Artigos no jornal O movimento

 

Rogério Lacaz-Ruiz 

 
1. Ecologia e cidadania
 Costumo dizer que com a Ecologia ocorre um paralelo com a Religião: as pessoas gostam de Deus, mas “não amam” a Deus; as pessoas acreditam que é importante seguir os princípios ecológicos, mas os rios estão cada vez mais poluídos, o ar, contaminado, e os animais, e principalmente, o homem sofre com as mudanças provocadas pelo próprio homem. 
 Muitas cidades já não têm onde jogar o grande volume de lixo gerado. Lentamente vamos “matando” o planeta e todos os que nele habitam. Sem transformar a Ecologia numa nova Religião, é possível lembrar as palavras de João Paulo II sobre o assunto. Tanto na Encíclica Centesimus annus  como na Evangelium vitae (O evangelho da vida), o Papa fala sobre o tema da vida e da ecologia. Nesta segunda carta, dirigida aos Bispos e a toda a hierarquia, bem como “a todas as pessoas de boa vontade sobre o valor e a inviolabilidade da vida humana”, defende a autêntica liberdade do homem, e mostra a contradição das leis civis em negar o direito à vida nos momentos mais críticos: “o nascer e o morrer”. “Nossas cidades correm o risco de passar a ser sociedades de excluídos, marginalizados, desarraigados e suprimidos.” 
 Mas ainda há sinais de esperança e amor à vida no mundo. Existem grupos de pessoas que demonstram o amor às crianças; grupos que defendem a vida; famílias que se abrem à adoção; oposição à pena de morte, e finalmente atenção à ecologia. “Chamado a cultivar e guardar o jardim do mundo (Cf. Gn 2,15), o homem detém uma responsabilidade específica sobre o ambiente da vida, ou seja, sobre a criação que Deus pôs a serviço da sua dignidade pessoal, a sua vida: e isto não só em relação ao presente, mas também às gerações futuras. É a questão ecológica – desde a preservação do habitat das diversas espécies animais e das várias formas de vida, até a ecologia humana propriamente dita – que no texto bíblico, encontra luminosa e forte indicação ética para uma solução respeitosa do grande bem na vida, de toda a vida. 
 Na realidade, o domínio conferido ao homem pelo Criador não é um poder absoluto, nem se pode falar em liberdade de usar e abusar, o de dispor das coisas como melhor agrade. A limitação imposta pelo mesmo Criador, desde o princípio, e expressa simbolicamente com a proibição de comer do fruto da árvore (Cf.Gn2,16-17) mostra com suficiente clareza que, nas relações com a natureza, nós estamos submetidos a leis, não só biológicas, mas também morais, que não podem impunemente ser transgredidas.” Nossas cidades foram construídas por cidadãos, mas com o passar do tempo, somos levados pelo consumismo, e, comodamente, deixamos a questão ecológica e do meio ambiente para os outros. Sim, transferimos para os demais as responsabilidades. 
 Voltando ao paralelo com a religião, muitos acham que a busca de Deus é só para os padres e freiras, e esquecem que para todos: “Esta é a vontade de Deus, a vossa santificação” (I Thes 4, 3). Muitos preferem deixar para os prefeitos e vereadores as questões do meio ambiente. Cada um pode fazer a sua parte. Basta usar a inteligência e a vontade para soluções concretas. Para terminar, podemos usar uma antiga máxima de Terêncio que nos faz recordar a nossa responsabilidade: “Sou homem e tudo o que é humano me diz respeito.” Publicado em 17 de abril de 1999 (Ano LXV – Nº 4733, p.A2). 
 
