSO DE EVOLUÇÃO DIVINA EM BUSCA DE UMA REALIDADE MAIOR !

"Eis a razão pela qual estamos aqui, a razão também, que vem trazendo até vocês algumas missões outras, afins com o nosso trabalho, sob a responsabilidade de seres de outras origens, alguns do próprio sistema solar, outros ainda, de mundos extra-solares da nossa própria galáxia ou não.

"Na verdade, são das mais diferentes proveniências esses extra-humanos que têm visitado e visitam a terra ou atuam dessa ou daquela forma, comeste ou aquele objetivo".
"Na verdade, são das mais diferentes proveniências esses extra-humanos que têm visitado e visitam a terra ou atuam dessa ou daquela forma, com este ou aquele objetivo, sobre o humano. . Desde seres hostis, cujo objetivo único é conhecer para melhor dominar, auferindo proveitos que julgam necessários ou justos, passando por toda a hierarquia de ambições mais ou menos elevadas, daí à plena cordialidade e compreensão de interesses recíprocos. Há, porém, ainda os que são conscientes e seguros e que objetivam apenas ajudar, ajudar e ajudar ao irmão cósmico humano em suas dificuldades, em suas lutas e tropeços desse caminho evolucionário! Pretendemos estar certos, muito seguros, de que pertencemos a esses últimos e já demos a vocês, particularmente a você que transmite essas palavras, provas e provas, e demonstrações patentes do nosso relacionamento com a alta espiritualidade planetária. Podem vocês ter em maior crédito que não tem sido comum concedermos a quem quer, pessoa ou grupos, tais demonstrações, quais as que você e alguns do seu grupo têm recebido. Dentre elas só desejamos ressaltar:

Primeiro — o encontro objetivo e de tão profunda repercussão na pesquisa empreendida que você teve com YOGARIN, nas mais estranhas condições, tão bem preparadas, da madrugada em que chegou a esse local, a essa fazenda, em que se encontram;

Segundo — a forma solícita e com repetições sucessivas, com que correspondíamos com faróis luminosos que se acendiam e projetavam flashes sobre o grupo, quando você pronunciava em invocação o nome do Senhor Cristo, Supremo Hierarca Planetário, provando-se então que queríamos demonstrar nossa afinização, sentido de entrosamento e harmonia de trabalho entre nós e os grandes Adeptos, Mestres Ascensionados da evolução terráquea.

"Sendo assim, devemos dizer, mesmo que pouco, sobre as nossas preocupações e o sentido do trabalho que estamos empreendendo com vista aos humanos.

"Inicialmente damos ênfase, desejamos ressaltar que nos inspira uma preocupação missionária, que não se atém apenas ao homem em si, como um elemento isolado, que pudesse ser assim tratado, em sentido teórico, coma um ser fora das contingências naturais de sua própria evolução. Na evolução de um sistema como um todo, ou numa evolução planetária particular desse sistema, visto o processo do nível cósmico, não há como destacar particularidades, setores ou campos fechados. Temos que considerar o processo tal qual se nos apresenta, de forma global, à forma de envolvente e positivo universalismo. Por isso é que dizemos que nos interessam os problemas terráqueos, segundo as linhas das várias expressões de desenvolvimento ou de afirmação da evolução planetária. Isso significa achar-se sob a nossa vista, de sumo interesse, não só o humane si — visando à sua realização de inteligência, poder e amor, mas também o que diz respeito ao mundo animal, em que profundas,intimas transformações, mutações e aquisições se operam, visando no fruto de uma Cósmica Experiência, em que o Poder Criador fundamentará a eclosão, o desenvolvimento e o destino já de agora entrevisto da futura humanidade. Pensarão vocês em termos de tempo e admirar-se-ão do que estamos dizendo?!... Mas, se já sabem que inexiste para nós o tempo que vocês contam por dias, anos e séculos?! E mais, se pensarem que, no planeta em que se encontram, todo o seu condicionamento biofísico-químico se acha lançado como em um TRANSCENDENTAL LABORATÓRIO, em que se preparam e se desenvolvem múltiplos caminhos de expressão do Poder Criador, ainda não próprios para as preocupações do interesse humano atual?! Se assim o fizerem, se assim pensarem mesmo por breves instantes, poderão intuir do valor que todos deve-mos dar a toda revelação de energia transformadora que possamos surpreender, desde a densidade da matéria de aparência estática até às mais sutis e dinâmicas formas que deixem entrever o evoluir planetário.

"Por isso, na missão que nos impusemos a nós próprios, há lugar, e campo e necessidade, tanto para o cuidado e vivo interesse, visando ao coração humano, como para a sistematização de uma pesquisa e um trabalho em todos os campos energéticos e vitais, que também abrangem o mundo vegetal, além do mundo animal, já considerado, no sentido de que ambos têm os seus fins em harmonia com o destino, já agora mais alto, da humanidade a que vocês pertencem. Eis a razão pela qual são bem mais amplas e complexas as tarefas que nos impusemos! Eis também uma resposta àquela sempre presente pergunta: "o que estão fazendo? o que querem esses visitantes? por que nada dizem ou informam a respeito?" — Se tem havido e ainda há de haver algum silêncio, é que nossos processos operacionais ainda se passam em um nível de tal ordem que o humano os consideraria fantasiosos, de sonhos. Por que então lançar certas sementes antes da preparação do terreno que possa acolher bem a semeadura? Esperamos que, com essas palavras, estejamos, pelo menos em parte, justificados!"

"Resumindo o que vínhamos dizendo, anote que temos uma atividade que se amplia em pesquisa e trabalho de vários departamentos, segundo diriam vocês, não deixando, porém, de ter ênfase particular nesse momento, por sua própria natureza, e pelas circunstancias das realizações científicas e técnicas humanas, aquela qued iz respeito à VIDA SOCIAL E POLÍTICA DE VOCÊS. Assunto multo delicado porque temos de ajudar, sem atingir o campo das responsabilidades dos humanos e, também, sem lhes roubar o mérito do que realizarem. Com ou sem nossa ajuda, dores e alegrias haverão de ficar sempre à sua própria conta, ESSA A LEI! ESSA A LEI!"

Nesse ponto, Y se aproxima. Está encerrado aquele contato. Voltamos, em seguida,. vigília normal, junto às pessoas queridas quo nos dão tanto apoio e segurança quando nos lançamos em tão fascinante campo de observação, estranha e surpreendente pesquisa no Hiperespaço. Este nos convida meditar e estudar com os olhos bem abertos... à percepção de um mundo diferente, apesar de ser tão nosso, tão nosso!...
Repetidas as já conhecidas condições de pesquisa, eis que me encontro, nessa outra oportunidade, na mesma nave, com o Comandante Zyaish que já havia falado amplamente sobre a natureza da missão que tinham, depois de ter mostrado parte das instalações da nave sob seu comando. O mesmo ambiente sutil e belo, a mesma simpatia já referida daquele ser, que encontrava novamente, depois de observar alguns outros empenhados em seus trabalhos, quando atravessava alguns ambientes até sua presença, em companhia de Y. Apesar de minha curiosidade, as coisas se passavam como previamente planejadas ou determinadas, como se não me coubessem opções.

Então foi-me dito por Y que, naquela oportunidade, iria ter algumas explicações complementares daquelas anteriormente dadas. Disse mais que a seguir teria experiência bem diferente cm relação a um dos planetas do sistema deles. Fiquei extremamente curioso. Logo a seguir, e:s que agora em presença do Comandante Zyaish, inicia ele o contato dizendo:

"— Quando de sua visita anterior, já viu como se passam certas coisas em naves como estas que operam utilizando certos tipos de energia concentrada, acumulada, que aqui diria de natureza hipereletromagnética, governada pela bipolaridade, segundo vocês já conhecem ao nível espacial. São acumuladores capazes de inimaginável capacidade de concentração energética, donde flui no nível próprio, a energia propulsora, como já dissemos, fundamental para os desloca-mentos, se bem que não a única, quando se trata de percursos inter-estelares. Essa energia, fluindo através certos dispositivos, que oportunamente você poderá conhecer, impulsiona a nave criando campos externos, repulsivos, que vão promovendo a formação de vácuo ã sua frente, ou melhor, ao seu redor, dentro do qual ela se movimenta livre, sem qualquer atrito, segundo o conceito de vocês. Por outro lado, dominada a gravitação operante em nosso meio ambiente, pelo intercambio de mútua transformação dos campos hipergravitacional e hipermagnético, controlada a polaridade, a nave se desloca absolutamente desimpedida e liberada até de quaisquer influências da inércia, praticamente ausente no hiperespaço, onde também se reformula, em conseqüência da sua própria natureza, o conceito de massa. E evidente que tudo isso se modifica novamente, quando, por intermédio da criação de campos interferenciais, se processa a descida dimensional, quando então somos observados tão bem e até muito claramente pelos humanos, no espaço em que se situam."