 
2. Ecologia e cidadania II
 No primeiro artigo, comentamos que o ser humano não deve estar alheio ao meio ambiente. É preciso pensar nos outros, é necessário o esforço para deixar o planeta em melhores condições das em que o encontramos. Viver a cidadania é não se excluir do processo de preservação. Em linguagem popular dizemos: É preciso vestir a camisa. Talvez tenham sido abordados anteriormente aspectos meramente teóricos, e apenas uma chamada para a cidadania. 
 Mas a pergunta que surge é: - Como pôr em prática no dia-a-dia a questão da ecologia e da cidadania? Não é fácil, mas também não é impossível. Em recente obra intitulada Coleta seletiva: reciclando materiais, reciclando valores, Elizabeth Grimberg e Patricia Blauth apresentam-nos um estudo teórico-prático sobre reciclagem. O próprio livro foi feito com papel 100% reciclado, pela única empresa de papel reciclado do país, na nossa cidade vizinha de Araras. 
 Um dos pontos que, a meu ver, melhor responde à pergunta inicial foi abordado pela Agenda 21, documento elaborado por 170 países na Rio 92: o Princípio dos 3Rs – reduzir, reutilizar, reciclar. Nossos hábitos muitas vezes consumistas podem ser melhor refletidos. Reduzir pode significar comprar o de que precisamos. Não é verdade que com o passar dos anos, nossas casas se transformam num depósito de coisas inúteis?! Para produzir estas coisas “inúteis” necessitou energia, matéria-prima, tempo e dinheiro. Alguém pagou a conta... . Reutilizar é outra máxima que nos faz lembrar nossas avós. Elas guardavam o barbante dos embrulhos, os envelopes, as garrafas e jornais velhos; tudo era re-aproveitado. Muitos de nós reutilizamos as sacolas plásticas do supermercado e este é um bom exemplo de reutilização. Quantas embalagens plásticas são jogadas fora? Uma garrafa plástica de refrigerante pode ser reutilizada 50 vezes, e pode servir para transportar outros líqüidos como alvejantes, sabão líqüido, ou até mesmo água antes de ser reciclada. 
 E Reciclar é justamente a última parte da resposta. Cada 50 kg de papel reciclado representam uma árvore a menos que foi cortada. Reciclar é reaproveitar algo que não merece ainda o nome de lixo. Na cidade de São José dos Campos, onde moram meus pais, sou testemunha do programa Luxo do Lixo. Todo lixo em casa é dividido em orgânico em um saco, e em papel, plástico, e metal, em outro. Desde 1990, 1,5 toneladas de lixo são recicladas diariamente. Todos na cidade, orgulham-se de separar o lixo. Até mesmo no Jardim Satélite (bairro de São José dos Campos), o Padre começou a receber o lixo do luxo, e, depois de separado, o material foi vendido. Meu pai e muitas outras pessoas passaram a fazer suas “doações” para a Igreja de uma forma diferente. Hoje, a Igreja do Satélite está praticamente pronta, e todos orgulhosos de terem “matado dois coelhos com uma cajadada só”. 
 Com tanto desemprego e tanto lixo, vale a pena refletir nos 3Rs. O lixo por nós gerado é de certa forma um reflexo da nossa cidadania... ou falta dela! Parece um paradoxo, mas o lixo é dinheiro escondido e desprezado. Espero que com estas dicas e exemplos, possamos refletir sobre estas duas palavras tão belas, mas também tão esquecidas: Ecologia e cidadania. 
Publicado em 24 de abril de 1999 (Ano LXV – Nº 4735, p.A2) 
 
3. Ecologia e cidadania III
 Na política internacional, muitos acreditam que, para as futuras mudanças, é preciso partir do estágio tecnológico em que vivemos. Por um lado, isto é bastante razoável, pois observar o mundo real, tal como ele é, já representa um grande avanço. Mas, por outro, podemos ver que muitas coisas que chamamos boas trazem consigo uma certa carga de lixo. 
 De nada adianta propor uma volta à Idade das cavernas ou um retorno ao campo de forma romântica. Mas basta ver que as comodidades da vida moderna têm uma embalagem que poucas vezes é reciclada ou reciclável. A carne, o queijo, o leite, os doces, hoje, são embalados de forma a atrair o consumidor e aumentar a vida útil dos produtos. Se viajarmos a um passado não muito distante, podemos lembrar como eram os vasilhames de refrigerante ou leite: de vidro. Nós os levávamos ao supermercado e recebíamos uma quantia pelo frasco vazio. Ele era re-aproveitado, reciclado..., mas também, menos seguro. E esta comodidade ninguém quer perder. Quantos podem contar casos de acidentes graves com garrafas de vidro, que deixaram seqüelas? Muitos de nós conhecem alguém que se feriu com as embalagens antigas. O problema é que na maioria das cidades, a capacidade de produção é muito maior que a de organização, e isto gera, além de lixo, desperdício, desânimo e desordem. 
 Um agricultor que tivesse capacidade para produzir toneladas de alimentos por ano, mas não se organizasse para estocar e comercializar o seu produto, quebraria. 
 Nós seremos acusados pelos homens que viverão no próximo milênio, principalmente de perdulários e desorganizados. Mas é possível ser otimista diante deste panorama, pois são muitas as iniciativas em muitos campos. Basta um exemplo isolado: o das embalagens de alimentos. Na Alemanha, quem quiser continuar a usar o plástico convencional (seguro, leve, porém altamente poluidor), deverá pagar uma sobretaxa de 400%, enquanto que quem usar o plástico biodegradável estará isento de impostos. É uma forma que o Estado alemão escolheu para diminuir o lixo, a poluição, e preservar o meio ambiente; de organizar a produção, de preservar a qualidade de vida do homem. No Brasil, já existe o plástico biodegradável, mas a questão está reduzida a termos de custos. Esta visão meramente econômica é imediatista e reducionista. Significa que não se está pensando no meio ambiente, nas pessoas, mas somente no dinheiro. Daniel Cohn-Bendit é deputado pelo Partido Verde no Parlamento Europeu. Ele quer “introduzir uma nova lógica da produção, com dispositivos precisos para o combate à poluição”. 
 Penso que esta é uma forma de se programar antes, para não chorar depois. É preciso lembrar o precioso ditado: Deus perdoa sempre, os homens, de vez em quando, a natureza, nunca! e que Colhemos aquilo que plantamos! Como sonhar não faz mal a ninguém, fico esperando o dia em que formos fazer as compras no supermercado, levaremos as embalagens usadas e receberemos um desconto, ou quem sabe, poderemos jogar no jardim as embalagens biodegradáveis, ou que elas possam ser ingeridas como suplemento alimentar... Publicado em 8 de maio de 1999 (Ano LXV – Nº 4739, p.A2).
 
 
4. O respeito, a comunicação e o retorno
  Neste ensaio, pretendo abordar duas idéias: o respeito e a comunicação. A terceira palavra do título faz parte apenas da conclusão.
 Diz o dicionário latino-português que a palavra “respeito” (lat. respectus, us) significa: olhar para trás, o refúgio, a atenção, reflexão sobre si mesmo. Silveira Bueno complementa que pode ser também relação, importância, temor. 
 Os antigos filósofos resumem o significado de respeito no olhar para o outro.
 No nosso relacionamento com os outros, vale o ditado “Respeito é bom e eu gosto.” Todos gostamos de ser olhados pelos outros, respeitados. Quando falamos e os outros nos ouvem com atenção, percebemos que somos valorizados, respeitados.
 Quando dizemos que aprendemos pelos sentidos, significa também que podemos aprender pelo olhar. Ao observarmos nossos pais, aprendemos tantas coisas, desde que o façamos com respeito, e se possível, olhando nos olhos; com temor, que é o amor para não ofender estes entes queridos. Logo, respeitar é olhar o outro, lembrando o passado. E neste passado podemos incluir a dívida que temos para com os outros. Quando olhamos nossos pais ou amigos, os respeitamo-los, pois lembramos o que eles representaram para nós no passado, e, no momento presente, recordamos esta realidade. De modo geral, quando alguém nos pede algo, em sinal de respeito, é conveniente lembrar que dar algum tipo de retorno é uma concretização do verdadeiro respeito. Se alguém nos pede para pagar uma conta, depois de pagá-la, e em sinal de respeito, avisamos: - Está paga; quando recebemos uma carta, em sinal de respeito, respondemos; quando recebemos um presente, em sinal de respeito, agradecemos. (“É de bem nascido ser agradecido”). Logo, podemos concluir que na comunicação e no relacionamento com as pessoas, as palavras comunicação e retorno, o outro e lembrança são resumidas no respeito. Pois o retorno, por sua vez, é a volta, a restituição; o olhar para trás lembrando os outros e o que ficou pendente. E quando não se determina um prazo, o limite é o quanto antes.
 Portanto, a melhor forma de respeitar os demais é dar-lhes algum tipo de retorno. Com certeza, esta é uma forma de tornar a vida mais agradável aos outros e a nós mesmos; por termos a satisfação de termos feito o que deveríamos fazer, segundo a nossa natureza humana. 
Publicado em 29 de maio de 1999 (Ano LXV – Nº 4745, p.A2)
 