"A criação do vácuo facilita sobremodo o deslocamento das naves. Isso é verdadeiro tanto aí no espaço de vocês como no nosso, isto é, no hiperespaço. E preciso que vocês procurem entender, utilizando o raciocínio analógico, a correspondência intrínseca das substâncias e das energias de ambos os níveis. Só assim poderão, no momento, apreender melhor os fenômenos ocorrentes conosco e com as nossas naves, nas condições em que se passam."

"Posto isso, eis que podemos dizer que mecanismos são acionados e, imediatamente, se criam campos externos que repulsam quaisquer obstáculos exteriores e impulsionam a nave no rumo determinado, criado o vácuo em que desliza sem atrito. Atingem-se, desta forma, velocidades inimagináveis, sem perigo algum e sem mesmo tripulantes ou passageiros terem noção disso."

"Vejam essa carta em que há indicação de globos e sistemas que podemos atingir rapidamente, sob rigoroso controle, assegurado pelo aparelho que você viu na oportunidade anterior. Quando em ação, os diferentes painéis até se embelezam em luz de um colorido muito variado e específico para cada indicação, modificando-se ela em espessura, intensidade e direção. Exige mesmo o seu emprego uma alta especialização para a interpretação segura do que se passa e decisões do comando da nave, regulando tudo o que é necessário em tal tipo de navegação, em velocidade quase sempre muito superior à da luz. E desse modo que. há um absoluto controle de tudo. Podemos assim vir ao mundo de vocês em alguns segundos ou minutos, segundo os conceitos que adotam, quanto à duração. Isso, porém, é muito relativo porque os conceitos de tempo dependem de estados ou níveis conscienciais, próprios do campo espacial ou hiperespacial em que se encontra o ser. É o nosso caso. Breves momentos de operação e nos encontramos a distâncias, para vocês, infinitas, isto é, inconcebíveis, pois atingimos a anos luz/seg!...

"Agora mesmo já estamos chegando a um globo do nosso sistema, que você já entreviu no aparelho de observação para o qual foi chamado a olhar na anterior oportunidade. Lembra-se?"

Realmente, lembrei-me então da oportunidade que tivera certa vez, agora ali repetida, olhando atenciosamente através de um aparelho, espécie de estranha luneta, não cilíndrica, mas como um tronco de cone invertido, em cujo plano da extremidade oposta, de área bem maior, se formavam imagens, à forma de televisão. Ali, vira como uma esfera luminescente dourada, cuja irradiação se intensficaiva celeremente. De súbito, o quadro se modificara e vimos uma cidade de edifícios de contornos discretamente curvilíneos, dando a impressão de suave harmonia de formas e belas nuances de colorido. Logo após, amplas ruas, avenidas e parques onde percebera bem uma população alegre, feliz, lépida e irradiante de simpatia, indo e vindo em seus interesses ou afazeres. Agora, tudo se repetia e, então, tomado da mesma felicidade daquela gente. Seria coma se a maldade jamais houvesse podido instalar-se em corações tão felizes. Era realmente um grande momento para mim, diante de tão fascinante experiência! Apesar, entretanto, de assim perceber, tive naquele ins a sensação de imensa distância que nos separava. Era como que um estranho fenômeno telepático-visual, na realidade, indescritivel !!

Então, diz-nos prosseguindo o Comandante Zyaish:

— "Esse planeta não é o meu. Espero que possamos ir até ele em outra oportunidade, quando você descortinará outras vistas,  outras perspectivas..."

— ... Mas, afinal, o que é isso? Onde estamos agora? interrompo pergunto.

"— Repare bem, você está aqui, dentro da nave, apenas observando através de um instrumento mais próprio. Nada igual ao outro, da oportunidade anterior, através do qual você viu tudo a uma imensa distância."

— Lembro-me bem! Torno a ver as mesmas vistas da cidade o da gente, mas parece que estou nela e no meio da população de gente elegante, fina e simpática, como antes havia percebido. E me parece tudo isso tão físico, tão denso, tão natural!...

Interrompe, então, o Comandante Zyaish:

"Esse globo é realmente físico, relativamente bem denso. E um dos mais densos do nosso sistema. Entretanto, como vê, no seu conjunto é irradiante e de belo colorido , como você já observou, em decorrencia da dominância de uma irradiação de suavidade que lhe é própria , impregnando sua atmosfera , como vocês chamariam . E isso é certo , pois, neste ambiente também dominam o azoto ( nitrôgenio ) e o oxigenio de vocês.
Aliás, aqui existe um tipo de éter mais denso, porém luminoso, que confere ao aura planetário essa aparente e leve nebulosidade de l ao agradável colorido dourado, a par de tão sensível transparência."

Aí, perguntei: — Esse pessoal é mesmo físico como nós terráqueos ou essa densidade é relativa dentro do etérico, como até aqui sempre imaginei?

"Não! Você vai ver e saber bem que, neste globo, seus habitantes têm um físico quase tão denso como o de vocês humanos, mas a densidade média é muito inferior. Há aqui química análoga, mas não igual. Apesar da matéria dos elementos químicos ser, em princípio, comum a todos os globos, muitos deles se apresentam com certas características diferentes, particularmente no que respeita a um certo tipo de radioatividade — felizmente aqui nada prejudicial às criaturas — dando aos seus corpos, porém, essa tênue luminescência que você está observando."

"— Realmente, é um tanto esquisito, mas dá certa beleza: esse pessoal andando para baixo e para cima, assim, um tanto luminescente!"

— "Isso decorre do que expliquei sobre essa condição física da matéria planetária! Por outro lado, acontece que são seres que já se realizaram em estados conscienciais superiores, dispondo de sentidos muito aperfeiçoados no seu viver comum, permitindo-lhes perceber formas e seres de vários níveis etéricos. Isso, em verdade, é comum a todos nós das 21 humanidades planetárias do nosso sistema. Aliás, esses que você observa ainda se encontram em uma das fases menos avançadas da nossa evolução. Apenas em 3 (três) dos 21 (vinte e um) planetas, o veículo físico é assim denso. Nos demais, o veículo é hiperfísico, isto é, dos níveis superiores da matéria física, ainda não conhecidos por vocês. Esse é exatamente o caso do nosso mundo, em que todos já nos libertamos da densidade física, objetiva, nos termos em que vocês conceituam.

Todavia, é tal o avanço dos habitantes desse mundo que você vê, que muitos deles já podem dedicar-se a trabalhos extraplanetários ou extra-solares, como acontece conosco. Para isso, ficam voluntariamente hibernados, como vocês chamariam, ligados apenas muito tenuemente ao seu corpo físico, podendo assim, livres, participar de tarefas ligadas a missões como a nossa. É evidente que sofrem algumas restrições em seus trabalhos, mas já podem atuar nio cumprimento de tarefas afins com a nossa missão. Veja . . . "

---   Ah! Que estranhol Essa não... Será possivel! Não! Não é possivel Por essa eu não esperaval... Isso é surpreendente! Parece um enorme e sofisticado alojamento! Todavia impressionante, cheio de coisas diferentes e pequenos aparelhos diferentes e pequenos aparelhos, lugares tão bem preparados para esse "pessoalzinho".

"De fato, essa gente é muito pequena. Fica estranhamente encerrada, sob absoluto controle, nessas caixas transparentes, nas quais se asseguram condições de permanência do seu corpo  quase indefinidamente, sem qualquer perigo. Poderia dizer que seria um processo avançado de hibernação?!"
 

"São aparelhos que, quando acionados, criam campos energéticos próprios e certas condições complementares influentes sobre o organismo, as quais favorecem o desprendimento do veículo etérico, já hem organizado e muito vitalizado nesses seres. Passam assim, rápida e tranqüilamente, a operar na outra dimensão em que normalmente nos encontramos. Colhem, portanto, amplas experiências que, de muito transcendem às habituais do seu viver planetário."

"Considerando as vinte e uma humanidades esse é ainda um estágio inferior, não obstante o avanço científico e técnico que já alcançaram. Todavia, em outros dos planetas do nosso sistema já seus habitantes conseguem preparar seus veículos de forma a operarem nessa outra dimensão, nelas imergindo por uma desmaterialização bem controlada. O segredo desse tipo de trabalho e de operação, visando a um relacionamento efetivo dimensional, ascendendo a um nível superior, reside em que já foram dominadas as condições de eterização da matéria densa, conservada a forma e demais outras propriedades de nível mais elevado e as de adensa-mento físico, palpável, segundo o critério de vocês, de matéria etérica, mantidas, outrossim, as formas em que se apresentam no hiperespaço, já tão considerado. Será que vocês, humanos, compreenderão e poderão aceitar que a ciência e a técnica do seu planeta caminham para isso? Só mesmo uma pequena minoria estará apta a valorizar tal perspectiva e por isso mesmo vanguardeará a pesquisa no campo dessa tônica hiperfísica!"

Aí, então, senti-me levado a interesse de outro campo e disse:

---    Certos ou errados, mantemos o racional interrogativo — Por que nesse veículo sutil, hiperespacial, são necessárias essas naves, esses aparelhos, que, a nosso ver, só se fariam necessários na densidade física do nosso ambiente? Por que os seres, nesses veículos sutis, que lhes são próprios, não se deslocariam a vontade no plano em que se encontram? E mesmo, o que me acontece, quando repentinamente me sinto naquela Superbase. ou em uma nave, sem precisar de qualquer aparelho? Como se explicaria tudo isso?