5. Por que o cão é o melhor amigo do homem
 Escrever sobre o cão não é algo que me agrada. É um animal irracional, que em geral late para mim. Às vezes, o que é pior, rosna. Já fui mordido uma vez, e talvez por este motivo tenha medo, principalmente das raças de grande porte. Penso que poderia enfrentar um pequinês ou um pequeno vira-lata. Muitos já tentaram sujar a minha roupa limpa, outros, realmente sujaram não só a roupa como o sapato. Já tive um cão em casa. Ele era meu, e eu era o seu dono. 
 Nunca maltratei um cão, mas posso contar nas mãos as vezes em que lhes fiz carinho. Por força do destino, fiz medicina veterinária, mas nunca exerci a profissão. Mas o que eu penso do cão não interessa muito. Interessa o mundo real, e a realidade é que muitas pessoas têm com os cães uma relação muito acima da que eu tive com o meu cão, o Verruga. Por uma época da minha vida, eu queria acreditar que os meus amigos estavam exagerando, e que eu era quem estava certo, afinal de contas, entre o cão dos meus amigos e amigas e eles, eu preferia infinitamente estar com eles. 
 Mas todos nós mudamos, em geral para melhor, e eu fui cedendo aos poucos. Fui entendendo que de fato os meus amigos achavam que o cão é o melhor amigo do homem. Mas, depois de entender o que eles achavam, eu precisava dar uma resposta do porquê. Por que o cão do meu amigo, que “perdeu” a esposa e os filhos, foi a sua melhor companhia quando ficou doente? Por que a aluna parece se alegrar mais quando vê um cão do que quando vê seus colegas de classe? Por quê?! 
 Ora, quanta fragilidade existe no homem! Ao nascer, carece de um protocolo vinculado à sua existência, que regulamente o processo de adaptação ao mundo. Não sabe por que nasce, ou quando vai morrer; custa-lhe saber quem é e o que faz neste mundo. O homem enfim é livre e alegra-se com este dom; a própria liberdade também é para ele fonte de angústia. Por outro lado, os animais parecem ser mais livres, despreocupados e senhores de si mesmos. Parece que estão sempre seguros de seus atos. Sua bagagem instintiva, seu protocolo vinculado à sua existência são rígidos. E é nesta rigidez e segurança do cão, que penso que os meus amigos e amigas se apóiam. O animal “fala” com seu olhar e seu silêncio, e assim fica fácil imaginar que ele é o único que nos compreende. Falamos e ele nos ouve atentamente. Nós acariciamos e ele se deixa acariciar. Falamos duro e ele responde com gestos. Nós o alimentamos e ele agradece com o abanar da cauda. Estamos contentes e ele pula fazendo festa. Este é o cão. E o ser humano tantas vezes nos é indiferente... .Quem sabe algum dia eu vou entender finalmente que ele é o melhor “amigo” do homem!
Publicado em 19 de junho de 1999 (Ano LXV – Nº 4751, p.A2) 
 