"Essa explicação é fácil. É porque você está realmente no seu mundo. Você está conosco apenas num certo tipo de percepção. No seu caso, conjugamos uma técnica, que possuímos, com certa natureza de possibilidades de percepção por parte de vocês humanos. Podemos promover esse estado de sonolência, que você já bem conhece e em que está neste momento. Então, libera-se do espaço e, nesse estado, contacta conosco em nosso próprio ambiente. Veja o que está se passando com você, como se estivesse primeiro em nossa base e, a seguir, agora aqui neste novo ambiente planetário!... É que os humanos têm certos tipos de capacidades que ainda não descobriram e que nós conhecemos, provando de nossa parte podermos manipulá-las, facilitando a vocês assim colher informações de natureza diferente. Todavia, isso não é um processo normal de aprendizagem. É um processo em que temos que conjugar muitas técnicas, visando primeiro a não prejudicar você, nem a quem quer a quem isso ocorra e, segundo, a que vocês, humanos, com facilidade, possam colher o que desejamos oferecer, essa vista maior, mais sutil e, ao mesmo tempo, mais profunda da realidade. Tais coisas você terá condição de apresentar, publicar, difundir, como realidade, apesar de dificuldades que possam advir perante a vaidade e a alta presunção humana! Quanto a esses, dos quais você observa o físico hibernado, o fenômeno é bem diferente. Eles se afastam de verdade e compartilham das nossas tarefas missionárias . . "

---    Sim, mas que estranho aspecto ficam apresentados: tenho impressão de defuntinhos, corpos sem qualquer luminescência, em contraste com o normal dos que transitam por aqui. Sem mesmo leve sinal de vitalidade. É uma espécie de estado catalético, talvez uma supercatalepsia controlada, tecnicamente provocada. Será isso?

---    "É isso mesmo! Coisa muito parecida apenas, como você já disse, bem controlada! Voltando á sua pergunta sobre a utilização das naves, explica-se pela limitação da capacidade individual de deslocamento, mesmo na hiperdimensão em que vivemos. Daí, como vocês fizeram em seu ambiente, a busca e realização dos meios de locomoção propelidos por energia própria, permitindo-nos "espantosas" velocidades de até anos luz/seg! Não ascenderam vocês do carro de tração animal, ao avião a jato e ao foguete que já permite atingir planetas do sistema em que estão? A diferença é que, com muito mais idade e experiência, valemos da mesmo condiçao original, se assim podemos dizer, a esses nossos veiculos que transpoem sóis, estrelas, constelações e até galáxias! Veja que ai esta presente a analogia passível de ser enquadrada em raciocinio identico , que aconselhamos  a fim de que possam entender algo da realidade que vivemos! ..."

---    Está tudo coerente na sua explicação, partindo de que voces, apesar de viverem no hiperespaço, são físicos! Entendi bem?

---    "De fato, só não precisaríamos de qualquer veículo, se houvéssemos transposto esse físico ou hiperfísico e, normallneutr, nus encontrássemos integral e puramente no âmbito mental elo nosso Universo. Aí reúnem-se, em cósmico e divino amplexo, todas as existências e todos os sóis ou galáxias do "infinito" da manifestação do Supremo Poder!"
 

"Veja bem: até aqui referimo-nos apenas ao transporte dos nossos corpos, isto é, em nós próprios. Todavia, cumpre lembrar havermos de transportar outrossim equipamentos e toda sorte de material de nosso nível para os fins da pesquisa que temos em mira, no cumprimento das nossas missões."

"Não serão os motivos expostos amplamente suficientes para justificar a necessidade de utilizarmos as nossas naves?l..."

"Está satisfeito?"

---    Até certo ponto, estou. Mas, para minhas naturais inquirições racionais, há ainda muita interrogação, muita dúvida...

"Bem, vamos deixar esses assuntos. Venha ter uma vista mais próxima do ambiente dessa cidade."

---    Por que não a tinha visto assim antes, tão bela e impressionante? Por que daquela vez não me chamou tanto a atenção?

"É que agora, como lhe disse, você está vendo diretamente essa luminescência suavemente multicolorida que irradia sutil de todas as coisas. Isso na verdade constitui a magia de beleza desse nosso planeta!"

---    Realmente, muito belo! Aqui também há muitos enfeites, preocupação com o embelezamento artificial, ou o que estou vendo são plantas e árvores naturais, dando esse aspecto a ruas, avenidas e adiante a floresta?

"Já dissemos que há uma unidade intrínseca, fundamental, no universo. A multiplicidade de expressões cambiantes de forma e vida é por ela presidida Se aqui não são árvores e plantas rigorosamente a forma do reino vegetal de vocês, são analogicamente formas mais sutis semidensas e densas, em que se configura o vegetal no estágio evolutivo deste planeta, as quais têm relação com o do reino vegetal terráqueo. Essas formas lembram realmente as da Terra e coin elas guardam mui sensível semelhança, mas em nível, como disse, mais sutil. Aliás, você deve saber que as formas físicas são precedidas por modelos etéricos, sendo estes mais ou menos densos, conforme a evolução planetária. A maior parte do que você vê, no momento, é de nível etérico, se bem haja ainda, como no planeta de vocês, perspectivas mui belas de florestas densas e campos. Demais ,como vocês, humanos, plasmam formas esculturais tão belas e de natureza vária, aqui também manipula-se matéria física mais sutil e também se configuram e plasmam formas delicadas e harmoniosas como as que você está vendo embelezando essas diferentes vias."

---    Bem, já me sinto de volta, no mesmo ambiente em que me vi chegar. Na sala do comando..

---    "Você já está cansado, mas vai ainda estar rapidamente na presença de nosso mestre, nosso Comandante Supremo, com quem na próxima vez poderá manter diálogo."
 

Vi então aproximar-se a ímpar figura do Mestre YASHAMIL irradiante de espiritualidade que tanto me impressionara no primeiro contacto. Após um gesto de saudação, braços estendidos um pouco para o alto, palmas voltadas para nós, diz:

---    "Na próxima oportunidade, não haverá o tipo de experiência vivida por você, hoje. Responderei a perguntas que me poderá fazer. Espero dizer do meu ângulo, sobre alguns dos problemas humanos que realmente estão sob nossa mira, sob o nosso cuidado. Receba hoje esta irradiação nossa de simpatia e amor, como vocês chamam. Fique certo de que tenho condição também de ajudar individualmente ao humano que de mim se lembrar ou apelar a mim, visando a uma causa justa e pelos nobres motivos e decisão de servir, de forma construtiva, A. Fraternidade e ao Amor entre vocês. Receba esse voto, essa minha decisão de ajuda. Neste instante, seja ela bênção em nome do Supremo Poder e a certeza do meu compromisso de ajuda a todos aqueles que chegarem a conhecer-me e de mim se lembrarem, como já disse, em suas aspirações e trabalhos, em bem da felicidade que tanto desejamos sustentar, neste transe difícil de maiores experiências e responsabilidades humanas."
 

Afinal, Y... de mim se aproxima. Subjacentemente lembrei-me que a nossa hora, o nosso tempo, havia muito avançado, que os do grupo estariam cansados e, portanto, deveria retornar a vigília habitual. Assim, sentindo grande tranquilidade e segurança naquela noite naquela descida dimensional de percepção, pouco a pouco encontrei as duas pessoas queridas que tanto apoio me têm dado nessas estranhas "aventuras do espírito", cercado de um grupo de tão prezados companheiros e companheiras dessa fascinante experiencia.
Mais uma vez no bom ambiente da Fazenda Rio do Ouro, estava nosso grupo envolvido em estranha experiência. Como de hábito, ali já estávamos desde 21h30m em amigável conversação, todos despreocupados de qualquer concentração mental, como nos havia sido aconselhado. Sentíamo-nos muito bem naquela noite! Dispostos, como já de regra, eis que rápido se instala em mim o estado de sonambulismo lúcido característico.

Em confronto com as experiências anteriores, vi-me como em estado bem límpido de tranqüilidade emocional e mental, amplamente consciente de tudo ao redor, como vivendo uma impressionante abrangência perceptiva e consciencial. Encontrei-me de imediato com Y., sempre a receber-me com seu ar habitual de apoio e simpatia:

— "Você hoje tem condições para contactar com o Comt. YASHAMIL e com ele dialogar."

Sem nada objetar, eis que, para surpresa minha, não fui levado ao ambiente onde já havia encontrado o Comandante Zyaish, e em que supunha encontrar o Chefe ou Mestre e sim, a linda sala de entrada da nave em que estivera em experiência anterior. Soube então que ali deveria ocorrer o nosso diálogo. De fato, não houve qualquer delonga. Eis que se aproximou aquela impressionante figura, coin nobre, majestoso e espiritual aspecto. Fiz uma pequena reverência c dele recebi discreta saudação com os braços estendidos.

Pondo-me à vontade, compreendi que lhe poderia dirigir a palavra, de acordo com o que já me falara Y...

Notando assentimento, ocorreu-me inicialmente, perguntar:

---    Mestre! Sabemos do nível espiritual a que já atingiu, ao longo de tão ampla evolução no seu sistema. Y... já me falou a esse rêspeito. Possuindo assim uma sabedoria tão grande e uma capacidade, que, certamente, já permitiu ver e analisar a evolução de muitas e muitas outras humanidades de sistemas e mundos tão diferentes, poderia o Mestre dizer se todas elas teriam evoluído, ou evoluiriam ainda, através de dores, sofrimentos individuais e coletivos, catástrofes, guerras, destruições, paixões incontroláveis, levando à decadência, à morte e, em seguida, tudo a renovadas duras experiências?!... Isso à. forma por que ocorre com a nossa Humanidade?! Ou haverá outros caminhos mais nobres, mais felizes, para tais outros seres também em marcha? — Veio, então, a resposta:

"Não, não — esse não é caminho único, inexorável, para todas as humanidades. Ê apenas, tristemente, o caminho de vocês. Mas nem mesmo esse caminho devemos lamentar, pois os condicionamentos dos processos de evolução planetária são tão dificilmente controláveis ou mesmo tão pouco acessíveis ao conhecimento dos interessados e mesmo dos que, como nós, queiram pesar e analisar de fora, que não há senão estudá-Ios, acompanhá-los e vivê-los como possíveis, na linha de realização progressiva da evolução da humanidade, que queiramos conhecer ou ajudar. Os caminhos para as humanidades são, pois, múltiplos, flexíveis ao infinito, como assim são os caminhos do destino individual de cada criatura, no caso de vocês, humanos. Vocês vêem como os caminhos do ser humano são tão diferentes... Assim o das humanidades aqui ou acolá, em marcha em seus mundos, planetas ou sistemas! Todavia, a nós se nos afigura uma VERDADE TRANSCENDENTAL, que podemos anunciar, de vez que recebida de FONTE MAIS ALTA."

"Se, por qualquer artifício ou recurso, fosse possível medir em número cada esforço realizado pelas humanidades, número positivo ou negativo, conforme o sentido das experiências vividas, para todas elas em um mesmo nível de Realização de seus caminhos, independentemente do tempo decorrido, se fizéssemos o somatório desses números para cada uma, obteríamos, ao final, o MESMO NÚMERO!..."

"É que dominam toda a Evolução Cósmica as Leis da EQUIVALÊNCIA, da ANALOGIA e DA CORRESPONDÊNCIA, todas elas subjacentes e operantes desde a matéria densa física, imersos na qual vocês, humanos, ainda vivem, até aos níveis mais sutis das diferentes formas da substância e dos campos da energia, quer de natureza física ou espiritual, porventura existentes e atuantes em nosso Universo."

"Sim, obter-se-ia o mesmo NÚMERO, O MESMO NÚMERO."

A seguir, arrisquei a seguinte inquirição, tão do gosto de muitos que interrogam, e com razão, sobre o comportamento desses visitantes:

— Mestre! Já que me foi dito que há, da parte de vocês, o desejo e a decisão de nos ajudarem objetivamente e não qualquer sentido de hostilidade, que, no momento, deva ser encoberto, por que agem assim tão veladamente e esquivos, contactando raramente e, ás mais das vezes, com pessoas incapazes de aproveitarem essas oportunidades? Mantém-se, na verdade, um ambiente de mistério, de duvidas e de perplexidades e, até mesmo, de insegurança, face a certo tipo de poder já revelado em muitos casos da conjuntura mundial. Por quê? Por que esse tipo de atuação e de presença, ora cor-dial, ora hostil? Sempre, de fato, pouco definido, sem nitidez quanto a qualquer propósito!... Por quê?

Pequena delonga e eu ansioso pela resposta... Afinal, assim respondeu o Mestre:

— "Uma resposta completa a tal indagação nos levaria muito longe, dada o número imenso de fatores implicados. Começa que há um grande número de origens de sêres que, como nós, vêm procurando aproximar-se de vocês, humanos. E não todos com os mesmos propósitos e a mesma capacidade para promovê-los e alcançá-los. Qualquer resposta completa haveria que considerar a multiplicidade tão ampla de origens, resultando em uma imensa diversificação de tônica psicológica característica de cada um, condicionante dos fins a que se propõe... Posto isso, é óbvio atentar para que devemos falar do que nos compete, do que diz respeito a nós próprios, em conjunção apenas com seres também de globos mais distantes, extra-solares, já por nós próprios contactados e que, aqui, estão com os mesmos propósitos de ajuda ao humano, propósitos qae já dissemos haverem nos conduzido até aqui. Aliás, já foi dito que há uma verdadeira Política de Poder em torno do Globo de vocês, da humanidade de vocês, uma estranha disputa de influência e domínio sutil, que se passa nesse plano menos denso, ainda não acessível ao humano. A Lei, porém, é sábia e nem tudo o que a ambição estimula pode ser realizado para fáceis e inconseqüentes vitórias. Por isso, no plano mais sutil, surgem também e se afirmam impossibilidades de se realizarem aspirações fora do interesse maior que rege uma evolução planetária... Todavia, eis a límpida verdade de que o humano deve achar-se plenamente consciente: — Vocês, terráqueos, não estão sós nesse caminho evolutivo. Presenças e olhos atentos de alto porte espiritual e também de suspeitos e até maléficos desígnios, rondam vocês , Urge, pois, que jamais sejam vocês próprios conduzidos em mu jogo de riscos e enganosos progressos, em que se joguem em perdiçao os elevados destinos que podem e devem realizar... Por sso, afirmamos que estamos aqui para ajudar, mas apenas ajudar, vejam bem, à humanidade, que quer ser ajudada, tendo condição de entrar em sintonia conosco. Então, poderão ter e receber o que possarnos dar da nossa experiência realizada no mesmo caminho ascensional, a nossa caminhada só bastante mais avançada..."
 

"Estamos procurando criar núcleos de interesse entre os terráqueos, para então, mais objetivamente, à forma que sabemos ser necessária, podermos diretamente trazer a nossa presença atuante para a melhoria tão necessária da condição humana atual. Pouco a pouco, vamos consolidando e realizando a sã política de encontrar humanos, que sejam provas do nosso trabalho de amor, sem jamais lhes roubar o mérito que possuam. Sob o nosso influxo, haverão que irradiar concórdia, tolerância, amor, ao mesmo tempo que um cósmico dinamismo rio FAZER. Isso há de vir de baixo, da educação da criança e do jovem, senhores do próximo futuro da VIDA terráquea de vocês... Dentro em pouco, alçados à direção das Instituições, dos Governos, dos postos de mando em qualquer parte, saberão mudar o Destino interrogativo de hoje, numa certeza clara e nobre do mundo de amanhã. Por ora, temos de ir agindo assim corno vocês criticam, mas como a nossa visão do futuro aconselha. Todavia, é imperativo dizer que operamos muito, muito mais do que vocês supõem. Reconhecemos, entretanto, que vocês não tem obrigação de aceitar essa forma operacional que utilizamos, de vez que imperceptível, silenciosa. Essa, segundo os mesmos processos normalmente utilizados pela Hierarquia dos Adeptos e Mestres Planetários, como também muitos outros sêres coin os quais uma pequena minoria de vocês já se acha relacionada."
 

"É que possuímos extrema facilidade de atuar mentalmente. Podemos emitir raios mentais de acentuada concentração, atingindo, sem dificuldade, o objetivo visado. Desta forma é que estamos mais presentes de que vocês supõem, por essa condição de influência mental, junto aos que têm o poder de decisão, no que se refere a acontecimentos de grande importância na política mundial. Na tensão atual que a sua humanidade vive, decorrente paradoxalmente da ambição de domínio e do medo, do exercício de uma inteligência técnica tão voltada para a intensificação da força, do poder, ao mesmo tempo em que de declínio do poder interno, silencioso, puro e divino, que se resume no AMOR ENTRE OS HOMENS, no mundo de vocês, tudo pode subitamente ocorrer, pois se acham acumulada energias de toda ordem que tendem a extravasar, até mesmo a explodir, podendo mudar a face planetária. O grande trabalho para nós será sempre esse: fazê-las derivar para um destino nobre, visando à felicidade humana, aplicadas à alimentação necessária de todos os famintos, ao pano que vista toda nudez, ao abrigo que livre das intempéries, à educação da mente e do espírito que a todos leve discenimento e vista segura do seu próprio alto destino. Reunir-se-ia o Poder das Nações para criar-se o Superpoder, que vença a necessidade, o medo, a morte do espírito e do amor entre os humanos!... Nós nos encontramos voltados para esse trabalho silencioso, ora atuando sobre dirigentes políticos de toda ordem ou hierarquia, ora junto ao pesquisador, ao sábio que busca um elemento a mais da Divina Ciência para o bem humano, ora junto aos BONS de todas os matizes, qualquer que seja a sua formação religiosa ou cética, para sempre melhor se inspirarem e agirem, em bem da Fraternidade e do Amor entre os povos. Estes poderão vanguardear, pelo exemplo, os surtos de compreensão, tolerância, amor e fraternal assistência, que levem àqueles que muito têm a se lembrarem dos que nada têm, filhos todos, porém, da mesma LEI."