6. O tempo dos nossos tempos
 O tempo é uma convenção humana. Ao observar os fenômenos naturais, o homem inventou os calendários, os relógios analógicos. Esta analogia diz respeito ao movimento da terra em torno do sol. E as pessoas “aproveitam o tempo”, “correm atrás do tempo perdido”, “passam o tempo” e este uso do tempo leva-nos a pensar na realidade da nossa eternidade. 
 Se não fôssemos eternos, não haveria motivo para pensar no que fazemos com o tempo. O tempo que já passou, o momento presente, e o futuro... ; às vezes, desprezamos o presente, que é o único que interessa. Lamentamos sobre o passado, sobre o que não fizemos, sobre o do que poderíamos ter feito. Sonhamos com o futuro e perdemos tempo neste sonho e não sabemos se ele chegará para nós. O ditado resume “O futuro a Deus pertence”. E esquecemos que o que importa é o presente. 
 Podemos viver o momento presente com toda a intensidade, com alegria, bom humor, com entusiasmo (gr. en-théos = em Deus), etc. . E este entusiasmo contagia! Foram os gregos que cunharam esta palavra. Pelo fato de serem politeístas, acreditavam por exemplo, que se o agricultor tivesse uma boa colheita, estava com uma de suas deusas, neste caso, a da agricultura (Ceres); logo, ele estava endeusado, entusiasmado. E todos os que quisessem uma boa colheita deveriam unir-se à deusa, para assim tornarem o trabalho frutuoso. Refletir sobre o tempo, faz-se pensar que podemos viver o momento presente, entusiasmados, buscando unir-nos a Deus, fazendo a Sua vontade. A colheita virá ao seu tempo.
Publicado em 10 de Julho de 1999. p.A2.
 
7. O tempo dos nossos tempos II
 Uma das maneiras para saber se estamos perdendo tempo é verificar se o tempo que estamos utilizando nesta atividade não seria melhor empregado, dentro da nossa escala de valores e ideais, em outras atividades. O tempo gasto à frente da televisão deve-nos fazer refletir em algumas idéias. Quanto tempo dura um telejornal? Qual o tempo de cada notícia? É possível notar que o telespectador ou acompanha a linearidade das notícias, ou se detém em alguma para refletir. 
 Neste segundo caso, se ele pretende retornar a atenção, já perdeu muitas notícias. E se, simplesmente acompanhou as notícias, e tenta comentar com alguém o que viu e ouviu, dificilmente saberá contar com profundidade as notícias. Outro ponto é o da realidade dos fatos. Explico-me. Quando eu era criança, escutava a discussão dos adultos sobre a importância de a televisão mostrar ou não cenas inconvenientes. A resposta da mídia era anunciada em alto e bom som para responder às queixas. Nós estamos “mostrando a realidade”. E desta forma, muitos se calaram, mesmo que inconformados. O tempo passa e “na TV a gente vê tudo que é errado”, segundo um refrão de uma banda de rock’n roll nacional. 
 Para confirmar este ponto de vista, passamos a palavra aos especialistas no assunto. Em recente simpósio internacional sobre os meios de comunicação, ficou constatado que os números não mentem. Que a porcentagem de divórcios e assassinatos é bem maior nas novelas que na vida real. Que a banalização do sexo degrada a dignidade do ser humano e o transforma numa coisa. 
 A mídia, fica patente, está forçando a realidade, está querendo mudar o curso da história. Os nossos tempos não são nem melhores nem piores, são aqueles que a nos compete viver. O que não podemos perder – além do tempo –, é o espírito crítico: perder a capacidade de diferenciar o que é bom do que não o é; do que é certo do que é errado; perder a capacidade de perdoar as pessoas, sem deixar de dizer que a mentira é mentira, e a verdade, verdade; e finalmente, lembrar que as pessoas, como os vinhos, melhoram com o tempo. 

 

  Índice

Hosted by www.Geocities.ws

1