"Será, poderemos antever, um novo mundo que se criará pela não do próprio humano, sob a vista PLENA DE VISÃO CÓSMICA dos seres já ascensionados, realizados do incessante progredir."

"Sim, estamos atentos a tudo isso! ... Será preciso dizer mais para provar a vocês, quanto empenhados estamos na solução dos seus problemas? Se for o caso, ainda falaremos sobre tudo isso..."

Senti, no momento, que do Mestre irradiava uma luminosidade branco-azulada, o seu olhar brilhante, projetando-se à distância como a fitar o Infinito. Assim prosseguiu ainda, como a responder à inquirição que, silenciosamente, eu fazia.

— "Sim! O humano criou as suas próprias contradições. Na busca do conforto e da segurança, uniram-se por meio de recíprocas restrições que culminam nas leis que regulam os problemas de uma comunidade. Apertam-se os laços das restrições, dos impedimentos, do que é certo e do que errado. De tudo isso, pouco e pouco, vão-se criando problemas e problemas, pois, contraditoriamente, o mundo interno do humano se marca pela tônica de liberdade e do uso do arbitrio no Fazer!... A Força, então, há que afirmar-se para manter as normas do Bem-Viver e, rapidamente, se deterioram as raízes da inspiração do conviver social, num quadro político de domínio,exigencias incertezas e interrogaçõesl... Tudo isso ampliado no evoluir da sociedade, acumularam-se essas contradições, deteriorando-se certos símbolos reverenciados nos preconceitos que se limitando demasiado a liberdade humana, ao mesmo  que se implantam o receio, o terror de uma liberação maiorconducente ao caos, à própria negação do Bem da Comunidade Social. Eis o fundamento da ansiedade humana, numa sociedade nada realizada no amor e na fraternidade. Assim vemos o problema vocês. Assim, enfrentando esse problema em suas bases, na sua verdadeira raiz, estamos seguros de que todos nós não estamos tratando em vão... Saberemos colher o fruto da semeadura plantada muito antes de nós, com o possível mérito de estarmos ajudando a dela cuidar com acendrado amor, viva esperança e cósmica energia!"

Tinha ouvido tais palavras e logo atentei em que elas foram muito além do que perguntara...

No momento, estávamos satisfeitos e logo Y... me disse dever-encerrar a experiência daquela noite. Senti-me muito feliz, clara as percepções daquela oportunidade em que distingui com mais Fez o ambiente em que me encontrava.

O Comandante YASHAMIL estende os braços com as mãos ligeiramente inclinadas para cima. Na integralidade do meu Eu, recebi uma presença extraordinária de paz e segurança. Um misto de sentimento de amor e reverência se apossou de mim. Inclinei-me vaga-e respeitosamente e me retirei daquele recinto.

Logo me encontrei nas tais transições psicológicas, descendo à ia normal naquele grato ambiente junto aos queridos amigos.

Para mim, a experiência recém-vivida tornou-se inesquecível. recordação sempre me é muito cara, estimulante de um estado uforia, de amor e de paz, que desejo sempre possa transmitir-se dos aqueles que aspiram a dar um passo a mais, rumo a essa a essa segurança que só uma vivência daquela natureza ou afim poderá conferir à criatura humana.
Eis-nos no local habitual das nossas pesquisas, cumpridas as normas estabelecidas. Isso à hora certa marcada: 23h30m. Como sempre, sentimo-nos muito bem dispostos. Os olhos se fecham rápida e pesadamente. Uma respiração muito profunda e logo se aclara a visão já descrita, à qual me habituara. Amigo de sempre — Y — logo se aproxima e fala sobre a maior viagem que faríamos, em um verdadeiro mergulho HIPERESPACIAL prolongado a mundo tão distante. Já então experimentado, enchi-me de uma estranha porém muito agradável euforia, ante aquela perspectiva, face à qual, mesmo em momentos como aquele, desde que me encontrava sempre em lúcida consciência, a mim próprio perguntava: viagem? ou apenas surpreendente percepção hiperdimensional, podendo ver e observar, como se lá estivesse coisas desses tais mundos distantes? Essa, aliás, a magna interrogação que, já de há muito, me vinha acompanhando, desde o primeiro momento de experiência similar. Não cumpre aqui discutir ou apurar. Haverá apenas o depoimento da lembrança que fixei em palavras, resumindo-se no que se segue:

Dirigi-me para uma nave, cujo tipo já conhecíamos. Apresentava, coma já citei, colorido castanho rosa e era do tipo semi-esférico, achatado. Era, por sinal, semelhante à mesma que, certa vez, vira fisicamente a uns dez a vinte metros, no mesmo local de pesquisa, em companhia do general Benjamim Arcoverde (mencionado em nosso livro "A Parapsicologia e Os Discos Voadores"). Logo de entrada, verifiquei ser o seu comandante do tipo um tanto sisudo que já descrevi, com cobertura ajustada à cabeça, não obstante, simpático, de muito sóbria afabilidade. Jamais poderia imaginar, pelo exterior, a exuberância das instalações no interior daquela nave, fato deveras impressionante. Até me pareceu logo, como que intuitivamente, que ali iria receber instruções do maior interesse sob o ponto de vista de futuras investigações humanas, particularmente, no campo da fisica, ou melhor, da hiperfisica. Não estava enganado.

O que vira em outra nave, de painéis e dispositivos de comando o controle, como também estranhas cartas de navegação sideral, aqui so ampliava, sugerindo possível aperfeiçoamento, ou então, indicação apenas de flexibilidade maior, permitindo possíveis outros destinos operacionais para aquela nave! Logo após, assim o confirmava o Comandante Yusef, indicando numa carta em que ao centro se representava a nossa galáxia, com vários sistemas e estrelas assinalados, em como algumas constelações mais próximas, extragaláticas, em cujos mundos já haviam cumprido outras missões. Salientou, aliás, que essas missões têm sido sempre de cordialidade e transcendental colaboração, todas na tônica da promoção e do entendimento, da amizade, visando a um conhecimento sempre maior e mais perfeito do Universo. Mesmo no nosso sistema solar, onde têm encontrado, algumas vezes, hostilidades e desentendimentos, jamais se afastaram da cordialidade e do ideal de ajudar. Esse seria sempre o dever de irmãos mais velhos, mais experientes! Logo a seguir e na lógica do assunto de que tratava, não se esquivou de indicar e mostrar alguns "aparatus", armas de grande e, inimaginável poder, sempre, porém, empregadas para fins defensivos. O que mais me impressionou então foi que todas elas decorrem do excepcional controle que exercem sobre a luz. Usam-na para uma enorme multiplicidade de fins e, particularmente, para essa arma ou armas defensivas, conforme assim explicou o comandante:

"Há muito, pela ciência que adquirimos, a técnica que apuramos, conseguimos condensar a luz, em outros termos, adensá-la, mantendo-a sob controle. Essa técnica e controle da luz hiperespacial se estende facilmente à luz especial que vocês conhecem. Ora, isso facilita-nos usá-la das mais diversas maneiras, inclusive como verdadeira e poderosíssima arma! Vocês humanos estão de certo modo nesse caminho, em relação à luz espacial, mas ainda bem longe de conseguir a disciplinação completa dessa imensa energia, que vocês só compreendem ou conhecem bem no seu aspecto dinâmico, atualizando-se na iluminação e pouco em estado potencial, de adensa-mento, no "laser", cujo estudo de seus poderes, propriedades e aplicações vão conduzindo com muita inteligência. Notam-se, outrossim, experiências de transformação energética ou de campos conforme uns de vocês já vêm tentando, com ainda reduzido sucesso, em relação à criação de campo gravitacional, em decorrência da Energia Luminosa. Como armamento defensivo, usamos emissão de intensidade variável em ampla faixa, facilmente controlável e, também, cum abrangência de raios de grande amplitude, se necessário. Aqui, você tem uma rápida visão de aparelhos adequados. Veja como tudo é' simples, decorrendo o seu uso de apenas um dispositivo de comando, com regulagem de atuação realmente fácil."

Reparei, então, alguns pequenos aparelhos de forma aparentemente análoga às que tinha certa vez visto para fins clínicos, apresentando um pequeno tubo que se afina, ligado a um reservatório de pequenas proporções à forma de um toro, com o espaço interno utilizável entre duas chapas circulares paralelas. Lateralmente, uma pequena alavanca de comando com um mostrador de graduação. Essa a tônica dominante da forma. Os de maior dimensão ajustáveis a operações partindo diretamente da nave, assim nos informam, de aspecto análogo, apenas, sem aquelas garras para uso manual, são instalados em uma base sólida tronco-piramidal fazendo o conjunto um sistema que se ofereceria suavemente a um encaixe, segundo os nossos conceitos.

Continuou o Comandante:

"E evidente a facilidade do uso de tudo isso, quando descemos e nos achamos em ambientes desconhecidos. A maioria é de utilização individual. Outros mui raramente necessários, colocados em locais próprios das naves como você já percebeu, os quais automaticamente se abrem para o exterior. Aí eles se ajustam com segurança. Você está imaginando perguntar-me o que, agora mesmo, vou responder: a fonte primária dessa energia disponível?... Responderei: a mesma energia do tipo da que você viu sendo captada de irradiação cósmica, considerada no seu sentido integral, não apenas aquela ou aquelas de raios cósmicos que a experimentação de vocês já conhece. Para vocês, é um começo de conhecimento de um caminho de pesquisa ainda imenso a percorrer. Temos em nossa nave miniatura proporcional daquelas instalações que você já descreveu, capaz de captar essa energia, que afinal se transforma na energia luminosa, que estamos considerando você próprio e alguns dos seus mais próximos já viram o que, certa vez, lhes oferecemos materialmente, no espaço de vocês: luz densa dimensionadal... E você próprio já viu, então no hiperespaço, e descreveu, um aparelho usado por Y ... para fins de saúde, promovendo emissões luminosas, que deixaram sensível e perdurável marca sobre a superfície da pele humana em que se deu a aplicação. Você viu também como aquela verdadeira emulsão luminosa, de variada gama de colorido, era manipulada conforme o objetivo, em aplicações sucessivas daquela experiência, visando a saúde. Lembra-se?"

"Esta sua estada aqui em companhia de Y..., com quem você já se relaciona com facilidade, além da viagem prometida, tem fins de informações de tônica científica e técnica as quais se sucederão, a propósito explicarmos os nossos modos de deslocamentos a essas inconcebiveis velocidades, segundo os critérios, observações, e experiencias , conceitos e vivências humanas. Veja:
 

"Tudo se resume ao domínio do relacionamento preciso, científico e, a seguir, técnico, operante, entre espaço e hiperespaço. Você transmitiu, em decorrência de seus próprios estudos chamados parapsicológicos, suas observações durante todo o tempo de dedicação a pesquisa que acabou nos sensibilizando e mais, e principalmente, pela intuição que em você já é uma faculdade realmente em sensível desenvolvimento. Você já tem expressado pela palavra ou pela escrita, acentuamos, algo de grande importância sobre esse relacionamento espaço-hiperespaço. Aqui, iremos aprofundar bem mais o assunto até uma possível compreensão para vocês dos nossos fantásticos deslocamentos."
 

"Tudo repousa, afinal, na verdade fundamental, já um tanto veladamente afirmada, de que toda a matéria, em seus diferentes estados mais sutis, agora chamados de plasmáticos e aquele da mesma natureza, que alguns chamam estelar, constitui expressão viva de uma forma de ser intrinsecamente elétrica, isto é, de ínfimas partículas eletricamente polarizadas ou não. Produz-se assim, em conformidade com certos níveis mais altos desse estágio elétrico, a imensa energia irradiante dos sóis-estrelas-centros de sistemas planetários e mais especificamente dos campos espaciais já bem do estudo e conhecimento corrente de vocês. Tudo isso, tudo mesmo, decorre de vibracional energético, a partir do hiperespaço, em que todos os estados de matéria e os diferentes campos se encontram em estados e condições mais sutis, esses campos imensamente mais ativos, mais poderosos. Em conseqüência, há a possibilidade de, mediante ações interferenciais, essa condição superior hiperespacial descer à condiconhecida espacial tão da vida, do estudo e já, até certo ponto, do conhecimento humano. É assim um ambiente tão mais sutil, em que a luz, por exemplo, se propaga a trilhões de quilômetros nesse supervácuo aparente, que é, porém, pleno de formas, de energia e de vida, desde a imanente àquele próprio estado da matéria, como de mineral sutilizado, como diriam vocês, até às formas de veículos do espírito imortal superconsciente nelas operante. Este é o nosso caso, particularizando, o meu caso, desde que você, pelo desenvolvi-mento mental, está aqui contatando, colhendo de mim estas informações."

"Em qualquer local do espaço, é possível estabelecer-se inter-comunicação dimensional, passagens como quiserem, desde que haja capacidade de atuar em um nível ou no outro, no sentido da subida on descida, se assim podemos dizer, vibratório-dimensional. Ora , em um nível ou outro, tem-se um âmbito energético-material que dove ser suficientemente conhecido e manipulado. Como quer que seja, a raiz do processo, da capacidade de fazer, chegando a esse resultado, se encontra na ciência hiperespacial. Para dar logo ao que estou dizendo um tom inegável de autenticidade, lembro a vocês, !mina-tios, de início, o que já tem ocorrido à vista de cientistas terráqueos renomados, no que tange a materializações, luzes sem fonte de energia identificável e transportes de objetos através do espaço sem imite aparente e através de obstáculos densos, absolutamente mate-riais, fenômenos esses que vocês chamam parapsicológicos. Em principio, os fenômenos do nosso interesse atual seriam rigorosamente os mesmos, todavia os diremos análogos. Acrescentam-se na verdade, é evidente, outras condições, outra ciência no fazer, outra técnica, outros fins, outra mensagem, agora de outras humanidades, de mundos mais ou menos distantes!... Isso é o que estamos procurando fazer hem compreender. Sim, será o alvorecer e o evolver de uma nova e mais ampla realidade cósmica, talvez até nem suspeitada pela maioria absoluta do humano atual."

"Na verdade, não obstante ser qualquer o ponto de nossa imersão no espaço ou emersão dele para a nossa condição, há em relativa profusão, localizáveis por nossos aparelhos de navegação especializados, como o que você vê (olhei e vi algo muito simples, com um mostrador cheio de sinais e indicações para mim indecifráveis), vórtïces dimensionais, verdadeiros "chacras" hiperespaciais, através dos quais suavemente se dá a passagem de dimensão. Isso corresponde a um refinamento progressivo da matéria e concomitante sutilização energética, evolução que, tecnicamente, vai se processando nos objetos ou veículos físicos dos seres que ascendem dimensionalmente. Dar-se-á o inverso, quando da descida ao espaço de vocês."

"Descrever a intimidade desse processo de sutilização ou adensamento da matéria, isto é, materialização e desmaterialização ainda é muito difícil, de forma proveitosa, com possível vantagem de aprendizado ou orientação para o humano. Todavia, devo dizer que uma energética do campo hipereletromagnético, combinada com propriedades muito sutis da Luz Hiperespacial, em determinadas condições, se resolve em um tipo de raio de suave, porém muito prof mid poder desagregador, agindo harmoniosa e homogeneamente sobre ca-da elemento da matéria, mudando-lhe o estado de equilíbrio dinamico de sua intimidade estrutural, sem, porém, atingir as forças de nível mais alto que sustém a forma dos objetos, mantendo-se nela suas minúcias e integridade".

No processo inverso, com apenas uma mudança de polaridade, toda a matéria que se acha assim em uma dinamica mais alta, volta a conformar-se, afinal, com o estado vibratório anterior da mais densa materialidade, no espaço de vocês. A preparação e o exercício dessa técnica decorrem de uma realização cientifica demasiado alta para o humano atual. Todavia, é no caminho que seguem vocês, dessas pesquisas tão oportunas no âmbito da estrutura da matéria, que esses conhecimentos e procedimentos irão aros poucos despontando, se afirmando e criando validade. Algo de bem análogo a isso se passa na Metapsíquica ou Parapsicologia avançada de vocês, quando seres aparecem, vindos de estágios diferentes em que se encontram naturalmente, e surgem objetivos, corpo denso, físico, em contatos de inteligência e fraterna amizade, como você tem conhecido tão bem!.. . Quase sempre, a maioria deles não conhece bem o próprio processo em que se empenha, à conta de Inteligências e Poderes Maiores. Vejam vocês, humanos, como esses fatos, de tanto tempo já estudados, podem vir a fundamentar, até certo ponto, tudo isso que agora, em sentido mais amplo, estamos informando."
 
 

"Uma vez operantes no hiperespaço, seres ou coisas se deslocam, segundo propriedades desse nível, à base de impulsos energéticos de natureza vária, mas que, afinal, se resolvem em reações naturais do tipo retropropulsivo, à forma por que vocês conseguem, no nível em que se encontram, com certos adequados combustíveis, considerando-se porém a imensa diferença de que, na sutileza hiperespacial, a energética em ação se resolve na dinâmica do escape de hiperfótons dessa luz hiperespacial, realizando uma energia dinâmica em que alcançam trilhões e trilhões de km/seg, conforme o critério de me-dição de vocês. Ela própria, a luz hiperespacial, a luz captada e até certo ponto adensada, que provém da fonte ilimitada e verdadeira-mente infinita do reservatório cósmico. Esse infinito potencial se revela também na irradiação aparente e, ainda, na de imensa profundidade agora nem suspeitada por vocês, dos sóis, dos sistemas, estelares ou galáxicos."
 

Achei-me então como que empolgado por aquelas aberturas de pensamento, que assim me conduziam a uma perspectiva demasiado ampla para a expansão da consciência. Complementou ainda o Comt. Yusef:
 

— "Não temos dúvida de que o humano já deu sensíveis e mui expressivos passos no campo científico. Em todas as oportunidades, porém, todos nós damos ênfase às tristes limitações em que se encerram, no que tange à densidade de sua vida emocional tão plena de deformações, angústias, ambições nada compatíveis com tal descortinio já tão amplo no campo do saber. Por isso, a nossa palavra agui ainda é a do nosso Comt., nosso Chefe, quando afirma o ilusório desse progredir, sem a vivência do Universal, do Divino, que mora em toda a vida, da densidade da matéria do mundo de vocês, à alma, à essencia do Espírito das Potestades Criadoras! Esse evoluir da mente cientifica separada da vista Cósmica abrangente, que vê o Uno na multiplicidade infinita da forma e a síntese de todas elas e da vida que revelam, naquele Uno, razão de todo existir, esse evoluir separado é falso, fugidio, conducente a dores, sofrimentos, a Ocasos prematuros , que mal deixam vislumbrar a Alegria, a Beleza e a Glória das Alvoradas!... O Mestre YASHAMIL disse a você o que vou repetir, encerrando minhas palavras: "Os caminhos das humanidades não são inexoravelmente de sofrimento, lutos e crimes. Novos rumos podem ser tomados em caminhos límpidos, plenos de compreensão, verdadeiro culto da Sabedoria, na plenificação do AMOR entre os sores." Esta esperança deixo-a aqui em saudação a vocês, humanos!. . ."

Havia o Comt. Yusef terminado sua dissertação. Sentia-me como conduzido ao longo do "Infinito". Nada percebia de deslocamentos no sentido físico, a que estava habituado. Era uma intuição de estranha viagem, rumo a um desconhecido sem definição e sem limites, em uma condição que me tornava intimamente ligado, e confiante, a uma fascinante aventura! É interessante recordar que aquela sensação de segurança jamais se afastava da certeza da presença de Y..., o tão efetivo amigo, a que me afeiçoara desde os primeiros momentos desses surpreendentes acontecimentos...

Fui, então, logo após, conduzido a uma sala de aspecto bem diferente, onde, ao lado de uma enorme tela — semelhante à já vista em outra nave, conforme descrevi — viam-se aparelhos estranhos, parecendo-me próprios a perscrutar o espaço exterior, ou melhor, o hiperespaço em que se viajava. Soube serem uns apropriados à vista mais próxima do ambiente circundante daquela nave em marcha, outros adequados à visão de mundos e sóis distantes, por si só percebidos em suas contrapartes constitucionais de natureza superetérica. Levado a observar através de um desses últimos, tive a surpresa de uma visao extraordinária: a par da imensidade maravilhosa pontilhada de borbulhas luminosas em movimentos imprevisíveis, vi destacar-se como do fundo das distâncias sem fim, um colorido azul irradiante, que rápido se acentua e se identifica como o globo planetário, ao qual nos destinávamos. Então, diz Y:

— "Você está vindo até esse globo, especialmente por que ele ao longo de sua evolução, sempre apresentou condições similares, se não iguais as da Terra. Daí, a nossa preferência. Nele você verá o que poderá o homem realizar, se afinal encontrar o caminho certo, para evitar sua própria queda ou destruição! É muito belo e seus haidênticos aos que você achou lindos, esbeltos, de grande elegância e envolvente simpatia, quando visitou a nave azul metálico suave que tanto lhe impressionou. Veja: estamos bem próximos. Chegaremos muito breve."

De chofre, uma irradiância azul aclarou-se em brilho de intensidade maior que, logo a seguir, declina e se ajusta a uma esfusiante luminescência de azul muito tênue, conferindo-me uma extraordinária sensação de paz e de harmonia interior. Constatei essa impressão deixando-me inundar por tal harmonia interna, que uma convivência assim, nas tônicas de compreensão e de amor sabe oferecer.

Chegamos sob a impressão de um pleno dia de sol que vestia de luz azul claro intenso aquele mágico ambiente de extraordinária beleza. Inopinadamente fui ter a uma cidade com disposição amplíssima de praças, ruas e avenidas de imensa largura, perdendo-se em longas e enormes distâncias. Os edifícios semitransparentes ofereciam perspectiva dos seus harmoniosos contornos, em que se ajustam em consonância perfeita, a linha reta e curvas que se dispõem em muita graça na indicação do leve, do espiritual! Pareciam traduzir ao apontar para o alto em mágico colorido, a aspiração A. realização superior do ser em marcha. Assim me pareceram e impressionaram tomando vulto em minha atenção. Em pouco, como a participar em um trânsito de seres que ágeis, elegantes e belos se deslocavam, o aura irradiante daquelas pessoas me envolveu em plenitude de um bem-estar indefinível, de um verdadeiro conforto do espírito.

Físicos em sua estrutura orgânica delicada, em lineamento de formas harmoniosas, elegantes, o viver daquela gente se me afigurava o nosso próprio, apenas em bem maior refinamento de corpo e provavelmente também em beleza de espírito. Lares e escolas básicas e instituições de alto destino artístico, ambientes técnicos de natureza diversa, onde se fabricam com excepcional rapidez objetos e aparelhos de utilidade comum, como também outros de médio e amplas dimensões, aplicados na execução de planejamento para o bem geral. Tudo isso em incrível lampejo como se sucedessem em minha percepção, deixando-me perplexo e encantado. Ë que sentia em tudo uma tônica de harmonia ajustada à finalidade superior de um con-viver feliz. Num estado de atônita admiração, perguntei sobre as condições físicas dos seres que observava nos mais variados ambientes e vi no momento em deslocamentos, inspirando graciosidade e sentido de beleza, nas imensas vias públicas, servidas por pequenos e delicactos aparelhos, que chamaria de aéreos, a serviço daquela gente. A resposta foi a condição de poder observar a densidade suave e graciosa leveza de seus corpos físicos, revestidos dc uma irradiação etérico-espiritual que, mais ou menos límpida e brilhante, marcaria a elevação mental e de espírito daquelas simpáticas criaturas .

Esperamos haver o texto exposto indicado com objetividade as razões da divulgação deste trabalho que visa ao estímulo da pesquisa, não só, é claro, no que diz respeito à ufologia, aos discos voadores, mas mui acentuadamente no que tange às próprias possibilidades do ser humano.

Podemos afirmar que não obstante o aparente fantasioso do que escrevemos nessa terceira parte — Mergulho no Hiperespaço — a essa pesquisa nos entregamos sempre com ardente desejo de conhecer, colhendo elementos novos, por estranhos que pareçam, dignos de se colocarem ao nível de merecerem cotejos comparativos, confirmações ou reformulações, face ao que possa mais à frente ser pesquisado por outros que se preparem para esse tipo tão estranho, reconhecemos, de experiência. Em nenhum momento abandonamos o sentido cio racional na busca de relações de causa e efeito na sucessão do tempo ou nas inter-relações e interações, na simultaneidade dos eventos, dos fatos.
 

Supomos ter ficado bem claro o entendimento da relação hiperespaço-espaço, intimizados no mesmo âmbito de busca de lima teoria adequada a uma vista mais rica do universo revelado.
 

Quando, por exemplo, em certa parte do que foi escrito, se diz dos vórtices espaciais, verdadeiros portais ou passagens dimensionais, acentua-se uma compreensão bem clara de uma possível intercomu nicação mais fácil entre os dois níveis ambientais, de expressão básica da substância que se resolve na matéria física desses dois níveis — espacial/hiperespacial. Tocamos em um ponto que, talvez, dê sentido novo ao que renomados astrofísicos anunciaram sobre ia existência já pressentida ou verificada de regiões espaciais que a luz e radiações quaisquer não conseguem atravessar, inter pretando se como existindo ali um intensíssimo campo gravitacional, devido a causas ignoradas. Todavia, não se restringe absolutamente a esses vórtices aquela possível intercomunicação, que unia técnicas avança da, decorrente de um conhecimento superior do Cosmos, por outro lado, poderia promover em muitas e muitas outras regiões do próprio espaço ou hiperespaço.

Aqueles vórtices em que se precipita o fluxo de energias ou materias do nosso espaço denunciariam apenas os canais naturais eminentemente mais próprios às subidas e descidas dimensionais, passagens ou portais de subida ou descida de dimensão, repetimos.
 

Tudo se passaria como se pudéssemos conceber a existência de um imenso organismo de "infinitas" esferas de substâncias mais ou menos sutis, as quais se interpenetrem, sem limites fixáveis, borbulhantes de vida, energia, formas e ritmo em mágico inter-relacionamento, não só na infinidade de pontos dos seus contatos ou correspondências, como através dos órgãos "chácricos", esses vórtices pelos quais fluiria em um sentido ou outro, o pulsar da Energia Criadora e Sustentadora do Universo em que estamos!...
 

Em certa passagem de instruções recebidas, constantes de rela-tos feitos, diz-se de como a supernavegação hiperespacial, através de "infinitos" siderais, tem o uso desses canais assinalados em cartas, os quais são facilmente identificáveis e encontrados, mediante certos aparelhos de altíssima sensibilidade que nos foram mostrados...
 

Devemos insistir em que nada disso pretendemos seja aceito como definitivamente provado, pondo-nos em pretensiosa altura de um conhecimento maior. Não, não! Isso deve ser apenas objeto de pesquisa, de indagação, como também de sugestões teóricas, permitindo uma visão diferente interpretativa e esclarecedora do mode-lo que se apresenta.
 

Quando pensamos no crucial problema de propulsão das naves, encontramos nesse trabalho logo de início, na segunda experiência de observação hiperespacial direta, a informação de que a energia propulsora, em essência a mesma, é de características variadas con-forme se trate de deslocamentos limitados aos ambientes planetários ou interplanetários do mesmo sistema ou de sistemas diferentes.
 

Todavia, diz-se que aquela essência se resolve na luz e na radiação hiperespaciais, concentradas nesse nível em conexão com a utilização do campo hipermagnético, luz, radiação e hipermagnetismo, que a ciência humana já conhece no estado mais denso espacial em que nos encontramos.
 

A conjugação anunciada das expressões energéticas em nível hiperespacial confirma nesse nível a mesma intimidade luz-eletromagnetismo do ambiente espacial, acentuado por Einstein e Leopold lnfeld, quando afirmam:

"A onda eletromagnética é transversal e se propaga com a velocidade da luz no vácuo. O fato dessas velocidades serem idênticas sugere uma íntima relação entre os fenômenos óticos e os eletromagnéticos ."

Mais ainda:

"Mas não contrariaremos nenhuma das explicações dos fatos óticos, se admitirmos que a onda luminosa é eletromagnética."

Dai resulta ainda acrescentarem:

"As equações de Maxwell descrevem tanto a indução elétrica como a refração ótica."

Foi dito como a utilização de campos interferenciais poderia conduzir à relativa concentração energética e da substância mais sutil até aos fenômenos que todos observamos e nos deixam tão perplexos!... Insistimos: nada disso afirmamos ser definitivamente provado. Dizemos apenas que recebemos essas instruções, visando ao estimulo da pesquisa e à sustentação de uma grande esperança de ascese a esse conhecimento, a essa técnica.

Demais, cumpre-nos ressaltar, com ênfase, não pretendermos apresentar uma hipótese, uma teoria, que resolva O Problema Ufologico em toda a sua riquíssima problemática. Podem esses objetos aqui estar, segundo condições técnico-científicas, aperfeiçoamentos conseguidos na mesma linha dos caminhos humanos até aqui perlustrados! Para a maioria dos casos da conjuntura mundial, talvez, seja essa hipótese a mais corretal... Todavia, no que tange a seres extra-solares, o que, realmente se passará?!...

Se o homem não tem condição, com os modelos atuais e os conhecimentos realizados, de admitir tais viagens ao longo praticamente dos "infinitos siderais"?!... Aí, então, se põe a hipótese hiperespacial com fundamentos objetivos e perspectivas ricas oferecidas ao pensamento humano! Todavia, há tranqüila verdade, yam do se afirma:"quem pode o mais, pode o menos"

E aí pensamos na possibilidade de uma teoria hiperespacial dominar a técnica de todas as viagens interplanetárias solares ou extra-solares. Contudo, preferimos estar na hipótese de que só é impositiva a utilização da ciência e da técnica hiperespaciais para as atividades, viagens e intercâmbios interestelares. Parece-nos bem mais sensato assim admitir. É bem mais provável que assim seja

Consideraremos ainda um outro aspecto ressaltado no Congresso de Wiesbaden (Alemanha), realizado em 1960, no relatório apresenhuh, pelo eminente Professor Oberth.

Afirmou ele aceitar a hipótese normal de serem os discos máquinas voadoras, exibindo técnicas superiores... mas que, nessa hipótese, não se explicava:

1!' — a invisibilização desses objetos;

2º — os casos de transparência dessas naves.

Ora, aqui se afirma, exuberante de força, a Teoria Hiperespacial

Com as possíveis transições dimensionais que essa teoria afirma, ambos esses pontos se esclarecem e se explicam. A invisibilização seria decorrente de uma mudança de dimensão num sentido ou outro, já completada ou o suficiente para não ser mais visto o objeto. A transparência seria apenas um estado intermediário nessa transição — o caminho para a invisibilização e o conseqüente atingimento(?) do Hiperespaço ou a densificação no espaço.Que pensaria ou pensará a respeito dessa hipótese tão destacado cientista, aberto que é para tais estudos?

É de celebrar-se com otimismo a disposição jovem da criação de um "Centro de Pesquisa de Hiperfísica", em São Paulo, como nos foi comunicado por ocasião do "VI Encontro Brasileiro sobre Objetos Aéreos não Identificados" realizado naquela cidade, por jovens cientistas.

Quem afirmará não poderem eles e outros tantos que se organizem ser plenamente orientados nessa pesquisa por, dignos visitantes siderais, desde que já procuram contactar conosco?/... Só podemos afirmar que não será a "estagnação dos pântanos" de um conheci-mento parado, por isso mesmo já assim em inevitável decadência. A evolução da própria ciência do Século XX, imprevisível e surpreendente, nos dá a certeza e essas palavras, que chegam de mundos remotos, reafirmam e alimentam e intensificam essa certeza!

Para que fique bem afirmada, sem sombras de dúvidas, a nossa posição, face ao estranho depoimento resumido nesse "Mergulho no Hiperespaço", é mister acentuemos no fecho deste trabalho o nosso inicial estado de percepção, que, pouco e pouco se foi afirmando e passou a se impor, possibilitando este trabalho.

Tratar desse assunto é considerar, evidentemente, um tema psicológico, sugerindo, ou melhor, afirmando uma faculdade ainda não consagrada, capaz de permitir observações por vista direta e dialogos telepáticos, elementos que podem fundamentar uma verdadeira pesquisa. Da faculdade em si, não nos cabe tratar aqui!.. .

A nós se nos afigura absolutamente claro e, até imperativo, não podermos nem devermos esperar fácil aceitação da autenticidade desse tipo de possibilidades de pesquisa. Nós próprios, de início, reagimos com um profundo ceticismo e sentidas preocupações a respeito. Só mesmo circunstâncias muito excepcionais nos levaram a persistir e, agora, nos conduzem à "coragem" necessária para a publicação das experiências vividas.

As circunstâncias, sim, foram e têm continuadamente sido demasiado objetivas, até mesmo surpreendentes, conforme indicamos na segunda parte deste livro. Ademais, devemos dizer que a segurança, que temos de que estamos em caminho certo, reside em que não nos pomos à frente de certos acontecimentos, tomados de mórbido pioneirismo, de vez que aceitamos até que tudo isso um dia se prove sem qualquer valia. Que o Hiperespaço seja uma fantasia, levando de roldão a esse campo de suposta exaltada imaginação, as suas virtudes e propriedades, bem assim, o modelo mais amplo que oferece à compreensão do próprio universo. Não importa! Mesmo que assim aconteça, constituirá mais um modelo de concepção do Universo que será ou seria substituído, havendo cumprido seu destino transitório de descrever a realidade em termos de abrangência dos fenômenos da época.

Isso, cientificamente, tem ocorrido através do tempo. No caso, porém, teremos cumprido um dever elementar de sugerir aos que pensam e querem conhecer uma perspectiva rica de aberturas "infinitas" através das quais possa o espírito humano, afinal, encontrar-se com uma realidade maior, para a qual parece haver sido ele criado. Teremos vivido em nossa existência um solene momento, aquele em que, pelo menos com sinceridade e amor, procuramos difundir experiências que nos levaram a um profundo sentimento interno, dinamico, de expansão e de aspiração, para servir à progressiva ascest de nós, humanos, em busca da suprema verdade! Que mais precisaríamos para ter essa coragem e a de afrontam rotinas de qualquer ordem ou preconceitos?

ESSA CORAGEM DE AFRONTAR O JULCAMENT CRITICO DE "SÁBIOS" APRESSADOS, DE PSICOLOGOS CLÄSSICOS QUE VEJAM EM NOS O FRUTO SUSPEITO DO PERPASSAR DOS ANOS, DE TEÓLOGOS DOGMÁTICOS QUE SE ALIMENTAM DO PASSADO, ESSA CORAGEM QUE, SEM MODËSTIA  AFIRMAMOS ,NÃO TERÁ SIDO EM VÃO . DISSO ESTAMOS CERTOS. JÁ HÁ MUITOS E MUITOS OLHOS QUE PODEM E QUEREM VER , COMO TAMBÉM CRIATURAS HUMANAS QUE ASPIRAM ENCONTRAR-SE , AO ABRIREM-SE-LHES OS OLHOS A ESSA NOVA E FASCINANTE REALIDADE , OS JÁ BEM DEFINIDOS NA DEDICATÓRIA DESTE TRABALHO.

A todos esses , oferecemos este livro.

 
Extraido  do livro Mergulho no Hiperespaço de A. Moacyr Uchôa -  Centro Gráfico   Senado Federal  ---   1976
 
 

 
 

 

 
 

 

 
 

 

 
 

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